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Sou graduada em Geografia e pós graduada em Psicopedagogia, atuo como professora em escolas públicas de Jaraguá do Sul. Meu principal objetivo é usar esse espaço com meus alunos indicando materiais úteis a aprendizagem e dividir minhas descobertas e curiosidades com quem se identificar com os diversos temas que irei abordar.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Geopolítica e temas relacionados

Normalmente, geopolítica é uma palavra associada aos assuntos que envolvem relações internacionais, acordos diplomáticos e toda espécie de conflito entre países, culturas ou disputas territoriais. É muito comum as pessoas entenderem geopolítica com uma síntese dos acontecimentos atuais de nossa sociedade. Essas definições estão muito vinculadas aos meios de comunicação, mas o conceito de geopolítica e a sua distinção em relação à geografia política ainda é motivo de debates entre cientistas sociais de diversas áreas de conhecimento. De fato, o conceito de geopolítica começou a ser desenvolvido a partir da segunda metade do século XIX por conta da redefinição de fronteiras na Europa e do expansionismo das nações europeias, o que ficou conhecido como imperialismo ou ainda neocolonialismo. Podemos destacar as análises realizadas pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), responsável pela criação do determinismo geográfico e da Teoria do Espaço Vital. Num cenário político de unificação da Alemanha, em contraponto ao expansionismo já consolidado de Rússia, Inglaterra, França e até mesmo dos Estados Unidos, Ratzel ajudou a criar uma Geografia Alemã que se prontificou em justificar as conquistas territoriais da Alemanha.Para Ratzel, a dominação plena de um determinado território caracterizaria o Estado. Dessa forma, o saber geopolítico apontaria para o Estado como centralizador de decisões estratégicas, o que legitimou as ações imperialistas da Alemanha, como pode ser observado nas disputas que originaram as duas grandes guerras e, em parte, nos preceitos utilizados pelo nazismo.Em oposição aos postulados de Ratzel, podemos citar o geógrafo francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918), que criou outra abordagem, conhecida como possibilismo. Ao final do século XIX a França ainda não tinha um conhecimento geográfico estabelecido e, com receio das pretensões alemãs, o Estado francês entregou a La Blache a responsabilidade de criar uma Geografia Francesa. Segundo La Blache, o espaçogeográfico não deveria ser o único objetivo de uma nação, pois seria preciso considerar o tempo histórico, as ações humanas e demais interações, o que na verdade acabou lançando as bases para uma geografia regional. Assim, a soberania sobre um território estaria vinculada ao conhecimento regional, como a compreensão das formas de relevo, aspectos climáticos, economia, população entre outros.Dentro desse contexto podemos também citar o geógrafo britânico Halford Mackinder (1861-1947), que publicou no ano de 1904 o ensaio "O Pivô Geográfico da História”, que destacava o poder das conquistas territoriais continentais, apresentando uma maior preocupação com a ocupação da Europa Centro-Oriental, até porque os transportes terrestres começavam a favorecer a interiorização das ocupações, mudando um pouco as estratégias que até então depositavam maior importância nas conquistas marítimas. Mas foi o jurista sueco Rudolf Kjellén (1864-1922), seguidor das ideias de Ratzel, quem criou o termo geopolítica no ano de 1916, procurando estabelecer relações entre os acontecimentos políticos e os aspectos geográficos. Cabe ressaltar que, nos dias atuais, a geopolítica é considerada como uma frente teórica que compreende o território e as suas nuances políticas, não apenas no plano externo como também nas questões internas a um determinado Estado-nação. O período conhecido como Guerra Fria expressou muitos dos princípios da geopolítica, pois envolveu uma grande disputa ideológica e territorial entre duas potências, a União Soviética e os Estados Unidos, com grande ênfase no papel do Estado no que tange às decisões estratégicas e na definição de valores e padrões sociais. Com o final da Guerra Fria, as maiores discussões geopolíticas correspondem ao combate ao terrorismo, à questão nuclear, às redefinições de fronteiras nos países africanos e do Oriente Médio e até mesmo aos problemas socioambientais. Algumas problemáticas como o aumento do alcance das organizações transnacionais frente aos Estados, o crescimento econômico chinês e a formação dos blocos econômicos podem ser agrupados em uma nova ramificação teórica conhecida como geoeconomia.
Por tudo isso que foi exposto, utilizaremos este canal de geopolítica não apenas para apresentar alguns dos temas atuais e os principais conflitos internacionais, mas contextualizar esses acontecimentos de forma crítica e engajada com teorias científicas. Júlio César Lázaro da Silva
Brasilescola


Conceitos:É comum haver confusão entre os conceitos de Estado, Nação e Governo. Muitas pessoas acreditam que tais expressões possuem o mesmo significado, entretanto, trata-se de assuntos bem diferentes.Por Estado entende-se a unidade administrativa de um território. Não existe Estado sem território. O Estado é formado pelo conjunto de instituições públicas que representam, organizam e atendem (ao menos em tese) os anseios da população que habita o seu território. Entre essas instituições, podemos citar o governo, as escolas, as prisões, os hospitais públicos, o exército, dentre outras.Dessa forma, o governo seria apenas uma das instituições que compõem o Estado, com a função de administrá-lo. Os governos são transitórios e apresentam diferentes formas, que variam de um lugar para outro, enquanto os Estados são permanentes (ao menos enquanto durar o atual sistema capitalista).A Nação, por outro lado, tem seu conceito ligado à identidade, à cultura e aos aspectos históricos. Por nação entende-se um agrupamento ou organização de uma sociedade que partilha dos mesmos costumes, características, idioma, cultura e que já possuem uma determinada tradição histórica.Alguns autores chegam a afirmar que o Estado seria a institucionalização da Nação. Entretanto, observa-se a existência de Estados com muitas nações – ou multinacionais – e algumas nações sem Estado constituído.Um exemplo de Estado multinacional é o Brasil, que possui habitantes de diferentes costumes e etnias, como os indígenas e os habitantes da região do pampa gaúcho (que habitam o Sul do Brasil e partes da Argentina e do Uruguai). Entre as nações sem Estado, é destaque a situação dos curdos, um povo que habita regiões do Oriente Médio e que não possui o seu próprio território, isto é, o seu Estado constituído.
Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas.O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força com as idéias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam Smith.Podemos citar como princípios básicos do liberalismo:- Defesa da propriedade privada;- Liberdade econômica (livre mercado);- Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado);- Igualdade perante a lei (estado de direito);Na década de 1970 surgiu o neoliberalismo, que é a aplicação dos princípios liberais numa realidade econômica pautada pela globalização e por novos paradigmas do capitalismo.Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.Características do Neoliberalismo (princípios básicos):-           mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;-           pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;-           política de privatização de empresas estatais;-           livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;-           abertura da economia para a entrada de multinacionais;-           adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
O Neoliberalismo é uma releitura do Liberalismo Clássico. Embora o termo tenha sido cunhado em 1938 pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow, o Neoliberalismo  só ganharia efetiva aplicabilidade e reconhecimento na segunda metade do século XX, especialmente a partir da década de 1980. Nesta época, houve um grande crescimento da concorrência comercial, muito em função da supremacia que o capitalismo demonstrava conquistar sobre o sistema socialista. Mesmo ainda no decorrer da Guerra Fria, as características do conflito já eram muito diferenciadas das existentes nos anos imediatamente posteriores ao fim da Segunda Guerra Mundial. A União Soviética já havia se afundado em uma grave crise que apontava para o seu fim inevitável. Enquanto isso, o capitalismo consolidava-se como sistema superior e desfrutava de maior liberdade para determinar as regras do jogo econômico.O crescimento comercial foi notório e, para enfrentar a concorrência, medidas foram tomadas no Reino Unido e nos Estados Unidos. As principais características dessas medidas foram a redução dos investimentos na área social, ou seja, no que se refere à educação, saúde e previdência social. Ao mesmo tempo, adotou-se como prática também a privatização das empresas estatais, o que se aliou a uma perde de poder dos sindicatos. Passou-se a defender um modelo no qual o Estado não deveria intervir em nada na economia, deixando-a funcionar livremente. Ou seja, considerando-se as características do novo momento, uma releitura da forma clássica do Liberalismo.
Capitalismo
Socialismo
O Fórum Social Mundial (FMS) é um encontro anual internacional articulado por movimentos sociais, ONG’s e pela comunidade civil para discutir e lutar contra o neoliberalismo, o imperialismo e, sobretudo, contra desigualdades sociais provocadas pela Globalização. É caracterizado por ser não governamental e apartidário, apesar de alguns partidos e correntes partidárias participarem ativamente dos debates e discussões.Nos encontros do FMS objetiva-se promover debates abertos descentralizados, assim como a formulação de propostas que sirvam de alternativas para o padrão econômico e social mundial, a troca de experiências entre os diversos movimentos sociais e a promoção de uma articulação entre pessoas, movimentos e instituições que se opõem ao neoliberalismo. O primeiro encontro do Fórum Social Mundial aconteceu em 2001, na cidade de Porto Alegre (RS). Nesse encontro, quatro grandes temas foram debatidos: a) a produção de riquezas e a reprodução social; b) o acesso às riquezas e à sustentabilidade; c) a afirmação da sociedade civil e dos espaços públicos e d) poder político e ética na nova sociedade.
O Fórum Econômico Mundial (FEM) é uma organização internacional localizada em Genebra (Suíça), responsável pela organização de encontros anuais com a participação e colaboração das maiores e principais empresas do mundo. Os encontros são realizados, em sua maioria, na cidade suíça de Davos e, em razão disso, também são conhecidos como Fórum de Davos. Foi criado em 1971 com o nome de Fórum Europeu de Gerenciamento. Segundo os próprios organizadores, o principal objetivo do Fórum Econômico Mundial é “melhorar a situação do mundo”, através de ações tomadas e executadas por líderes mundiais, grandes economistas, investidores e empresários. Os membros componentes do FEM preconizam a irreversibilidade da globalização, de forma que é preciso estudar e compreender os seus impactos sobre o mundo, de forma a minimizar os efeitos negativos e potencializar os seus pontos positivos.O Fórum de Davos já foi diversas vezes utilizado como plataforma neutra para estabelecimento de relações diplomáticas e realização de pactos e acordos. Um dos acontecimentos mais marcantes foi o encontro entre Nelson Mandela e o então presidente da África do Sul e inimigo Frederik Willem de Klerk. Entretanto, desde o final do século XX e início do século XXI, as críticas sobre o FEM vêm aumentando significativamente por ativistas e militantes de movimentos de esquerda e antiglobalização. A oposição contra o Fórum de Davos se ampliou após a realização do I Fórum Social Mundial, em 2001, na cidade de Porto Alegre.Entres as principais críticas estão as acusações de que o Fórum Econômico Mundial, por considerar a Globalização como irreversível e incentivar o progresso econômico, contribui para a ampliação da miséria e pobreza no mundo, bem como para a agressão ao meio ambiente, uma vez que a economia de mercado e a Globalização seriam responsáveis por tais questões.Além da realização do Fórum Social Mundial, muitos protestos marcaram a realização do FEM. Em 2003, a onda de protestos chegou a quebrar uma janela de uma lanchonete do Mcdonalds, o que fez com que os organizadores reforçassem a segurança do encontro e estabelecessem um grande perímetro de proteção e isolamento. Os altos gastos com a segurança também são alvos de profundas críticas.
Maiores potências econômicas 2014 Esse é o ano em que o Brasil deve superar outros países e subir para a quinta colocação. A expectativa é que o país, em 2014, alcance um PIB de 2,685 trilhões de dólares.
ColocaçãoPaísPIB
Estados UnidosUS$ 16,913 trilhões
ChinaUS$ 9,926 trilhões
JapãoUS$ 6,163 trilhões
AlemanhaUS$ 3,462 trilhões
BrasilUS$ 2,685 trilhões
Reino UnidoUS$ 2,652 trilhões
FrançaUS$ 2,622 trilhões
ÍndiaUS$ 2,315 trilhões
RússiaUS$ 2,308 trilhões
10ºItáliaUS$ 1,983 trilhão
Total TOP 10US$ 51,027 trilhões
DesenvolvidasUS$ 33,793 trilhões
EmergenteUS$ 17,234 trilhões
A globalização é um fenômeno caracterizado pela intensificação das relações econômicas, comerciais e culturais entre os países, onde as constantes inovações tecnológicas nas áreas de transportes e telecomunicações são capazes de diminuir as distâncias e transcender as fronteiras nacionais. Se buscarmos um ponto de partida para o processo de globalização, podemos destacar o advento das Grandes Navegações, quando ocorreu um incremento do comércio entre as mais diferentes partes do globo. Esse marco histórico foi seguido por uma necessidade de aumentar a escala de produção, o que culminou com a Revolução Industrial durante os séculos XVIII e XIX. Nesse período, as modificações na estrutura de produção substituíram gradualmente o trabalho artesanal e a manufatura, principalmente com a introdução da máquina a vapor e posteriormente a utilização da energia elétrica. Já no século XX a expansão dos mercados financeiros e das empresas transnacionais correspondeu ao evento mais relevante no que diz respeito à ampliação dos fluxos de capitais e mercadorias no mundo globalizado. A partir da década de 1950 as empresas transnacionais começaram a direcionar suas filiais para os países subdesenvolvidos e, em pouco tempo, passaram a dominar o comércio internacional. Quanto mais essas empresas foram crescendo, expandindo seus mercados, necessitaram de mais investimentos tecnológicos e da aplicação de novos métodos de produção. Esses métodos estabeleceram uma maior flexibilidade nos sistemas de inovação e fabricação dos produtos, a fim de atender mercados consumidores de localidades distintas e aproveitar da melhor maneira possível a utilização do espaço, das matérias-primas e da mão de obra. O setor de transportes precisou se adaptar às novas demandas para garantir uma distribuição eficiente e segura das mercadorias.O conjunto de modificações tecnológicas que ocorreram a partir da década de 1970 ficou conhecido como Revolução Técnico-Científica. Além de alterar a estrutura de produção e comercialização, essas transformações introduziram descobertas que conduziram ao atual modelo de telecomunicações. Entre essas descobertas, podemos identificar a robótica, a microeletrônica e os satélites. A Revolução Técnico-Científica contribuiu para o desenvolvimento de produtos que utilizamos em nosso cotidiano como os microcomputadores, smartphones e tablets, responsáveis pelo acesso às redes sociais e pela transmissão de grande quantidade de informações em tempo real. Essas ferramentas também determinaram a integração das bolsas de valores ao redor do mundo e permitiram um fluxo dinâmico e constante de informações, capitais e mercadorias.Atualmente a globalização está em uma etapa de interações avançadas entre os países, o que está evidente nas crises cíclicas do sistema capitalista, que estão alcançando cada vez mais rapidamente as nações mais industrializadas. Outro fato marcante é que os países considerados emergentes estão começando a participar mais ativamente do sistema econômico-financeiro mundial, posto que a inserção desses países, até duas décadas atrás, estava limitada à periferia do capitalismo mundial e ao fornecimento de matérias-primas. O processo de globalização desencadeou vários problemas socioeconômicos em diversas partes do globo, inclusive nos países desenvolvidos. Esse fenômeno originou os movimentos antiglobalização, formados por distintas organizações da sociedade civil como, por exemplo, Organizações Não Governamentais (ONGs), sindicatos, movimentos ambientalistas, grupos indígenas, entre outros. A maioria desses movimentos argumenta que as transnacionais obtiveram muito poder com o processo de globalização e que essas empresas estão dando forma ao mundo de acordo com os seus interesses econômicos, fato que tem intensificado as disparidades sociais, além de ter promovido a degradação ambiental. Os movimentos antiglobalização são heterogêneos, tendo focos de atuação diferentes. São considerados movimentos de cidadãos que lutam pela justiça e por uma política econômica e social mais igualitária, que possa reduzir as discrepâncias entre os povos do planeta. A primeira grande manifestação realizada por grupos antiglobalização ocorreu no final do século XX, durante um evento organizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que reuniu representantes de 130 países em Seattle (EUA) para “Rodada do Milênio”, que discutiu as perspectivas do comércio internacional para o século XXI. Outro evento antiglobalização de muita importância é o Fórum Social Mundial (FSM), cujo principal objetivo é organizar um encontro mundial de pessoas e movimentos sociais contrários às políticas neoliberais do FEM (Fórum Econômico Mundial). A primeira edição do Fórum Social Mundial foi realizada em 2001, na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande Sul, Brasil. Nessa ocasião, mais de 20 mil pessoas, de 117 países diferentes, se reuniram para manifestar contra as políticas neoliberais do Fórum Econômico Mundial (FEM), sob o lema “Um outro mundo é possível”. O Fórum Social Mundial ganhou força e representatividade e, atualmente, é o principal movimento antiglobalização. Novas edições foram realizadas em Porto Alegre (2002 e 2003), Mumbai, capital da Índia (2004), Caracas, capital venezuelana (2006), Nairóbi, no Quênia (2007) e Belém, Brasil, (2009). Um fato irônico desses movimentos antiglobalização é que eles, na maioria das vezes, são organizados e divulgados utilizando a internet como ferramenta, sendo que essa é o principal símbolo do processo de globalização, visto que proporciona condições de comunicação entre usuários espalhados por diversos países do mundo. Prós e Contras A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro. No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos. A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.
O processo revolucionário francês teve grande importância para que uma nova perspectiva se firmasse dentro da Europa. Durante esse evento, muitos revolucionários interpretavam a sua luta como a ação tomada em defesa dos interesses de seu próprio país. Nobres, conservadores, membros da Igreja e os exércitos estrangeiros eram vistos como os grandes inimigos da nação. A partir dessa perspectiva tínhamos delineado as primeiras manifestações do sentimento nacionalista. No século XIX, vários intelectuais passaram a discutir quais seriam os elementos históricos e culturais que poderiam definir a identidade nacional. Muitas vezes, buscando a construção de um argumento forte, os pensadores do nacionalismo procuravam na língua, nos mais diversos comportamentos e na História a definição do perfil comum dos indivíduos pertencentes à nação. Não raro, argumentos de ordem mítica reforçavam um ideal de superioridade a ser compartilhado. Comparativamente, a doutrina nacionalista colocava a defesa da nação acima de outras experiências e instituições tais como o Estado, a Igreja, o partido político ou o sindicato. Paralelamente, também devemos destacar que o sentimento nacional provocou transformações profundas na relação das nações entre si. O verdadeiro nacionalista deveria sempre acreditar e perceber que a soberania de sua nação estava acima dos interesses particulares e das ameaças estrangeiras. Para os liberais, o nacionalismo acabava sendo interpretado como um grande desdobramento do próprio liberalismo. Afinal de contas, a busca pelo direito de escolher seu próprio governo, criar suas próprias leis e defender o território integravam o amplo conjunto de lutas que garantiriam a liberdade e a igualdade. Em contrapartida, podemos ver que este movimento ia de encontro às doutrinas socialistas que conclamavam a união dos trabalhadores de todo o mundo.No campo das ações históricas, o nacionalismo serviu de inspiração para importantes eventos do século XIX. Em 1848, durante a chamada “Primavera dos Povos”, várias ações revolucionárias tomaram a Europa. Em muitas dessas ocasiões, a defesa dos “interesses nacionais” acabou servindo de mola propulsora contra as injustiças e os resquícios do regime absolutista. A partir de então, o Velho Mundo se modificara com a aparição de novos governos e nações como Alemanha, Itália e Hungria.Não se restringindo a esse movimento específico, podemos ver que o pensamento nacionalista também influenciou no acirramento das rivalidades entre diferentes países. Durante a era imperialista, a disputa por zonas de exploração econômica acabou alimentando a rivalidade entre diferentes países. Chegando ao século XX, podemos ver as guerras mundiais e os movimentos totalitários como outras experiências ligadas à perspectiva nacionalista.
Povos sem pátria
Conflitos na Irlanda do Norte O conflito na Irlanda do Norte se estende desde o século XX, quando a população da Irlanda iniciou inúmeros protestos contra a dominação do Reino Unido sobre o país. Com isso, a ilha foi dividida em Irlanda e Irlanda do Norte, a segunda ainda sob o domínio britânico.Na Irlanda do Norte, a maioria protestante (58%) da população se manifesta em apoio à integração do país à Grã-Bretanha, enquanto a minoria católica defende a independência e a integração com a Irlanda (onde os católicos formam ampla maioria). Com isso, muitos conflitos, protestos e atentados dos dois lados aconteceram – com destaque para a organização terrorista católica IRA (Irish Republican Army – Exército Republicano Irlandês). Em 1999, foi assinado um acordo no qual o IRA aceitou depor as suas armas. Nesse acordo, a Irlanda do Norte continuou pertencendo ao Reino Unido, entretanto, seria montado no país um governo autônomo no qual os católicos teriam direito a voz.
Espanha: catalães e bascos A Espanha apresenta duas grandes nações, além dos espanhóis, dispostas em seu território: os catalães e os bascos. Ambas desejam a formação de seus respectivos Estados Nacionais, com a diferença de que, entre os bascos, existem ações e programas separatistas mais radicais. A estratégia catalã é tentar através da via institucional a conquista de sua independência e a criação do País da Catalunha. Entretanto, em 2010, o Tribunal Constitucional da Espanha rejeitou oficialmente o reconhecimento da Catalunha como uma nação, negando ações judiciais que solicitavam a preferência do uso do catalão em detrimento do espanhol nos órgãos públicos da região. Caso tal reconhecimento tivesse sido firmado, o movimento pela emancipação dos catalães poderia ganhar maior força. Entre os bascos foi criada, em 1975, em busca da independência, a organização terrorista ETA (sigla em basco que significa Pátria Basca e Liberdade). Essa organização teve o intuito inicial de combater o ditador espanhol Francisco Franco que realizou uma violenta repressão sobre os bascos. Após a redemocratização do país, os bascos conseguiram certa autonomia política na região, mas sem deixarem de pertencerem ao território espanhol. Com isso, mesmo sem o apoio da população, o ETA prosseguiu com a realização de duros e violentos atentados. Em 2007, finalmente resolveram depor as suas armas.
Ruanda e Burundi: hútus x tutsis Os territórios dos países Ruanda e Burundi são palco de uma sangrenta luta entre Hútus e Tútsis, duas etnias africanas que lutam pelo controle territorial desses dois países. Ambos os territórios, após a partilha da África, formavam um único país, denominado Ruanda-Urundi, que pertencia à Alemanha. Após a derrota dos alemães na Primeira Guerra Mundial, a partir de 1919, o país passou a pertencer à Bélgica. Os belgas então escolheram a minoria tútsi (15% da população) para governar o país, subjugando a maioria hútu. Em 1959, após inúmeros protestos dos hútus, houve uma separação entre Ruanda e Burundi. Em 1961, Ruanda conseguiu a sua independência e passou a ser uma República administrada, dessa vez, pelos hútus. Os tútsis, perseguidos, exilaram-se nos países vizinhos, inclusive em Burundi, que também conseguira sua independência. Ao longo dos anos, os conflitos entre Ruanda e Burundi e entre hútus e tútsis até hoje se mantêm, com sucessivas tréguas e retomadas de embates, acarretando em uma grande quantidade de mortes na região.
Conflito de Darfur, Sudão. Darfur é uma região localizada na porção Oeste do Sudão, país do continente africano. Nesse local ocorre, desde 2003, uma dura guerra civil entre povos árabes e povos não árabes. O governo sudanês vem apoiado o grupo miliciano árabe denominado Janjaweed, que vem perseguindo e aniquilando os povos não arabizados. Apesar do Conflito de Darfur ter iniciado em 2003, o Sudão – que é, atualmente, o maior país da África – sofre com as sucessivas guerras civis desde 1956, quando conseguiu sua independência junto ao Reino Unido. Em 2006, o Conselho de Segurança da ONU enviou tropas para a intervenção sobre o conflito e impôs sérias sanções sobre o governo sudanês a fim de coibir o comércio e a proliferação de armas no país. Entretanto, o Sudão continua fornecendo armas para os Janjaweed e a guerra civil – a terceira da história do país – parece estar longe de terminar.
Crise politica
Gás boliviano e Brasil
Mundo Árabe/ Primavera Árabe
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.Paz Armada Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas. Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. Alguns países membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia. Corrida Espacial EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana. Caça às Bruxas Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.A divisão da Alemanha Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista."Cortina de Ferro" Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente). Plano Marshall e COMECON As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas. Envolvimentos Indiretos Guerra da Coreia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista. Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. Fim da Guerra Fria e consequências A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
A Nova Ordem Mundial
O século XIX, era a época de forte domínio político  e mercadológico da Grã-Bretanha, país que também exercia forte influência militar. O mesmo poder fora desenvolvido pelos EUA no século XX, que introduziu o “american way life” em todo o planeta, forte influência econômica e política conquistada no período entre guerrasAlém da supremacia norte-americana, houve o domínio soviético no leste-europeu, países da Ásia, África e Cuba, alimentando o conflito ideológico político da Guerra Fria  com os EUA. Para muitos especialistas em geopolítica, o século XX terminou em 1989, com a queda do muro de Berlim e do fim da Guerra Fria, através da extinção da URSS. A União Europeia iniciou a sua consolidação em 1993, e com a emergência de mercados promissores na Ásia, destacando-se a China, a competição pelo “Domínio Geopolítico” deixa de ser ideológico e militar, para ser de ordem econômica. A competição econômica atual não divide o mundo entre parceiros de um lado e inimigos do outro, tanto que Hugo Chávez, como presidente da Venezuela e defensor do new-populismo é crítico feroz dos EUA, mas mantém ótima relação comercial com os “yankes” norte-americanos.Com o surgimento de novos mercados e campo de negócios maior nos países emergentes, países ricos como EUA, Alemanha, Inglaterra e Japão se viram como vítimas mais frágeis da crise mundial desencadeada em 2008, em virtude dos títulos podres do sistema financeiro norte-americano. Por outro lado, a crise se demonstrou mais branda em economias emergentes como Brasil, China e Índia. Dentro desta perspectiva, há a teoria de que o mundo não será mais regido por uma única potência, mas por várias nações detentoras de conhecimentos e condições específicas, tornar-se-ão potências em determinadas áreas, haverá a potência em energia, em biotecnologia, em meio ambiente, em sistema financeiro, em tecnologia, entre outros setores, aprofundando o intercâmbio entre as nações, e quem sabe a realização de uma humanidade com mais acesso à educação e oportunidades distribuídas de maneira equitativa no planeta, o que permitiria a construção de uma paz social planetária.Por Fernando Rebouças
 Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano político. A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito. A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000. Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.Mudanças na hierarquia internacional Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em 1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada. A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo. É possível perceber, no mapa acima, que a divisão entre norte e sul não corresponde à divisão estabelecida usualmente pela Linha do Equador, uma vez que os critérios utilizados para essa divisão são econômicos, e não cartográficos. Percebe-se que alguns países do hemisfério norte (como os Estados do Oriente Médio, a Índia, o México e a China) encontram-se nos países do Sul, enquanto os países do hemisfério sul (como Austrália e Nova Zelândia), por se tratarem de economias mais desenvolvidas, encontram-se nos países do Norte. No mapa acima também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais atores econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se estender para além da divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua nas mais diversas áreas do mundo, com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.A “Guerra ao terror” Como vimos, após o final da Guerra Fria, os Estados Unidos se viram isolados na supremacia bélica do mundo. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do arsenal nuclear da União Soviética, o país mergulhou em uma profunda crise ao longo dos anos 1990 e início dos anos 2000, o que não permitiu que o país mantivesse a conservação de seu arsenal, pois isso custa muito dinheiro. Em face disso, os Estados Unidos precisavam de um novo inimigo para justificar os seus estrondosos investimentos em armamentos e tecnologia bélica. Em 2001, entretanto, um novo inimigo surgiu com os atentados de 11 de Setembro, atribuídos à organização terrorista Al-Qaeda. A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem ainda mais com armas. A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem ainda mais com armas. Com isso, sob o comando do então presidente George W. Bush, os Estados Unidos iniciaram uma frenética Guerra ao Terror, em que foram gastos centenas de bilhões de dólares. Primeiramente os gastos se direcionaram à invasão do Afeganistão, em 2001, sob a alegação de que o regime Talibã que governava o país daria suporte para a Al-Qaeda. Em segundo, com a perseguição dos líderes dessa organização terrorista, com destaque para Osama Bin Laden, que foi encontrado e morto em maio de 2011, no Paquistão. O que se pode observar é que não existe, ao menos por enquanto, nenhuma nação que se atreva a estabelecer uma guerra contra o poderio norte-americano. O “inimigo” agora é muito mais difícil de combater, uma vez que armas de destruição em massa não podem ser utilizadas, pois são grupos que atacam e se escondem em meio à população civil de inúmeros países. Principais consequências da Guerra Fria no mundo - Formação de alianças militares. Os países capitalistas, liderados pelos Estados Unidos, formaram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Enquanto o bloco socialista, liderado pela União Soviética, formou o Pacto de Varsóvia. - Aumento da produção de armamentos no mundo, principalmente de armas nucleares pelas grandes potências. - Aumento de conflitos políticos e diplomáticos envolvendo Estados Unidos e União Soviética. - Desenvolvimento de redes de espionagem militar e política. - Apoio indireto, principalmente militar, por parte de Estados Unidos e URSS à golpes militares em países da África e América. - Extinção das relações econômicas, culturais e até esportivas entre os países do bloco capitalista e os do socialista. - Corrida Armamentista e Espacial entre Estados Unidos e União Soviética. Era uma forma de provar para o mundo a superioridade de um ou de outro sistema político-econômico. - Criação de sistemas de sabotagem militar e econômica de ambas as partes. - Aumento da propaganda anticomunista nos países capitalistas e de anticapitalista nos socialistas. - Desenvolvimento de um clima de medo, em muitos casos de pânico, entre as pessoas do mundo todo, relacionado à possibilidade de um conflito nuclear de proporções mundiais que poderia significar a destruição do planeta. - Existência de guerras e revoluções em vários países, que tinham como pano de fundo a Guerra Fria. Exemplos: Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã e Revolução Cubana. - Perseguição política aos defensores do socialismo em alguns países capitalistas. E perseguição política aos defensores do capitalismo nos países socialistas. Consequências no Brasil Durante a Guerra Fria, o Brasil se alinhou ao bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos. As principais consequências foram as seguintes:- Rompimento de relações comerciais com a União Soviética. - Aumento no Brasil, principalmente durante a Ditadura Militar, das perseguições aos defensores do socialismo. - Aumento da influência política e econômica dos Estados Unidos no Brasil. Mundo bipolar Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), os principais países envolvidos no conflito (França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Japão) se encontravam em péssima situação socioeconômica. O cenário de destruição nessas nações era enorme, a infraestrutura estava totalmente abalada, além da grande perda populacional. Apenas Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, apesar dos prejuízos gerados pela participação na Guerra, conseguiram manter uma estabilidade financeira. Após o conflito, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas anexou vários territórios, aperfeiçoou o desenvolvimento de armas nucleares, ampliou sua área de influência no leste europeu, além de possuir o maior exército do planeta. Os Estados Unidos, por sua vez, destinou créditos financeiros para a reestruturação dos países envolvidos na Segunda Guerra Mundial, ampliou suas zonas de influência e cercou-se de tecnologia para produção de armas nucleares. Por esses aspectos em comum, Estados Unidos e URSS passaram a ser considerados superpotências mundiais. Entretanto, havia um grande diferencial entre essas duas nações – o sistema político: Estados Unidos (capitalista) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (socialista). Cada um exercendo sua influência na geopolítica global. Os EUA, através de financiamentos e outras medidas políticas (até mesmo fornecimento de armas), passaram a exercer grande influência sobre os países que optaram pelo sistema econômico capitalista. A URSS utilizou-se dos mesmos critérios para expandir suas áreas de influência. Estabeleceu-se a geopolítica bipolar, interferindo diretamente na política de vários países. Conflitos armados foram impulsionados por essa rivalidade entre as duas superpotências, entre eles estão: a Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã, Revolução Cubana, os conflitos no Oriente Médio, conflitos entre grupos separatistas na África, além do apoio a golpes militares, como, por exemplo, a ditadura militar no Brasil, o golpe ao presidente Salvador Allende no Chile, e apoio a políticas ditatoriais em várias nações. Porém, na década de 1980, a URSS passou por uma grave crise econômica, sendo consequência da própria política adotada. A falta de criatividade e agilidade para modificá-la, a estagnação do setor industrial, queda de produtividade de bens de consumo (alimentos, roupas, etc.), além dos altos gastos com armamentos, levaram a uma defasagem em relação aos avanços alcançados pelos países capitalistas desenvolvidos. O agravamento da crise do sistema socialista ocasionou um processo de enfraquecimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culminou em 1991, na desintegração desta. Esse fato estabeleceu o fim da Guerra Fria, e, consequentemente, da ordem mundial bipolar.
O Subdesenvolvimento é um termo utilizado para fazer referência aos países cujo desenvolvimento econômico e social são limitados, apresentando um alto grau de desigualdades sociais e um elevado nível de pobreza e de miséria. Atualmente, a maior parte dos países é considerada subdesenvolvida. Antigamente, utilizava-se a expressão “terceiro mundo” para se referir ao grupo de países hoje tido como subdesenvolvido, uma vez que o “primeiro mundo” seria os países desenvolvidos capitalistas e o “segundo mundo” seria os países desenvolvidos socialistas. No entanto, essa divisão não é mais utilizada e é considerada obsoleta. Quais as origens do subdesenvolvimento? Não há um total consenso na bibliografia especializada sobre as reais origens do subdesenvolvimento. No entanto, a corrente mais forte é aquela que preconiza que esse problema seja oriundo da exploração estrangeira colonial, em que países “descobridores” (as metrópoles) ocuparam e colonizaram outros povos (as colônias), submetendo-os à sua cultura e explorando intensamente os seus recursos naturais. Entre as metrópoles, destacaram-se os países europeus, que colonizaram territórios nas Américas, na África e na Oceania, tendo eventualmente invadido e dominado alguns territórios localizados no continente asiático (a exemplo da dominação da Inglaterra sobre a Índia). Além do colonialismo, registra-se também a ação do imperialismo, em que algumas nações – com destaque para a Inglaterra e os Estados Unidos – dominaram política, militar e economicamente outros países, impondo sobre esses os seus ritmos de produção e suas concepções de desenvolvimento. Dessa forma, estabeleceu-se uma Divisão Internacional do Trabalho em que as colônias e países economicamente dependentes centravam seus esforços em produzir matérias-primas voltadas para o capital estrangeiro. Por outro lado, os países considerados centrais ou desenvolvidos transformavam essas matérias-primas em produtos industrializados, fornecendo suas mercadorias tanto para abastecer seu mercado interno quanto seu mercado externo. Com isso, a economia interna e o mercado consumidor dos países subdesenvolvidos eram pouco dinâmicos, o que elevou o grau de dependência e acentuou os níveis de endividamento desses países para construir suas infraestruturas internas. Quais são os critérios para definir um país como subdesenvolvido? Para dizermos se um determinado país é subdesenvolvido ou não, são considerados alguns critérios específicos, como o Índice de Desenvolvimento Humano, a dependência econômica e tecnológica, os elevados índices de pobreza e miséria, registros de amplas desigualdades sociais, dívida externa e balança comercial desfavorável. Esses países também são, em sua maioria, dependentes de produtos primários, de forma que seu grau de industrialização é baixo. Naqueles países, como o Brasil, em que se registra uma elevada presença de indústrias, é possível notar que a maioria delas é, na verdade, multinacionais estrangeiras, ou seja, as empresas privadas dos países centrais deslocam boa parte de seu processo produtivo para esses países, graças aos baixos salários dos trabalhadores, ao fácil acesso a matérias-primas e à busca por novos mercados consumidores. O resultado dessa dinâmica é o agravamento das diferenças internacionais, pois as riquezas de um território são exploradas e os lucros gerados, em sua maior parte, são destinados às sedes das grandes corporações que geralmente se encontram em países desenvolvidos. Qual a diferença entre países subdesenvolvidos e emergentes? Muitas pessoas costumam entender que países emergentes não são mais considerados subdesenvolvidos, pois suas economias passaram por sucessivas evoluções de modo que esses se diferenciaram das demais nações periféricas. Porém, isso é uma falsa realidade. Países como China e Brasil, que estão entre as maiores economias do mundo, ainda são considerados subdesenvolvidos. Isso porque a expressão “emergente” é utilizada para designar o grupo de países periféricos que, eventualmente, podem abandonar o seu grau de subdesenvolvimento e apresentar as mesmas características sociais dos países centrais em um futuro relativamente próximo (embora ele pareça cada vez mais distante!). Portanto, os emergentes seriam uma espécie de “grupo” dentro dos países subdesenvolvidos, por apresentarem economias mais dinâmicas em relação aos demais. A grande questão é que esses países acreditavam que o mais importante era o crescimento econômico, de forma que o crescimento social viria como consequência, o que vem se demonstrando como uma concepção falsa. Entre os países emergentes, podemos citar os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o MIST (México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia).
Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais.
Organismos Internacionais Também conhecidas como Organizações Intergovernamentais, são instituições criadas por países (estados soberanos), regidas por meio de tratados, que buscam através da cooperação a melhoria das condições econômicas, políticas e sociais dos associados. Principais objetivos - Atuam em conjunto, de forma cooperativa, para buscar avanços econômicos, sociais e políticos para os países membros; - Buscam soluções em comum para resolver conflitos de interesses entre os estados membros; - Estabelecem políticas de cooperação técnica e científica; - Estabelecem normas e parâmetros comuns; - Traçam estratégias para resolução de problemas de urgência como, por exemplo, guerras e outros conflitos militares. - Fiscalizam, através de órgãos específicos, o cumprimento das regras estabelecidas pelos acordos; - Organizam reuniões para a troca de experiências, definições de novas políticas ou determinação de novos objetivos. Principais Organizações Internacionais: - ONU (Organização das Nações Unidas) Fundada em 1945 é a maior organização internacional do mundo. Tem como objetivos principais a manutenção da paz mundial, respeito aos direitos humanos e o progresso social da humanidade. - OEA (Organização dos Estados Americanos) Fundada em 1948, conta com a participação de 35 nações do continente americano. Tem como objetivos principais a integração econômica, a segurança (combate ao terrorismo, tráfico de drogas e armas), combate a corrupção e o fortalecimento da democracia no continente. - OMC (Organização Mundial do Comércio) Fundada em 1994, conta com a participação de 149 países membros. Atua na fiscalização e regulamentação do comércio mundial, além de gerenciar acordos comerciais. - OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico)Guerra de gigantesPaíses fortes conjugam batalhões numerosos, altos orçamentos e armas de última geraçãoBrasil é o mais bem armado da América do Sul, mas não fica entre os 10 mais do mundo
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Economia de mercado é um sistema econômico em que os agentes econômicos (empresas, bancos, prestadoras de serviços, etc.) podem atuar com pouca interferência governamental. É um sistema típico da economia capitalista.A economia de mercado é um dos pilares apoiados por economistas que defendem o liberalismo econômico e o neoliberalismo.Principais características da economia de mercado:- Liberdade para definição de preços de serviços e mercadorias. A livre concorrência é que regula o mercado com relação aos preços;- Produção e consumo de bens e serviços estabelecidos pela interação entre oferta e demanda;- Quase a totalidade dos produtos e serviços de uma economia de mercado é produzida pela iniciativa privada (indústrias, comércios, bancos e empresas prestadoras de serviços). Num país que segue este sistema econômico, há poucas empresas estatais, sendo elas, geralmente, de setores estratégicos (geração de energia, por exemplo);- Liberdade para abertura e funcionando de empresas, com pouca ou nenhuma interferência do governo;- Comércio exterior com poucos obstáculos e entraves (burocracia, impostos, taxas alfandegárias);- Inserção das empresas no mundo globalizado;- Pouca ou nenhuma atuação do Banco Central no controle de taxas de câmbio. Em grande parte dos países que seguem a economia de mercado o câmbio é flutuante;- Mercado mediado pela interação entre produtores e consumidores;- Proteção, através de leis, da propriedade privada;- Cabem ao Estado a fiscalização e regulação da economia, visando coibir práticas irregulares ou ações que possam provocar problemas ao funcionamento mercado. O Estado também atua em áreas essenciais (serviços públicos) como, por exemplo, educação, saúde e segurança pública. Curiosidades:- O termo “economia de mercado” começou a ser usado nos Estados Unidos, durante a Guerra Fria, para designar sistemas econômicos baseados na propriedade privada e no livre mercado.- Cuba e Coreia do Norte são exemplos atuais de países que não seguem o sistema baseado na economia de mercado. Nestes países, o Estado controla grande parte do sistema econômico.- Os Estados Unidos são um dos maiores exemplos país que possui um sistema econômico baseado na economia de mercado.- O Brasil, assim como grande parte das nações do mundo, é um país capitalista que segue o sistema econômico baseado na economia de mercado. Suapesquisa

-           desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;-           diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;-           aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;-           contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;-           a base da economia deve ser formada por empresas privadas;-           defesa dos princípios econômicos do capitalismo.Críticas ao neoliberalismo Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. Pontos positivos Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem.Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais nos últimos anos:- No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)- No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010)- Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009)- No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006)- No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990) Principais teóricos do Neoliberalismo:- Friedrich Hayek (Escola Austríaca)- Leopold von Wiese- Ludwig von Mises- Milton Friedman (Escola Monetarista, Escola de Chicago)
Fonte: suapesquisa

O Neoliberalismo ganharia força e visibilidade com o Consenso de Washington, em 1989. Na ocasião, a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher, e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, propuseram os procedimentos do Neoliberalismo para todos os países, destacando que os investimentos nas áreas sociais deveriam ser direcionados para as empresas. Esta prática, segundo eles, seria fundamental para movimentar a economia e, consequentemente, gerar melhores empregos e melhores salários. Houve ainda uma série de recomendações especialmente dedicadas aos países pobres, as quais reuniam: a redução de gastos governamentais, a diminuição dos impostos, a abertura econômica para importações, a liberação para entrada do capital estrangeiro, privatização e desregulamentação da economia.O objetivo do Consenso de Washington foi, em certa medida, alcançado com sucesso, pois vários países adotaram as proposições feitas. Só que muitos países não tinham condições de arcar com algumas delas, o que gerou uma grande demanda de empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Logo, criava-se todo um sistema de privilégios para os países desenvolvidos, pois as medidas neoliberais eram implementadas sob o monitoramento do FMI e toda essa abertura econômica favorecia claramente aos países ricos, capazes de comprar as empresas estatais e de investir dinheiro em outros mercados. Por outro lado, o argumento de defesa do Neoliberalismo diz que a abertura econômica é benéfica porque força à modernização das empresas. Entretanto, é preciso lembrar que muitas dessas empresas não tinham condições de se modernizar com tamanha rapidez e com tanto investimento, o que resultou em muitos empréstimos, incapacidade de pagamento, dívidas em crescimento, falência e, por sim, desemprego.No Brasil, o Neoliberalismo foi adotado abertamente nos dois governos consecutivos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seus dois mandatos presidenciais houve várias privatizações de empresas estatais. Muito do dinheiro arrecadado foi usado para manter a cotação da nova moeda brasileira, o Real, equivalente a do dólar. Assim, o Brasil passou pelo mesmo processo de venda de estatais, falências e desemprego.
Fonte: infoescola

Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios. Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.Segunda Fase: Capitalismo Industrial No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato. Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias. Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje. Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.

Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria. Características do socialismo Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris). Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível  a ascensão dos trabalhadores. A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov (final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental. Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.Correntes Existem várias correntes do socialismo, entre elas as principais são: socialismo democrático, socialismo árabe, socialismo africano, comunismo, eco-socialismo, social anarquismo, social democracia, socialismo utópico, socialismo de mercado e socialismo revolucionário.Países atuais que seguem o socialismo e são unipartidários:- República Popular da China, República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte), República de Cuba, República Socialista do Vietnã e República Democrática Popular do Laos.
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Um dos objetivos principais do FSM de 2001 foi o de estabelecer uma oposição ao Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente desde 1974, em Davos (Suíça), e que é sustentado por mais de mil empresas multinacionais, em defesa da melhoria e expansão do neoliberalismo.Em sua carta de princípios, os membros ressaltaram a certeza de que “um outro mundo é possível”, o que representa a crença na reversibilidade do processo de Globalização. Salientou-se também o caráter mundial dos encontros, a contraposição dos debates ao atual modelo econômico capitalista, bem como os princípios e regimentos dos encontros.O FSM ocorreu na cidade de Porto Alegre em várias outras oportunidades. Em 2006, o evento ocorreu simultaneamente em três cidades: Bamakp, no Mali; Caracas, Venezuela e em Karachi, no Paquistão. Em 2009 ele foi realizado na cidade de Belém, no Pará.O Fórum Social Mundial é, de longe, o principal meio de combate ao Neoliberalismo e de promoção dos ideais antiglobalização em todo o mundo.
Por Rodolfo Alves Pena

Por Rodolfo Alves Pena


As economias desenvolvidas somarão juntas um PIB de 33,793 trilhões de dólares, enquanto as emergentes terão juntas 17,234 trilhões de dólares.
Exame

Fonte: Brasilescola

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Uma nação é formada por um grupo de indivíduos que apresenta características históricas, culturais, idioma, costumes, valores sociais, entre outros elementos em comum, formando, assim, uma identidade cultural. Tendo em vista todas essas semelhanças, surge a necessidade da formação de um Estado-Nação próprio, onde será exercido o poder sobre um território delimitado e reconhecido pela comunidade internacional. Entretanto, várias nações não têm um território autônomo, vivendo, portanto, em áreas onde o poder é exercido por outros grupos. Entre as principais estão:
Curdos:
Essa é maior nação sem Estado do mundo. A população de origem curda está distribuída nos territórios da Armênia, Azerbaijão, Irã, Iraque, Síria e Turquia, que abriga mais de 14 milhões. Os curdos reivindicam a criação de um Estado próprio (entre o norte do Iraque, oeste da Turquia e noroeste do Irã), denominado Curdistão.No total a etnia é composta por mais de 40 milhões de pessoas . Os curdos sofrem duras repressões dos países onde habitam. No Iraque, a ditatura de Saddam Hussein executou milhares de curdos. Na Turquia, eles também sofrem muitas repressões do Governo, que teme a perda de seu território. A independência e criação de um Estado Curdo – o Curdistão, como reivindicam os curdos – é muito improvável, uma vez que o território do novo país ocuparia todo o centro-sul da Turquia e partes da Síria e do Iraque, uma região extremamente estratégica por conter as nascentes dos rios Tigres e Eufrates, que abastecem boa parte do Oriente Médio.
Palestinos:
Os Palestinos ocupam uma área do Oriente Médio. Essa nação, formada por mais de 7 milhões de pessoas, reivindica a criação do Estado Palestino, além da reincorporação de terras ocupadas por Israel. Os constantes conflitos envolvendo árabes e israelenses provocaram grandes fluxos migratórios de palestinos para o Líbano, Síria, Egito e Jordânia, fato que enfraqueceu a luta pela formação do Estado Palestino. No entanto, a OLP (Organização para Libertação da Palestina) continua lutando pela autonomia política e territorial dessa grande nação.
Tibetanos:
Formada por aproximadamente 6 milhões de pessoas, a nação tibetana, de tradição budista, solicita a criação de um Estado próprio em uma região dominada pelos chineses. A China oprime de forma violenta os movimentos separatistas no Tibete, além de estimular a emigração de chineses para essa região com o intuito de enfraquecer a cultura local.
Bascos:
Com mais de 2,3 milhões de pessoas, a nação basca está presente na porção norte da Espanha e no sul da França. Esse grupo ocupa essa região há mais de seis mil anos, possuindo língua e cultura própria. O grupo ETA (Pátria Basca e Liberdade) realizou vários atentados terroristas como forma de pressão ao governo espanhol para reconhecer a autonomia do País Basco.
Chechenos:
Majoritariamente mulçumanos, o 1,2 milhão de chechenos vivem nas montanhas do Cáucaso, que é território da Federação Russa. Com a desintegração da União das Republicas Socialistas Soviéticas, a Chechênia declarou independência em 1991, entretanto, não foi reconhecida pelos russos, que oprimiram a população local de forma violenta, realizando massacres, estupros e torturas.
Caxemires:
Habitada por 5 milhões de pessoas (4 milhões de muçulmanos e 1 milhão de hinduístas), essa região é dominada pela Índia, Paquistão e China. A maioria dos habitantes (muçulmanos) solicita que o território seja anexado ao Paquistão, no entanto, os hinduístas são totalmente contrários a tal fato.Conflitos na região da Caxemira: Índia x Paquistão A Caxemira é uma região montanhosa localizada ao norte da Índia e a Nordeste do Paquistão e tem sido alvo de disputas entre Índia, China e Paquistão desde 1947, após o fim da dominação colonial imposta pelo Reino Unido. Ao final da dominação colonial britânica, o vasto território das Índias Britânicas dividiu-se entre Índia e Paquistão, porém a região da Caxemira, de maioria islâmica, mas com governo hindu, ficou sem um rumo certo. Com isso, decidiu-se que a região formaria um território autônomo, o que provocou uma série de rebeliões da maioria muçulmana sobre o governo hindu. O governo, então, solicitou apoio à Índia, que passou a intervir militarmente na região. Em resposta, o Paquistão também enviou tropas em apoio aos muçulmanos. O conflito teve um fim com o estabelecimento de uma divisão territorial em duas zonas, uma paquistanesa, outra indiana. Porém, os conflitos ainda perduram e a região atualmente é ocupada pelos dois países e também pela China, que vê na região uma posição estratégica para ter acesso ao Tibete e a Sinkiang, localidades sob o domínio chinês.




Brasilescola

Em novembro de 2013 iniciou-se, na Ucrânia, uma onda de protestos em torno do parlamento do país, cuja motivação principal era a não assinatura de um tratado de livre-comércio comércio com a União Europeia. Esse episódio acirrou ainda mais as diferenças entre os dois principais grupos políticos ucranianos: os “pró-ocidente” e os mais próximos à Rússia. A decisão de “adiar” o acordo, tomada pelo governo ucraniano, foi em grande parte motivada pela influência russa no país, que não vê com bons olhos a sua aproximação com o bloco europeu. Uma significativa parcela da população e grupos políticos opositores ficaram bastante descontentes com a postura submissa do governo e iniciaram as manifestações que, apesar da renúncia do primeiro-ministro Mykola Azarov em janeiro de 2014, parecem ainda estar longe de acabar. A Ucrânia é um país de regime semipresidencialista, ou seja, o gabinete e as funções executivas nacionais são divididos entre o presidente (com mandato de cinco anos) e o primeiro-ministro, além de uma influência mais destacada do parlamento. O presidente ucraniano é Viktor Yanukovich, uma personalidade polêmica no país em virtude dos eventos eleitorais relacionados com a Revolução Laranja de 2004, o que o torna inimigo de uma poderosa e influente oposição “pró-ocidente”, a mesma que atualmente lidera boa parte das manifestações no país. Quem são os manifestantes? Os opositores ao governo de Yanukovich e da administração de Azarov são formados por várias frentes políticas, a maior parte constituída pela parcela da população mais “ocidental”, ou seja, mais próxima culturalmente da Europa, diferentemente dos 30% dos habitantes que falam russo e possuem uma cultura mais próxima ao país vizinho. O principal líder e organizador dos protestos é Vitali Klitschko, uma personalidade esportiva do país (ex-campeão de boxe) e que se tornou também uma figura política, com intenções de, inclusive, concorrer à presidência em 2015. Ele atualmente lidera o movimento denominado Udar (“soco”, em tradução livre), que vem mostrando uma ampla frente de mobilização. Outra força que está atualmente compondo as manifestações é o partido político Svoboda (que significa “liberdade”), liderado por Oleh Tyahnybok e que possui caráter nacionalista, sendo frequentemente acusado de possuir um caráter puramente fascista. Esse partido traz consigo outras frentes de extrema direita, como o Bratstvo e o Setor Direito.Além dessas frentes, ainda existem grupos de esquerda e até anarquistas que buscam ganhar espaço com as manifestações. Esse grupo, minoritário, não objetiva defender o tratado com a União Europeia – causa maior das manifestações –, mas lutar por melhores condições sociais e atenuação dos índices de pobreza e desigualdade na Ucrânia. Mas, sem dúvidas, a frente de oposição mais influente sob o ponto de vista internacional é o Pátria, segundo maior partido do país (atrás somente da frente governista), liderado por Arseniy Yatsenyuk, um militante extremamente próximo a Yulia Tymoshenko, ex-primeira-ministra do país presa por abuso de poder em 2009, uma das principais personalidades da Revolução Laranja de 2004. A Revolução Laranja foi uma série de protestos que tomou as ruas – de forma semelhante a que se iniciou no final de 2013 – durante as eleições presidenciais de 2004 e que se encerrou apenas no ano seguinte. A disputa eleitoral envolveu o atual presidente Viktor Yanukovich (mais próximo à Rússia) e Viktor Yushchenko (mais favorável à União Europeia), resultando na vitória do primeiro. A oposição, no entanto, não acatou o resultado oficial, sobretudo, em virtude das inúmeras fraudes, imposições e ameaças ocorridas durante a realização do pleito, o que culminou em uma série de manifestações, a maioria delas liderada por Yulia Tymoshenko e o seu grupo, que ficou conhecido como “Bloco Yulia Tymoshenko”.O evento resultou no cancelamento das eleições e em um novo segundo turno em 2005, com vitória para Victor Tymoshenko, que se aliou à Yulia, nomeando-a primeira-ministra de seu governo. Yanukovich, derrotado, conseguiu se eleger apenas nas eleições posteriores, em 2010. No ano de 2009, Yulia Tymoshenko foi acusada de abuso de poder durante um acordo sobre a comercialização de gás natural com a Rússia, episódio que resultou em sua rápida condenação. A Europa aceitou a versão da ex-premiê de que a sua prisão teria sido de caráter puramente político, tornando a sua causa famosa internacionalmente. As sanções contra os protestos Com a resistência do governo ucraniano em não aderir à causa das manifestações de assinar o acordo de livre-comércio com a União Europeia, os militantes passaram a exigir a renúncia do presidente e do primeiro-ministro do país, apontados como os principais responsáveis pela influência russa nas decisões nacionais. Sob a alegação de que os manifestantes utilizavam formas ilegais e violência exagerada durantes os protestos, o parlamento aprovou uma série de leis para reprimi-los duramente, principalmente através do uso da força policial. Essas medidas foram seriamente criticadas pela comunidade internacional, sobretudo após a morte de manifestantes em janeiro de 2014. Os Estados Unidos chegaram a ameaçar a imposição de sanções contra a Ucrânia caso as violações aos direitos humanos prosseguissem. No dia 28 de janeiro, após uma série de negociações entre governo e oposição, o presidente decidiu revogar as leis de repressão aos protestos. A Renúncia de Mykola Azarov O auge da tensão do país iniciou-se no dia 23 de Janeiro de 2014, quando cinco manifestantes morreram em confronto com a polícia, além dos inúmeros feridos. No mesmo dia, negociações foram realizadas sem sucesso, o que proporcionou a invasão de várias sedes do governo em diversas regiões do país. Além disso, os opositores também conseguiram invadir a Casa Ucraniana, na cidade de Kiev, e o Ministério da Justiça, que ficou sob o seu controle. Dois dias depois, o governo ucraniano, mediante a elevação da tensão, ofereceu os cargos de primeiro-ministro ao líder Arseniy Yatsenyuk e o de vice-primeiro-ministro ao boxeador Vitali Klitschko, oferta prontamente recusada pela oposição. No entanto, as negociações continuam. Em 28 de Janeiro, com o objetivo de diminuir o ímpeto das manifestações, o primeiro-ministro Mykola Arazov pediu a sua demissão. No entanto, a estratégia, ao menos até o momento, não surtiu efeito e os opositores continuam em protestos em exigência à renúncia também do presidente Yanukovich. A influência russa e europeia sobre a Ucrânia A ocorrência da crise política na Ucrânia, com a intensificação dos protestos, é o estopim de uma instabilidade política que marca a região há vários anos. A extinta União Soviética – da qual o território ucraniano era integrado – industrializou-se por meio de uma integração estrutural envolvendo todas as suas repúblicas, com o objetivo de garantir uma maior estabilidade territorial. Após a queda do Muro de Berlim, os países ex-soviéticos encontravam-se muito interdependentes, fato que se mantém ainda hoje em muitos aspectos. Atualmente, a Ucrânia depende comercial e economicamente da Rússia, sobretudo por esta lhe fornecer gás natural, fonte de energia primordial ao país, e por ser o principal comprador de inúmeras matérias-primas produzidas pela economia ucraniana. Quando a Ucrânia se aproximou da União Europeia, a Rússia ofereceu melhores acordos econômicos e, segundo algumas versões não confirmadas oficialmente, ameaçou cortar o fornecimento de gás e a compra dos produtos ucranianos, além de impor restrições alfandegárias.
Por outro lado, a União Europeia, sobretudo a Alemanha, busca ampliar a sua influência sobre as nações asiáticas mais próximas ao ocidente, como é o caso da Ucrânia. Com isso, o bloco europeu conseguiria enfraquecer o domínio russo na região e também diminuir o poder da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), bloco econômico formado pelas antigas repúblicas soviéticas.

O Brasil importa atualmente 24 milhões de metros cúbicos de gás do país vizinho, cerca de 50% do gás nacional. A Bolívia é fortemente dependente da exportação de gás natural, e com a Argentina auto-suficiente no suprimento de gás natural, o Brasil aparece naturalmente como o principal mercado consumidor para o gás boliviano. O decreto de nacionalização de 1º de maio de 2006, fez gerar uma onda de crises entre o Brasil e a Bolívia. A Bolívia quer alterar o regime das empresas privatizadas e das companhias que ganharam concessões para explorar blocos, como a Petrobras (tem participação de 35% nos dois principais campos de gás do país, San Alberto e San Antonio). A idéia do governo boliviano é a de transformação das empresas em executoras de um serviço para a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos). Com um eventual rompimento entre o Brasil e a Bolívia, para os bolivianos restaria apenas como opções de grandes consumidores do gás boliviano, o Chile ou os EUA, ambas as possibilidades aparecem como econômica e politicamente problemáticas para o país. Declaração feita recentemente pelo ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, dizendo que não se submeterá aos desejos da Petrobras, e que segue vigente o prazo que vence no final de outubro para que as multinacionais assinem novos contratos caso desejam permanecer no país. Afirmou que a medida foi “temporariamente suspensa” para gerar “condições propicias à negociação”, mas não cancelada. Tal declaração agrava ainda mais a crise entre os dois países. 2012: Brasil e Bolívia tiveram por anos uma relação de simbiose, com benefício mútuo. A Petrobrás investia no país vizinho e ele se tornava o principal fornecedor de gás para a indústria e a produção de energia elétrica brasileira. Até dois anos atrás, a participação da brasileira Petrobrás no Produto Interno Bruto (PIB) boliviano chegava a 18%, e a empresa respondia por 24% dos impostos recolhidos em todo o país. Mas o radicalismo do presidente Evo Morales -amigo pessoal e seguidor das políticas estatizantes do presidente venezuelano, Hugo Chávez- pesou a balança mais para o lado da dependência brasileira. Ao nacionalizar as refinarias da Petrobrás em seu território e impor aumentos no preço do gás comprado pelo Brasil, a Bolívia transformou essa relação simbiótica num cenário pouco satisfatório para o Brasil. O caso da compra das duas refinarias da Petrobras que operam em Cochabamba e em Santa Cruz de La Sierra é simbólico, ainda que as cifras envolvidas estejam envoltas em mistério. Ambos os lados dizem ter ficado satisfeitos com o negócio. Mas não era o que parecia indicar a reação de assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ameaçaram levar o caso aos tribunais internacionais. O próprio Lula, que apoiou Morales desde sua posse, em 2006, deu demonstrações de que perdeu a paciência com o amigo e não conversou diretamente com ele durante as negociações. Os fatos também indicam que o negócio foi mais vantajoso para o governo boliviano do que para o brasileiro. O Brasil havia comprado essas mesmas refinarias da Bolívia em 1999 por US$ 104 milhões. Investiu, desde então, US$ 30 milhões nas duas unidades. E aceitou a oferta de Morales de apenas US$ 112 milhões -apesar de o preço inicial feito pelos diplomatas brasileiros ter sido de cerca de US$ 200 milhões, segundo informações de pessoas que tiveram acesso à mesa de negociação. O impasse com a Bolívia nas últimas semanas fez ressurgir na imprensa brasileira o fantasma do apagão energético no país, logo desmentido pelas autoridades. Mas é fato também que o Brasil retomou seus planos de racionalização de gás natural, a fim de diminuir a dependência. "Estamos à mercê do que a Bolívia quiser fazer em relação ao preço do gás. Qualquer interrupção no fornecimento de gás boliviano poderá trazer o caos ao Brasil", diz Adriano Pires, da CBIE. Instabilidade política Para Pires, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o risco a curto prazo é ainda maior pelo fato de a Bolívia ser um dos países mais politicamente instáveis do continente. "A Bolívia está passando por uma situação político-social intranqüila, e a qualquer momento podem haver manifestações sociais ou mesmo movimentos que levem a invasões das instalações da Petrobrás. O movimento boliviano pode se tornar ainda mais radical", acredita o professor. De fato, no final de 2006 uma invasão de manifestantes fez com que a Petrobrás tivesse que parar a operação de um campo petrolífero em Santa Cruz de la Sierra. A empresa ainda teve mais prejuízos há cerca de um mês, quando parlamentares suspenderam o processo de aprovação de prazos de concessão. Essa conturbada política boliviana, algumas vezes pouco responsável, é a causa da atual dependência brasileira, afirmou ao G1 David Zylbersztajn, ex-diretor geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo e membro do Comitê Consultivo da União Européia para Projetos de Energia na América Latina. Para ele, tudo acaba mudando a longo prazo na Bolívia. "O que a Bolívia fez, na realidade, é totalmente inusitado, comparado ao que se faz no mundo. O Brasil não está errado, não é responsável por essa situação de refém. Quem está errada é a Bolívia e ela vai pagar por isso por conta dos rompimentos contratuais. O país apenas criou um problema para si mesmo." Zylbersztajn acha um exagero afirmar que o Brasil é refém da Bolívia. "Se o Brasil é refém da Bolívia, todo país é refém do seu fornecedor, como se a Europa fosse refém da Rússia, por exemplo. Acho até mesmo que quem fornece é mais refém de que quem compra o gás. A principal fonte de divisas da Bolívia é a exportação de gás para o Brasil. É ingenuidade achar que a Bolívia tem capacidade para simplesmente 'fechar a torneira'". Para a coordenadora de projetos na área de energia da Fundação Getúlio Vargas, Goret Pereira, é possível até mesmo inverter esse quadro de dependência e colocar a Bolívia como refém do Brasil. "No caso de não acordo com o Brasil, o grande prejudicado é a Bolívia, porque o Brasil tem alternativas no médio prazo, e a Bolívia não tem. E essa dependência mútua é circunstancial. No médio prazo, o Brasil pode sobreviver sem a Bolívia, mas a Bolívia provavelmente não sobrevive sem o Brasil", afirmou ela ao G1. Futuro "No médio prazo, os dois países vão ficar menos dependentes um do outro. O Brasil vai aumentar a oferta doméstica de gás e vai começar a importar o gás liquefeito", disse Pires. Segundo os três entrevistados pelo G1, faltam pelo menos quatro anos para se chegar a este ponto. Segundo Zylbersztajn, a independência passa por uma mudança de atitude do Brasil, que teve de correr atrás de alternativas para o gás natural. "De um ano para cá, em função das decisões da Bolívia, mudou muito o comportamento brasileiro em relação ao gás. No futuro o Brasil vai ficar menos dependente e vai ter mais alternativas de importação de outros países. Teremos mais margem de manobra. Mas hoje é uma bobagem falar em abrir mão da negociação com a Bolívia, que é um bom fornecimento." "Quando Morales anunciou a nacionalização, a Petrobrás criou o Programa de Antecipação da Produção de Gás. É um plano bastante razoável e que vai acabar acontecendo", explicou Pires. O futuro da relação entre Brasil e Bolívia, entretanto, não deve ser de rompimento total de relações comerciais. "Se voltarmos a ter uma racionalidade nas relações entre Brasil e Bolívia, uma relação menos política e mais econômica, continuaremos sendo grandes importadores da Bolívia, pois é uma parceria favorável aos dois países", disse Pires. (G1) 2014: A Bolívia acrescentará 2,24 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia ao fornecimento ao Brasil para abastecer uma central termoelétrica em Cuiabá, no momento em que o País passa por uma estiagem que eleva a demanda por geração de energia. O contrato assinado na terça-feira pelas estatais Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e Petrobras tem validade inicial por 20 dias, segundo a petroleira boliviana."Nesse período se analisam as condições específicas para a assinatura de um contrato interruptível de maior prazo", disse o gerente de comercialização da YPFB, Mauricio Marañón, de acordo com a agência de notícias da petroleira.A Bolívia é um dos principais fornecedores de gás natural ao Brasil. Um acordo firmado há quase duas décadas entre a YPFB e a Petrobras estabelece a venda ao Brasil de 24 a 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia.O Brasil atravessa sua pior seca em décadas e algumas regiões do Sul e Sudeste podem se ver obrigadas a racionar o consumo de energia. Isso tem aumentado a pressão por uma maior produção termoelétrica.O gás boliviano deverá usado na termoelétrica Governador Mário Covas, uma planta com capacidade 480 Megawatts operada pela Petrobras em Cuiabá, no Mato Grosso.O consumo brasileiro de gás natural cresceu 17,8 por cento em 2013, para 67,2 milhões de metros cúbicos, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). As importações de gás natural saltaram de 36 milhões de metros cúbicos diários em 2012 para cerca de 47 milhões de metros cúbicos por dia em 2013, mostram dados oficiais. Os volumes recordes de importação de gás pela Petrobras deverão se repetir em 2014, diante da seca prolongada que afeta reservatórios das hidrelétricas e determina o despacho de térmicas a gás, numa situação já vivenciada no ano passado. (Exame Abril)


Quem está protestando na Venezuela? O que começou há pouco mais de uma semana como uma manifestação estudantil contra a insegurança em vários estados do país desencadeou uma série de mobilizações às quais diversos grupos políticos e outros setores da sociedade aderiram. Inicialmente, estudantes no estado de Táchira, que exigiam maiores medidas de segurança, foram presos por desordem pública. O evento gerou outros protestos neste estado e em Mérida, que resultaram em distúrbios e mais prisões. Protesto de quarta-feira começou pacífico, até que pistoleiros atiraram contra a multidão Figuras da oposição se uniram às manifestações, convocando seus simpatizantes a saírem às ruas pedindo uma mudança de governo. O movimento estudantil convocou, para a quarta-feira passada, uma manifestação em apoio a seus colegas presos, da qual também participaram grupos de oposição. O governo, por sua vez, organizou sua própria manifestação para celebrar o Dia da Juventude, uma data cívica venezuelana que comemora uma batalha da guerra de independência. Até o final da tarde aconteceram enfrentamentos violentos entre simpatizantes e opositores, cujo motivo é objeto de disputa. Por que eles protestam? Originalmente, os protestos eram contra os altos índices de criminalidade. Mas problemas como a inflação, a falta de bens de consumo básicos, o mercado negro e os apagões também geraram mal-estar em alguns setores. Isso sem falar da oposição de direita, que pretende mudar 15 anos de políticas "chavistas" - iniciadas pelo ex-líder Hugo Chávez e continuadas por Nicolás Maduro. A Venezuela tem uma das taxas de homicídio mais altas do mundo. Grupos da sociedade civil denunciam a impunidade em relação aos infratores e acusam também as milícias armadas. O país também sofre com a inflação mais alta na região - que chegou a 56,2% em 2013. Produtos básicos como leite, açúcar, medicamentos e até papel higiênico frequentemente não podem ser encontrados nos supermercados.Estudantes pedem fim da insegurança e medidas contra inflação Desde 2003, o governo de Chávez impôs um controle cambial às moedas estrangeiras em uma tentativa de frear a fuga de capitais e manter os preços da cesta básica. O dólar oficial vale 6,3 bolívares, mas a moeda no mercado negro vale dez vezes mais. É com base nesse mercado negro que os venezuelanos calculam o custo de vida. A isso se somam os apagões de energia que ocorrem com frequência. Dois aconteceram na capital, Caracas, em 2013, mas muitos ocorreram em outras regiões. O que diz o governo? O presidente Nicolás Maduro condenou os incidentes da manifestação da quarta-feira passada e os atribuiu a um levante "nazifascista" que buscaria um golpe de Estado. "Não haverá golpe de Estado na Venezuela, tenham certeza absoluta, o mundo deve saber disso", declarou. Maduro pediu a paz, mas afirmou que os que participaram do episódio de violência não ficariam impunes, ao mesmo tempo em que manifestou apoio às investigações que a Promotoria Pública realizará para determinar os possíveis responsáveis.Um dia depois, de acordo com a mídia local, o governo emitiu uma ordem de prisão contra o líder opositor Leopoldo López, que é acusado de liderar os protestos da quarta-feira.Ele também é acusado de incitação à delinquência, de intimidação pública, de danos à propriedade pública e até de homicídio doloso qualificado.Maduro disse que manifestações eram tentativa de golpe de EstadoLópez, um dos líderes opositores de maior projeção, foi prefeito do município de Chacao, na região de Caracas - um dos focos da oposição. Em 2008, no entanto, ele foi impedido de exercer cargos públicos.Qual é a resposta dos opositores? Carlos Vecchio, um dos dirigentes do partido de López, disse que a ordem de prisão "é parte de um plano para criminalizar os protestos". Ativistas estudantis também afirmaram que foram às ruas pedir por mudanças, e não provocar um golpe de Estado. "Sempre que alguém protesta por um direito, o governo sai com o discurso de que 'sofremos um golpe de Estado' ou que 'estão criando uma agenda oculta para desestabilizar'. Desestabilizada está a sociedade venezuelana que vive com medo e fazendo filas", disse a líder estudantil Arellano. Arellano disse ainda que se o governo de Maduro não quer ver mais manifestações, deve responder às exigências dos estudantes. No entanto, a resposta às convocações por mais protestos por parte dos líderes estudantis e outros líderes da oposição foi limitada, após o episódio da quarta-feira. Isso possivelmente se deve ao fato de que a oposição está dividida. Henrique Capriles, o candidato presidencial da oposição e, até agora, a principal figura opositora, se distanciou das iniciativas de Leopoldo López e condenou a violência. Foragido após mandato de prisão, Leopoldo López ganha projeção no país. Capriles acredita que este não seja o melhor momento para mobilizações de massa contra o governo e criticou a convocação de uma parte da oposição, que exigiu a saída antecipada de Maduro do poder. O ex-candidato defende a opção por "um caminho mais longo", que evite situações que conduzam à violência. "Esta luta é uma resistência, mas esta resistência não cresce se nos colocarmos saídas que não levam a nada", afirmou. A postura menos belicosa de Capriles provocou uma queda em sua popularidade, ao mesmo tempo em que López começa a despontar como o novo rosto da oposição. Nas redes sociais há constantes elogios aos protestos e seus participantes e duras críticas a Capriles. Alguns, inclusive, o chamam de traidor. Qual é a situação dos detidos e dos feridos? Os números de pessoas detidas, liberados, presas e feridas nas manifestações muda a todo momento, na medida em que se resolvem casos individuais, e também muda de acordo com as fontes. O que ninguém contesta são as três pessoas que morreram na quarta-feira passada, dia 12 de fevereiro: dois estudantes ativistas e um simpatizante do governo, dos chamados "coletivos". Os números oficiais dizem que 99 pessoas foram detidas até o domingo por suposta participação em episódios de violência ou outros delitos em Caracas e outros estados. De acordo com o site da Promotoria Pública, a maioria destas pessoas foram libertadas depois de serem aplicadas medidas cautelares. 13 delas foram presas. No dia 13 de fevereiro 2014, um dia depois do confronto, as autoridades diziam que o número de feridos era 66. No entanto, agências de notícias informam que já passa de 100. Por outro lado, a ONG Foro Penal Venezolano diz que 155 pessoas foram detidas, a maioria em Caracas, e que seis delas estão presas esperando a decisão dos tribunais. A ONG também menciona 22 feridos durante as manifestações, 14 deles por tiros, só no estado de Lara. Três pessoas foram mortas e dezenas foram detidas após protesto da quarta-feira. Uma advogada do Foro Penal Venezolano disse ao canal de notícias colombiano NTN24 que alguns presos foram vítimas de torturas por parte da polícia. Segundo ela, eles teriam recebidos golpes, choques elétricos e ameaças de serem queimados após serem molhados com gasolina. Não há confirmação independente destas afirmações e o governo não respondeu às denúncias.O contexto dos protestos Qualquer seja a avaliação dos fatos da última semana, a Venezuela enfrenta desafios complexos e tem pela frente um longo caminho até a estabilização.Em primeiro lugar, o país está tão polarizado politicamente que qualquer atitude que o governo tome não tardará a receber uma reação contrária de igual força. O mesmo acontece com a oposição.A situação não contribui para atacar o problema mais urgente do país: a economia. A oposição insiste que a culpa pelos problemas econômicos do país é da administração chavista, mas oficialmente se fala de uma "guerra econômica" impulsionada pelos inimigos da Revolução Bolivariana.A alta taxa de inflação e a escassez de produtos básicos ainda não foram resolvidas.A Assembleia Nacional outorgou poderes especiais ao presidente Maduro para decretar leis que aumentem o controle estatal da economia.Entre elas está a limitação dos ganhos sobre a venda de produtos e a fixação de preços justos para o consumidor.Mas os críticos asseguram que estas medidas só aprofundarão as distorções da economia, criando mais escassez e um mercado negro descontrolado.Mantendo um tom de cautela, o Brasil preferiu até o momento evitar declarações impactantes sobre o acirramento da situação política na Venezuela, preferindo atrelar sua posição a pronunciamentos "coletivos" regionais. Diferente de organizações internacionais que se manifestaram firmemente sobre a situação venezuelana – e uma escalada de tensões com os EUA que se aguçou nesta terça-feira –, o Itamaraty disse apenas que "a posição do governo brasileiro sobre a situação na Venezuela está refletida nas notas à imprensa dos Estados-membros do Mercosul e da Unasul". "O governo brasileiro acredita ser mais eficaz, no que diz respeito a tomada de posição sobre a situação na Venezuela, manifestação coletiva dos países de ambos os blocos regionais", disse o Itamaraty em nota. O comunicado do Mercosul condena as mortes registradas nos protestos e o que chamou de "tentativas de desestabilizar a ordem democrática" no país. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai pedem às partes que "continuem a aprofundar o diálogo sobre as questões nacionais (...) como tem sido promovido pelo presidente Nicolás Maduro nas últimas semanas, com todos os setores da sociedade, incluindo parlamentares, prefeitos e governadores de todos os partidos políticos representados". Na segunda-feira, o texto foi saudado pelo governo venezuelano como "uma demonstração de solidariedade" a Maduro. "Ninguém pode negar que o governo bolivariano esteja dialogando", disse o chanceler venezuelano, Elias Jaua, em entrevista à imprensa em Caracas. Dias antes, a Argentina e o Equador já haviam prestado solidariedade ao governo Maduro. Segundo o Palácio de Miraflores, 20 governos e 156 organizações sociais estrangeiras enviaram seu apoio. Nas ruas, no entanto, a situação é de tensão. Na semana passada, três manifestantes morreram nos protestos - dois estudantes da oposição e um simpatizante do chavismo. Segundo as agências de notícias, há mais de cem feridos.Governo e oposição conclamaram seus partidários para participar de manifestações que devem terminar nesta terça-feira na praça Venezuela, no centro da capital.O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse que está preocupado com a hipótese de "mais episódios de violência, que apenas afastem as posições entre governo e oposição, e polarizem ainda mais o delicado momento que vive o país".Insulza disse que o governo deve "respeitar a liberdade de expressão" da oposição, opinou que a oposição deve "evitar fazer provocações" e recomendou aos meios de comunicação quem "tomem consciência da influência que desempenham nesta conjuntura política".'Ingerência disfarçada'A decisão venezuelana de decretar a prisão de Leopoldo López, uma das figuras mais importantes da oposição radical ao governo, gerou uma escalada de tensões entre EUA e Venezuela nesta terça-feira, motivando mais um incidente diplomático entre Caracas e Washington.López, que não aparecia desde que seu mandado de prisão fora emitido, há cinco dias, reapareceu durante o protesto da oposição e foi imediatamente preso pela Guarda Nacional. "Minha prisão vale para o despertar de um povo (...) para que a maioria dos venezuelanos que queremos mudanças possamos construir essa mudança, na democracia", discursou o líder opositor.No sábado, o secretário de Estado, John Kerry, havia dito que o governo americano estava "particularmente alarmados" pela prisão de manifestantes e o mandado de prisão contra López.O governo venezuelano diz que o Departamento de Estado entrou em contato com o embaixador venezuelano na OEA, Roy Chaderton, para pressionar Caracas a libertar os manifestantes detidos e suspender o pedido de prisão de López. À BBC Brasil, o Departamento de Estado não confirmou o telefonema.À BBC Mundo, uma representante do governo venezuelano nos EUA, a vice-ministra para América do Norte, Claudia Salerno, acusou os EUA de promover um financiamento "disfarçado" a grupos de oposição venezuelanos.Salerno disse que os três representantes consulares americanos expulsos de Caracas estavam envolvidos em uma "ação bastante irregular" para trazer estudantes venezuelanos para os EUA, a fim de treiná-los na ação política."Não estamos falando de uma atividade de inteligência secreta, e sim de uma atividade de ingerência disfarçada", afirmou ela.A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, disse que as acusações de que os EUA estão envolvidos com os protestos na Venezuela são "falsas e sem fundamento"."Nossos funcionários consulares estavam conduzindo atividades normais de promoção nas universidades, algo que fazemos em todo o mundo, como forma de melhorar o acesso e a transparência do processo de visto", afirmou a porta-voz."Vemos muitas vezes o governo venezuelano tentar desviar a atenção das suas próprias ações, culpando os EUA ou outros países da comunidade internacional por eventos dentro da Venezuela", alfinetou Psaki."Estes esforços refletem falta de seriedade do governo venezuelano em lidar com a grave situação que enfrenta."
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140217_venezuela_crise_diplomacia_pai_pu.shtml



FAIXA de Gaza
Ao longo do século XX, a região conhecida como Faixa de Gaza, junto ao Mar Mediterrâneo, atravessou uma série de conflitos, principalmente após a Partilha da Palestina em 1947. Com o desenvolvimento da Primeira Guerra Árabe-Israelense entre os anos de 1948 e 1949 a Faixa de Gaza foi conquistada pelo Egito, até que finalmente sofreu a anexação por parte de Israel durante o conflito conhecido como Guerra dos Seis Dias, em 1967. Após quase 25 anos de domínio israelense sobre a Faixa de Gaza, os Estados Unidos participaram da mediação de uma aproximação entre judeus e palestinos em 1993, com a assinatura dos Acordos de Oslo assinado pelo líder palestino Yasser Arafat e o primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin. Israel se comprometeu a retirar os assentamentos judeus de Gaza e reconhecer a soberania desse território aos árabes palestinos. Infelizmente, os Acordos de Oslo foram seguidos pelo assassinato de Rabin, praticado por um extremista judeu. A morosidade na aplicação das determinações de Oslo foi lentamente esfriando as relações entre as partes, e o radicalismo de ambos os lados começou a recrudescer. A retirada da população judaica começou a ocorrer, de fato, em 2005, como uma estratégia israelense de persuadir os palestinos a reduzir os enfrentamentos contra o exército e a população de Israel, aumentando a fiscalização e a proteção de suas fronteiras. Mesmo após a retirada dos colonos judeus em Gaza, Israel manteve o controle do espaço aéreo, assim como a entrada de pessoas e suprimentos essenciais para a população palestina, inclusive a maior parcela de geração de energia. A devolução de Gaza aconteceu no mesmo momento que o grupo político Fatah assumiu a presidência do governo palestino, fato que poderia favorecer as negociações diplomáticas com Israel. Um ano mais tarde, o grupo extremista Hamas venceu as eleições parlamentares na Palestina e assumiu o controle da faixa de Gaza. Imediatamente após a vitória do Hamas, Israel não reconheceu tais eleições, posto que os integrantes do Hamas nunca esconderam suas pretensões de destruir o Estado de Israel ao invés de manter uma política de negociações, uma posição totalmente oposta ao Fatah. Como forma de deter os avanços do Hamas, Israel estabeleceu em 2007 o Bloqueio Comercial à Faixa de Gaza, recebendo apoio irrestrito do governo do Egito, essencial para obter êxito nessas pretensões. De acordo com o governo de Israel, o bloqueio à Gaza foi realizado para impedir o acesso do Hamas a financiamento, armas e demais matérias-primas. A prática do embargo puniu não apenas o Hamas, mas toda a população palestina de Gaza, com cerca de 1 milhão e meio de habitantes e concentrada em uma extensão territorial de apenas 360 km², determinando uma densidade populacional de mais de 4.500 hab./km². Como a maioria dos seus habitantes vive em situação de pobreza, a ajuda humanitária internacional é fundamental para impedir a instalação de uma crise social ainda mais grave, pois o embargo restringe produtos como materiais de construção, equipamentos eletrônicos, insumos agrícolas e combustíveis. Indiretamente, o bloqueio acaba interferindo em outros segmentos. Com o comprometimento da rede elétrica, o bombeamento e o abastecimento de água permanecem instáveis e incapazes de atender às demandas. Em 2010 um grupo de 6 navios oriundos da Turquia foi em direção de Gaza para levar ajuda humanitária na forma de médicos, remédios, alimentos, entre outros bens básicos. A marinha de Israel interceptou o grupo, alvejando um desses navios, o que resultou na morte de 10 pessoas que faziam parte de uma equipe de 750 ativistas, fato profundamente repudiado pela comunidade internacional. As pressões externas após esse incidente e a condenação da Secretaria Geral da ONU por conta da manutenção do bloqueio resultaram em um pequeno aumento da entrada de produtos básicos israelenses para o abastecimento da população palestina residente em Gaza, ainda que timidamente. Algumas centenas de túneis foram escavados entre a Faixa de Gaza e o Egito, principalmente nas proximidades da cidade palestina de Rafah, a fim de contrabandear os produtos que têm a sua comercialização limitada pelo bloqueio comercial, sendo utilizados para transportar desde automóveis e combustíveis até cigarros e materiais de construção. Mesmo ilegal, o comércio dos túneis produz uma renda aproximada de US$ 700 milhões por ano, aquecendo a economia de Gaza, gerando empregos e permitindo a reprodução socioeconômica da população palestina. Com a derrocada da ditadura egípcia e eleição do presidente Mohamed Mursi, do partido islâmico Irmandade Muçulmana, havia um cenário de flexibilização do bloqueio no lado egípcio, mas os militares do país, ainda muito influentes nas práticas políticas, sempre foram contrários a encerrar as restrições, inclusive inundando alguns desses túneis. Depois de ter assumido o comando do país, mais uma vez após derrubarem o governo de Mursi, em julho de 2013, a situação dos habitantes de Gaza dependentes dos produtos transportados pelos túneis se deteriorou bastante.
O Muro de Israel é um projeto cuja execução iniciou-se no ano de 2002 e que pretende se colocar como uma barreira entre o território árabe da região da Cisjordânia e o território judeu, representado pelo Estado de Israel, responsável pela sua construção (ver mapa abaixo). Alvo de muitas críticas, esse muro sustenta uma grande polêmica tanto no Oriente Médio quanto fora dele, sendo apenas um dos inúmeros episódios que marcam o conflito e oposição entre Israel e Palestina.Para compreender o contexto da construção do muro de Israel, que também é conhecido como Muro da Cisjordânia, é preciso ter uma noção sobre as disputas territoriais entre judeus e árabes na região da Palestina. Essa disputa, que ocorre há centenas de anos, intensificou-se a partir do ano de 1949, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) iniciou a partilha da região. Nessa divisão, pouco mais da metade do território ficou sob posse de Israel e o restante foi destinado aos palestinos. Porém, com o passar do tempo e a ocorrência de eventos com os conflitos de 1948 e 1949, a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973), os acordos realizados foram desrespeitados e a zona sempre foi alvo de constantes disputas e atos terroristas (clique aqui para compreender toda a cronologia de eventos que marcaram essa disputa). Até hoje, a Palestina não é considerada um Estado independente pela comunidade internacional.Idealizado pelo então primeiro-ministro israelense (já falecido) Ariel Sharon, a justificava para a construção do Muro de Israel foi a de estabelecer uma “zona de segurança” para os judeus, sobretudo após os fatos que ocasionaram a II Intifada, uma ofensiva empreendida pelos palestinos, resultando em uma série de atos terroristas e inúmeros mortos. Por outro lado, os críticos do Muro da Cisjordânia (tanto dentro como fora de Israel) argumentam que a construção do muro é mais uma ação para ocupar um pouco mais do território da Cisjordânia. Essas posições ganham força com relatórios que apontam o confisco de zonas palestinas pelos israelenses, algumas delas ricas em recursos naturais (sobretudo hídricos). Estima-se, atualmente, que os “desvios” na construção desse muro já tenham ocupado cerca de 9% do território da Palestina. Além disso, há informações de inúmeras aldeias palestinas que ficaram isoladas do restante de seu território, transformando suas populações em mão de obra barata para as empresas israelenses. Existem ameaças de que a construção do muro deva ser interrompida, pois muitas pessoas não enxergam mais a sua utilidade, tendo-o mais como um empecilho do que propriamente como uma vantagem. Algumas entidades questionam, inclusive, os danos ambientais provocados pelas obras na região. O fato é que a obra foi interrompida várias vezes, inclusive em 2011, quando foi considerada ilegal. Até 2013, sabe-se que elas ultrapassaram os 65% de conclusão. Aqueles que ainda defendem a existência do Muro de Israel afirmam que, desde a construção, houve uma sensível redução nas ondas de violência e na ocorrência de atentados terroristas pelas organizações em defesa da Palestina. Apesar de essa redução ser verdadeira, ela não possui uma relação direta com a existência do muro, mas sim com os recentes acordos promovidos pelos dois lados do conflito.

O mundo árabe é formado por um mosaico de países, grupos étnicos e aspectos políticos bastante diversificados, estando localizado entre a porção setentrional da África, ao norte do Saara, e a região conhecida como Oriente Médio, parte integrante do continente asiático. Uma das características comuns a esses países é o predomínio da religião islâmica, que por vezes norteia as práticas políticas e as ideologias mais influentes em relação à população. Ao final de 2010, vários países árabes começaram a atravessar insurgências e revoltas sociais que se estenderam principalmente durante o ano de 2011 e que ainda repercutem em algumas localidades, ficando conhecidas pela imprensa internacional como a ‘Primavera Árabe’, fundamentada no clamor popular por reformas políticas que conduzissem os países a democracias e melhorias sociais imediatas. O primeiro país que passou por essas manifestações foi a Tunísia (‘Revolução Jasmim’), localizado na região do Magreb, no norte da África. Entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011 o movimento popular derrubou o regime de Ben Ali, que estava no poder desde 1987 e que acabou fugindo para a Arábia Saudita. O início dos protestos se deu quando um comerciante de rua ateou fogo em seu próprio corpo em protesto contra a polícia, que retirou a sua permissão de trabalho. Seu martírio simbolizou a luta por maiores oportunidades de emprego e melhorias nas condições de vida no país. O país realizou eleições diretas que colocaram o partido islâmico moderado Ennahda no poder e a indicação de Moncef Marzuki para a presidência. Em janeiro de 2011, a Jordânia começou a atravessar uma onda de protestos por reformas políticas. Diante de uma população cada vez mais enfurecida, o rei Abdullah II anunciou a idealização de um governo parlamentar que poderia oferecer maiores possibilidades de participação popular, o que apenas foi alcançado, em tese, em janeiro de 2013.Também em janeiro de 2011, Iêmen e Egito tiveram o início das manifestações por reformas políticas. No Iêmen, a situação se tornou ainda mais crítica devido ao alto nível de pobreza e a inserção da rede terrorista Al Qaeda no país. Após sofrer um ataque em seu palácio presidencial, o líder Ali Abdullah Saleh, que completou 33 anos no poder, procurou refúgio na Arábia Saudita. Em nome de uma imunidade contra acusações por crimes de guerra, Saleh entregou o cargo ao vice Abd-Rabbu Mansour Hadi, que assumiu a presidência em fevereiro de 2012. No Egito (‘Revolução de Lótus’), as manifestações se estenderam entre os meses de janeiro e fevereiro de 2011, o exército praticamente mudou de lado e após distúrbios e aproximadamente 846 mortos, em 18 dias, o ditador Hosni Mubarak, no poder desde 1981, renunciou ao cargo e uma junta militar assumiu o controle provisório do país até junho de 2012 quando foi eleito Mohamed Mursi, do Partido da Liberdade e Justiça, de orientação islâmica e ligado ao grupo Irmandade Muçulmana. Durante o ano de 2013 ocorreram diversos movimentos de oposição ao governo de Mursi por parte de liberais, movimentos esquerdistas e cristãos, contrários ao que chamam de islamização das instituições. O principal movimento de oposição a Mursi foi a Frente de Salvação Nacional, formado por partidos de diferentes orientações. Com o aumento das tensões sociais os militares mais uma vez interferiram na vida política do país, obrigando Mursi a deixar o poder no início de julho de 2013, cerca de 1 ano após a sua vitória pelo voto democrático. As revoltas populares permaneceram, levando às ruas aqueles que apoiam Mursi e a Irmandade Muçulmana, e ao mesmo tempo aqueles que não aceitam as constantes intervenções dos militares, que dificultam a instalação de um regime democrático e o fortalecimento das instituições democráticas.
Os países que compõem o Mundo Árabe, situados ao norte da África e no Oriente Médio, passaram por diversas insurgências e revoltas populares no intuito de pressionar a derrubada de regimes ditatoriais que se estenderam por décadas nessa região. Reunidos em diferentes realidades econômicas, políticas e sociais, mas tendo em comum a necessidade de reformas políticas e econômicas profundas, esses movimentos conseguiram derrubar governos e promover parte de seus ideais. Em alguns caos, o sucesso não foi alcançado ou não teve progresso em determinar a formação de regimes democráticos devido ao intenso nível de fragmentação política e a presença de forças autoritárias que ainda atuam nesses países.
Os protestos começaram na Tunísia, na África, alcançando Egito, Jordânia e Iêmen. Em seguida, as manifestações continuaram por Barein, Argélia, e Líbia. Na Argélia, mesmo não havendo um regime ditatorial, a população protestou contra as condições econômicas e falta de liberdade de expressão. Ainda em 2011, o governo do presidente Abdelaziz Bouteflika anunciou o fim do Estado de Emergência que vigorou no país por quase duas décadas e um pacote de medidas econômicas para tentar reduzir a amplitude dos movimentos sociais, com destaque para o combate ao desemprego. No Barein, país com cerca de 1 milhão e 300 mil habitantes e detendo uma enorme produção de petróleo, a grande maioria da população do país é xiita, diferente da elite do país representada pela monarquia constitucional sunita do Rei Hamad bin Isa Al Khalifa. Muito mais do que problemas econômicos, as manifestações exigem uma maior participação popular nas decisões políticas, expressando também as diferenças na divisão histórica de poder entre xiitas e sunitas. No Marrocos, a oposição convocou o povo para marchar contra o governo do país, o que não tomou a amplitude de outras localidades. No mês de março de 2011 os protestos alcançaram a Síria. No Irã e na Arábia Saudita, ainda que em menor proporção, também foram notificados protestos e manifestações por reformas políticas e sociais. A população de Omã, de maioria ibadista, uma subdivisão do islamismo, começou a protestar contra o sultanato de Qaboos Bin Said Al Said, desde 1970 no poder. Omã representa uma exceção no contexto regional, apresentando estabilidade política e econômica, onde até mesmo as práticas religiosas islâmicas são mais condescendentes com as transformações culturais da atualidade, o que favorece o diálogo com o mundo ocidental. Já países como o Irã e Arábia Saudita apresentam características peculiares. O primeiro é um país persa, antigo aliado estado-unidense e que passou por uma Revolução Islâmica ao final da década de 1970, o que isolou o país da influência ocidental. O segundo representa um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região e que possui cerca de 25% das reservas de petróleo da OPEP, o cartel dos grandes exportadores de petróleo. O Irã é um Estado teocrático, onde os Aiatolás, líderes religiosos que possuem grande influência sobre os poderes legislativo e judiciário, impõem leis voltadas para o Alcorão, livro sagrado dos islâmicos. O ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que governou o país entre 2005 e 2013 perpetuou um discurso agressivo, inclusive negando publicamente a ocorrência do holocausto judeu, o que representa uma afronta ao Estado de Israel. Recentemente o Irã passou a sofrer sanções da ONU, pois há uma grande desconfiança quanto ao programa nuclear do país, que oficialmente é desenvolvido para fins pacíficos, mas que poderia esconder as pretensões do Irã em desenvolver armas nucleares. No caso do Irã, a população contrária ao regime dos Aiatolás representa uma atitude muito bem recebida pelos Estados Unidos e seus aliados, que não desejam o surgimento de uma potência nuclear no Oriente Médio, uma vez que o Irã possui grandes reservas de petróleo e gás natural assim como o controle sobre boa parte do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, rota obrigatória para o comércio do petróleo produzido pelos países da região. Hassan Rohani, recém-empossado presidente do Irã, tem adotado um discurso mais cauteloso, apontando que o país não irá, em nenhuma hipótese, construir armas nucleares. Agora, no que diz respeito à Arábia Saudita, os protestos são encarados pelo ocidente de forma bem diferente. O país também é uma teocracia, utilizando o Alcorão como constituição. Possui as cidades religiosas de Medina e Meca, esta última fundamental para a fé islâmica. O país é o mais importante aliado árabe dos Estados Unidos e detém as já destacadas jazidas de petróleo. Diante dessa conjuntura, vários danos poderiam ser provocados em relação ao ocidente caso as manifestações populares, que ainda não são intensas, provoquem a queda do regime do rei Abdullah.
Brasilescola

Antecedentes Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida. O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.O início da Grande Guerra O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. Política de Alianças Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido. O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
Desenvolvimento. As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas. Fim do conflito Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial. A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.
Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
As causas Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia. Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo. O Início O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:- O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
- Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.- De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
- O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Final e Consequências Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades. Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus. Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
- O dia 8 de maio é o Dia Mundial em memória dos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.



Guerra do Vietnã foi um conflito armado que começou no ano de 1959 e terminou em 1975. As batalhas ocorreram nos territórios do Vietnã do Norte, Vietnã do Sul, Laos e Camboja. Esta guerra pode ser enquadrada no contexto histórico da Guerra Fria.Contexto Histórico O Vietnã havia sido colônia francesa e no final da Guerra da Indochina (1946-1954) foi dividido em dois países. O Vietnã do Norte era, comandado por Ho Chi Minh, possuindo orientação comunista pró União Soviética. O Vietnã do Sul, uma ditadura militar, passou a ser aliado dos Estados Unidos e, portanto, com um sistema capitalista. Causas da Guerra A relação entre os dois Vietnãs, em função das divergências políticas e ideológicas, era tensa no final da década de 1950. Em 1959, vietcongues (guerrilheiros comunistas), com apoio de Ho Chi Minh e dos soviéticos, atacaram uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato deu início a guerra. Entre 1959 e 1964, o conflito restringiu-se apenas ao Vietnã do Norte e do Sul, embora Estados Unidos e também a União Soviética prestassem apoio indireto.Intervenção militar dos Estados Unidos Em 1964, os Estados Unidos resolveram entrar diretamente no conflito, enviando soldados e armamentos de guerra. Os soldados norte-americanos sofreram num território marcado por florestas tropicais fechadas e grande quantidade de chuvas. Os vietcongues utilizaram táticas de guerrilha, enquanto os norte-americanos empenharam-se no uso de armamentos modernos, helicópteros e outros recursos. Invasão norte-vietnamita No final da década de 1960, era claro o fracasso da intervenção norte-americana. Mesmo com tecnologia avançada, não conseguiam vencer a experiência dos vietcongues. Para piorar a situação dos Estados Unidos, em 1968, o exército norte-vietnamita invadiu o Vietnã do Sul, tomando a embaixada dos Estados Unidos em Saigon. O Vietnã do Sul e os Estados Unidos responderam com toda força. É o momento mais sangrento da guerra.Protestos e o fim da guerra No começo da década de 1970, os protestos contra a guerra aconteciam em grande quantidade nos Estados Unidos. Jovens, grupos pacifistas e a população em geral iam para as ruas pedir a saída dos Estados Unidos do conflito e o retorno imediato das tropas. Neste momento, já eram milhares os soldados norte-americanos mortos no conflito. A televisão mostrava as cenas violentas e cruéis da guerra. Sem apoio popular e com derrotas seguidas, o governo norte-americano aceita o Acordo de Paris, que previa o cessar-fogo, em 1973. Em 1975, ocorre a retirada total das tropas norte-americanas. É a vitória do Vietnã do Norte.Resultados da Guerra O conflito deixou mais de 1 milhão de mortos (civis e militares) e o dobro de mutilados e feridos. A guerra arrasou campos agrícolas, destruiu casas e provocou prejuízos econômicos gravíssimos no Vietnã. O Vietnã foi reunificado em 2 de julho de 1976 sob o regime comunista, aliado da União Soviética.
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As Coreias
A Guerra da Coreia foi um conflito armado entre Coreia do Sul e Coreia do Norte. Ocorreu entre os anos de 1950 e 1953. Teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo). Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando apreensão no mundo todo, pois houve um risco eminente de uma guerra nuclear em função do envolvimento direto entre as duas potências militares da época. Causas da Guerra- Divisão ocorrida na Coreia, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Após a rendição e retirada das tropas japonesas, o norte passou a ser aliado dos soviéticos (socialista), enquanto o sul ficou sob a influência norte-americana (capitalista). Esta divisão gerou conflitos entre as duas Coreias.- Após diversas tentativas de derrubar o governo sul-coreano, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950. As tropas norte-coreanas conquistaram Seul (capital da Coreia do Sul).O desenvolvimento da guerra- Logo após a invasão norte-coreana, as Nações Unidas enviaram tropas para a região a fim de expulsar os norte-coreanos e devolver o comando de Seul para os sul-coreanos.- Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Coreia do Sul, enquanto a China (aliada da União Soviética) enviou tropas para a zona de conflito para apoiar a Coreia do Norte.- Em 1953, a Coreia do Sul, apoiada por Estados Unidos e outros países capitalistas, apresentava várias vitórias militares.- Sangrentos conflitos ocorreram em território coreano, provocando a morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, sendo que a maioria era composta por civis.Fim da Guerra- Em julho de 1953, o governo norte-americano ameaçou usar armas nucleares contra Coreia do Norte e China caso a guerra não fosse finalizada com a rendição norte-coreana.- Em 28 de março de 1953, Coreia do Norte e China aceitaram a proposta de paz das Nações Unidas.- Em 27 de julho de 1953, o tratado de paz foi assinado e decretado a fim da guerra.Pós-guerra O conflito foi encerrado com ambos os lados voltando para os limites do paralelo 38, a linha imaginária que marcava a divisão inicial entre os territórios comunistas e capitalistas. Apesar da assinatura do Tratado de Pan-munjom ter acabado com as batalhas imediatas, um acordo de paz nunca foi estabelecido, e Coreia do Sul e Coreia do Norte continuam oficialmente em guerra até hoje. Nas décadas seguintes, enquanto a Coreia do Sul modernizou sua indústria e virou um dos principais países exportadores da Ásia, a Coreia do Norte manteve o sistema comunista de governo, com rígido controle sobre os meios da produção.  Ambos os países, no entanto, continuaram investindo fortemente em suas Forças Armadas. No Sul, o foco estava no treinamento das tropas e na aquisição de caças e tanques americanos. O Norte, por sua vez, desenvolveu um polêmico programa nuclear que culminou, em 2006, com o primeiro teste de uma bomba atômica do país comunista. O desenvolvimento da arma nuclear pela Coreia do Norte elevou as tensões a um novo patamar na península e provocou intensificação das sanções econômicas da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país. Paradoxalmente, analistas acreditam que a situação só não se desenvolveu em um novo conflito por causa da bomba atômica norte-coreana, que desencoraja um ataque do Sul. Mais recentemente, em março de 2010, um ataque com torpedo atribuído a um submarino norte-coreano provocou o afundamento da corveta Cheonan, da Marinha da Coreia do Sul. Ao menos 46 militares morreram na ação, fortemente condenada pela comunidade internacional. Parte da agressividade da Coreia do Norte pode ser atribuída à constante necessidade de ajuda internacional em questões básicas como alimentação e remédios. O governo norte-coreano, liderado pelo ditador Kim Jong-il, é incapaz de suprir todas as necessidade de sua população e constantemente usa a chantagem militar como forma de conseguir mais recursos. As relações entre as duas Coreias durante a década de 2000 foram contraditoriamente marcadas pela aproximação econômica, de um lado, e pelo acirramento militar de outro. Esta aproximação militar pode ser vista na criação do parque industrial conjunto em Kaesong, do lado norte-coreano da fronteira. Financiado por capitalistas sul-coreanos, o parque abriga diversas indústrias, sendo a maioria pequenas empresas sul-coreanas que atuam na área manufatureira produzindo roupas, calçados, relógios e utensílios de cozinha, entre outros. Mais de 50.000 trabalhadores norte-coreanos laboram neste parque. Como resposta às ameaças feitas por ambos os lados em conflito, o presidente Kim Jong-un fechou a entrada do parque intercoreano em 03 de abril de 2013, impedindo que 800 sul-coreanos adentrassem na área industrial. Mas o maior receio está ligado à escalada das ações bélicas. Em 12 de fevereiro de 2013, a Coreia do Norte anunciou ter realizado com sucesso um terceiro teste nuclear no campo de Punggye-ri, situado na região nordeste do país. Os dois primeiros testes ocorreram em 2006 e 2009. Em 12 de dezembro de 2012, o governo norte-coreano havia realizado um teste com um foguete espacial, considerado por especialistas como um míssil balístico de longo alcance. Frente a isso, a ONU promulgou novas sanções ao país do Norte, em 7 de março de 2013. A nova sanção acarretará uma piora das condições sociais da população norte-coreana e servirá como argumento para os discursos belicosos de ambos os lados. Desde então o governo norte-coreano tem ameaçado diariamente atacar os EUA e a Coreia do Sul. Por outro lado, os dois países realizam constantes manobras militares no mar e em terra, na região próxima à fronteira entre os dois países. A ameaça do governo norte-coreano, feita em 02 de abril, de reativar o reator nuclear de Yonbyon tem piorado a situação. Utilizando tecnologia soviética para a produção de energia nuclear e com capacidade de 5 megawatts, o reator foi utilizado para produzir armamento atômico. Em 2007, a torre de resfriamento foi destruída, mesmo estando à época já obsoleta. A ameaça de agora estabelece a reconstrução da torre de resfriamento como início de reativação do reator de Yonbyon. O reator é capaz de enriquecer plutônio, mas há interesse em reativar uma usina de enriquecimento de urânio com o discurso de resolver os graves problemas energéticos do país e também intensificar sua produção bélica nuclear. Frente a essas ameaças, o governo dos EUA enviou à região do Pacífico dois grandes navios de guerra, os destróieres USS John McCain e USS Decatur, com o intuito de se mostrar pronto para um eventual ataque à Coreia do Norte, como para evitar que mísseis lançados pelos norte-coreanos cheguem a territórios dos EUA, já que equipamentos antimísseis também serão instalados na ilha de Guam. A própria Coreia do Sul vem, há algum tempo, realizando testes com mísseis de longo alcance, que poderiam atingir o vizinho do Norte.
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Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.Veremos abaixo uma relação dos principais blocos econômicos da atualidade e suas características.A União Europeia ( UE ) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países : Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia. A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos : Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros. NAFTA Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos. O Mercosul ( Mercado Comum do Sul ) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul : Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única. PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro econômico do bloco. A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômicos os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo. A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de 1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja). A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi criada em 17 de outubro de 1992 e é formada por 15 países da região sul do continente africano. MCCA Criado em 1960, o MCCA (Mercado Comum Centro-Americano) é o bloco econômico da região da América Central, cujo principal objetivo é a integração econômica entre os países-membros (Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Honduras e Costa Rica). Aliança do Pacífico Criado em junho de 2012, este bloco econômico latino-americano é composto por México, Colômbia, Peru e Chile. BENELUX Considerado o embrião da União Europeia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960. Fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), a ONU (Organização das Nações Unidas) é uma organização constituída por governos da maioria dos países do mundo. É a maior organização internacional, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso social.

Fundada em 1960, esta organização internacional é formada por 34 países. Tem como metas principais o desenvolvimento econômico e a manutenção da estabilidade financeira entre os países membros. - OMS (Organização Mundial da Saúde) Fundada em 1948, este organismo faz parte da ONU e tem como objetivo principal a gestão de políticas públicas voltadas para a saúde em nível mundial. - OIT (Organização Internacional do Trabalho) Organismo especializado da ONU, foi fundada em abril de 1919. Atua, em nível mundial, em assuntos relacionados ao trabalho e relações trabalhistas. - FMI (Fundo Monetário Internacional) Criado em 1945, tem como objetivos principais a manutenção da estabilidade financeira e monetária no mundo, o aumento do nível de emprego e a diminuição da pobreza. Conta com a participação de 188 nações. - OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) Criada em 1949, conta com a participação de 28 países membros. Tem como objetivo principal a manutenção da segurança militar na Europa. ONU fundada, logo após a Segunda Guerra Mundial, contava com a participação de 51 nações. Ainda no clima do pós-guerra, a ONU procurou desenvolver mecanismos multilaterais para evitar um novo conflito armado mundial. Atualmente, conta com 192 países membros, sendo que cinco deles (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) fazem parte do Conselho de Segurança. Este pequeno grupo tem o poder de veto sobre qualquer resolução da ONU. Localização e divisão administrativa A sede principal da ONU fica na cidade de Nova Iorque e seus representantes definem, através de reuniões constantes, leis e projetos sobre temas políticos, administrativos e diplomáticos internacionais. A ONU está dividida em vários organismos administrativos como, por exemplo, Corte Internacional de Justiça, Conselho Econômico e Social, Assembleia Geral entre outros. A Carta das Nações Unidas define como objetivos principais da ONU:-           Defesa dos direitos fundamentais do ser humano;-           Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;-           Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;-           Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.- As línguas oficiais da ONU são inglês, francês, russo, mandarim, espanhol e árabe.- Atualmente (2007) a ONU é presidida pelo secretário geral sul-coreano Ban-Ki-Moon.- A ONU é mantida através de contribuições financeiras feitas pelos países membros. Os países que mais contribuem são: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.- Dia 24 de outubro comemora-se o Dia da ONU.  O conselho de Segurança É composto por 15 países-membros (cinco são permanente e dez são temporários). Este órgão foi estabelecido em 1946, no contexto do final da Segunda Guerra Mundial. Função - Manutenção da segurança e paz no mundo. Ações: - Definição e execução de operações de paz em países que estão em processo de conflito militar; - Estabelecimento de sanções internacionais à países que adotam medidas que ameaçam a paz e a segurança no mundo ou em determinadas regiões; - Autorização de ações militares que visem o estabelecimento da paz. Membros Permanentes Estes cinco países possuem poder de veto. Ou seja, qualquer decisão importante só pode ser colocada em prática caso ocorra à concordância de todos os membros permanentes. - China – França – Rússia - Estados Unidos - Reino Unido Membros Temporários em 2013 e mandatos Os membros temporários são eleitos pela Assembleia Geral da ONU para um mandato de dois anos. A cada ano ocorre eleição, renovando-se assim 50% do conselho temporário. Há uma divisão de assentos definidos por continentes. Mandato de 1 Janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2013 - Guatemala - Azerbaijão – Togo – Marrocos - Paquistão Mandato de 1 Janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014 - Argentina – Austrália – Ruanda – Luxemburgo - Coreia do Sul O Brasil já fez parte do Conselho de Segurança da ONU, como membro temporário, por dez vezes. A última foi entre os anos de 2010 e 2011. 
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No plano econômico mundial, o ano de 2011 foi marcado pela crise econômica na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial.Causas da crise:- Endividamento público elevado, principalmente de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda.- Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco.Consequências da crise:- Fuga de capitais de investidores;- Escassez de crédito;- Aumento do desemprego;- Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise;- Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise;- Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco.- Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo com alguns economistas, causar recessão econômica mundial.Ações da União Europeia para enfrentar a crise:- Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27/10/2011);- Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise;- Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia.- Definição de um Pacto Fiscal, que será ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região.* As ações de combate à crise são coordenadas, principalmente, por França e Alemanha.  Economia da União Europeia em 2013- O ano de 2013 não começou bem para a União Europeia. O PIB do bloco econômico apresentou retração de 0,2% no primeiro trimestre do ano.- Já no segundo trimestre de 2013 a economia do bloco apresentou uma leve recuperação, saindo do estado de recessão. A economia da União Europeia e da Zona do Euro cresceram 0,3% neste período, em comparação ao trimestre anterior.
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O terrorismo tornou-se um tema bastante evidente em todos os meios de comunicação, principalmente após os ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos. O mundo tem observado o terrorismo como uma ameaça constante, o caso citado não foi o único, existem vários grupos espalhados por todos os continentes e que reivindicam diferentes interesses. A seguir os principais grupos terroristas e onde estão localizados no espaço geográfico mundial.
Al Qaeda: grupo fundamentalista islâmico que possui financiadores para o desenvolvimento de ataques em diferentes pontos do planeta, além disso, detém ramificações da organização, configurando assim como uma atitude globalizada. Esse grupo surgiu no Oriente Médio, porém os ataques ocorrem nessa região e em outros pontos do planeta.
Hamas (Movimento de Resistência Islâmica): grupo que atua em locais próximos à fronteira entre a Palestina e Israel, que busca a formação do Estado Palestino através de atentados com homens bomba e outras modalidades.
Jihad Islâmico da Palestina: desenvolve suas práticas em Israel, em áreas ocupadas pela Jordânia e Líbano.
Hizbollah (Partido de Deus): desenvolve-se no Líbano, com participantes nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África e América do Sul.
Al Jihad: age no Egito, busca implantar um Estado Islâmico, possui ligação no Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Sudão, Líbano e Reino Unido.
Organização Abu Nidal: age principalmente no Iraque, Líbano, Líbia e Egito.
Frente Popular para a Libertação da Palestina: atua na Síria, Líbano, Israel e na Palestina.
Frente popular de Libertação da Palestina - Comando Geral: representa um grupo terrorista que surgiu na Palestina, atua na faixa de Gaza, Síria e Líbano.
Brigada dos Mártires do Al-Aqsa: grupo palestino terrorista que atua com ataques, atentados, rebeliões contra Israel.
Grupo Abu Sayyaf: age especialmente no sul das Filipinas e Malásia.
Grupo Islâmico Armado (GIA): age na Argélia, esse grupo terrorista se formou em 1992.
Kach e Kahane Chai: grupo terrorista israelense que busca a implantação do território conforme está expresso na Bíblia, dessa forma seu maior inimigo é a Palestina.
Grupo Islâmico (GI): grupo terrorista que atua no Egito, além do Afeganistão, Sudão, Reino Unido, Iêmen e Áustria.
HUM (Harakat ul-Mujahidin): grupo extremista que age em função do islamismo em países como o Paquistão e Índia, na região da Cachemira.
Movimento Islâmico do Usbequistão: tem suas atuações, sobretudo, no Usbequistão, além do Afeganistão, Tajiquistão e Quirguízia.
Partido dos Trabalhadores do Curdistão: corresponde a um grupo que aspira por território e independência, representa o povo curdo, age na Turquia, Iraque, Síria e Europa Ocidental.
Exército de Libertação Nacional do Irã: grupo que busca a expansão do islamismo.
Tigres Tâmeis: grupo separatista que busca a independência entre o norte e o sul do Sri Lanka.
ETA (Pátria Basca e Liberdade): busca a independência territorial da França e Espanha.
Ira (Exército Republicano Irlandês): luta pela saída das forças britânicas do território da Irlanda, atua em partes da Europa, especialmente na Irlanda do Norte. Esse é um grupo católico.
Ensinamentos da Verdade Suprema: grupo com base religiosa que acredita que o fim do mundo está próximo e esse será decorrente da Terceira Guerra Mundial entre Estados Unidos e Japão.
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): corresponde a um grupo guerrilheiro que desenvolve um estado paralelo na Colômbia, sua atuação é mais evidenciada na Venezuela, Panamá e Equador, além dos ataques, atentados e sequestros ocorridos internamente.
Exército de Libertação Nacional – Colômbia: esse grupo tem sua atuação na Colômbia e têm ideais semelhantes aos praticados em Cuba, promove uma grande quantidade de sequestros no país, principalmente de estrangeiros.
Autodefesas Unidas da Colômbia: grupo vinculado ao narcotráfico que visa proteger seus negócios contra as ações da Farc, além de garantir o plantio da coca e o mercado de cocaína.
Sendero Luminoso: grupo guerrilheiro que age no Peru em busca da implantação de um estado comunista.
Movimento Revolucionário Tupac Amaru: grupo que atua no Peru e visa à instauração do regime socialista no país.
Frente Revolucionária de Libertação Popular: grupo com ideais marxistas que age na Turquia e contra os Estados Unidos.
Organização Revolucionária 17 de Novembro: atua na Grécia contra Estados Unidos, OTAN e União Europeia.
Luta Revolucionária do Povo: grupo que foi criado para confrontar o governo militar e a ditadura que vigorou na Grécia, na década de 70.
Grupos separatistas chechenos: grupos terroristas que buscam a independência da Chechênia em relação à Rússia, esses cometem uma série de atentados.
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As armas mais poderosas do mundo


Ivan, a Tzar Bomb A mais poderosa bomba construída - e testada - pelo homem. Tinha o poder de 57 megatons, o que equivale a 57 milhões de cargas de dinamite. O alvo foi uma ilha na Nova Zembla, em 1961, durante a Guerra Fria.


Brinquedo do Pentágono O X-51 é um míssil hipersônico lançado por um submarino emergido. Ele pode atingir qualquer ponto do mundo em menos de uma hora e destruir completamente uma área de 200 metros quadrados.

CheyTac Intervention M-200 Long Range Rifle System Esse rifle tem um alcance preciso de cerca de 2 quilômetros. Outro ponto positivo é ser relativamente leve e possuir um sistema ligado à mira que calcula dados como vento e resistência do ar, para melhorar ainda mais o disparo.

K2 Black Panther Criação da Hyundai, utilizado pela Coreia do Sul. Possui sistema de tiro automatizado: o soldado seleciona o alvo e o tanque realiza o resto do serviço. Permite até 15 disparos por minuto.
GAU-8/Arma de calibre de 30 mm, normalmente acoplada a aeronaves. Desenvolvida pela General Eletric, ela possui sete canos rotatórios e é utilizada preferencialmente contra tanque
Melhor que os humanos?
O pai de todas as bombas A mais poderosa bomba não nuclear é russa. Foi testada em 2007 e utiliza substâncias desenvolvidas a partir da nanotecnologia. Sua força explosiva equivale a 44 toneladas de TNT.
Milkor MGL Um lançador de granadas semiautomático múltiplo, com capacidade para seis tiros. Produzido na África do Sul, atualmente é utilizado no exército de mais de 30 países.
RPG-7 Um lançador de foguetes portátil produzido na Rússia, especializado em abater tanques. Pode ser equipado com vários modelos de munição. É o modelo mais utilizado atualmente, pois combina baixo custo e eficiência.
XM-109 Um rifle cujo alvo não são pessoas, mas outras artilharias, como veículos leves e blindados. Também conta com computador integrado para cálculos sobre o ambiente. Sua munição é uma minúscula granada.
CornerShot Um acessório israelense para missões de reconhecimento que exigem discrição. Ele pode ser moldado para os lados, deixando a arma curva. Uma câmera auxilia o usuário a mirar com precisão.
O SWORDS é o primeiro robô equipado com armas. Tem pouco menos de 1 metro e pode carregar vários tipos de armamentos. Ele ainda sobe escadas, mergulha por até 100 metros e tem boa mobilidade na neve.
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1. Estados Unidos Efetivo: 1 414 000 soldados. Gasto militar anual: 329 bilhões de dólares (1 138 dólares por habitante) Armas nucleares: sim. Única superpotência militar depois do colapso soviético, os Estados Unidos são donos da mais poderosa esquadra do globo, que tem uma dúzia de porta-aviões gigantes, a maioria de propulsão nuclear. O país conta ainda com o maior arsenal nuclear e modernos armamentos operados por computadores e guiados por satélites
2. Rússia Efetivo: 988 100 soldados. Gasto militar anual: 48 bilhões de dólares (333 dólares por habitante) Armas nucleares: sim. O maior herdeiro da ex-URSS possui exército numeroso e pesquisa militar de ponta, mas tem poucos recursos para comprar equipamentos. A vocação por números astronômicos diminuiu: durante a Guerra Fria, a URSS chegou a ter 5,3 milhões de soldados — um recorde — e produziu mais de 70 mil tanques das séries T-54/T-55/T-62. Eles eram inferiores aos modelos ocidentais, mas podiam levar a melhor pela quantidade
3. China Efetivo: 2 270 000 soldados. Gasto militar anual: 48 bilhões de dólares (37 dólares por habitante)Armas nucleares: sim. O país mais populoso da Terra conta com bom número de armas nucleares e sempre teve Forças Armadas numerosas, mas o nível pouco sofisticado de sua indústria não permitia equipar as tropas com armas de última geração. Isso mudou recentemente: o salto econômico e a relativa abertura política das últimas duas décadas levaram a China a investir na modernização do arsenal
4. França Efetivo: 260 400 soldados. Gasto militar anual: 38 bilhões de dólares (636 dólares por habitante) Armas nucleares: sim. Para se proteger da ameaça comunista na Guerra Fria, os franceses criaram uma força nuclear própria com os três meios clássicos de lançar armas atômicas: mísseis em terra, em submarinos e em aviões. A indústria de defesa é uma das principais da Europa, produzindo tanques de ótima qualidade, como o Leclerc, e aviões clássicos como os das séries Mirage
5. Reino Unido Efetivo: 210 400 soldados. Gasto militar anual: 35 bilhões de dólares (590 dólares por habitante). Armas nucleares: sim. Até a Segunda Guerra (1939-1945), a Grã-Bretanha era a maior potência naval da Terra. Depois do conflito, a Marinha Real encolheu, mas ainda é uma das principais do mundo. O Exército sempre foi pequeno, mas é um dos mais profissionais do planeta, bem equipado com tanques, blindados de transporte de pessoal e uma parafernália de mísseis
6. Coréia do Norte Efetivo: 1 082 000 soldados. Gasto militar anual: 4,7 bilhões de dólares (214 dólares por habitante). Armas nucleares: sim. Assolado pela pobreza e pela fome, este país sustenta um dos estados mais militarizados do planeta. Envolvidos em disputas de território com a Coréia do Sul desde a década de 40, os comunistas do Norte contam com tropas numerosas com muito armamento convencional. Nas últimas décadas, o país desenvolveu tecnologia para produzir armas nucleares
7. Índia. Efetivo: 1 298 000 soldados. Gasto militar anual: 13 bilhões de dólares (13 dólares por habitante). Armas nucleares: sim. O segundo país mais populoso do planeta sempre esteve em briga com seus vizinhos muçulmanos. Hoje, o maior rival é o Paquistão, com quem disputa terras na região da Caxemira. As aguerridas tropas indianas estão entre as mais bem equipadas do Terceiro Mundo. Além de muitos soldados, a Índia tem armas nucleares e mísseis para transportá-las
8. Paquistão Efetivo: 620 000 soldados. Gasto militar anual: 2,5 bilhões de dólares (17 dólares por habitante) Armas nucleares: sim. A maior potência militar muçulmana tem economia e população inferiores às da rival Índia, mas, para criar um "equilíbrio de terror" no sul da Ásia, o Paquistão também investiu em armas nucleares. Pouco se conhece sobre as armas atômicas ou sobre o tamanho do arsenal do país. Mas a existência da bomba dos dois lados da fronteira tem forçado Índia e Paquistão a uma convivência tensa — e "pacífica", na medida do possível
9. Coréia do Sul Efetivo: 686 000 soldados. Gasto militar anual: 12 bilhões de dólares (266 dólares por habitante) Armas nucleares: não. Graças à proteção dos Estados Unidos, o país atingiu níveis econômicos, científicos e tecnológicos muito superiores aos do vizinho do norte. Por causa da crise com os comunistas, a Coréia do Sul mantém Forças Armadas poderosas em prontidão na fronteira, embora não tenha armas atômicas. O equipamento é de alta qualidade, comprado dos americanos ou desenvolvido localmente com ajuda ianque
10. Israel Efetivo: 161 500 soldados. Gasto militar anual: 9,4 bilhões de dólares (1 499 dólares por habitante) Armas nucleares: sim. Pequeno e pouco populoso, Israel se envolveu em conflitos com os vizinhos árabes e resolveu se armar até os dentes. Para compensar a inferioridade numérica, os israelenses optaram por qualidade: suas tropas estão entre as mais bem treinadas da Terra, a Força Aérea dispõe de tecnologia de ponta e a experiência em combate fez o país desenvolver algumas das melhores armas disponíveis, como o tanque Merkava * Números referentes a 2002, ano mais recente em que as estatísticas foram compiladas. Fonte: anuário do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (International Institute for Strategic Studies - IISS) 
Impávido colosso
Efetivo: 287 600 soldados. Gasto militar anual: 9,6 bilhões de dólares (55 dólares por habitante) Armas nucleares: não. Não dá para cravar uma posição para o Brasil no ranking mundial de exércitos — a única certeza é que não chegaríamos ao Top 10 —, mas dá para fazer algumas comparações. Numericamente, nossas tropas são as maiores da América do Sul. Tecnologicamente, somos semelhantes aos vizinhos. Com fronteiras bem definidas, não há grandes rivalidades regionais. Por isso, o país não tem o mesmo "estímulo" para investir em armas que outros países brigões do Terceiro Mundo. Ainda bem.  Mundoestranho

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. O relatório anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.Classificação de acordo com o IDH (leva em consideração a classificação, ranking):- 25% de menor IDH - desenvolvimento humano baixo (geralmente países pobres).- 25% acima dos de menor IDH - desenvolvimento humano médio (geralmente países em processo de desenvolvimento).- 25% abaixo dos países de melhor IDH - desenvolvimento humano alto (geralmente países  em rápido processo de crescimento econômico - emergentes).- 25% de melhor IDH - desenvolvimento humano muito alto (geralmente países ricos e bem desenvolvidos).De acordo com dados para 2012, o IDH do Brasil é 0,730 (85º entre 187 países). Embora apresente deficiências no sistema educacional, o IDH do Brasil é considerado de alto desenvolvimento humano, pois o país vem apresentando bons resultados econômicos e sociais. A expectativa de vida em nosso país também tem aumentado, colaborando para a melhoria do índice nos últimos anos.Mudanças no Pnud 2011Em 2010 foram analisados 169 países. Já em 2011 o número de países e territórios analisados foi de 187. Esta mudança dificulta a comparação de ranking entre os dados dos relatório de 2010 e 2011.Pnud 2012 Em 2012 foram coletados dados de 187 países.
Colocação no Ranking de IDH de alguns países:(Dados do PNUD referente ao ano de 2012)
1º - Noruega - 0,955
2º - Austrália - 0,938
3º - Estados Unidos - 0,937
4º - Holanda - 0,921
5º - Alemanha - 0,920
6º - Nova Zelândia - 0,919
7º - Irlanda - 0,916
8º - Suécia - 0,916
9º - Suíça - 0,913
10º - Japão - 0,912
11º - Canadá - 0,911
12º - República da Coreia - 0,909
13º - Hong Kong - 0,906
85º - Brasil - 
0,730

Protestos no Brasil O que começou com protestos devido ao aumento de  passagem de onibus em São e Rio de Janeiro, ganhou força e protestos ocorreram em várias capitais e centenas de cidades nas cinco regiões do país. Ao todo, 388 cidades tiveram manifestações, incluindo 22 capitais No dia 20 de junho 2013, mais de um milhão de pessoas foram às ruas, segundo a reportagem do UOL Notícias. Os manifestantes também protestam contra os gastos para a preparação da Copa do Mundo de 2014, a PEC 37 (proposta de emenda à Constituição que limita os poderes de investigação do Ministério Público), a corrupção e as más condições de Saúde e Educação no país. O Movimento Passe Livre foi criado em 2005 no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre (RS), com o objetivo de lutar por um transporte público gratuito e de qualidade. Eles se inspiram em movimentos surgidos em países democráticos após a crise financeira de 2008, nos Estados Unidos (Occupy Wall Street) e na Espanha (Indignados).


Crise na Argentina
A forte desvalorização do peso nos últimos dias levantou ainda mais dúvidas sobre a situação econômica da Argentina, que tem se agravado nos últimos meses com a disparada da inflação e a redução drástica das reservas internacionais.
O G1 ouviu diversos especialistas das áreas de economia e política para entender a origem da crise econômica argentina, avaliar as políticas do atual governo e traçar um panorama do que pode acontecer com o vizinho brasileiro nos próximos meses.
Do megacalote da dívida pública em 2001 aos índices econômicos negativos no início de 2014, confira 10 pontos que explicam a atual crise na Argentina.
1 - Calote de 2001 e desconfiança
2 - Restrições fazem dólar disparar
3 - Inflação alta e dados maquiados

4 - Falta de dinheiro em infraestrutura


O iG conversou com especialistas em economia internacional e selecionou cinco pontos fundamentais para entender a crise econômica mundial . Veja a seguir:

1- Mais do mesmo “Na verdade, não estamos vivendo uma nova crise mundial. A crise é a mesma que teve início em 2008, estamos só em uma nova fase”, afirma Antonio Zoratto Sanvicente, professor do Insper. Naquele ano foi deflagrada a crise das hipotecas imobiliárias nos Estados Unidos, com a quebra do banco Lehman Brothers. Basicamente, os problemas começaram porque as instituições financeiras emprestaram dinheiro demais para quem não podia pagar. Isso levou à falência de bancos e à intervenção governamental para evitar o colapso do sistema financeiro e uma recessão mais aguda. Ao injetar recursos em bancos e até em empresas, no entanto, os governos aumentaram seus gastos, em um momento em que a economia mundial seguia encolhendo. O resultado não poderia ser outro: aprofundamento do déficit público, que em muitos países já era bastante elevado.Na Grécia, por exemplo, a crise de 2008 ajudou a exacerbar os desequilíbrios fiscais que o país já apresentava desde sua entrada na zona do euro, diz o economista Raphael Martello, da Tendências Consultoria.
2- Europa endividada  Faz quase dois anos que a crise da dívida soberana em países da União Europeia tem sido discutida nos mercados financeiros. Mas foi nos últimos meses que o problema veio à tona com mais intensidade e se tornou um dos maiores desafios que o bloco já enfrentou desde a adoção do euro em 2002. Irlanda tem a maior dívida pública do mundo
Além da Grécia, países como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha sofrem os efeitos do endividamento descontrolado e buscam apoio financeiro da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional. Para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas de “austeridade fiscal” que, na prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de benefícios sociais e empregos, por exemplo, e elevar a arrecadação por meio de impostos.O problema é que essas medidas deprimem ainda mais a economia e geram descontentamento, greves e manifestações. Nas últimas semanas, os movimentos populares têm se intensificado especialmente na Grécia.Em meio ao clima de instabilidade e discussão até mesmo sobre a manutenção desses países na zona do euro, o parlamento alemão aprovou a ampliação do fundo de socorro europeu para um total de 440 bilhões de euros.
3- Enquanto isso, nos Estados Unidos
O déficit público americano já vinha crescendo vertiginosamente nos anos 2000, respondendo em parte aos gastos exorbitantes com a guerra do Iraque, em 2003, e às perdas causadas pelo furacão Katrina, em 2005. “Já existia um problema estrutural, mas com a crise em 2008 o governo injetou muito recurso nos bancos e empresas e isso levou a um sério aprofundamento do déficit”, afirma Martello.
O resultado é que a dívida saiu de controle. Nos últimos meses, essa situação criou a necessidade de elevar o limite de endividamento público do país, para evitar que fosse decretado um calote. Isso levou a um prolongado embate político entre democratas e republicanos, que gerou enorme estresse nos mercados financeiros e levou a agência de classificação de risco S&P a rebaixar a nota de crédito americana no começo de agosto.Para piorar o cenário, os números revisados do PIB americano no primeiro e segundo trimestre apontam para desaceleração da economia, que também enfrenta altos índices de desemprego.Enquanto isso, a disputa política segue firme nos Estados Unidos, desta vez em torno da aprovação de um pacote proposto por Obama para estimular a geração de empregos no país.Na avaliação do professor José Márcio Camargo, da PUC-RJ, “a proposta do presidente Barack Obama de desoneração de impostos deve passar no Congresso americano, mas o aumento de gastos em infraestrutura para estimular a economia não deve ter aprovação da maioria. A briga entre políticos, que reprovam os programas de incentivo financeiro, e o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, pode comprometer a independência da instituição.”
4- Bancos em risco A fragilidade do sistema financeiro na Europa e Estados Unidos continua a tirar o sono dos investidores. Se em 2008 os bancos, principalmente americanos, sofreram com a exposição a hipotecas de alto risco, desta vez, instituições de ambos os lados do Atlântico sentem os efeitos da exposição a títulos da dívida soberana de países europeus. City, o centro financeiro de Londres; bancos sofrem com exposição a títulos da dívida europeia É o caso dos bancos franceses, bastante expostos a títulos públicos da Grécia – país que busca com urgência nova parcela de resgate para evitar o calote. Alguns estudos tentam estimar o volume total de recursos que seria necessário para recapitalizar os bancos europeus em caso de um default da Grécia ou mesmo de outros países, como Portugal.Mas economistas afirmam que não é possível saber exatamente o tamanho do rombo, pois além dos títulos públicos, os bancos também estão expostos a seguros contra a dívida.Por não ser negociado em mercado formal, ninguém sabe ao certo quanto os bancos perderiam com esses seguros.
5- Mundo em desaceleração Se há alguns meses a inflação mundial era a principal preocupação de líderes e analistas de mercado, hoje o tema que domina as conversas é a desaceleração da economia global. Mundo mostra sinais claros de desaceleração no ritmo de atividade econômica Em um relatório recente, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou para evidente desaceleração da atividade econômica em praticamente todos os países.
E o Brasil não está imune. Pelo contrário, é a nação que mostra os sinais mais claros de esfriamento da atividade, segundo a OCDE. Na avaliação do Banco Central brasileiro, “observa-se moderação do ritmo de atividade” do País, mas a economia “ainda continuará sendo favorecida pela demanda interna". No cenário internacional, a autoridade monetária vê "possibilidade elevada de recessão" em alguns países devido à crise global, "em especial nas economias maduras".

O FMI (Fundo Monetário Internacional) é um organismo com sede na cidade norte-americana de Washington; criado em 1945, seu objetivo é estabelecer a cooperação econômica em escala global. Sua atuação visa garantir estabilidade financeira, favorecer as relações comerciais internacionais, implantar medidas para geração de emprego e desenvolvimento sustentável e buscar formas de reduzir a pobreza. Cada país possui uma cota de participação no fundo, estabelecida preliminarmente, o destaque é para os países desenvolvidos, que são os maiores cotistas; por essa razão, são eles que gerenciam o organismo. Os empréstimos do FMI são concedidos aos países com problemas financeiros, para isso é preciso cumprir as metas estipuladas pelo organismo, nelas estão previstas a implantação, por parte do devedor, de: ajuste orçamentário, cortes nos gastos públicos, monitoramento da taxa cambial, barrar o consumo excessivo com a diminuição salarial, dentre outros. Quando o FMI é acionado por um país em crise, agentes são enviados para analisar a situação financeira do mesmo e, a partir daí, direcionar as medidas que poderão contribuir para a resolução dos problemas. O principal objetivo desses agentes é evitar que tais problemas se alastrem e tomem proporções maiores, que possam repercutir internacionalmente na economia. O Banco Mundial (World Bank) ou BIRD (Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento) é uma agência das Nações Unidas criada em 1° de julho de 1944, a sede está localizada na capital dos Estados Unidos, Washington. Originalmente, foi criado com a finalidade de ajudar os países que foram destruídos na Segunda Guerra Mundial. Hoje, aproximadamente 150 países membros participam na composição do capital do banco. O valor de cota e o direito de voto são determinados a partir do nível de participação no mercado mundial. O principal acionista é os Estados Unidos, fato que lhe concede o poder de veto em todas as decisões. O Banco Mundial fornece financiamentos para governos, que devem ser destinados, essencialmente, para infraestura de transporte, geração de energia, saneamento, além de contribuir em medidas de desenvolvimento econômico e social. Além de governos, empresas de grande porte podem adquirir empréstimos, porém, é necessário apresentar a viabilidade da implantação de projetos, além disso, o país de origem da empresa deve garantir o pagamento dos recursos.
Acordo de Bretton Woods  ou ainda "Acordos de Bretton Woods" é o nome com que ficou conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em julho de 1944, na mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no estado de New Hampshire, no hotel Mount Washington. O objetivo de tal concerto de nações era definir os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial. O sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria amplamente favorável aos Estados Unidos, que dali em diante teria o controle  de fato de boa parte da economia mundial bem como de todo o seu sistema de distribuição de capitais. Os Estados Unidos finalmente tomavam as rédeas das finanças mundiais, manobra que se recusaram a executar por pelo menos cerca de 25 anos, devido a princípios da política externa do país, que advogava o não-envolvimento em questões político-econômicas sensíveis às nações europeias. O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação do dólar como moeda forte do setor financeiro mundial e fator de referência para as moedas dos outros 44 signatários de Bretton Woods. Isso equivale dizer que todas as outras moedas passariam a estar ligadas ao dólar, originalmente variando em uma margem de no máximo 1% (positivamente ou negativamente). Para dar sustento essa força dólar em escala mundial, a moeda estaria ligada ao ouro a 35 dólares, o que permitia ao portador de dólares (em teoria; na prática, pouco funcional) transformar as notas de dólares que qualquer cidadão carregasse no bolso, em qualquer parte do mundo, no seu equivalente em ouro, de acordo com o estipulado em Bretton Woods. Evidentemente, tal conta seria impossível de se sustentar, mesmo com uma emissão de moeda extremamente controlada (como aconteceu na realidade), servindo todo conceito mais como uma propaganda de consolidação do dólar em escala mundial. O acordo ainda previa a não menos importante criação de instituições financeiras mundiais que se encarregariam de dar o sustento necessário ao modelo que estava sendo criado, que seriam: "Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento", mais tarde renomeado para Banco Mundial, que funciona até hoje como uma espécie de Agência de Crédito tamanho família, destinada a fornecer capitais para políticas e projetos de desenvolvimento no mundo todo. Além desta seria criado o FMI (Fundo Monetário Internacional), uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo. Tal sistema duraria quase vinte anos, até que nos anos 70 o governo norte-americano fosse forçado a abrir mão de alguns preceitos de Bretton Woods.
1945 - Conferência de Yalta pressagia a Guerra Fria
O presidente Franklin Delano Roosevelt, o primeiro ministro Winston Churchill e o líder soviético Joseph Stalin encontram-se em Yalta em 4 de fevereiro de 1945 para discutir o esforço de Guerra dos aliados contra a Alemanha e o Japão e tentar estabelecer algumas questões diplomáticas preocupantes. Embora um bom número de importantes acordos fosse alcançado na conferência, tensões sobre questões europeias, particularmente o destino da Polônia, pressagiavam o desmoronamento da Grande Aliança que se havia desenvolvido entre a União Soviética, os Estados Unidos e a Grã Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial e insinuando a emergência da vindoura Guerra Fria. Ao encontrar-se na cidade de Yalta na Crimeia russa de 4 a 11 de fevereiro, Roosevelt, Churchill e Stalin chegavam cada qual com sua agenda para a conferência. Para Stalin, os principais objetivos eram a assistência econômica no pós-guerra e o reconhecimento por parte dos Estados Unidos e da Grã Bretanha de sua esfera de influência na Europa Oriental. Churchill tinha em mente antes de tudo a proteção do Império Britânico, mas também queria esclarecer o status político da Alemanha no pós-guerra. As metas de Roosevelt se concentravam no consenso para a criação das Nações Unidas e em conquistar o apoio efetivo da União Soviética na guerra contra o Japão uma vez que Hitler já estava praticamente derrotado. Nenhum deles deixou Yalta completamente satisfeito. Não houve definição precisa quanto à ajuda financeira à União Soviética. Muitas questões pertinentes a Alemanha foram diferidas para posterior discussão. Quanto às Nações Unidas, Stalin queria que todas as 16 Repúblicas soviéticas estivessem representadas na Assembleia Geral, mas concordou com três – a União Soviética como um todo, a Bielorússia e a Ucrânia. Entretanto, os soviéticos concordaram em entrar em guerra contra o Japão noventa dias após a capitulação de Berlim. Foi sobre o estatuto de pós-guerra da Polônia, porém, que a animosidade e a desconfiança entre Estados Unidos e a União Soviética que iria caracterizar a Guerra Fria se tornaram mais evidentes. As tropas do Exército Vermelho já tinham a Polônia sob controle, um governo provisório pró-comunista já se havia instalado e Stalin mostrou-se inflexível no sentido de os interessas da União Soviética nessa nação fossem reconhecidos. Os Estados Unidos e a Grã Bretanha acreditavam que o governo polonês anticomunista no exílio, baseado em Londres, fosse mais representativo do povo polonês. O acordo final declarou simplesmente que um “governo de bases mais amplas” deveria ser estabelecido na Polônia. Eleições livres para determinar o futuro desse país deveriam ser convocadas em algum momento no futuro. Muitos funcionários norte-americanos mostraram-se desconformes com o acordo, pois acreditavam que iria “condenar a Polônia a um futuro comunista”. Roosevelt, no entanto, achava que não poderia fazer mais naquele momento, uma vez que o exército soviético ocupava a Polônia. À medida que a Guerra Fria se tornava realidade nos anos que se seguiram à Conferência de Yalta, muitas críticas der setores de direita à política externa de Roosevelt acusavam-no de "ter se vendido ao inimigo" e ingenuamente ter deixado o caminho livre para Stalin. Contudo, parece pouco provável que Roosevelt tivesse muita escolha. Ele foi capaz de assegurar a participação da União Soviética na Guerra contra o Japão – a URSS declarou Guerra ao Japão em 8 de agosto de 1945, estabeleceu os princípios básicos das Nações Unidas e fez o possível para resolver as diferenças quanto à questão polonesa. Com a Segunda Guerra Mundial ainda intensa, seu interesse fundamental era de manter a Grande Aliança, com o que Stalin estava de acordo. Ambos acreditavam que as questões políticas problemáticas poderiam ser adiadas e resolvidas após o término da guerra. Desafortunadamente, Roosevelt jamais teve esta oportunidade. Quase exatamente dois meses após o encerramento da conferência, em 12 de abril, sofre um ataque cardíaco e falece.
A Conferência de Potsdam A Conferência de Potsdam ocorreu logo após o término da guerra (agosto de 1945). O encontro aconteceu em Potsdam, na Alemanha, reunindo Clement Attlee (substituto de Churchill), Harry Truman (substituto de Roosevelt) e Stalin, para decidirem o destino da Alemanha. Os líderes aliados decidiram que a Alemanha seria dividida em quatro zonas sob a administração francesa, britânica, norte-americana e soviética. Decidiu-se também o fim do nazismo no país e, além disso, a Alemanha deveria pagar uma enorme indenização aos Aliados e devolver o porto de Dantzig a Polônia.

Crise na União europeia No plano econômico mundial, o ano de 2011 foi marcado pela crise econômica na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial. Causas da crise:- Endividamento público elevado, principalmente de países como a Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda.- Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco. Consequências da crise:- Fuga de capitais de investidores;- Escassez de crédito;- Aumento do desemprego;- Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise;- Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise;- Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da econômica dos países do bloco.- Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo com alguns economistas, causar recessão econômica mundial. Ações da União Europeia para enfrentar a crise:- Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27/10/2011);- Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise;- Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia.- Definição de um Pacto Fiscal, que será ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região.* As ações de combate à crise são coordenadas, principalmente, por França e Alemanha.  Economia da União Europeia em 2013- O ano de 2013 não começou bem para a União Europeia. O PIB do bloco econômico apresentou retração de 0,2% no primeiro trimestre do ano.- Já no segundo trimestre de 2013 a economia do bloco apresentou uma leve recuperação, saindo do estado de recessão. A economia da União Europeia e da Zona do Euro cresceram 0,3% neste período, em comparação ao trimestre anterior.

Especulação e crédito em excesso foram os combustíveis do estouro da bolha nos Estados Unidos em 2008 Não há resposta clara, mas uma investigação sobre o que motiva a escalada dos preços pode levar a algumas pistas, acredita o professor João da Rocha Lima, do núcleo de real estate (mercado imobilário) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).Três razões, segundo ele, fazem os preços se descolarem da realidade: especulação (pela crença de que os valores subirão infinitamente); pressão artificial da demanda (por crédito imobiliário desmedido e poder de compra ilusório); e causas estruturais (correção dos custos de terrenos e da construção civil). O combustível do estouro da bolha dos imóveis nos Estados Unidos, em 2007/2008, foi composto por especulação e excesso de crédito – e não por motivos estruturais, reforça o professor. Um descontrole desproporcional entre investidores ávidos por lucrar (na crença de que os preços subirão rapidamente no curto prazo) e compradores interessados em ocupar o imóvel cria um cenário especulativo, gerando uma oferta artificial no mercado. Na outra ponta, o crédito concedido sem critérios passa a atender a esta oferta ao criar uma falsa demanda, sustentando a escalada de preços. “A semente do crédito irresponsável cria uma espiral que, em algum ponto, não vai se sustentar, revertendo de forma violenta a curva dos preços. Foi o que ocorreu inicialmente em Miami”, explica Lima. No Brasil, os bancos financiam em torno de 65% do valor do imóvel, enquanto nos EUA este percentual atingiu 110% no auge do desequilíbrio. Isso porque o consumidor chegava a receber presentes e viagens por fechar o negócio – a um custo que os bancos acreditavam ser compensado com a valorização futura do imóvel. O crédito imobiliário pode ser chamado de “irresponsável” quando é concedido a uma porção considerável de pessoas que não são capazes de pagar por ele. Enquanto no Brasil os bancos só concedem o financiamento de um único imóvel por comprador, nos EUA, cada pessoa podia hipotecar até dez unidades antes da crise. Por aqui, o crédito imobiliário representou 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em junho de 2013, enquanto nos EUA superava 80% da riqueza do país, em dezembro de 2012. A relação crédito/PIB passa a preocupar, segundo analistas, quando está acima de 50%. Países como Turquia e Austrália apresentavam números bem próximos dos EUA no fim do ano passado, enquanto Alemanha e Itália financiavam mais de 40% de seu produto interno no mesmo período.
A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços. A inflação pode ser dividida em: Inflação de Demanda É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos. Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada. Inflação de Custos É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Índices de Inflação A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário Básico).
Para muitos estudantes que hoje ingressam nos ensinos fundamental e médio, a discussão sobre a questão inflacionária no Brasil parece um tema distante ou, até mesmo, estranho. Entretanto, a economia do nosso país, ao adentrar os ditames do capitalismo industrial e financeiro, passou a conviver com as contradições de um país economicamente dependente que deveria encontrar soluções para valorizar sua moeda e desenvolver sua economia. No entanto, promover esse desenvolvimento exigia dos nossos governos a contração de empréstimos a serem empregados na contratação de funcionários e no financiamento de obras que, muitas vezes, acabavam deixando nosso país completamente endividado. Uma solução usual adotada pelo Estado para sanar este problema era fabricar o dinheiro necessário para que tivesse condições de honrar uma considerável parte de seus compromissos financeiros. A solução parecia ser prática e viável, mas, infelizmente, a circulação de papel-moeda em uma economia que não tem riquezas correspondentes àquele total de dinheiro disponível acaba desvalorizando a moeda. Conseqüentemente, o preço das mercadorias sobe e os trabalhadores – que tem sua renda fixada em uma determinada faixa salarial – têm o seu poder de compra reduzido, o que acaba aumentando o já tão penoso custo de vida. Até aqui, podemos perceber que um dos fatores responsáveis pela crise inflacionária está intimamente ligado à contração de dívidas. No Brasil essa contração de dívidas tem longa data e veio se desenhando desde o período colonial, quando diversos exploradores requeriam da Coroa Portuguesa empréstimos para financiar suas atividades. Passando para a monarquia, temos o governo de Dom Pedro I inaugurado por uma dívida de dois milhões de libras esterlinas, usadas na “compra” efetiva de nossa independência. No período republicano a questão inflacionária ganhou uma importância ainda maior, tendo em vista as novas condições da economia mundial. O Brasil, em pleno auge de desenvolvimento do capitalismo industrial, se via diante o dilema de preservar o traço agro-exportador da economia nacional ou promover a modernização da economia. No primeiro governo republicano surgiu a figura de um proeminente intelectual chamado Rui Barbosa, que ocupou o cargo de Ministro da Fazenda. Em sua gestão, Rui Barbosa procurou modernizar a economia nacional permitindo que os bancos fabricassem papel-moeda e facilitando a contração de empréstimos para a criação de empresas. A medida, apesar de bem intencionada, gerou uma enorme crise especulativa que promoveu uma onda de empréstimos seguida pela injeção massiva de papel-moeda na economia. Com isso, o país não conseguiu remodelar sua política de desenvolvimento econômico e, ainda por cima, causou uma grande crise inflacionária. Apesar desse episódio de dimensões trágicas, nas primeiras décadas do século XX, o Brasil teve uma considerável reação econômica causada pela crise do mercado europeu. A partir de 1914, o Velho Continente tornou-se palco de uma série de conflitos civis e grandes guerras que desestabilizaram sua própria economia. Nesse momento, o Brasil, tão dependente dos produtos industrializados europeus, iniciou a arrancada de sua indústria e a diversificação de sua economia. Esse primeiro fôlego dado à economia gerou uma contenção do problema inflacionário no Brasil. Contudo, o país inaugurava sua industrialização em um momento que diversas potências industriais já estavam plenamente consolidadas no mercado internacional. Por isso, o país necessitava de contrair empréstimos para que fosse possível tornar nossa economia consideravelmente competitiva em relação aos seus concorrentes comerciais. Nos governos de Vargas e JK, o dilema do desenvolvimento foi sensivelmente marcado entre a opção de proteger a economia e promover um desenvolvimento autônomo e gradual, ou permitir que investidores estrangeiros pudessem injetar seus recursos para que o país pudesse recuperar os anos de atraso da economia. Ambas as opções requeriam projetos econômicos muito bem elaborados que, apesar de demandarem de empréstimos, deveriam ter o cuidado de não desvalorizar a moeda nacional. Todavia, as oscilações do mercado internacional, a corrupção política e nosso atraso econômico acabavam possibilitando a deflagração de diversos processos inflacionários. No governo militar, principalmente entre os anos de 1969 e 1973, a economia experimentou uma onda de crescimento propiciado pelo chamado “milagre econômico”. Esse teve curto período de vida, principalmente em razão da crise que se abateu sobre a economia mundial e o modelo de desenvolvimento artificial gerado do tal “milagre”. Na década de 1980, o problema da recessão econômica acabou transformando a inflação em um companheiro presente na mesa de todos os brasileiros. A desvalorização da moeda chegou a tal ponto que os produtos do supermercado, por exemplo, eram reajustados mais de uma vez ao dia. Nessa mesma época, a criação de diferentes moedas era tentada para se conter o caos da inflação e diversos planos econômicos tentavam dar uma solução definitiva para a questão. No ano de 1994, o “Plano Real” propôs um projeto de reestruturação da economia nacional baseado em uma nova moeda que levava o mesmo nome do plano. A partir de então, os níveis inflacionários de nossa economia, excetuado alguns momentos de crise momentânea, passaram a alcançar níveis suportáveis ao desenvolvimento e o custo de vida de uma considerável parcela dos trabalhadores. Desde então, a economia nacional deu sinas de amadurecimento, a inflação se transformou em uma fera domável e o Brasil hoje busca a condição de “nação emergente”.
O manda-chuva da economia Quando a primeira edição de VEJA chegou às bancas, o manda-chuva da economia brasileira era Antonio Delfim Netto. Ele comandou o Ministério da Fazenda entre 1967 e 1974, durante o "milagre" econômico, quando o produto interno bruto do país cresceu à incrível média de 10% ao ano. Como o Brasil não dispunha de poupança interna, o crescimento foi financiado por empréstimos internacionais. Essa política tirou a indústria nacional da idade das trevas, mas, juntamente com a primeira crise do petróleo, em 1973, foi o germe das sucessivas crises da dívida externa que castigaram o país nos anos 80. Delfim viu-se duramente atacado pelos esquerdistas devido aos ajustes recessivos que promoveu para gerenciar a inflação. Quarenta anos depois, a esquerda se rendeu a ele: mesmo sem ocupar cargo público, Delfim tornou-se um dos mais influentes consultores do governo Lula.
As grandes obras O "Brasil Grande Potência" preconizado pelos governos militares baseava-se na construção, com dinheiro público, de projetos grandiosos de infra-estrutura. Nesse período, começaram as obras da Ponte Rio–Niterói, da usina de Itaipu e da Rodovia Transamazônica. Um dos objetivos dessa última era estimular a ocupação da floresta. A estrada foi aberta, mas nunca recebeu asfalto no trecho de selva. Quando chove (o que não é raro por lá), a travessia fica impraticável. Por causa da enorme complexidade do projeto, o governo desistiu da idéia inicial de levar a rodovia até o Peru. De qualquer forma, nunca antes neste país se pensou tanto em infra-estrutura.
Pé na tábua O vigoroso crescimento experimentado pelo país na segunda metade da década de 60 fez decolar as vendas da indústria. Em 1970, o Brasil contava com 2,6 milhões de veí-culos de passeio, o quádruplo da frota de 1960. E não foram só os Fuscas que se multiplicaram (acima, anúncio publicado em VEJA em 1968). Os aparelhos de TV, presentes em 600 000 lares em 1960, passaram a fazer parte do cotidiano de 4,6 milhões de famílias brasileiras em 1970.
DESCONTROLE TOTAL O governo Sarney consolidou a volta da democracia ao Brasil. Na economia, porém, marcou o início de experiências desastrosas calcadas no populismo. Para tentar conter a inflação, Sarney anunciou o Plano Cruzado, em 1986, baseado no congelamento geral de preços. Foi o período dos "fiscais do Sarney" – cidadãos que, espontaneamente, mo-nitoravam as gôndolas dos supermercados. A medida conteve a inflação artificialmente, mas produziu desabastecimento. Com os produtos em falta, o comércio passou a cobrar ágio. A inflação voltou sem dó. Em 1989, atingiu 1 973% ao ano. O recorde mensal foi batido em março de 1990, quando a taxa alcançou 82%. Os comerciantes remarcavam os preços diariamente. Nesse quadro pré-apocalíptico, os brasileiros levavam às últimas conseqüências a correção monetária, uma loucura econômica institucionalizada no Brasil. Com ela, preços e salários eram reajustados automaticamente as-sim que era divulgada a inflação do mês anterior. Essa prática realimentava o monstro, pois a alta de preços era replicada no futuro. Uma praga só extinta com o Plano Real, em 1994.
DOIS DESASTRES HISTÓRICOS O Brasil quebrou duas vezes nos anos 80. A primeira foi em 1983, no regime militar. A segunda, na administração Sarney, em 1987. Sem dinheiro em caixa para honrar compromissos externos, o governo anunciou unilateralmente a suspensão dos pagamentos aos credores da dívida brasileira, principalmente bancos. Esses calotes colocaram a imagem do Brasil no buraco e postergaram em pelo menos uma década a classificação do país como um destino seguro para investimentos.
CADÊ O DINHEIRO? "Collor toma posse, baixa um confisco geral e deixa o país em estado de choque." Foi assim que VEJA resumiu, em março de 1990, o estapafúrdio plano econômico que, sob a justificativa de combater a inflação, bloqueou todas as aplicações de quem tinha no banco mais de 50 000 cruzados novos (o equivalente, hoje, a 5 000 reais). O plano reduziu a inflação por um período curto, mas incinerou a credibilidade do governo. O mérito da equipe de Collor, tardiamente reconhecido, foi ter iniciado a abertura da economia brasileira, obrigando a indústria nacional a competir, pela primeira vez de verdade, com os concorrentes estrangeiros.
O PLANO REAL O lançamento do Plano Real, em julho de 1994, é um marco na história econômica do Brasil. A inflação endêmica, que havia quase uma década corroía a economia, foi finalmente debelada. Empresas e consumidores puderam voltar a planejar o futuro. Na esteira do real, o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso elegeu-se duas vezes presidente da República, período em que os pilares da estabilidade monetária se firmaram no país. Além do fim da inflação, o governo FHC legou ao país duas outras importantes conquistas: a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proí-be os governantes de gastar mais do que arrecadam, e as privatizações. Entre outros benefícios, elas propiciaram o acesso universal à telefonia e transformaram antigas empresas estatais em competidoras globais, a exemplo da mineradora Vale do Rio Doce.

MOVIDOS A ÁLCOOL No século XXI, o Brasil descobriu-se candidato a potência energética. Além de encontrar enormes reservas de petróleo no fundo do mar, o país aperfeiçoou a tecnologia de produção e consumo do etanol a partir da cana-de-açúcar. Em 2007, a cana tornou-se a segunda maior fonte energética do país, responsável por 16% do total, à frente das hidrelétricas. Essa revolução é mérito da iniciativa privada, que desenvolveu o engenhoso motor flex fuel, que permite aos automóveis funcionar a gasolina ou a álcool. A invenção redimensionou o potencial dos biocombustíveis no Brasil. O próximo passo da indústria será produzir eletricidade em larga escala a partir do bagaço de cana.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: ele mantém a inflação controlada
SEM PIRES NA MÃO Se no governo de Fernando Henrique Cardoso o país se livrou da inflação, no de Lula conseguiu espantar o fantasma da dívida externa, que nos assombrava havia trinta anos. No cômputo geral, o Brasil deixou de ser devedor e agora é credor de outros países. Uma mudança fantástica de posição. Mas em economia não convém relaxar. Agora é preciso reduzir, e muito, a dívida interna, que bateu neste ano na casa do 1,2 trilhão de reais e ameaça o equilíbrio das contas públicas. O dragão da inflação também volta a assustar. A construção de um país, como se vê, nunca será uma obra acabada, nem é responsabilidade de uma única geração. É necessário avançar continuamente, sem perder de vista os erros e acertos de quem veio antes.
Em quarenta anos, o Brasil teve sete moedas e enfrentou seis planos econômicos
A maior inflação anual já registrada foi de 2 477%, em 1993. A menor, de 1,6%, em 1998

GATT é a sigla correspondente a "General Agreement on Tariffs and Trade" (significado em português:  Acordo Geral de Tarifas e Comércio), referente a uma série de acordos de comércio internacional destinados a promover a redução de obstáculos às trocas entre as nações, em particular as tarifas e taxas aduaneiras entre os membros signatários do acordo.
Sua sede, até sua substituição pela OMC (Organização Mundial do Comércio), em 1995, localizava-se em Genebra, na Suíça, dividindo-se em certos órgãos intercomunicáveis, sendo os principais o Secretariado, o Conselho de Representantes e uma Assembleia anual. O GATT é na verdade o resultado do insucesso das conversações entre os países para formar a Organização Internacional de Comércio (a futura OMC, que surgiria só em 1995); tal insucesso é em grande parte creditado aos Estados Unidos, cujos líderes não tinham interesse em criar um instituto que inibisse de algum modo o enorme e importante fluxo comercial internacional que ajudava a economia norte-americana a obter resultados positivos constantes. A Organização Internacional de Comércio deveria ser o terceiro pilar da administração da economia e comércio mundiais, funcionando em conjunto com o FMI e o Banco Mundial. O GATT foi então planejado para atuar no lugar da natimorta organização, e mesmo assim, temporariamente, enquanto os países não chegavam a um acordo sob a constituição e funcionamento da OIC. O primeiro dos acordos foi estabelecido em 1947, em Genebra, no âmbito da reunião das Nações Unidas por um total de 23 países, entre eles o Brasil, que foi também um dos membros fundadores do acordo. A partir desta inicial, foram ocorrendo outras séries periódicas de acordos para uniformizar as normas do comércio internacional, séries estas que receberiam o nome de "rodadas". São consideradas as mais importantes a "Rodada Kennedy" (1964-1967); a "Rodada Tóquio" (1973-1979) e a "Rodada Uruguai" (1986-1993). Esta foi a última das rodadas, e considerada a mais importante de todas, assinada por 117 países e organizada para reduzir os entraves ao comércio mundial, tornando o sistema mais independente com as sucessivas reduções das pautas aduaneiras. Sua importância reside também no fato de, pela primeira vez em tais séries de conversações, surgirem temas como a situação dos produtos agrícolas e serviços em geral incluídos nos debates. Durante o tempo em que vigorou, apesar de ser um organismo provisório, contribuiu bastante para que as normas que regulam o comércio internacional se ajustassem ao crescimento astronômico do comércio e a agilidade das operações financeiras. Estima-se que as tarifas mundiais aplicadas às mercadorias industriais tenham diminuído de 40% em 1947 para 5% em 1993, devido às conversações estabelecidas ao longo das diversas rodadas.
Dívida externa é o montante de débitos que um país possui, provenientes de empréstimos feitos no exterior. Estes empréstimos são feitos com bancos estrangeiros, governos de outros países ou instituições financeiras internacionais (Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial). Consequências negativas para a economia de uma país Uma dívida externa elevada pode ser prejudicial para um país, principalmente se este for pobre ou em desenvolvimento, pois cria uma dependência com relação aos credores. Muitas vezes, o país com alta dívida externa não consegue saldar toda a dívida e compromete boa parte de seus recursos para pagar os juros. Dívida externa brasileira O Brasil é um exemplo de país com elevada dívida externa. Nossa dívida externa começou logo após o processo de independência (1822). Para reconhecer a Independência do Brasil, Portugal exigiu o pagamento de 3 milhões de libras esterlinas. Como o Brasil não possuía tantos recursos, fez um empréstimo à Inglaterra e efetuou o pagamento em 1824. Tinha início nossa dívida externa. A dívida externa brasileira é de US$ 318 bilhões (US$ 83 bilhões do setor público e US$ 235 bilhões do setor privado) - dados relativos a março de 2013.
O Brasil possui atualmente uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2012). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização.
Informações, índices e dados da economia brasileira
Moeda: Real (símbolo R$)
PIB de 2013 (Produto Interno Bruto): R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões* taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 2,33 (em 27/02/2014)
Renda per Capita de 2013 (PIB per capita): R$ 24.065 ou US$ 10.328 * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 2,33 (em 27/02/2014)
Coeficiente de Gini: 49,3 (2008) alto
Evolução do PIB nos últimos anos: 2,7% (2002); 1,1% (2003); 5,7% (2004); 3,2% (2005); 4% (2006); 6,1% (2007); 5,2% (2008); - 0,3% (2009); 7,5% (2010); 2,7% (2011); 0,9% (2012); 2,3% (2013).
Crescimento do PIB no 4º trimestre de 2013: 0,7% (entre outubro e dezembro) em relação ao 3º trimestre de 2013. Em relação ao 4º trimestre de 2012, cresceu 1,9%.
Taxa de investimentos: 18,7% do PIB (3º trimestre de 2012)
Taxa de poupança: 15,6% do PIB (3º trimestre de 2012)
Força de trabalho: 106,9 milhões (estimativa 2013)
Inflação: 5,91% (IPCA de 2013)
Taxa de desemprego: 4,3% da população economicamente ativa (em dezembro de 2013) e 5,4% (taxa média anual de 2013).
Taxa básica de Juros do Banco Central (SELIC): 10,75% ao ano (referência: 26 de fevereiro de 2014).
Salário Mínimo Nacional: R$ 724,00 (a partir de 1º de janeiro de 2014).
Dívida Externa: US$ 318 bilhões (US$ 83 bilhões do setor público e US$ 235 bilhões do setor privado) - dados relativos a março de 2013.
Comércio Exterior: Exportações: US$ 240,15 bilhões (2013) - queda de 1% em relação ao ano anterior.
Importações: US$ 237,64 bilhões (2013) - aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.
Saldo da balança comercial (2013): US$ 2,51 bilhões (superávit) - Queda em relação ao ano de 2012: 87%
Países que o Brasil mais importou (2013): Estados Unidos , China, Argentina e Alemanha
Países que o Brasil mais exportou (2013): China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão
Principais produtos exportados pelo Brasil (2013): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de frango.
Principais produtos importados pelo Brasil (2013): petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos combustíveis; gás natural, equipamentos elétricos e motores para aviação.
Organizações comerciais que o Brasil pertence: Mercosul, Unasul e OMC (Organização Mundial de Comércio)
Tipos de energia consumida no Brasil (dados de 2011):
- Petróleo e derivados: 37,7%   - Hidráulica: 14,1%   - Gás natural: 10,3% - Carvão Mineral: 5,2% - Biomassa: 21,2% - Lenha: 9,5% - Nuclear: 1,4%  - Eólica: 0,5%
Principais produtos agrícolas produzidos: café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate.
Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suína
Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho.
Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aéreos e alimentação.
Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrônicos e produtos de papel e celulose.
Fontes: IBGE, Ministério de Minas e Energias, Banco Mundial, CIA The World Factbook.
Os acordos internacionais têm como objetivo criar organismos que dinamizem as relações comerciais, sociais e políticas entre os países membros. Essas organizações estão presentes em todas as partes do planeta, atuando em forma de blocos econômicos, países que discutem a economia global, órgão que estabelece regras e acordos para o comércio internacional, grupo de nações que visa controlar a produção e venda de um determinado produto, etc.
Os blocos econômicos, por exemplo, são formados para reduzir e/ou eliminar as tarifas alfandegárias, intensificando, assim, a importação e exportação de produtos. Já a OEA (Organização dos Estados Americanos) visa garantir a paz e a segurança continental; a OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), por sua vez, controla a produção e a exportação de petróleo.

Nessa seção, que disponibiliza textos sobre diferentes blocos econômicos e as mais variadas organizações internacionais, o leitor poderá se inteirar sobre a formação, as características, atuação, entre outros elementos referentes ao assunto.
Entre os artigos disponibilizados estão:
UE – União Europeia.
ALCA – Área de Livre Comércio das Américas.
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul.
NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.
CEI – Comunidade dos Estados Independentes.
OMC – Organização Mundial do Comércio.
OEA – Organização dos Estados Americanos.
OPEP – Organização dos Países Produtores de Petróleo.
COMECON  Organização de cooperação económica, científica e técnica entre os países do Bloco de Leste que foi fundada em 1949, em resposta ao Plano Marshall. A libertação dos países da Europa de Leste do domínio nazi e a consequente derrota alemã na frente oriental, durante a Segunda Grande Guerra, deveram-se, quase exclusivamente, à ação dos exércitos da URSS. Assim, a URSS estava em condições de exercer pressão sobre os governos desses países (Checoslováquia, Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, República Democrática Alemã, Jugoslávia e Albânia).Em resposta ao Plano Marshall, de ajuda (norte-americana) à Europa, a URSS lançou o Plano Molotov: uma série de acordos bilaterais, entre o estado soviético e cada uma das democracias populares, que estipulavam, a longo prazo, ajuda técnica e financeira, e intercâmbio de produtos e matérias-primas. Para a coordenação conjunta da planificação económica, criou-se em 1949 o COMECON, o Conselho de Ajuda Económica Mútua, organização de cooperação económica, científica e técnica fundada pela URSS, Polónia, Checoslováquia, Bulgária e Albânia. A Albânia viria a abandonar a organização em 1961, aderindo entretanto a República Democrática Alemã (1950), a Mongólia (1962), Cuba (1972) e o Vietname (1978). A Jugoslávia tornou-se país associado em 1964. Foram celebrados acordos de cooperação com outros estados, como a Finlândia.Embora não se trate de um mercado comum, nem sequer de uma zona de trocas livres, o COMECON iniciou em 1971 um "Programa geral para extensão e aperfeiçoamento da cooperação e para o progresso da integração económica socialista entre os países-membros", a aplicar a longo prazo (20 anos). A coordenação dos planos dos países do grupo é considerada um instrumento privilegiado dessa integração. Nesse âmbito, tem vindo a ser dada grande importância à definição de estratégias de desenvolvimento comum de diferentes ramos da atividade económica (eletricidade, combustíveis e matérias-primas, agricultura, indústria química, construções mecânicas, transportes, etc.), prevendo a especialização em certas produções específicas e investimentos conjuntos. São órgãos do sistema o Conselho propriamente dito e, subordinados a este, as Comissões Executiva, de Planeamento e para a Ciência e Tecnologia, e o Secretariado, com sede em Moscovo, ao qual prestam apoio várias comissões especializadas. Organizações e associações inter-estados e inter-empresas ou instituições científicas têm sido criadas em áreas de ação específica.No campo financeiro, integram o COMECON duas instituições sediadas em Moscovo: o Banco Internacional de Cooperação Económica e o Banco Internacional de Investimento. O primeiro administra as contas bilaterais, de compensação de pagamentos e os créditos a curto prazo para regularização de desequilíbrios temporários entre os estados-membros. O segundo assegura o financiamento multilateral dos investimentos e gere um fundo especial de ajuda económica aos países em desenvolvimento. A unidade de conta utilizada é o chamado "rublo transferível", moeda coletiva com taxas de câmbio, relativamente às moedas nacionais dos estados-membros, fixadas por acordo.
O termo BRIC foi criado em 2001 pelo economista inglês Jim O'Neill para fazer referência a quatro países Brasil, Rússia, Índia e China. Em abril de 2001, foi adiciona a letra "S" em referência a entrada da África do Sul (em inglês South Africa). Desta forma, o termo passou a ser BRICS.
Estes países emergentes possuem características comuns como, por exemplo, bom crescimento econômico. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, estes países não compõem um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com índices de desenvolvimento e situações econômicas parecidas. Eles formam uma espécie de aliança que busca ganhar força no cenário político e econômico internacional, diante da defesa de interesses comuns. A cada ano ocorre uma reunião entre os representantes destes países.
Características comuns destes países:
- Economia estabilizada recentemente;
- Situação política estável;
- Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
- Níveis de produção e exportação em crescimento;
- Boas reservas de recursos minerais;
- Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc);
- PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
- Índices sociais em processo de melhorias;
- Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais;
- Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo, celulares e Internet (inclusão digital);
- Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;
- Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.
PIB dos países BRICS: - Brasil: R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões (ano de 2013) - Rússia: US$ 2,50 trilhões (2012) - Índia: US$ 4,78 trilhões (2012) - China: US$ 8,28 trilhões (2012) - África do Sul: US$ 578,6 bilhões (2012)
Futuro Economistas afirmam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), os países do BRICS poderão se tornar grandes economias num futuro próximo. Dentre estes países, destacam a China, em função do rápido desenvolvimento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população.
Cúpulas: - A Quinta Cúpula do BRICS aconteceu nos dias 26 e 27 de março de 2013, na cidade de Durban (África do Sul). Participaram da reunião os cinco chefes de estados dos países integrantes. O tema do evento foi: "Brics e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e Industrialização". A sexta edição do evento deverá ocorrer no Brasil, em de julho de 2014.
A sigla G-8 corresponde ao grupo dos 8 países mais ricos e influentes do mundo, fazem parte os Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Rússia. Antes chamada de G-7, a sigla alterou-se com a inserção da Rússia, que ingressou no grupo em 1998. Explicitamente, a função do G-8 é a de decidir qual ou quais caminhos o mundo deve seguir, pois esses países possuem economias consolidadas e suas forças políticas exercem grande influência nas instituições e organizações mundiais, como ONU, FMI, OMC. A discussão gira em torno do processo de globalização, abertura de mercados, problemas ambientais, ajudas financeiras para economias em crise, entre outros. Segundo líderes do grupo, as discussões propostas nas reuniões têm por finalidade diminuir as disparidades entre as economias dos países subdesenvolvidos. Embora na prática não seja assim, pois fica claro que as decisões tomadas servem para atender os interesses internos dos entes do grupo, um exemplo convincente está vinculado à abordagem ecológica, muitas vezes os países do G-8 não se comprometem a assinar acordos ambientais, tendo em vista que são os que mais provocam tais problemas. O embrião do G-8 foi gerado em 1975, na França, nas proximidades de Paris em um castelo chamado Ramboullet, onde ocorreu uma reunião informal com alguns líderes de países importantes. Fizeram parte da reunião: EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália, para discussões sobre os problemas regionais e internacionais, logo em 1976, houve a inserção do Canadá no grupo, totalizando 7 países, referência que deu origem à sigla G-7, naquele momento. Essa configuração permaneceu até 1998, quando a Rússia integrou o grupo, formando o atual G-8. Apesar do discurso homogêneo dos países membros, fica claro o protecionismo de cada participante. Nos últimos anos sempre que acontece esse encontro, ocorre simultaneamente uma série de manifestações lideradas, não por pessoas originadas de países pobres, mas por pessoas de países desenvolvidos que não admitem o aumento da desigualdade social, econômica e da globalização.
O mundo recebeu e recebe diferentes regionalizações, isso para facilitar o estudo do mesmo em diferentes abordagens, evitando generalizações nas informações, isto é, tornando a análise mais específica. Uma das formas de regionalizar o mundo é a partir do critério de nível de desenvolvimento. No período da Guerra Fria, por exemplo, o mundo foi dividido em: Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo. Primeiro Mundo: são considerados desse grupo os países que possuem características comuns, como economias fortalecidas, altos índices de industrialização, elevado nível tecnológico, além de suas populações apresentarem indicadores sociais elevados, tais como boa qualidade de vida, bons rendimentos, baixos níveis de analfabetismo, boa expectativa de vida, entre outros. Os países que compõem esse grupo são: Canadá, Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão e Austrália. Atualmente esse grupo é conhecido como “desenvolvido”. Segundo Mundo: é constituído por um grupo de países ex-socialistas, como a União Soviética, que possuíam economia planificada. Essa designação não é mais usada atualmente. Muitos cientistas classificam como de Segundo Mundo os países detentores de economias emergentes, como China, Rússia, Brasil, Argentina, México e Índia. Esses países são chamados atualmente de “países em desenvolvimento”. Terceiro Mundo: fazem parte desse grupo os países que possuem economia subdesenvolvida ou em desenvolvimento, geralmente nações localizadas na América Latina, África e Ásia. O criador da expressão foi o economista francês Alfred Sauvy, a mesma foi emitida pela primeira vez no ano de 1952. A expressão foi criada a partir da observação que o economista realizou acerca dos países do mundo, ele constatou que existia uma enorme disparidade política, econômica e social entre as nações, deixando muitas delas marginalizadas no cenário mundial. Fazem parte desse grupo: a maioria dos países latinos, e muitos países da África e Ásia. As denominações apresentadas, bem como as suas características, estão de acordo com a Teoria dos Mundos, esse método de análise foi usado entre os anos de 1945 e 1990. Apesar dessas expressões não serem mais usadas, a configuração do mundo praticamente não mudou, com exceção de alguns países que conseguiram evoluir um pouco.
Organização das Nações Unidas Foi criada pelos países vencedores da Segunda Guerra Mundial e tem como principal objetivo manter a paz e a segurança internacionais. Proíbe o uso unilateral da força, prevendo contudo sua utilização - individual ou coletiva - para defender o interesse comum dos seus países-membros. Seu principal objetivo é manter a segurança internacional e pode intervir nos conflitos não só para restaurar a paz, mas também para prevenir possíveis enfrentamentos. Também incentiva as relações amistosas entre seus membros e a cooperação internacional. Quando a ONU foi fundada, em 24 de outubro de 1945, ficou definido, na Carta da ONU que para seu melhor funcionamento seus membros, vindos de todos os cantos do planeta se comunicariam em seis idiomas oficiais: inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo. O orçamento regular da ONU para o biênio 2012/13 é de 5,152 bilhões de dólares e é financiado por todos os Estados-membros da Organização – dependendo da riqueza e do desenvolvimento de cada país. De acordo com a Carta, a ONU, para que pudesse atender seus múltiplos mandatos, teria seis órgãos principais, a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o Conselho Econômico e Social, o Conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o Secretariado. A Assembleia Geral da ONU é o principal órgão deliberativo da ONU. É lá que todos os Estados-Membros da Organização (193 países) se reúnem para discutir os assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Na Assembleia Geral, todos os países têm direito a um voto, ou seja, existe total igualdade entre todos seus membros. Assuntos em pauta: paz e segurança, aprovação de novos membros, questões de orçamento, desarmamento, cooperação internacional em todas as áreas, direitos humanos, etc. As resoluções – votadas e aprovadas – da Assembleia Geral funcionam como recomendações e não são obrigatórias. As principais funções da Assembleia são: Discutir e fazer recomendações sobre todos os assuntos em pauta na ONU; Discutir questões ligadas a conflitos militares – com exceção daqueles na pauta do Conselho de Segurança; Discutir formas e meios para melhorar as condições de vida das crianças, dos jovens e das mulheres; Discutir assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável,  meio ambiente e direitos humanos; Decidir as contribuições dos Estados-Membros e como estas contribuições devem ser gastas; Eleger os novos Secretários-Gerais da Organização. O Conselho de Segurança O Conselho de Segurança é o órgão da ONU responsável pela paz e segurança internacionais. Ele é formado por 15 membros: cinco permanentes, que possuem o direito a veto – Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China – e dez membros não-permanentes, eleitos pela Assembleia Geral por dois anos. Este é o único órgão da ONU que tem poder decisório, isto é, todos os membros das Nações Unidas devem aceitar e cumprir as decisões do Conselho. Suas principais funções e atribuições são: Manter a paz e a segurança internacional; Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz, de acordo com os Capítulos VI, VII e VIII da Carta; Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional; Recomendar métodos de diálogo entre os países; Elaborar planos de regulamentação de armamentos; Determinar se existe uma ameaça para o paz; Solicitar aos países que apliquem sanções econômicas e outras medidas para impedir ou deter alguma agressão; Recomendar o ingresso de novos membros na ONU; Recomendar para a Assembleia Geral a eleição de um novo Secretário-Geral. O Conselho Econômico e Social (ECOSOC) é o órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das Agências Especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. O Conselho formula recomendações e inicia atividades relacionadas com o desenvolvimento, comércio internacional, industrialização, recursos naturais, direitos humanos, condição da mulher, população, ciência e tecnologia, prevenção do crime, bem-estar social e muitas outras questões econômicas e sociais. Entre suas principais funções destacam-se: Coordenar o trabalho econômico e social da ONU e das instituições e organismos especializados do Sistema; Colaborar com os programas da ONU; Desenvolver pesquisas e relatórios sobre questões econômicas e sociais; Promover o respeito aos direitos humanos e as liberdades fundamentais. O Conselho de Tutela Segundo a Carta, cabia ao Conselho de Tutela a supervisão da administração dos territórios sob regime de tutela internacional. As principais metas desse regime de tutela consistiam em promover o progresso dos habitantes dos territórios e desenvolver condições para a progressiva independência e estabelecimento de um governo próprio. Os objetivos do Conselho de Tutela foram tão amplamente atingidos que os territórios inicialmente sob esse regime – em sua maioria países da África – alcançaram, ao longo dos últimos anos, sua independência. Tanto assim que em 19 de novembro de 1994, o Conselho de Tutela suspendeu suas atividades, após quase meio século de luta em favor da autodeterminação dos povos. A decisão foi tomada após o encerramento do acordo de tutela sobre o território de Palau, no Pacífico. Palau, último território do mundo que ainda era tutelado pela ONU, tornou-se então um Estado soberano, membro das Nações Unidas. A Corte Internacional de Justiça A Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário das Nações Unidas. Todos os países que fazem parte do Estatuto da Corte – que é parte da Carta das Nações Unidas – podem recorrer a ela. Somente países, nunca indivíduos, podem pedir pareceres à Corte Internacional de Justiça. Além disso, a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem solicitar à Corte pareceres sobre quaisquer questões jurídicas, assim como os outros órgãos das Nações Unidas. A Corte Internacional de Justiça se compõe de quinze juízes chamados “membros” da Corte. São eleitos pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança em escrutínios separados. O Secretariado presta serviço a outros órgãos das Nações Unidas e administra os programas e políticas que elaboram. Seu chefe é o Secretário-Geral, que é nomeado pela Assembleia Geral, seguindo recomendação do Conselho de Segurança. Cerca de 16 mil pessoas trabalham para o Secretariado nos mais diversos lugares do mundo. Entre suas principais funções, destacam-se: Administrar as forças de paz; Analisar problemas econômicos e sociais; Preparar relatórios sobre meio ambiente ou direitos humanos; Sensibilizar a opinião pública internacional sobre o trabalho da ONU; Organizar conferências internacionais; Traduzir todos os documentos oficiais da ONU nas seis línguas oficiais da Organização.
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon
UNESCO - Organização das Nações Unidas para educação, ciência e cultura Foi criada em 1945 pela Conferência de Londres e tem como objetivo contribuir para a paz através da educação, da ciência e da cultura. Visa eliminar o analfabetismo e melhorar o ensino básico, além de promover publicações de livros e revistas, e realizar debates científicos. Desde 1960, atua também na preservação e restauração de espaços de valor cultural e histórico.
OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico É um fórum internacional que articula políticas públicas entre os países mais ricos do mundo. Fundada em 1961, substituiu a Organização Europeia para a Cooperação Econômica, criada em 1948, no quadro do Plano Marshall. Sua ação, além do terreno econômico, abrange a área das políticas sociais de educação, saúde, emprego e renda.
OMS - Organização Mundial da Saúde É uma agência especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à ONU. Sua sede é em Genebra, na Suíça. Tem como objetivo principal o alcance do maior grau possível de saúde por todos os povos. Para tanto, elabora estudos sobre combate de epidemias, além de normas internacionais para produtos alimentícios e farmacêuticos. Também coordena questões sanitárias internacionais e tenta conseguir avanços nas áreas de nutrição, higiene, habitação, saneamento básico, etc.
OEA - Organização dos Estados Americanos Criada em 1948, com sede em Washington (EUA), seus membros são as 35 nações independentes do continente americano. Seu objetivo é o de fortalecer a cooperação, garantir a paz e a segurança na América e promover a democracia.
OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte Foi criada em 1949, no quadro da Guerra Fria, como uma aliança militar das potências ocidentais em oposição aos países do bloco socialista. Formada inicialmente por EUA, Canadá, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido, a OTAN recebeu a adesão da Grécia e da Turquia (1952), da Alemanha (1955) e da Espanha (1982).
BIRD - Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento Com o objetivo de conceder empréstimos aos países membros, o BIRD, também conhecido como Banco Mundial, oferece financiamento e assistência técnica aos países menos avançados, a fim de promover seu crescimento econômico. É formado por 185 países-membros e iniciou suas atividades auxiliando na reconstrução da Europa e da Ásia após a Segunda Guerra Mundial.
FMI - Fundo Monetário Internacional Criado para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo, oferece empréstimos a juros baixos para países em dificuldades financeiras. Em troca, exige desses países que se comprometam na perseguição de metas macroeconômicas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e infraestrutura.
OMC - Organização Mundial do Comércio Trata das regras do comércio entre as nações. Seus membros negociam e formulam acordos que, depois, são ratificados pelos parlamentos de cada um dos países-membros. Tem como objetivo desenvolver a produção e o comércio de bens e serviços entre países-membros, além de aumentar o nível de qualidade de vida nesses mesmos países.

OIT - Organização Internacional do Trabalho Tem representação paritária de governos dos seus 182 Estados-membros e de organizações de empregadores e de trabalhadores. Com sede em Genebra, Suíça, a OIT possui uma rede de escritórios em todos os continentes. Busca congregar seus membros em torno dos seguintes objetivos comuns: pleno emprego, proteção no ambiente de trabalho, remuneração digna, formação profissional, aumento do nível de vida, possibilidade de negociação coletiva de contratos de trabalho, etc.

O G20 (Grupo dos 20) é um grupo constituído por ministros da economia e presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, mais a União Europeia. Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais. Principais objetivos do G20
- Favorecimento de negociações econômicas internacionais;
- Debates sobre políticas globais para promover o desenvolvimento econômico mundial de forma sustentável;
- Discussão de regras comuns para a flexibilização do mercado de trabalho;
- Criação de mecanismos voltados para a desregulamentação econômica;
- Criação de formas para liberação do comércio mundial.
Países membros 
- África do Sul
- Alemanha
- Arábia Saudita
- Argentina
- Austrália
- Brasil
- Canadá
- China
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- França
- Índia
- Indonésia
- Itália
- Japão
- México
- Reino Unido
- Rússia
- Turquia
- Países membros da União Europeia
Reunião de Cúpula
A última reunião do G20 aconteceu entre os dias 18 e 19 junho de 2012, na cidade de Los Cabos (México). O principal tema do encontro foi a crise econômica na Zona do Euro.

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