A geografia é uma ciência que estuda
a relação entre a Terra e seus habitantes.A palavra
"geografia" vem do grego geographía (γεογραπηία), que significadescrição
da Terra.
A geografia depende
muito de outras áreas do conhecimento para
obter informações básicas, especialmente em alguns ramos especializados.
Utiliza os dados da química, da geologia,
da matemática, da história, da física,
da astronomia, da antropologia e da
biologia e principalmente da Ecologia,
pois tanto a Ecologia como a Geografia são estudos inter-relacionados,
justamente porque estão preocupadas com as análises biológicas, de fatores
geológicos e dos ciclos biogeoquímicos dos Ecossistemas, isto é, da relação
entre os seres vivos (inclusive os povos)
e seu meio ambiente. Os geógrafos utilizam inúmeras técnicas, como viagens, leituras e estudo de estatísticas. Os mapas são seu instrumento e meio de
expressão mais importante. Além de estudar mapas, os geógrafos os atualizam
graças às suas pesquisas especializadas, aumentando assim o nosso conhecimento
geográfico. Como o conhecimento da geografia é útil às pessoas em sua vida cotidiana,
o aprendizado da geografia se inicia no infância
ou no ensino fundamental e estende-se até a universidade. O objetivo básico do estudo da geografia é o
desenvolvimento do sentido de direção,
da capacidade de ler mapas, da compreensão das relações espaciais e do
conhecimento do tempo,
do clima e dos recursos naturais. O homem sempre precisou e se utilizou do
conhecimento geográfico. Os povos pré-históricos tinham
de encontrar cavernas para morar e reservas regulares de água.
Tinham também de morar perto de um lugar onde pudessem caçar.
Sabiam localizar os rastros dos animais e as trilhas dos inimigos. Usavam carvão ou argila colorida para desenhar mapas
primitivos de sua região nas paredes das cavernas ou nas peles secas dos
animais. Com o tempo, o homem aprendeu a lavrar a terra e domesticar os animais. Essas
atividades o forçaram a prestar mais atenção ao clima e à localização dos pastos.
Mas a extensão de seu conhecimento certamente não ia além da distância que
podia percorrer em um dia.Hoje
em dia, não podemos nos satisfazer com um conhecimento geográfico limitado à
área que circunda nossas casas.
Hoje, nem mesmo basta às pessoas conhecer as terras e os mares próximos, como acontecia na época do império Romano. Para satisfazer nossas necessidades,
precisamos saber um pouco da geografia da Terra inteira.
A história do pensamento geográfico se
inicia com os gregos,
os quais foram a primeira cultura conhecida a explorar ativamente a Geografia
como ciência e filosofia,
sendo os maiores contribuintes Tales de Mileto, Heródoto, Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles,Estrabão e Ptolomeu.
A cartografia feita
pelos romanos,
à medida que exploravam novas terras, incluía novas técnicas. O périplo era uma
delas, uma descrição dos portos e escalas que um marinheiro experimentado
poderia encontrar ao longo da costa; dois exemplos que sobreviveram até hoje
são o périplo do cartaginês Hanão o Navegador e um périplo do mar
eritreu, que descreve as costas do Mar Vermelho e
do Golfo Pérsico. Durante a Idade Média, Árabes como Edrisi, Ibn Battuta e Ibn Khaldun aprofundaram
e mantiveram os antigos conhecimentos gregos. As viagens de Marco Polo
espalharam pela Europa o interesse pela Geografia. Durante a Renascença e ao
longo dos séculos XVI e XVII, as grandes viagens de exploração reavivaram o
desejo de bases teóricas mais sólidas e de informação mais detalhada. A
Geographia Generalis de Bernardo Varenius e o mapa-mundo de Gerardo Mercator são
exemplos importantes. Durante o século XVIII, a Geografia foi sendo
discretamente reconhecida como disciplina e tornou-se parte dos currículos
universitários. Ao longo dos últimos dois séculos a quantidade de conhecimento
e o número de instrumentos aumentou enormemente. Há fortes laços entre a
Geografia, a Geologia e a Botânica. No Ocidente, durante os séculos XIX e século XX, a
disciplina geográfica passou por quatro fases importantes: determinismo
geográfico, geografia regional, revolução quantitativa e geografia radical. O determinismo geográfico defendia que as características dos
povos se devem à influência do meio natural. Deterministas proeminentes foram Carl Ritter, Ellen Churchill Semple e Ellsworth Huntington. Hipóteses populares como "o calor
torna os habitantes dos trópicos preguiçosos" e "mudanças freqüentes
na pressão barométrica tornam os habitantes das latitudes médias mais
inteligentes" eram assim defendidas e fundamentadas. Os geógrafos
deterministas tentaram estudar cientificamente a importância de tais
influências. Nos anos 1930, esta escola de pensamento foi largamente repudiada
por lhe faltarem bases sustentáveis e por ser propensa a generalizações. O
determinismo geográfico constitui um embaraço para muitos geógrafos
contemporâneos e leva ao ceticismo sobre aqueles que defendem a influência do
meio na cultura (como as teorias de Jared Diamond). Porém o determinismo foi uma teoria
reducionista do pensamento do alemão Friedrich Ratzel, que dizia que o meio influencia, mas não que
determinava o homem. E muito provavelmente esta teoria tenha sido criada por
políticos e militares de uma classe hegemônica-dominante-europeia para
justificar a exploração em suas colônias. Tanto que para os geógrafos mais
esclarecidos, o possibilismo de Vidal de La Blache (teoria que vem a dizer que
o homem tem a possibilidade de intervir no meio), seria na verdade uma
complementação, uma continuação da teoria de Ratzel e não uma oposição, como a
maioria enxerga e ensina, de forma simplista. A Geografia Regional representou
a reafirmação de que os aspectos próprios da Geografia eram o espaço e os
lugares. Os geógrafos regionais dedicaram-se à recolha de informação descritiva
sobre lugares, bem como aos métodos mais adequados para dividir a Terra em
regiões. As bases filosóficas foram desenvolvidas por Vidal de La Blache e Richard Hartshorne. Vale à
pena lembrar que enquanto Vidal vê a região como uma determinada paisagem, onde
os gêneros de vida determinam a condição e a homogeneidade de uma região,
Hartshorne não utilizava o termo região: para ele os espaços eram divididos em
classes de área, nas quais os elementos mais homogêneos determinariam cada
classe, e assim as descontinuidades destes trariam as divisões das áreas. E
este ficou conhecido como método regional. A revolução quantitativa foi a
tentativa de a Geografia se redefinir como ciência, no renascer do interesse
pela ciência que se seguiu ao lançamento do Sputnik. Os revolucionários
quantitativos, frequentemente referidos como "cadetes espaciais",
declaravam que o propósito da Geografia era o de testar as leis gerais do arranjo
espacial dos fenômenos. Adotaram a filosofia do neopositivismo ou
positivismo lógico das ciências naturais e viraram-se para a Matemática -
especialmente a estatística - como um modo de provar hipóteses. A revolução
quantitativa fez o trabalho de campo para o desenvolvimento dos sistemas de
informação geográfica. Neste caso, é bom lembrar que a geografia em seu início
com Humboldt, Ratzel, Ritter, La Blache, Hartshorne e outros já se utilizava de
métodos positivistas, e a mudança de paradigma que ocorreu com a matematização
do espaço foi a da inclusão da informática para a quantificação dos dados, pelo
método neopositivista, por volta dos anos 1950 no Brasil.Apesar de as
perpectivas positivista e pós-positivista permanecerem importantes em
Geografia, a Geografia Radical surgiu como uma crítica ao positivismo. O
primeiro sinal do surgimento da Geografia Radical foi a Geografia Humanista. A
partir do Existencialismo e da Fenomenologia, os geógrafos humanistas (como
Yi-Fu Tuan) debruçaram-se sobre o sentimento de, e da relação com, lugares.
Mais influente foi a Geografia Marxista, que aplicou as teorias sociais de Karl Marx e dos
seus seguidores aos fenômenos geográficos. David Harvey e Richard Peet são bem
conhecidos geógrafos marxistas. A Geografia feminista é, como o nome sugere, o
uso de ideias do feminismo em contexto geográfico. A mais recente estirpe da
Geografia Radical é a geografia pós-modernista, que emprega as ideias do
pós-modernismo e teorias pós-estruturalistas para explorar a construção social
de relações espaciais. Quanto ao conhecimento geográfico no Brasil, não se pode
deixar de observar a grande importância e influência do Geógrafo mais
reconhecido do país seguido de Aziz Ab'Saber e
seu pioneirismo, não por profissão, mas por méritos, Milton Santos. Com várias publicações, Milton Santos,
tornou-se o pai da Geografia Crítica que faz análises e fenomenológicas dos
fatos e incidências de casos. Isso é importante, visto que a Geografia é uma
ciência global e abrangente, e somente o olhar geográfico aguçado consegue
identificar determinados processos, sejam naturais ou sócio-espaciais. Vale
ressaltar também os importantes estudos do professor Jurandyr Ross, que se dedicou a mapear, de forma bastante
detalhada, o relevo brasileiro além das inúmeras publicações do professor doutorJosé William Vesentini que se tornaram referência no estudo
da Geografia no
Brasil.Não podendo esquecer de geógrafos como Armen Mamigonian, Manuel Correia de Andrade,
Roberto Lobato Corrêa, Ruy Moreira,Armando
Correa da Silva, Antonio
Cristofoletti, Ariovaldo
Umbelino de Oliveira, entre outros de outras épocas, não tão
conhecidos.
Acesse:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia
http://www.suapesquisa.com/geografia/conceito_geografia.htm
http://www.colegioweb.com.br/geografia/a-evolucao-da-geografia.html
http://helenabernardo1.tripod.com/geografos.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Ge%C3%B3grafos_do_Brasil
Obs. clique no nome desejado para obter informações.
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