PLANOS DE AULA
Pontos
cardeais: orientação, lugar e paisagens
Aproveite
o entorno da escola e as ferramentas disponíveis na internet para trabalhar o
conhecimento sobre os pontos cardeais
Objetivos
-
Ampliar as noções de referência espacial.
-
Utilizar, no seu cotidiano e em mapas, os referenciais espaciais de localização
e orientação.
-
Representar os lugares onde vive e se relaciona.
Conteúdos
-
Orientação pelo Sol.
-
Pontos cardeais e colaterais.
Anos
3º
a 5º
Tempo
estimado
Seis
a oito aulas.
Material
necessário
Caderno
de anotações, régua, papel e lápis.
Laboratório
de informática com acesso a internet ou mapa do bairro e da cidade.
Flexibilização
Para
alunos com deficiência intelectual
Uma
conversa com os pais ou responsáveis por levar o aluno com deficiência
intelectual à escola pode ser útil para que ele atente para a incidência do sol
em diferentes momentos do dia. Se necessário, antecipe algumas etapas para que
o seu aluno se familiarize com a proposta e repita algumas das atividades desta
sequência, como a localização dos pontos cardeais tomando como base a posição
do próprio corpo. É importante que o seu aluno compreenda que norte-sul,
leste-oeste indicam direções opostas. Mostrar os pontos cardeais em mapas, no
Google Maps ou mesmo marca-los com cartazes fixados na sala de aula são boas
sugestões para ajudar na aprendizagem da criança com deficiência intelectual. O
trabalho em duplas no jogo da rosa dos ventos, por exemplo, também contribui
para o desenvolvimento do aluno. Explore materiais que tornem os pontos
cardeais mais palpáveis para o aluno e próximos de seu cotidiano - as crianças
com deficiência intelectual costumam ter mais dificuldade para compreender
ideias abstratas. No contraturno, conte com a ajuda do Atendimento Educacional
Especializado (AEE) para desenvolver outras habilidades importantes para o
desenvolvimento do aluno, como a coordenação motora e a comunicação.
Desenvolvimento
1ª
etapa
Comece
fazendo perguntas e peça que seus alunos registrem as respostas no caderno:
como o Sol afeta cada um de vocês no trajeto de casa para a escola? Ele
"bate" de que lado de seu corpo quando você se desloca (a pé, de
carro ou de ônibus) nesse caminho? Em quais partes da sua casa tem Sol pela
manhã? E à tarde? O Sol incide sobre a sala de aula enquanto estamos na escola?
Em que horários? Solicite que nos próximos dias eles façam no caderno um diário
das posições do Sol, anotando onde ele está quando acordam, quando vão para a
escola e quando voltam para casa. Peça também que após as observações desenhem
o trajeto de casa à escola ou vice-versa.
2ª
etapa
Explique
que o Sol surge todos os dias, não necessariamente no mesmo lugar, mas no mesmo
lado da Terra e que este lado do planeta foi denominado desde a antiguidade de
leste ou nascente. Informe também que o Sol se põe ou desaparece, também não
exatamente no mesmo lugar, mas no mesmo lado da Terra e que este lado é chamado
de oeste ou poente. Explique que tais nomes foram criados na antiguidade quando
o homem pensava que o Sol girava em torno da Terra. Com base nos conhecimentos
que os alunos obtiveram em suas observações ajude-os a identificar o leste.
Solicite então que se levantem e fiquem de frente para a parede identificada
como o lado leste e lembre que do lado contrário estará o lado oeste, do lado
direito estará o sul e do lado esquerdo, o norte. Agora peça que apontem o
braço direito para o lado leste e digam de que lado fica o oeste (do lado
esquerdo), o norte (à frente) e o sul (nas costas).
Peça
que todos saiam da posição, troquem de lugar e depois repita a atividade,
pedindo agora que os alunos se posicionem de costas para o leste. Ajude-os a
identificar as demais direções. Fazendo esses diferentes exercícios eles
começarão a compreender que há várias possibilidades de utilizar o próprio
corpo para se orientar no espaço.
3ª
etapa
Informe
que eles vão aprender a se orientar geograficamente em seus deslocamentos após
entender os movimentos do Sol. Desenhe a rosa dos ventos no chão da sala e
apresente os pontos cardeais e colaterais. Explique que os nomes dos pontos
cardeais foram criados pelos homens para demarcar suas posições e deslocamentos
no espaço, especialmente quando precisavam percorrer longas distâncias.
Relembre que apesar do nome eles indicam todo um lado da Terra e não um ponto
específico.
Proponha
um jogo em que a turma se desloque pela sala. Um aluno dá o comando, o outro
segue e depois troca (por exemplo: Miguel vá para o leste, João siga para
sudeste, Pedro vá para Noroeste). Para facilitar o trabalho desenhe uma rosa
dos ventos no chão do centro da sala de aula (lembre-se de fazer o desenho
tendo como referência a posição real da sala em relação ao Sol e não
simplesmente reproduzindo o desenho tal como ele aparece nos livros didáticos).
4ª
etapa
Oriente
os alunos a fazer o desenho de sua sala de aula e a produzir sua própria rosa
dos ventos, colocá-la sobre seu desenho e utilizá-la para indicar sua posição,
a dos colegas e de outros referenciais.
5ª
etapa
Peça
que as crianças contem para os demais o que observaram com relação à posição do
Sol em seus caminhos. Informe que agora eles aplicarão esses conhecimentos aos
mapas.
Leve
a turma para o pátio e peça que observe a posição do Sol e a localização de
espaços como a quadra, a cozinha e o banheiro. Peça que olhem ao redor
destacando o que fica em cada lado (norte, sul, leste e oeste) e depois que se
desloquem em direção ao sul, até o ponto mais distante do pátio. Chegando ao
extremo sul do pátio, oriente-os a ficar de frente para o norte, a anotar em
sua folha as direções cardeais e colaterais e a desenhar o que estão vendo.
Explique
que atualmente a maioria dos mapas utiliza o norte como referência (ou seja,
apresentam na parte superior do papel os lugares e paisagens que ficam ao
norte) porque se trata de uma convenção (ou regra) estabelecida pelos
cartógrafos. Mostre a eles alguns mapas que ilustram essa afirmação
(mapa-múndi, mapa do Brasil, mapa do Estado etc). Informe também que, embora
seja uma convenção adotada atualmente, não há erro em utilizar outras
referências para desenhar os mapas. Isso inclusive já foi feito no passado.
Você
pode encontrar exemplos de mapas antigos no site do Laboratório de Cartografia
Tátil e Escolar (Labtate) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e
também no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Avaliação
Leve
a classe ao laboratório de informática para explorar o mapa ou a imagem de
satélite dos bairros em que residem. Um dos sites que você pode utilizar é o
Google Maps.
Se
os alunos não souberem o que é uma imagem de satélite e como utilizá-la para fazer
mapas, você pode utilizar uma animação contida no site da UFSC.
Ajude-os
a localizar sua cidade e seu bairro no mapa. Informe que este mapa (e imagem)
está orientado a partir do norte e pergunte onde está o leste. Com base nessas
informações os alunos deverão posicionar seu mapa (do trajeto casa-escola) com
o do site (caso não os tenha produzido orientados para o norte) e compará-los
procurando responder questões como: Em que direção você se desloca para ir da
sua casa até a escola? Qual é a posição geográfica da escola em relação ao
bairro ou à cidade?
Caso
não tenha acesso à internet na escola, realize a mesma atividade utilizando um
mapa (como aqueles disponíveis nas listas telefônicas) ou obtenha o mapa do
bairro, da cidade ou fotografias aéreas nos órgãos públicos locais.
Analise
o itinerário feito pelos alunos e confira as informações contidas em cada um.
Bibliografia
ALMEIDA,
R.D. & PASSINI, E.Y. O Espaço Geográfico: Ensino e Representação. São
Paulo: Contexto, 1994.
SIMIELLI,
M. E. R. O Mapa Como Meio de Comunicação e a Alfabetização Cartográfica. In:
ALMEIDA, R. D. de. Cartografia escolar. 2 ed., São Paulo: Contexto, 2008, p.
71-94.
SIMIELLI,
M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In : CARLOS, Ana F. A.
(org.). A geografia na sala de aula. São Paulo : Contexto, 1999, p.92-108. (Coleção
Repensando o Ensino).
Oficina
Pedagógica: Orientação pelo mapa. Autoria de BARROS, ARCHELA e GOMES.
Disponível em:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/6778.
Site
do Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo
(CDCC-USP). Disponível em:
http://www.cdcc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/parte1a.html#parte-1a.
Consultoria:
Loçandra Borges de Moraes
Professora
do curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás.
A cidade e a produção dos lugares
Objetivos
- Compreender a dinâmica dos espaços urbanos e seu significado para a vida cotidiana partindo da observação de paisagens do bairro da escola.
Conteúdos
-
Paisagens urbanas.
-
Dinâmica urbana: produção, circulação e moradia.
-
Equipamentos e serviços urbanos.
-
Setores da economia.
Anos
4º
e 5º
Tempo
estimado
7
aulas.
Material
necessário
Planta
do bairro da escola e mapa da cidade ou computadores com o programa Google
Earth, câmara fotográfica ou celular, mural de exposição, fotografias de
paisagens urbanas.
Flexibilização
Para
alunos com deficiência visual
Ao
longo da primeira etapa, solicite ao aluno cego que compartilhe suas
observações sobre a paisagem do bairro da escola: que dificuldades ele enfrenta
para se locomover e chegar a até a escola? O que chama a atenção ao longo do
percurso? Ofereça registros por escrito, em braile, a respeito da noção de
paisagem e sobre a cidade ou o bairro. Os contornos das plantas da cidade e da
escola devem ser feitos com cola de relevo, pedaços de barbante ou pontilhados,
em braile. Pontos importantes podem ganhar preenchimentos com pedaços de
tecido, algodão ou folhas secas (para localizar praças ou parques, por
exemplo). Se necessário, amplie o tempo de realização de cada uma das etapas
para que o aluno com deficiência visual acompanhe o desenvolvimento da
sequência e conte sempre com a ajuda do profissional responsável pelo
Atendimento Educacional Especializado (AEE) para desenvolver habilidades
específicas - como a leitura e a escrita no sistema braile ou o uso de
softwares que permitem a navegação pela internet, como o Jauss.
Desenvolvimento
1ª
etapa
Solicite
aos alunos que observem a paisagem do bairro da escola, nos caminhos que
percorrerem, procurando identificar aspectos relevantes do local. Eles podem
citar o que notam nas características das ruas, praças, parques, pontos de
comércio, serviços, indústria ou outra produção, moradias.
Para
identificá-los, faça questões como: 1. O que é? 2. Onde está localizado? 3.
Qual seu aspecto positivo ou o problema que se percebe em sua observação? 5.
Por que ele está assim?
2ª
etapa
Peça
aos alunos que relatem as paisagens observadas. Indique as condições de
manutenção e os benefícios/problemas que eles acarretam para o cotidiano dos
que vivem no bairro.
Comente
sobre a importância de saber observar as paisagens e o que ela pode revelar.
Apresente explicações de elementos da produção do espaço urbano, destacando os
processos de expansão, valorização e periferização. Explique a dinâmica da
cidade e seus setores de atividades, destacando que o modo como os espaços são
construídos e sua dinâmica está relacionado com as demandas da vida no bairro e
também a requisitos da cidade e de outras cidades. Por exemplo: os modelos
arquitetônicos de arranjo de praças são definidos por gestores da cidade, que
padronizam o modo de "urbanizar" esses equipamentos em diversos
lugares da cidade, com base em orientações tecno-científicas; os objetos
vendidos no bairro são produzidos em outras partes da cidade, ou em outras
partes do mundo, e pertencem a uma rede de produção.
Indique
que as práticas das pessoas que vivem no bairro revelam um modo de ser do
bairro, mas também se explicam por um modo de vida global predominante na
atualidade. Leve, para ajudar na argumentação, fotografias de outros lugares da
cidade e de outras cidades que mostrem pessoas circulando. Mostre também grupos
utilizando transportes coletivos e carros; unidades residenciais de diferentes
modelos arquitetônicos, espaços públicos de lazer, de saúde, casas de comércio
e serviços (padarias, supermercados, lan-houses).
3ª
etapa
Apresente
a planta da cidade (ou localize a cidade no Google Earth) e localize, com os
alunos, o bairro da escola. Explique a localização e o significado dessa
localização para os alunos - trata-se de um espaço central ou periférico? Faz
parte de uma área valorizada ou desvalorizada da cidade? Caracteriza-se como um
bairro residencial ou de uso misto? Após a sua explicação, apresente a planta
urbana do bairro da escola. Nela, trace alguns roteiros para percorrerem parte
do bairro - veja de que maneira você consegue organizar essas saídas conforme a
estrutura que tem na escola. Elabore a orientação do trabalho dos grupos: diga
para observarem atentamente a paisagem, buscando apreender aqueles elementos
destacados em sala de aula. Diga para escolherem "cenários" dessa
paisagem para serem fotografados. Adapte essa situação para a sua realidade: se
for viável, peça para os alunos mesmo fotografarem. Se não, faça as imagens
conforme as indicações deles e registre as imagens que você acha essenciais.
Para planejar o trabalho de campo com os alunos, prepare uma carta para a
família de cada aluno explicando a atividade.
4ª
etapa
Após
o período do trabalho de campo, reúna o material fotográfico produzido. Em
seguida, divida os alunos em grupos para selecionar as fotos, separando as
imagens conforme os temas.
5ª
etapa
Diga
aos alunos produzirem painéis unindo fotos e textos com comentários sobre o que
as fotos revelam (o que se vê e o que se pode interpretar). Exponha os trabalhos
em espaço da escola destinado a esse fim.
Avaliação
Debata
sobre a experiência de conhecer o próprio bairro, comparando os elementos
apontados na observação inicial e os apontados após a produção do painel
fotográfico e as discussões em sala de aula.
Após
o debate, cada grupo de alunos deve escrever um texto caracterizando o bairro,
e destacando sua compreensão da valorização desse espaço em relação a outros
espaços da cidade e a indicação de problemas evidenciados para sua gestão.
Consultoria:
Lana de Souza Cavalcanti
Professora
do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA) da Universidade Federal de
Goiás (UFG).
"De
Volta para o Futuro": explore as mudanças nos costumes e na paisagem de-volta-para-o-futuro
Introdução
Uma
das mais famosas trilogias dos anos 1980, De Volta para o Futuro conta a
história do adolescente Marty McFly, que, com a ajuda de um cientista, viaja
para o passado na tentativa de mudar o futuro. Embora a associação do filme com
a disciplina não seja imediata, a professora Aline Souza Melo, dos colégios
Nova Escola e I. L. Peretz, ambos em São Paulo, afirma que é possível trabalhar
o conteúdo relacionado à mudança de paisagem. As construções e acidade são
diferentes no tempo de McFly e na época em que seus pais eram jovens. "O
modo de vida, as roupas e a tecnologia disponível também", afirma.
Objetivo
Observar
as mudanças da paisagem (construções e natureza) e dos modos de vida (roupas,
costumes e tecnologia) ao longo do tempo.
Conteúdos
Paisagem,
espaço e lugar.
Trechos
selecionados
Cenas
que retratem as mudanças na cidade: quando mostra o relógio da torre parado
(8m56s a 11m44s) e funcionando (35m13s a 36m40s); quando ele entra na lanchonete
(36m41s a 41m20s); e cenas que mostram a mudança de costumes: Marty no início
do filme, com roupas dos anos 1980 (17m28s a 31m45s), e depois no baile, com
seus pais vestidos para a festa (1h24m10s a 1h31m07s).
Atividade
Antes
de exibir o filme, discuta com a turma sobre o conceito de paisagem. Pergunte
como ela se modifica. Exiba os trechos indicados e promova um debate sobre o
filme. Proponha então que, individualmente, as crianças escrevam no caderno uma
síntese das mudanças observadas no que se refere a comportamento, avanços
tecnológicos, modo de vestir e construções.
Avaliação
Avalie
a participação no debate e se a síntese aborda os elementos levantados em sala
de aula.
Professora
Aline Souza Melo
professora
dos colégios Nova Escola e I. L. Peretz, ambos em São Paulo
Paisagem
Local
Atividade
Permanente
Caminhada
pelo entorno da escola
Objetivos
-reconhecer
a importância de se preservar as áreas verdes para a melhoria da qualidade de
vida e do meio ambiente;
-identificar
e mapear a presença do verde na escola e em seu entorno.
Conteúdo
-a
ocupação desordenada pelo homem do espaço que ocupa;
-o
desrespeito do homem com o meio ambiente;
-a
importância da preservação de áreas verdes em espaços urbanos para a melhoria
da qualidade de vida.
Ano
4º
e 5º
Tempo
estimado
5
aulas
Material
necessário
-recortes
de notícias atuais sobre mudanças climáticas encontradas em jornais, revistas,
artigos da internet;
-croqui
da escola e seu entorno, esse croqui pode ser conseguido aqui.
-máquina
fotográfica.
Desenvolvimento
1ª
aula: Divida os estudantes em grupos e entregue as reportagens. Peça que os
alunos leiam e discutam, com base nos seguintes questionamentos:
-O
que são mudanças climáticas? Por que acontecem?
-Que
conseqüências essas mudanças trarão ao homem?
-Que
atitudes o homem pode tomar para amenizar essas mudanças?
-A
presença de árvores e áreas verdes pode contribuir para a melhoria do meio
ambiente?
Conduza
um debate entre os grupos mostrando como o homem se apropria indevidamente do
espaço, desmatando áreas verdes e construindo sem planejamento. Saliente a
importância de atitudes diárias individuais para a transformação das condições
ambientais globais.
2ª
aula: Entregue um croqui, para que os estudantes possam mapear as árvores que
estão no entorno da escola durante a caminhada, e um questionário, que servirá
como roteiro de observação:
-você
observa muitas árvores nesta rua?
-em
que condições de preservação elas se encontram?
-toda
casa possui uma árvore?
-essas
árvores são novas ou antigas?
-são
árvores frutíferas? você consegue identificar algum morador (pássaro) na
árvore?
-qual
o benefício que uma árvore traz ao morador que a possui?
3ª
aula: Este é o momento de sair a campo. Leve os estudantes para fora da escola,
caminhe por todo o entorno, percorrendo ruas e parando sempre que encontrar uma
árvore para que eles possam realizar o registro e mapear a localização das
árvores no croqui.
Durante
o trajeto, fotografe os estudantes trabalhando, a paisagem e árvores
observadas.
4ª
aula: De volta à sala de aula, abra um círculo de debate. Deixe que contem o
que acharam da caminhada e das árvores que encontraram. Faça no quadro um
registro da observação do coletivo, anote as possíveis sugestões que surgirem.
5ª
aula: Faça um painel com as fotos tiradas e o registro coletivo. Ele servirá de
ponto de partida para ações futuras.
Avaliação
Divididos
em grupos, os estudantes deverão confeccionar cartazes sobre o que aprenderam
em relação as questões ambientais e a ação humana.Deverão fixarem nos murais da
escola com a finalidade de sensibilizarem os demais estudantes.
Consultoria:
Silmara Maria Cruz Paiva
Professora
de Geografia
Olhe
essa paisagem
Introdução
Sempre
há uma paisagem com a qual nos identificamos mais, onde nos sentimos "em
casa". E, é muito comum que a paisagem que mais nos conforta é aquela que
vivenciamos quando crianças. E de que forma a paisagem, coisa externa a nós,
passa a fazer parte da nossa vida? Como a apreendemos? Quais são os
referenciais que utilizamos numa paisagem, seja urbana ou outra, de forma a nos
movimentarmos com segurança? Como criamos referenciais na paisagem para nos
localizarmos e nos deslocarmos no nosso cotidiano? Como a paisagem, que já faz
parte da nossa vivência emocional, pode também ser fundamental para os nossos
deslocamentos? Tal percepção é algo que se aprende e pode ser explorado e
exercitado.
Num
primeiro momento é interessante pensar que apreendemos a paisagem de forma
escalar concomitantemente ao nosso crescimento. Num primeiro momento percebemos
a paisagem do nosso entorno mais imediato: a casa, o jardim, o quintal, os
pátios dos prédios. Depois vem a rua, as casas e praças vizinhas, o caminho da
escola. E achamos tudo muito grande.
Mas
também é interessante pensar que nos dias de hoje há diversas formas de
apreensão visual da paisagem. A primeira forma de apreensão é a frontal, que é
como as crianças se relacionam e apreendem suas paisagens mais imediatas. E é
desta forma que as representam. São os componentes de seus desenhos a visão
predominantemente frontal dos elementos da paisagem. E esta apreensão frontal,
na maior parte das vezes, é feita quando a criança está a pé. Ela utiliza,
portanto, métricas pedestres para localizar o que está mais perto e o que está
mais longe. E neste caso a topografia do terreno pode ter um valor
significativo: se o caminho é plano a criança pode considerá-lo muito mais
acessível que um caminho íngreme, por exemplo.
Agora,
nas grandes cidades, provavelmente haverá uma paisagem que a criança apreenderá
de forma cinemática. É a paisagem vista da janela do carro, do ônibus, do trem,
em seus deslocamentos cotidianos. Em movimento, como no cinema. E também será
uma paisagem que pode ser apreendida numa viagem ou para quem mora no campo e
pode realizar grandes deslocamentos. E esta paisagem estará também noutra
percepção escalar, os espaços percorridos serão mais amplos. A apreensão da
paisagem aqui poderá ser feita não individualmente, elemento por elemento, mas
poderá haver uma apreensão de conjunto: uma classificação por tipos de vias, se
ruas ou avenidas; as árvores serão apreendidas no seu conjunto, se tal paisagem
é mais ou menos arborizada; assim como as moradias, se predominam prédios ou
casas unifamiliares, por exemplo. A relação com esta paisagem será diferente
daquela apreendida a pé. E os referenciais também serão diversos daqueles
escolhidos numa paisagem local.
E
há ainda outra forma de apreensão da paisagem que é a do vôo do pássaro
(vertical), quando o deslocamento é feito por avião. Neste caso a escala de
apreensão deixará de ser local para ser regional ou talvez até global. E os
elementos componentes da paisagem terão outra dimensionalidade. Mas é uma
experiência que pode ser bastante restrita para algumas crianças, e na maior
parte das vezes não compõe o repertório visual que estas possuem sobre as
possíveis apreensões de uma paisagem. A visão vertical de uma paisagem poderá
ser suprida com uma foto aérea, e enquanto representação, pelo mapa.
Mas,
como estimular nas crianças a percepção e apreensão da paisagem e de seus
elementos? Como fazer com que os elementos da paisagem sejam utilizados como
referencial nos deslocamentos do dia a dia? É o que propõe esta atividade.
Objetivos
-
Exercitar a visualização e a apreensão da paisagem com os focos frontal e
cinemático;
-
Trabalhar a competência relativa à localização por meio de referenciais
definidos na paisagem.
Espera-se
como desdobramento desse plano de aula que as seguintes expectativas de
aprendizagem sejam alcançadas:
-
Que os alunos sejam capazes de observar e representar uma paisagem, por desenho
ou outras representações mais esquemáticas;
-
Que os alunos consigam identificar na paisagem elementos de referenciamento
local;
-
Que os alunos consigam realizar classificações da paisagem de forma a apreender
a paisagem nos níveis locais e regionais e nos enfoques frontal e cinemático.
Ano
3º,
4º, 5º e 6º
Tempo
estimado
3
aulas
Material
necessário
Cadernetas
de anotação
Folhas
de papel sulfite
Lápis
preto e colorido
Régua
Desenvolvimento
das atividades
Primeira
aula O (A) professor (a) pode fazer uma dinâmica inicial com os alunos sobre
qual ou quais são os entendimentos do termo paisagem. Após os alunos apresentarem
suas significações para o termo, o professor deverá expor uma idéia de paisagem
o mais ampla possível, que passa pela definição de que paisagem é tudo aquilo
que se apreende pelo olhar. Portanto, é o que tem existência física, um prédio,
uma árvore, um rio etc. Para se identificar e descrever uma paisagem é preciso
passar pelo olhar, pela observação. E saber olhar com enfoques específicos é
também um aprendizado.
Neste
momento o professor deverá expor a atividade que é exatamente olhar a paisagem
e depois representar esta paisagem. E também será exposta a forma de olhar esta
paisagem, que é uma apreensão na visão frontal, utilizando-se de métricas
pedestres e depois explicar a visão cinemática, onde a métrica de apreensão
será numa escala mais ampla. Se houver algum material audiovisual de descrição
de paisagem, como por exemplo, filmes onde os moradores descrevem o bairro, ou
algum filme que tenha a apreensão cinemática, os road movies. O professor
poderá selecionar alguns trechos destes filmes que mostram a paisagem em
movimento. Caso seja possível esta atividade, será necessária a previsão de
aula adicional para mostrar as imagens.
Na
primeira aula, o professor deverá explicar a atividade de observação da
paisagem no entorno da residência do aluno. O aluno deverá pedir o
acompanhamento de um adulto para realizar esta atividade, pois deverá
realizá-la a pé. As anotações ou até desenhos (ou croquis, caso o aluno já
tenha realizado alguma atividade de elaboração de croquis cartográficos, para o
exercício de representação vertical e de relação entre os objetos - o que está
ao lado do que) deverão ser feitos numa caderneta de anotação. É importante
ressaltar que o aluno deverá observar quais são as referências principais da
paisagem observada, por exemplo, quando ele explica a um amigo onde fica a sua
casa, qual é o elemento referencial da paisagem que chama mais atenção?
Segunda
aula A segunda aula da atividade deverá ocorrer após todos os alunos terem
feito a primeira observação da paisagem na visão frontal. De posse das
anotações, os alunos deverão realizar uma representação da paisagem com os
recursos que já foram desenvolvidos até o momento. Poderá ser uma representação
com os elementos da paisagem na visão frontal, poderá ser um misto de
representação frontal e vertical, onde os alunos conseguem representar o
traçado da rua, por exemplo, numa visão vertical e desenham os prédios, casas e
outras construções na visão frontal.
Na
representação os alunos deverão identificar quais são os elementos referenciais
da paisagem e fazer uma pequena justificativa sobre por que eles consideram
aquele elemento fundamental para a identificação e localização naquela
paisagem.
Terceira
aula Nesta aula será explicada a continuidade do procedimento de observação e
referenciamento da paisagem. Agora será a vez da apreensão cinemática da
paisagem. Para tal apreensão, o aluno deverá aproveitar algum deslocamento
feito em qualquer tipo de condução (carro, ônibus, trem) para efetuar a
observação. As anotações também deverão ser feitas numa caderneta, agora com o
enfoque de classificar os conjuntos homogêneos da paisagem e quais são os
elementos mais significativos e identificadores deste conjunto, que servem
também como referencial para o deslocamento e localização. Uma orientação que
pode ser dada para a anotação do aluno é que ele faça uma linha, que é o
trajeto do automóvel (ou do ônibus), onde serão anotados os elementos da
paisagem que ele considerou mais significativos. Caso seja difícil a anotação
em movimento, o aluno deverá efetuar a anotação assim que chegar a seu destino,
qual foi a memória da paisagem observada.
Quarta
aula Em sala de aula o professor deverá agora orientar a sistematização e
representação da observação da paisagem cinemática. O importante nesta segunda
representação é atentar para a classificação dos elementos da paisagem, que não
poderão mais constar no desenho ou croqui somente individualizados, mas também
enquanto parte de um conjunto que contenha certa homogeneidade, que possam
fazer parte de uma classe. As representações poderão conter, assim, uma
legenda, diversificando as classes que foram apreendidas pelo aluno para
classificação da paisagem. Para diversificação visual das classes, poderá ser
utilizado o lápis de cor, cores diferentes para classes diferentes.
Nesta
representação os alunos também deverão indicar quais foram os elementos da
paisagem referenciais no trajeto executado. Poderão fazer uma pequena descrição
e justificativa porque definiram tais elementos como referenciais para
localização na paisagem observada.
Avaliação
Além
da participação nas atividades propostas para desenvolver a percepção e
representação da paisagem, algumas atividades complementares podem ser
propostas e essas podem se constituir novas situações de avaliação. Os alunos
podem perguntar aos pais quais são os referenciais de deslocamento
identificados por eles nas mesmas paisagens observadas e representadas na
atividade. Será interessante também fazer a comparação entre alunos da classe
que observaram e representaram a mesma paisagem. O objetivo será verificar se
os referenciais na paisagem que fazem sentido para um adulto são também
representativos para uma criança, como por exemplo, sinais de trânsito, que
fazem sentido para quem dirige o veículo. Fazer pequenos relatos, orientandos
pelos professores. Algo assim pode enriquecer a atividade e servir para
verificar o envolvimento dos estudantes.
ALFABETIZAÇÃO:
PLANO PARA AULA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
por:
Colunista Portal - Educação
Desenvolvimento
de atividades de sala ajudam a criança a progredir
Áreas
de História e Geografia – No ensino fundamental o conteúdo desenvolvido nestas
áreas, necessariamente, remete-se a um cenário constituído pela experiência de
determinado grupo de pessoas com localização específica. Requer que o estudante
compreenda e estude as relações existentes em sua sociedade local, seus hábitos
e seus habitantes (escola, comunidade e cidade), bem como a sua própria
história de vida, identidade e autonomia.
Planejamento
Sugerido
Linha
do tempo
Séries
Iniciais / Conteúdo
A
história de vida de cada um.
Objetivos
Proporcionar
que o aluno construa sua realidade e conheça sua história de vida e a de sua
família anterior ao seu nascimento.
Atividades
1)
Solicitar aos pais um texto com o testemunho da história do filho e o que
estava acontecendo na cidade, programas de televisão, notícias variadas que
tenham relação com a época do nascimento da criança;
2)
Construir a linha do tempo da vida do aluno.
Recursos
e Previsão de Duração
Materiais
Utilizados: fotos dos alunos, desde o nascimento até a atualidade, notícias da
mesma época do nascimento dos alunos, folha de ofício e canetas coloridas.
Duração
das atividades:
Previsão:
de um a dois dias letivos.
Realização
das Atividades
As
fotos devem ser solicitadas aos pais para que o professor selecione. O texto
deverá ser lido para a turma. Em seguida, com a ajuda do professor, o aluno
constrói sua linha do tempo, reconstruindo sua história de vida, de acordo com
os acontecimentos ao seu redor.
Avaliação
Observações
e registros: O professor deverá observar se a criança compreendeu a relação de
sua história com os acontecimentos da época.
Fonte:
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PLANOS DE CURSO
http://gertrudesbentacosta.blogspot.com.br/2013/03/planos-de-curso-do-ensino-fundamental.html
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