Quem sou eu

Minha foto
Sou graduada em Geografia e pós graduada em Psicopedagogia, atuo como professora em escolas públicas de Jaraguá do Sul. Meu principal objetivo é usar esse espaço com meus alunos indicando materiais úteis a aprendizagem e dividir minhas descobertas e curiosidades com quem se identificar com os diversos temas que irei abordar.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Materiais aulas do Magistério






















































































PLANOS DE AULA
Pontos cardeais: orientação, lugar e paisagens
Aproveite o entorno da escola e as ferramentas disponíveis na internet para trabalhar o conhecimento sobre os pontos cardeais

Objetivos
- Ampliar as noções de referência espacial.
- Utilizar, no seu cotidiano e em mapas, os referenciais espaciais de localização e orientação.
- Representar os lugares onde vive e se relaciona.

Conteúdos
- Orientação pelo Sol.
- Pontos cardeais e colaterais.

Anos
3º a 5º

Tempo estimado
Seis a oito aulas.

Material necessário
Caderno de anotações, régua, papel e lápis.
Laboratório de informática com acesso a internet ou mapa do bairro e da cidade.

Flexibilização
Para alunos com deficiência intelectual
Uma conversa com os pais ou responsáveis por levar o aluno com deficiência intelectual à escola pode ser útil para que ele atente para a incidência do sol em diferentes momentos do dia. Se necessário, antecipe algumas etapas para que o seu aluno se familiarize com a proposta e repita algumas das atividades desta sequência, como a localização dos pontos cardeais tomando como base a posição do próprio corpo. É importante que o seu aluno compreenda que norte-sul, leste-oeste indicam direções opostas. Mostrar os pontos cardeais em mapas, no Google Maps ou mesmo marca-los com cartazes fixados na sala de aula são boas sugestões para ajudar na aprendizagem da criança com deficiência intelectual. O trabalho em duplas no jogo da rosa dos ventos, por exemplo, também contribui para o desenvolvimento do aluno. Explore materiais que tornem os pontos cardeais mais palpáveis para o aluno e próximos de seu cotidiano - as crianças com deficiência intelectual costumam ter mais dificuldade para compreender ideias abstratas. No contraturno, conte com a ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para desenvolver outras habilidades importantes para o desenvolvimento do aluno, como a coordenação motora e a comunicação.

Desenvolvimento
1ª etapa
Comece fazendo perguntas e peça que seus alunos registrem as respostas no caderno: como o Sol afeta cada um de vocês no trajeto de casa para a escola? Ele "bate" de que lado de seu corpo quando você se desloca (a pé, de carro ou de ônibus) nesse caminho? Em quais partes da sua casa tem Sol pela manhã? E à tarde? O Sol incide sobre a sala de aula enquanto estamos na escola? Em que horários? Solicite que nos próximos dias eles façam no caderno um diário das posições do Sol, anotando onde ele está quando acordam, quando vão para a escola e quando voltam para casa. Peça também que após as observações desenhem o trajeto de casa à escola ou vice-versa.

2ª etapa
Explique que o Sol surge todos os dias, não necessariamente no mesmo lugar, mas no mesmo lado da Terra e que este lado do planeta foi denominado desde a antiguidade de leste ou nascente. Informe também que o Sol se põe ou desaparece, também não exatamente no mesmo lugar, mas no mesmo lado da Terra e que este lado é chamado de oeste ou poente. Explique que tais nomes foram criados na antiguidade quando o homem pensava que o Sol girava em torno da Terra. Com base nos conhecimentos que os alunos obtiveram em suas observações ajude-os a identificar o leste. Solicite então que se levantem e fiquem de frente para a parede identificada como o lado leste e lembre que do lado contrário estará o lado oeste, do lado direito estará o sul e do lado esquerdo, o norte. Agora peça que apontem o braço direito para o lado leste e digam de que lado fica o oeste (do lado esquerdo), o norte (à frente) e o sul (nas costas).

Peça que todos saiam da posição, troquem de lugar e depois repita a atividade, pedindo agora que os alunos se posicionem de costas para o leste. Ajude-os a identificar as demais direções. Fazendo esses diferentes exercícios eles começarão a compreender que há várias possibilidades de utilizar o próprio corpo para se orientar no espaço.

3ª etapa
Informe que eles vão aprender a se orientar geograficamente em seus deslocamentos após entender os movimentos do Sol. Desenhe a rosa dos ventos no chão da sala e apresente os pontos cardeais e colaterais. Explique que os nomes dos pontos cardeais foram criados pelos homens para demarcar suas posições e deslocamentos no espaço, especialmente quando precisavam percorrer longas distâncias. Relembre que apesar do nome eles indicam todo um lado da Terra e não um ponto específico.

Proponha um jogo em que a turma se desloque pela sala. Um aluno dá o comando, o outro segue e depois troca (por exemplo: Miguel vá para o leste, João siga para sudeste, Pedro vá para Noroeste). Para facilitar o trabalho desenhe uma rosa dos ventos no chão do centro da sala de aula (lembre-se de fazer o desenho tendo como referência a posição real da sala em relação ao Sol e não simplesmente reproduzindo o desenho tal como ele aparece nos livros didáticos).

4ª etapa
Oriente os alunos a fazer o desenho de sua sala de aula e a produzir sua própria rosa dos ventos, colocá-la sobre seu desenho e utilizá-la para indicar sua posição, a dos colegas e de outros referenciais. 

5ª etapa
Peça que as crianças contem para os demais o que observaram com relação à posição do Sol em seus caminhos. Informe que agora eles aplicarão esses conhecimentos aos mapas.

Leve a turma para o pátio e peça que observe a posição do Sol e a localização de espaços como a quadra, a cozinha e o banheiro. Peça que olhem ao redor destacando o que fica em cada lado (norte, sul, leste e oeste) e depois que se desloquem em direção ao sul, até o ponto mais distante do pátio. Chegando ao extremo sul do pátio, oriente-os a ficar de frente para o norte, a anotar em sua folha as direções cardeais e colaterais e a desenhar o que estão vendo.

Explique que atualmente a maioria dos mapas utiliza o norte como referência (ou seja, apresentam na parte superior do papel os lugares e paisagens que ficam ao norte) porque se trata de uma convenção (ou regra) estabelecida pelos cartógrafos. Mostre a eles alguns mapas que ilustram essa afirmação (mapa-múndi, mapa do Brasil, mapa do Estado etc). Informe também que, embora seja uma convenção adotada atualmente, não há erro em utilizar outras referências para desenhar os mapas. Isso inclusive já foi feito no passado.

Você pode encontrar exemplos de mapas antigos no site do Laboratório de Cartografia Tátil e Escolar (Labtate) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e também no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Avaliação
Leve a classe ao laboratório de informática para explorar o mapa ou a imagem de satélite dos bairros em que residem. Um dos sites que você pode utilizar é o Google Maps.

Se os alunos não souberem o que é uma imagem de satélite e como utilizá-la para fazer mapas, você pode utilizar uma animação contida no site da UFSC.

Ajude-os a localizar sua cidade e seu bairro no mapa. Informe que este mapa (e imagem) está orientado a partir do norte e pergunte onde está o leste. Com base nessas informações os alunos deverão posicionar seu mapa (do trajeto casa-escola) com o do site (caso não os tenha produzido orientados para o norte) e compará-los procurando responder questões como: Em que direção você se desloca para ir da sua casa até a escola? Qual é a posição geográfica da escola em relação ao bairro ou à cidade?

Caso não tenha acesso à internet na escola, realize a mesma atividade utilizando um mapa (como aqueles disponíveis nas listas telefônicas) ou obtenha o mapa do bairro, da cidade ou fotografias aéreas nos órgãos públicos locais.

Analise o itinerário feito pelos alunos e confira as informações contidas em cada um.

Bibliografia
ALMEIDA, R.D. & PASSINI, E.Y. O Espaço Geográfico: Ensino e Representação. São Paulo: Contexto, 1994.
SIMIELLI, M. E. R. O Mapa Como Meio de Comunicação e a Alfabetização Cartográfica. In: ALMEIDA, R. D. de. Cartografia escolar. 2 ed., São Paulo: Contexto, 2008, p. 71-94.
SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In : CARLOS, Ana F. A. (org.). A geografia na sala de aula. São Paulo : Contexto, 1999, p.92-108. (Coleção Repensando o Ensino).
Oficina Pedagógica: Orientação pelo mapa. Autoria de BARROS, ARCHELA e GOMES. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/6778.
Site do Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (CDCC-USP). Disponível em: http://www.cdcc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/parte1a.html#parte-1a.

Consultoria: Loçandra Borges de Moraes
Professora do curso de Geografia da Universidade Estadual de Goiás.












































A cidade e a produção dos lugares

Objetivos
- Compreender a dinâmica dos espaços urbanos e seu significado para a vida cotidiana partindo da observação de paisagens do bairro da escola.

Conteúdos
- Paisagens urbanas.
- Dinâmica urbana: produção, circulação e moradia.
- Equipamentos e serviços urbanos.
- Setores da economia.

Anos
4º e 5º

Tempo estimado
7 aulas. 

Material necessário
Planta do bairro da escola e mapa da cidade ou computadores com o programa Google Earth, câmara fotográfica ou celular, mural de exposição, fotografias de paisagens urbanas.

Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Ao longo da primeira etapa, solicite ao aluno cego que compartilhe suas observações sobre a paisagem do bairro da escola: que dificuldades ele enfrenta para se locomover e chegar a até a escola? O que chama a atenção ao longo do percurso? Ofereça registros por escrito, em braile, a respeito da noção de paisagem e sobre a cidade ou o bairro. Os contornos das plantas da cidade e da escola devem ser feitos com cola de relevo, pedaços de barbante ou pontilhados, em braile. Pontos importantes podem ganhar preenchimentos com pedaços de tecido, algodão ou folhas secas (para localizar praças ou parques, por exemplo). Se necessário, amplie o tempo de realização de cada uma das etapas para que o aluno com deficiência visual acompanhe o desenvolvimento da sequência e conte sempre com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) para desenvolver habilidades específicas - como a leitura e a escrita no sistema braile ou o uso de softwares que permitem a navegação pela internet, como o Jauss.

Desenvolvimento
1ª etapa
Solicite aos alunos que observem a paisagem do bairro da escola, nos caminhos que percorrerem, procurando identificar aspectos relevantes do local. Eles podem citar o que notam nas características das ruas, praças, parques, pontos de comércio, serviços, indústria ou outra produção, moradias.

Para identificá-los, faça questões como: 1. O que é? 2. Onde está localizado? 3. Qual seu aspecto positivo ou o problema que se percebe em sua observação? 5. Por que ele está assim?

2ª etapa
Peça aos alunos que relatem as paisagens observadas. Indique as condições de manutenção e os benefícios/problemas que eles acarretam para o cotidiano dos que vivem no bairro.

Comente sobre a importância de saber observar as paisagens e o que ela pode revelar. Apresente explicações de elementos da produção do espaço urbano, destacando os processos de expansão, valorização e periferização. Explique a dinâmica da cidade e seus setores de atividades, destacando que o modo como os espaços são construídos e sua dinâmica está relacionado com as demandas da vida no bairro e também a requisitos da cidade e de outras cidades. Por exemplo: os modelos arquitetônicos de arranjo de praças são definidos por gestores da cidade, que padronizam o modo de "urbanizar" esses equipamentos em diversos lugares da cidade, com base em orientações tecno-científicas; os objetos vendidos no bairro são produzidos em outras partes da cidade, ou em outras partes do mundo, e pertencem a uma rede de produção.

Indique que as práticas das pessoas que vivem no bairro revelam um modo de ser do bairro, mas também se explicam por um modo de vida global predominante na atualidade. Leve, para ajudar na argumentação, fotografias de outros lugares da cidade e de outras cidades que mostrem pessoas circulando. Mostre também grupos utilizando transportes coletivos e carros; unidades residenciais de diferentes modelos arquitetônicos, espaços públicos de lazer, de saúde, casas de comércio e serviços (padarias, supermercados, lan-houses).

3ª etapa
Apresente a planta da cidade (ou localize a cidade no Google Earth) e localize, com os alunos, o bairro da escola. Explique a localização e o significado dessa localização para os alunos - trata-se de um espaço central ou periférico? Faz parte de uma área valorizada ou desvalorizada da cidade? Caracteriza-se como um bairro residencial ou de uso misto? Após a sua explicação, apresente a planta urbana do bairro da escola. Nela, trace alguns roteiros para percorrerem parte do bairro - veja de que maneira você consegue organizar essas saídas conforme a estrutura que tem na escola. Elabore a orientação do trabalho dos grupos: diga para observarem atentamente a paisagem, buscando apreender aqueles elementos destacados em sala de aula. Diga para escolherem "cenários" dessa paisagem para serem fotografados. Adapte essa situação para a sua realidade: se for viável, peça para os alunos mesmo fotografarem. Se não, faça as imagens conforme as indicações deles e registre as imagens que você acha essenciais. Para planejar o trabalho de campo com os alunos, prepare uma carta para a família de cada aluno explicando a atividade.

4ª etapa
Após o período do trabalho de campo, reúna o material fotográfico produzido. Em seguida, divida os alunos em grupos para selecionar as fotos, separando as imagens conforme os temas. 

5ª etapa
Diga aos alunos produzirem painéis unindo fotos e textos com comentários sobre o que as fotos revelam (o que se vê e o que se pode interpretar). Exponha os trabalhos em espaço da escola destinado a esse fim.

Avaliação
Debata sobre a experiência de conhecer o próprio bairro, comparando os elementos apontados na observação inicial e os apontados após a produção do painel fotográfico e as discussões em sala de aula.

Após o debate, cada grupo de alunos deve escrever um texto caracterizando o bairro, e destacando sua compreensão da valorização desse espaço em relação a outros espaços da cidade e a indicação de problemas evidenciados para sua gestão.

Consultoria: Lana de Souza Cavalcanti
Professora do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

"De Volta para o Futuro": explore as mudanças nos costumes e na paisagem de-volta-para-o-futuro
Introdução
Uma das mais famosas trilogias dos anos 1980, De Volta para o Futuro conta a história do adolescente Marty McFly, que, com a ajuda de um cientista, viaja para o passado na tentativa de mudar o futuro. Embora a associação do filme com a disciplina não seja imediata, a professora Aline Souza Melo, dos colégios Nova Escola e I. L. Peretz, ambos em São Paulo, afirma que é possível trabalhar o conteúdo relacionado à mudança de paisagem. As construções e acidade são diferentes no tempo de McFly e na época em que seus pais eram jovens. "O modo de vida, as roupas e a tecnologia disponível também", afirma.

Objetivo
Observar as mudanças da paisagem (construções e natureza) e dos modos de vida (roupas, costumes e tecnologia) ao longo do tempo.

Conteúdos
Paisagem, espaço e lugar.

Trechos selecionados
Cenas que retratem as mudanças na cidade: quando mostra o relógio da torre parado (8m56s a 11m44s) e funcionando (35m13s a 36m40s); quando ele entra na lanchonete (36m41s a 41m20s); e cenas que mostram a mudança de costumes: Marty no início do filme, com roupas dos anos 1980 (17m28s a 31m45s), e depois no baile, com seus pais vestidos para a festa (1h24m10s a 1h31m07s).

Atividade
Antes de exibir o filme, discuta com a turma sobre o conceito de paisagem. Pergunte como ela se modifica. Exiba os trechos indicados e promova um debate sobre o filme. Proponha então que, individualmente, as crianças escrevam no caderno uma síntese das mudanças observadas no que se refere a comportamento, avanços tecnológicos, modo de vestir e construções.

Avaliação
Avalie a participação no debate e se a síntese aborda os elementos levantados em sala de aula.

Professora Aline Souza Melo
professora dos colégios Nova Escola e I. L. Peretz, ambos em São Paulo

Paisagem Local
Atividade Permanente
Caminhada pelo entorno da escola
Objetivos
-reconhecer a importância de se preservar as áreas verdes para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente;
-identificar e mapear a presença do verde na escola e em seu entorno.

Conteúdo
-a ocupação desordenada pelo homem do espaço que ocupa;
-o desrespeito do homem com o meio ambiente;
-a importância da preservação de áreas verdes em espaços urbanos para a melhoria da qualidade de vida.

Ano
4º e 5º

Tempo estimado
5 aulas

Material necessário
-recortes de notícias atuais sobre mudanças climáticas encontradas em jornais, revistas, artigos da internet;
-croqui da escola e seu entorno, esse croqui pode ser conseguido aqui.
-máquina fotográfica.

Desenvolvimento
1ª aula: Divida os estudantes em grupos e entregue as reportagens. Peça que os alunos leiam e discutam, com base nos seguintes questionamentos:
-O que são mudanças climáticas? Por que acontecem?
-Que conseqüências essas mudanças trarão ao homem?
-Que atitudes o homem pode tomar para amenizar essas mudanças?
-A presença de árvores e áreas verdes pode contribuir para a melhoria do meio ambiente?
Conduza um debate entre os grupos mostrando como o homem se apropria indevidamente do espaço, desmatando áreas verdes e construindo sem planejamento. Saliente a importância de atitudes diárias individuais para a transformação das condições ambientais globais.

2ª aula: Entregue um croqui, para que os estudantes possam mapear as árvores que estão no entorno da escola durante a caminhada, e um questionário, que servirá como roteiro de observação:
-você observa muitas árvores nesta rua?
-em que condições de preservação elas se encontram?
-toda casa possui uma árvore?
-essas árvores são novas ou antigas?
-são árvores frutíferas? você consegue identificar algum morador (pássaro) na árvore?
-qual o benefício que uma árvore traz ao morador que a possui?

3ª aula: Este é o momento de sair a campo. Leve os estudantes para fora da escola, caminhe por todo o entorno, percorrendo ruas e parando sempre que encontrar uma árvore para que eles possam realizar o registro e mapear a localização das árvores no croqui.
Durante o trajeto, fotografe os estudantes trabalhando, a paisagem e árvores observadas.

4ª aula: De volta à sala de aula, abra um círculo de debate. Deixe que contem o que acharam da caminhada e das árvores que encontraram. Faça no quadro um registro da observação do coletivo, anote as possíveis sugestões que surgirem.

5ª aula: Faça um painel com as fotos tiradas e o registro coletivo. Ele servirá de ponto de partida para ações futuras.

Avaliação
Divididos em grupos, os estudantes deverão confeccionar cartazes sobre o que aprenderam em relação as questões ambientais e a ação humana.Deverão fixarem nos murais da escola com a finalidade de sensibilizarem os demais estudantes.

Consultoria: Silmara Maria Cruz Paiva
Professora de Geografia

Olhe essa paisagem

Introdução
Sempre há uma paisagem com a qual nos identificamos mais, onde nos sentimos "em casa". E, é muito comum que a paisagem que mais nos conforta é aquela que vivenciamos quando crianças. E de que forma a paisagem, coisa externa a nós, passa a fazer parte da nossa vida? Como a apreendemos? Quais são os referenciais que utilizamos numa paisagem, seja urbana ou outra, de forma a nos movimentarmos com segurança? Como criamos referenciais na paisagem para nos localizarmos e nos deslocarmos no nosso cotidiano? Como a paisagem, que já faz parte da nossa vivência emocional, pode também ser fundamental para os nossos deslocamentos? Tal percepção é algo que se aprende e pode ser explorado e exercitado.

Num primeiro momento é interessante pensar que apreendemos a paisagem de forma escalar concomitantemente ao nosso crescimento. Num primeiro momento percebemos a paisagem do nosso entorno mais imediato: a casa, o jardim, o quintal, os pátios dos prédios. Depois vem a rua, as casas e praças vizinhas, o caminho da escola. E achamos tudo muito grande.

Mas também é interessante pensar que nos dias de hoje há diversas formas de apreensão visual da paisagem. A primeira forma de apreensão é a frontal, que é como as crianças se relacionam e apreendem suas paisagens mais imediatas. E é desta forma que as representam. São os componentes de seus desenhos a visão predominantemente frontal dos elementos da paisagem. E esta apreensão frontal, na maior parte das vezes, é feita quando a criança está a pé. Ela utiliza, portanto, métricas pedestres para localizar o que está mais perto e o que está mais longe. E neste caso a topografia do terreno pode ter um valor significativo: se o caminho é plano a criança pode considerá-lo muito mais acessível que um caminho íngreme, por exemplo.

Agora, nas grandes cidades, provavelmente haverá uma paisagem que a criança apreenderá de forma cinemática. É a paisagem vista da janela do carro, do ônibus, do trem, em seus deslocamentos cotidianos. Em movimento, como no cinema. E também será uma paisagem que pode ser apreendida numa viagem ou para quem mora no campo e pode realizar grandes deslocamentos. E esta paisagem estará também noutra percepção escalar, os espaços percorridos serão mais amplos. A apreensão da paisagem aqui poderá ser feita não individualmente, elemento por elemento, mas poderá haver uma apreensão de conjunto: uma classificação por tipos de vias, se ruas ou avenidas; as árvores serão apreendidas no seu conjunto, se tal paisagem é mais ou menos arborizada; assim como as moradias, se predominam prédios ou casas unifamiliares, por exemplo. A relação com esta paisagem será diferente daquela apreendida a pé. E os referenciais também serão diversos daqueles escolhidos numa paisagem local.

E há ainda outra forma de apreensão da paisagem que é a do vôo do pássaro (vertical), quando o deslocamento é feito por avião. Neste caso a escala de apreensão deixará de ser local para ser regional ou talvez até global. E os elementos componentes da paisagem terão outra dimensionalidade. Mas é uma experiência que pode ser bastante restrita para algumas crianças, e na maior parte das vezes não compõe o repertório visual que estas possuem sobre as possíveis apreensões de uma paisagem. A visão vertical de uma paisagem poderá ser suprida com uma foto aérea, e enquanto representação, pelo mapa.

Mas, como estimular nas crianças a percepção e apreensão da paisagem e de seus elementos? Como fazer com que os elementos da paisagem sejam utilizados como referencial nos deslocamentos do dia a dia? É o que propõe esta atividade.


Objetivos
- Exercitar a visualização e a apreensão da paisagem com os focos frontal e cinemático;
- Trabalhar a competência relativa à localização por meio de referenciais definidos na paisagem.

Espera-se como desdobramento desse plano de aula que as seguintes expectativas de aprendizagem sejam alcançadas:

- Que os alunos sejam capazes de observar e representar uma paisagem, por desenho ou outras representações mais esquemáticas;
- Que os alunos consigam identificar na paisagem elementos de referenciamento local;
- Que os alunos consigam realizar classificações da paisagem de forma a apreender a paisagem nos níveis locais e regionais e nos enfoques frontal e cinemático.

Ano
3º, 4º, 5º e 6º

Tempo estimado
3 aulas

Material necessário
Cadernetas de anotação
Folhas de papel sulfite
Lápis preto e colorido
Régua

Desenvolvimento das atividades
Primeira aula O (A) professor (a) pode fazer uma dinâmica inicial com os alunos sobre qual ou quais são os entendimentos do termo paisagem. Após os alunos apresentarem suas significações para o termo, o professor deverá expor uma idéia de paisagem o mais ampla possível, que passa pela definição de que paisagem é tudo aquilo que se apreende pelo olhar. Portanto, é o que tem existência física, um prédio, uma árvore, um rio etc. Para se identificar e descrever uma paisagem é preciso passar pelo olhar, pela observação. E saber olhar com enfoques específicos é também um aprendizado.

Neste momento o professor deverá expor a atividade que é exatamente olhar a paisagem e depois representar esta paisagem. E também será exposta a forma de olhar esta paisagem, que é uma apreensão na visão frontal, utilizando-se de métricas pedestres e depois explicar a visão cinemática, onde a métrica de apreensão será numa escala mais ampla. Se houver algum material audiovisual de descrição de paisagem, como por exemplo, filmes onde os moradores descrevem o bairro, ou algum filme que tenha a apreensão cinemática, os road movies. O professor poderá selecionar alguns trechos destes filmes que mostram a paisagem em movimento. Caso seja possível esta atividade, será necessária a previsão de aula adicional para mostrar as imagens.

Na primeira aula, o professor deverá explicar a atividade de observação da paisagem no entorno da residência do aluno. O aluno deverá pedir o acompanhamento de um adulto para realizar esta atividade, pois deverá realizá-la a pé. As anotações ou até desenhos (ou croquis, caso o aluno já tenha realizado alguma atividade de elaboração de croquis cartográficos, para o exercício de representação vertical e de relação entre os objetos - o que está ao lado do que) deverão ser feitos numa caderneta de anotação. É importante ressaltar que o aluno deverá observar quais são as referências principais da paisagem observada, por exemplo, quando ele explica a um amigo onde fica a sua casa, qual é o elemento referencial da paisagem que chama mais atenção?

Segunda aula A segunda aula da atividade deverá ocorrer após todos os alunos terem feito a primeira observação da paisagem na visão frontal. De posse das anotações, os alunos deverão realizar uma representação da paisagem com os recursos que já foram desenvolvidos até o momento. Poderá ser uma representação com os elementos da paisagem na visão frontal, poderá ser um misto de representação frontal e vertical, onde os alunos conseguem representar o traçado da rua, por exemplo, numa visão vertical e desenham os prédios, casas e outras construções na visão frontal.
Na representação os alunos deverão identificar quais são os elementos referenciais da paisagem e fazer uma pequena justificativa sobre por que eles consideram aquele elemento fundamental para a identificação e localização naquela paisagem.

Terceira aula Nesta aula será explicada a continuidade do procedimento de observação e referenciamento da paisagem. Agora será a vez da apreensão cinemática da paisagem. Para tal apreensão, o aluno deverá aproveitar algum deslocamento feito em qualquer tipo de condução (carro, ônibus, trem) para efetuar a observação. As anotações também deverão ser feitas numa caderneta, agora com o enfoque de classificar os conjuntos homogêneos da paisagem e quais são os elementos mais significativos e identificadores deste conjunto, que servem também como referencial para o deslocamento e localização. Uma orientação que pode ser dada para a anotação do aluno é que ele faça uma linha, que é o trajeto do automóvel (ou do ônibus), onde serão anotados os elementos da paisagem que ele considerou mais significativos. Caso seja difícil a anotação em movimento, o aluno deverá efetuar a anotação assim que chegar a seu destino, qual foi a memória da paisagem observada.

Quarta aula Em sala de aula o professor deverá agora orientar a sistematização e representação da observação da paisagem cinemática. O importante nesta segunda representação é atentar para a classificação dos elementos da paisagem, que não poderão mais constar no desenho ou croqui somente individualizados, mas também enquanto parte de um conjunto que contenha certa homogeneidade, que possam fazer parte de uma classe. As representações poderão conter, assim, uma legenda, diversificando as classes que foram apreendidas pelo aluno para classificação da paisagem. Para diversificação visual das classes, poderá ser utilizado o lápis de cor, cores diferentes para classes diferentes.
Nesta representação os alunos também deverão indicar quais foram os elementos da paisagem referenciais no trajeto executado. Poderão fazer uma pequena descrição e justificativa porque definiram tais elementos como referenciais para localização na paisagem observada.

Avaliação
Além da participação nas atividades propostas para desenvolver a percepção e representação da paisagem, algumas atividades complementares podem ser propostas e essas podem se constituir novas situações de avaliação. Os alunos podem perguntar aos pais quais são os referenciais de deslocamento identificados por eles nas mesmas paisagens observadas e representadas na atividade. Será interessante também fazer a comparação entre alunos da classe que observaram e representaram a mesma paisagem. O objetivo será verificar se os referenciais na paisagem que fazem sentido para um adulto são também representativos para uma criança, como por exemplo, sinais de trânsito, que fazem sentido para quem dirige o veículo. Fazer pequenos relatos, orientandos pelos professores. Algo assim pode enriquecer a atividade e servir para verificar o envolvimento dos estudantes.



ALFABETIZAÇÃO: PLANO PARA AULA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA
por: Colunista Portal - Educação
Desenvolvimento de atividades de sala ajudam a criança a progredir
Áreas de História e Geografia – No ensino fundamental o conteúdo desenvolvido nestas áreas, necessariamente, remete-se a um cenário constituído pela experiência de determinado grupo de pessoas com localização específica. Requer que o estudante compreenda e estude as relações existentes em sua sociedade local, seus hábitos e seus habitantes (escola, comunidade e cidade), bem como a sua própria história de vida, identidade e autonomia.

Planejamento Sugerido
Linha do tempo

Séries Iniciais / Conteúdo
A história de vida de cada um.

Objetivos
Proporcionar que o aluno construa sua realidade e conheça sua história de vida e a de sua família anterior ao seu nascimento.

Atividades
1) Solicitar aos pais um texto com o testemunho da história do filho e o que estava acontecendo na cidade, programas de televisão, notícias variadas que tenham relação com a época do nascimento da criança;
2) Construir a linha do tempo da vida do aluno.

Recursos e Previsão de Duração
Materiais Utilizados: fotos dos alunos, desde o nascimento até a atualidade, notícias da mesma época do nascimento dos alunos, folha de ofício e canetas coloridas.
Duração das atividades:
Previsão: de um a dois dias letivos.

Realização das Atividades
As fotos devem ser solicitadas aos pais para que o professor selecione. O texto deverá ser lido para a turma. Em seguida, com a ajuda do professor, o aluno constrói sua linha do tempo, reconstruindo sua história de vida, de acordo com os acontecimentos ao seu redor.

Avaliação
Observações e registros: O professor deverá observar se a criança compreendeu a relação de sua história com os acontecimentos da época.


Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado

PLANOS DE CURSO


http://gertrudesbentacosta.blogspot.com.br/2013/03/planos-de-curso-do-ensino-fundamental.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário