Quem sou eu
- Uma Volta pelo Mundo com Simone
- Sou graduada em Geografia e pós graduada em Psicopedagogia, atuo como professora em escolas públicas de Jaraguá do Sul. Meu principal objetivo é usar esse espaço com meus alunos indicando materiais úteis a aprendizagem e dividir minhas descobertas e curiosidades com quem se identificar com os diversos temas que irei abordar.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
População Mundial
População mundial chega a 7 bilhões de pessoas, diz ONU
Censo dos EUA indica que marca só será alcançada em 2012. Para pesquisador, data da ONU é simbólica e serve para debater tema.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
A população mundial vai atingir a marca de 7 bilhões de pessoas na próxima segunda-feira (31), de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que usou estimativas de demografia e selecionou a data de forma simbólica para debater o tema e discutir ideias de crescimento e sustentabilidade.
O número será alcançado apenas 12 anos depois de um bebê nascido em Sarajevo ter sido nomeado pela ONU como o 6º bilionésima pessoa a nascer, e 24 anos depois de o 5º bilionésimo ter nascido na Bósnia.
Segundo o Departamento do Censo dos Estados Unidos, entretanto, o dado das Nações Unidas é precoce, e a população mundial é de "apenas" 6,97 bilhões no final de outubro. A marca de 7 bilhões, segundo o dado dos demógrafos americanos, chegaria apenas em abril do próximo ano.
A variação entre os números de diferentes fontes é algo normal, segundo pesquisadores de demografia. O número de 7 bilhões "não é um valor exato", diz José Alberto Magno de Carvalho, que já foi Presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais e da International Union for Scientific Study of the Population (a associação internacional mais importante em demografia).
Em entrevista ao G1, ele explicou que a definição de uma data para marcar a chegada aos 7 bilhões de pessoas serve para reforçar a discussão sobre o tema. "Podemos já ter passado deste número, ou nem ter chegado ainda a essa quantidade. Trata-se de uma estimativa, pois há países em que os dados são melhores, mais confiáveis, e outros lugares que têm números sem uma base sólida", disse.
Ele ressaltou, entretanto, que a maior parte dos dados usados na estimativa da ONU tem relevância e a data escolhida como marco está bem próxima da realidade da população mundial. “A China, que tem a maior população, tem um levantamento populacional bem razoável atualmente. O problema é que mesmo nos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, o censo nunca tem cobertura perfeita. Nem mesmo no Brasil, onde a contagem é muito séria, pode-se falar em cobertura total”, disse.
Segundo o pesquisador americano John Bongaarts, vice-presidente do Population Council, organização que realiza estudos sobre a população mundial, a variação do número real de pessoas no mundo pode chegar à ordem de 100 milhões de pessoas para mais ou para menos em relação à estimativa da ONU, o que não afetaria totalmente a discussão a respeito do crescimento populacional.
(População da Nigéria, assim como de todo o continente africano, é uma das que mais cresce no mundo).
Velocidade de crescimento
O crescimento da população mundial nas últimas décadas foi rápido, impulsionado especialmente por uma maior expectativa de vida - a média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950. A velocidade de aumento populacional começa a diminuir de ritmo, entretanto, graças a taxas de natalidade cada vez menores. Depois de a população crescer até 2% ao ano na década de 1960, a taxa de aumento do número de pessoas no mundo está se estabilizando em metade disso.
Segundo a previsão mais atual da ONU, vão ser necessários 14 anos para que surja mais um bilhão de pessoas no mundo, e a população mundial só deve chegar a dez bilhões de pessoas no fim do século. A mudança na tendência não só vai fazer com que o ritmo de crescimento seja mais lento, mas como vai gerar um envelhecimento da população, criando sociedades com mais pessoas idosas do que jovens. Isso vai fazer com que a população "envelheça". Segundo o relatório da ONU, em 2011 há no mundo 893 milhões de pessoas com mais de 60 anos, mas no meio do século este número passará de 2,4 bilhões.
Mundo heterogêneo
Apesar de ser apresentada como um único bloco, a população mundial vive momentos muito heterogêneos em relação a seu tamanho e sua taxa de crescimento. Cerca de 60% da população mundial vive na Ásia. Somente na China e na Índia, juntas, há mais de 2,5 bilhões de pessoas. A África tem 15% das pessoas do mundo atual, enquanto um quarto da população vive no resto do mundo (Américas, Oceania e Europa). No Brasil, a população não chega a 200 milhões.
O quadro futuro vai mudar bastante, entretanto. Enquanto a população da Europa tem uma taxa de fecundidade de apenas 1,53 - estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, o que indica envelhecimento e diminuição da população - na África a taxa de fertilidade chega a 4,64. Na América Latina a taxa é de 2,3, Na América do Norte e na Ásia de 2,03 e na Oceania de 2,49.
Enquanto no Reino Unido, o número de pessoas com mais de 85 anos dobrou entre 1985 e 2010, o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período. No sul da África, por outro lado, a previsão é de que a população triplique em 40 anos. Segundo dados divulgados pela rede britânica BBC, enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia têm seis filhos, em média.
Segundo a ONU, um quinto da população mundial vive em países com alta fertilidade. É ali que a população mais cresce, e que pode chegar a 2 bilhões de pessoas em 2050.
Brasil precisa melhorar qualidade de vida e diminuir desigualdade, diz ONU
Relatório sobre o mundo com 7 bilhões de pessoas foi divulgado em MG.
Segundo a ONU, Brasil precisa enfrentar desafio da sustentabilidade.
Alex AraújoDo G1 MG
O Brasil deve trabalhar com políticas sociais e econômicas para diminuir a pobreza e as desigualdades, aumentar o acesso à educação e melhorar a qualidade de vida, segundo Organização das Nações Unidas (ONU). Relatório global divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alerta para os desafios a serem enfrentados pelos países diante do mundo que deve contabilizar 7 bilhões de habitantes em 2011.
O relatório foi lançado em Belo Horizonte abordando temas como redução da pobreza, fecundidade, envelhecimento da população, entre outros, no marco dos 7 bilhões de pessoas, que deve ser alcançado no final de outubro, de acordo com a ONU.
“O Brasil ilustra o argumento de que as políticas sociais e políticas, como educação, saúde e emprego, precisam se tornar naturais nas famílias”, afirmou Harold Robinson, representante da UNFPA no Brasil. Segundo ele, o país conseguiu reduzir a pobreza e o crescimento populacional, mas ainda precisa diminuir as desigualdades. “A pobreza extrema no Brasil caiu e houve aumento de renda, mas o país deve investir em políticas públicas para diminuir as desigualdades diante do aumento populacional global”, afirma.
O objetivo do relatório é alertar os governos e as populações sobre as dinâmicas populacionais em nível mundial. “O que se fizer agora, o resultado será visto em 2050”, diz Robinson. “Na verdade, o desafio é aumentar a qualidade de vida e a sustentabilidade do planeta.”
Alcançar um nível de vida melhor e com menos impacto na natureza são objetivos que devem ser buscados como prioridade pelo Brasil, na avaliação do representante. Conforme Robinson, um ponto deficitário é questão do transporte, com uso de gasolina e diesel, combustíveis que poluem o meio ambiente. “O transporte é deficitário no ponto de vista da sustentabilidade, porque as pessoas usam meios que precisam do petróleo”, diz.
Ainda segundo o representante da ONU, no Brasil existe uma grave desigualdade a ser combatida entre as regiões centro-sul, Norte e Nordeste do país, as duas últimas, com menos acesso à educação e saúde. “O Brasil é um dos primeiros países a enfrentar esse desenvolvimento tão rápido. Por isso, precisa de adequações.”
Queda da pobreza extrema
A pobreza extrema no Brasil, de 2003 a 2011, caiu de 10,9% para 5%, segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos especialistas convidados que participou da divulgação dos dados pela ONU.
Segundo Castro, a renda brasileira, de 1995 a 2011, teve um crescimento de 65% para os pobres e de 11% para os ricos, mas cerca de 30% dos jovens brasileiros são extremamente pobres porque não têm conexão com o mercado de trabalho.
A mulher, por sua vez, entra no mercado de trabalho de ainda mais forma precária, ganhando 80% do salário do homem, apesar de todo o preparo e estudo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 30% estavam na escola em 1995 e, em 2009, o percentual subiu para 50%.
A taxa de mortalidade no Brasil passou de 53% para 22% entre 1990 a 2008. Para 2015, a meta do milênio das Nações Unidas é de que seja reduzida ainda mais, para chegar a 17,9%.
Por outro lado, a população brasileira não aumenta a níveis como os da África e Ásia, principalmente em razão da baixa taxa de fecundidade do país. Entre os fatores apontados estão a entrada da mulher no mercado de trabalho e as políticas públicas de saúde e educação, com casais que têm apenas um filho, ou que preferem não ter nenhum.
Queda da pobreza extrema
A pobreza extrema no Brasil, de 2003 a 2011, caiu de 10,9% para 5%, segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos especialistas convidados que participou da divulgação dos dados pela ONU.
Segundo Castro, a renda brasileira, de 1995 a 2011, teve um crescimento de 65% para os pobres e de 11% para os ricos, mas cerca de 30% dos jovens brasileiros são extremamente pobres porque não têm conexão com o mercado de trabalho.
A mulher, por sua vez, entra no mercado de trabalho de ainda mais forma precária, ganhando 80% do salário do homem, apesar de todo o preparo e estudo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 30% estavam na escola em 1995 e, em 2009, o percentual subiu para 50%.
A taxa de mortalidade no Brasil passou de 53% para 22% entre 1990 a 2008. Para 2015, a meta do milênio das Nações Unidas é de que seja reduzida ainda mais, para chegar a 17,9%.
Por outro lado, a população brasileira não aumenta a níveis como os da África e Ásia, principalmente em razão da baixa taxa de fecundidade do país. Entre os fatores apontados estão a entrada da mulher no mercado de trabalho e as políticas públicas de saúde e educação, com casais que têm apenas um filho, ou que preferem não ter nenhum.
A população do mundo
Segundo o relatório dos 7 bilhões, o continente asiático vai permanecer a área mais populosa no planeta no século XXI, mas a população da África avança e deve triplicar, chegando a até 3,6 bilhões em 2100, conforme as estimativas da UNFPA.
Em 2011, 60% da população mundial vive na Ásia e 15% vive na África. Estima-se que a população da Ásia, 4,2 bilhões, atinja seu pico na metade deste século, com um total de 5,2 bilhões de habitantes.
Um dos motivos do aumento populacional nas últimas décadas foi a queda da mortalidade mundial - uma queda de 133 óbitos para cada mil nascidos, na década de 1950, para 46 em cada mil nascidos entre 2005 e 2010. Além disso, a expectativa de vida, que era de 48 anos na década de 1950, subiu para 68 anos na primeira década do século XXI.
O número de filhos também caiu mais do que a metade, em razão do crescimento econômico e do desenvolvimento dos países, métodos de planejamento familiar e informação. Eram cerca de seis filhos por casal há 50 anos, passando para 2,5 filhos por mulher nesta década. Ainda assim, há países na África em que a média é de cinco filhos por casal.
Segundo relatório publicado em maio deste ano pela Divisão de População do Departamento de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas, a população global deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas em 2050.
Cerca de 4,55 bilhões de humanos ainda vivem desconectados da grande rede
São Paulo — Uma observação dos números de acesso à internet por país revela que só 35% da população mundial – 2,45 bilhões de pessoas – estão conectados. Os demais 4,55 bilhões de humanos ainda vivem no século passado no que se refere à tecnologia (veja as tabelas no final do texto).
Os dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT, números referentes a 2011, os mais recentes disponíveis) também evidenciam a desigualdade entre os países. A Índia, por exemplo, é a terceira colocada em quantidade de internautas. 120 milhões de indianos têm acesso à rede, seja por meio de conexões cabeadas ou de serviços móveis. Mas eles são só 10% da população do país.
A Islândia está na situação oposta. Com 95% da população conectada, é o estado soberano onde o acesso à internet está mais difundido. Mas, como o país é pouco povoado, esse contingente soma menos de 300 mil pessoas, pouco mais de 1 milionésimo dos internautas no mundo. Como a Islândia, muitos dos países com alto índice de conexão são pouco povoados.
O Brasil fica na zona intermediária. Aqui, a estimativa da UIT é que 45% da população tenha acesso à internet, o que equivale a quase 90 milhões de pessoas. É o quinto país com mais internautas. Revista Exame
Saúde global
População mundial vive mais, porém cada vez mais doente
Maior levantamento já feito sobre saúde global mostrou que doenças crônicas, causadas por fatores de risco como hipertensão, tabagismo e obesidade, estão se tornando cada vez mais prevalentes no mundo
A revista médica The Lancet dedicou toda a sua nova edição, publicada nesta sexta-feira, ao estudo Global Burden of Disease
Study 2010 (Carga de Saúde Global 2010), que avaliou as doenças e mortes em todo o mundo ao longo de 20 anos. O documento mostrou que, nesse período, a população mundial passou a viver mais, mas com pior saúde. Em partes, isso se deve ao fato de que, enquanto as doenças graves infecciosas estão sendo cada vez mais combatidas, cresce o número de condições crônicas. Ou seja, condições que fazem mal, causam dores e prejudicam a qualidade de vida, mas que não matam de forma imediata.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Global Burden of Disease Study 2010
Onde foi divulgada: revista The Lancet
Quem fez: Christopher Murray e equipe
Instituição: Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde e Universidade de Washington, Estados Unidos
Dados de amostragem: População de 180 países
Resultado: A longevidade da população mundial aumentou, mas ela está vivendo cada vez mais doente. Fatores de risco que levam a doenças crônicas, como hipertensão e obesidade, estão aumentando cada vez mais. A mortalidade infantil e a desnutrição, por outro lado, diminuíram em 20 anos.
O projeto, feito pelo Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde (IHME, sigla em inglês) e pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, também contou com a colaboração de mais de 300 instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil. Ao todo, o estudo analisou os quadros de saúde de 180 países. O trabalho é considerado o maior já feito para descrever as doenças e os fatores de risco ao redor do mundo.
A pressão arterial é o maior fator de risco para a saúde atualmente, tendo sido responsável por nove milhões de óbitos no mundo em 2010, apontou a pesquisa. Em segundo e terceiro lugares estão, respectivamente, o tabagismo e o alcoolismo, que ultrapassaram a fome infantil. Na maior parte do que o projeto chamou de América Latina Tropical, que inclui o Brasil, porém, o álcool figura como o principal fator de risco para a saúde. Doenças associadas à bebida mataram quase cinco milhões de pessoas em todo o mundo em 2010.
População pesada — Enquanto a mortalidade global por desnutrição caiu, o fator de risco para a saúde que mais cresceu nos últimos vinte anos foi o excesso de peso — em 1990, ele correspondia ao décimo lugar ; em 2010, ao sexto. Hoje, maus hábitos alimentares e sedentarismo correspondem a 10% da carga de doença global. De acordo com os resultados, o sobrepeso foi responsável por três milhões de mortes ao redor do mundo em 2010 — um número três vezes maior do que os óbitos por desnutrição.
"Passamos de um mundo de 20 anos atrás em que as pessoas não comiam o suficiente para um mundo, inclusive em países em desenvolvimento, onde há muita comida, mas não saudável, que nos faz muito mal", diz Majid Ezzati, do Imperial College de Londres e um dos autores do estudo.
Má qualidade de vida — O estudo também listou os principais fatores responsáveis por piorar a qualidade de vida conforme a idade avança. São eles: dor nas costas, depressão, anemia por deficiência em ferro, dor no pescoço, doença pulmonar obstrutiva crônica, problemas muscoesqueléticos, distúrbios de ansiedade, enxaqueca, diabetes e quedas.
Mortalidade — Um dos avanços significativos que o estudo observou ao longo desses vinte anos foi a queda da mortalidade infantil. No entanto, isso não quer dizer que os números já são ideais. Condições como diarreia por rotavírus e sarampo ainda matam mais de um milhão de crianças menores do que cinco anos todos os anos, apesar da existência de vacinas eficazes contra tais doenças.
Se, por um lado, a mortalidade infantil está diminuindo a cada ano, o relatório observou um aumento de 44% no número de mortes entre pessoas de 15 a 49 anos entre 1970 e 2010. Os autores atribuem esse dado, entre outras coisas, ao aumento da violência e ao vírus HIV, para o qual ainda não foi encontrada uma cura. Em 2010, a aids foi a sexta principal causa de morte no mundo - com 1,5 milhão de mortes.
"Estamos descobrindo que poucas pessoas estão vivendo com perfeita saúde e que, com a idade, elas acumulam condições crônicas", dize Christopher Murray, diretor do IHME. "A nível individual, isso significa que nós devemos repensar como a vida será para nós aos 70 ou 80 anos de idade. Esses resultados também devem provocar profundas implicações para os sistemas de saúde em termos de definir prioridades.”
Principais fatores de risco à saúde em 1990
1º lugar: Baixo peso infantil
2º lugar: Poluição dentro de casa
3º lugar: Tabagismo
4º lugar: Pressão alta
5º lugar: Deficiência de amamentação
6º lugar: Alcoolismo
7º lugar: Poluição ambiental
8º lugar: Baixa ingestão de frutas
9º lugar: Altos níveis de açúcar no sangue
10º lugar: Obesidade
Principais fatores de risco à saúde em 2010
1º lugar: Pressão alta
2º lugar: Alcoolismo
3º lugar: Tabagismo
4º lugar: Poluição dentro de casa
5º lugar: Baixa ingestão de frutas
6º lugar: Obesidade
7º lugar: Altos níveis de açúcar no sangue
8º lugar: Baixo peso infantil
9º lugar: Poluição ambiental
10º lugar: Sedentarismo
Revista veja
Metade da população mundial vive em áreas urbanas, sendo que um terço destas está em favelas e assentamentos informais. O número de pessoas morando em favelas aumentou de 760 milhões, em 2000, para 863 milhões, em 2012. Estimativas apontam que, até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em cidades.
O Diretor Executivo da ONU-HABITAT, Joan Clos, lembrou aos delegados do fórum que no início deste mês Ban Ki-moon pediu por ações efetivas dos governos, organizações internacionais e grupos da sociedade civil nos próximos mil dias, para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até seu prazo final, em 2015. Clos acrescentou que a forma como os governos vão desenvolver suas aldeias, bairros e cidades terá um impacto significativo na qualidade de vida de milhões de cidadãos.
“A maior parte do crescimento urbano do mundo ocorre em países em desenvolvimento, onde muitos centros urbanos já tem infraestrutura inadequada e autoridades estão à procura de soluções para responder adequadamente às demandas da rápida expansão das populações urbanas, especialmente de jovens e pobres”, disse o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma mensagem para a 24ª sessão do Conselho de Governança do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT).
Cerca de 1,2 mil milhões de pessoas (20% da população mundial), vive penosamente, muito abaixo do limiar mínimo da pobreza (com menos de um dólar por dia); 850 milhões de seres humanos sofrem de fome e 30 mil morrem de causas directamente relacionadas com a pobreza. Estes dados vêm referidos na Mensagem do Presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, para o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Apesar de a União Europeia ser considerada uma das regiões mais ricas do mundo, “17% da sua população não tem os meios necessários para satisfazer as suas necessidades mais básicas”.
Estrutura da população mundial
A Distribuição da População
1. A distribuição pelos espaços geográficos
2. A idade e o sexo da população
3. A tipologia étnica
A população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e falta em outras.
O relevo, o clima, a vegetação e os rios exercem influência sobre a distribuição dos grupos humanos.
As regiões facilmente ocupadas pelo homem são denominadas ecúmenas.
Aos vazios demográficos chamamos de regiões anecúmenas, isto é, de difícil ocupação humana.
As altas montanhas, as regiões polares e os desertos dificultam a ocupação humana, sendo bons exemplos de regiões anecúmenas.
Por outro lado, existem regiões na Terra, nas quais os homens se "acotovelam" por falta de espaço. É o caso do sul, do leste e do sudeste da Ásia, que reúnem mais da metade da população do globo. Por esse fato, essa região é considerada um "formigueiro humano".
1. A distribuição pelos espaços geográficos
Pela distribuição da população nos continentes, notamos que:
• A Ásia é o continente mais populoso, com quase 60% do total mundial;
• A Ásia é também, o continente mais povoado, com quase 80 hab/km2;
• A Oceania é o continente menos populoso e menos povoado;
• A Antártida é o continente não habitado (despovoado).
Com mais de 160 milhões de habitantes, o Brasil é:
• o quinto país mais populoso do mundo;
• o segundo país mais populoso do continente americano e de todo o hemisfério ocidental, superado apenas pelos Estados Unidos;
• o país mais populoso da América do Sul e de toda a América Latina.
A distribuição da população no Brasil é, também, bastante irregular:
• o Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada;
• o Centro-Oeste é a região menos populosa;
• o Norte ou Amazônia é a região menos povoada.
Na distribuição da população pelos Estados, temos que:
• o Rio de Janeiro é o mais povoado, com quase 300 hab/km2;
• São Paulo é o mais populoso, com cerca de um quinto (20%) da população brasileira;
• Roraima é o menos populoso e o menos povoado, com menos de 1 hab/km2.
As Populações Rural e Urbana
Até 1960, predominava no Brasil a população rural. No recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional.
À medida que um país se desenvolve industrialmente, a tendência geral é o abandono do campo em direção às cidades. O homem procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto, salários e garantias. É o fenômeno do êxodo rural.
Atualmente, 75% da população brasileira urbana, isto é, vive nas cidades. No estado do Rio de Janeiro, a população urbana é de 95%.
2. A idade e o sexo da população
Quanto à idade, a população está dividida em três grupos:
• Jovem, de 0 a 19 anos;
• Adulto, de 20 a 59 anos;
• Velho, ou senil, com 60 anos e mais.
A força de trabalho de uma população está mas concentrada na idade adulta e se constitui na população ativa de um país.
Nos países desenvolvidos, em geral, predominam os adultos e os velhos. Nos países subdesenvolvidos e naqueles em fase de desenvolvimento, predomina a população jovem.
Em alguns países, como a França e a Inglaterra, há o predomínio dos adultos. Isso se deve ao baixo índice de natalidade e ao fato de que a média de vida é mais longa, alcançando mais de 70 anos.
Os brasileiros possuem uma longevidade média de 64 anos, sendo de 62 anos para os homens e de 66 anos para as mulheres.
Quanto ao sexo, a população é composta por homens e mulheres.
Quanto aos números de homens e de mulheres é comum:
• haver um equilíbrio na idade jovem;
• predominarem as mulheres nas idades adulta e velha.
É que os homens, por razões diversas, vivem menos tempo que as mulheres, isto é, morrem geralmente antes.
Em países de imigração, devido à entrada de mais trabalhadores, quase sempre predominam os homens. É o caso da Austrália e de alguns outros países.
No Brasil, em cada grupo de 1 000 pessoas existem 501 mulheres e 499 homens.
A representação gráfica da idade e do sexo da população é feita através das pirâmides etárias. Nelas, as mulheres ficam sempre do lado direito, os jovens embaixo, os adultos no meio e os velhos em cima.
3. A tipologia étnica
Por muito tempo, e ainda hoje, tem sido comum dividir a população nas raças branca, negra, amarela e mestiça. Essa distinção pela cor não é correta, pois entre um português moreno e um russo (eslavo) existem muitas diferenças, apesar de ambos serem brancos.
Hoje em dia, ao invés de se falar em raça, fala-se em etnia. Um dado grupo étnico possui semelhanças não só fisionômicas, mas também culturais.
A determinação do grupo étnico a que pertence uma pessoa não é tarefa fácil e não pode ser tomada apenas pela cor.
O povo brasileiro é composto etnicamente por brancos de origem européia, negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e mestiços.
As diferenças de cor, de origem, têm sido problemas sérios em muitos países.
Na África do Sul, onde numericamente predominam os negros, existia até 1991 uma violenta segregação racial, com exagerada discriminação social e econômica, denominada apartheid.
No Brasil, perante as nossas leis, todos os grupos étnicos constituem um só conjunto: a população brasileira.
Recordar é saber
• O Estado de maior população absoluta é São Paulo, o de maior densidade é o Rio de Janeiro.
• A população urbana predomina no Brasil desde 1970.
• São ecúmenas as regiões de fácil ocupação humana, sendo, por isso, habitadas permanentemente.
• São anecúmenas as regiões de difícil ocupação humana, como os desertos, as altas montanhas e as regiões polares.
• A Ásia é o continente mais populoso e mais povoado da Terra.
• A população brasileira está mais concentrada na Grande Região Sudeste.
• A segregação racial na África era denominada Apartheid.
• No Brasil todos os grupos étnicos são iguais perante a lei.
• A população ativa é composta sobretudo de adultos e homens.
• Na Austrália predominam, numericamente, os homens; no Brasil, as mulheres.
• Na pirâmide etária representamos à idade e o sexo de uma população.
• Os negros, os brancos, os amarelos e os mestiços são grupos étnicos, e não raças.
Brasilescola
Os idosos no Brasil
Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento.
A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.
Brasil avança, mas é quarto país mais desigual da América Latina, diz ONU
Relatório do programa ONU-Habitat traz dados sobre distribuição de renda.
Segundo o estudo, país só está atrás de Guatemala, Honduras e Colômbia.
Bernado TabakDo G1, no Rio
202 comentários
Apesar do crescimento econômico, que levou o país a ultrapassar o Reino Unido e consolidar o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o Brasil ainda é uma nação de desigualdades. Segundo relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina em distribuição de renda, ficando atrás somente de Guatemala, Honduras e Colômbia.
O Brasil, no entanto, avançou no combate a desigualdades nas últimas décadas. De acordo com o estudo, o país era, em 1990, o número 1 do ranking das nações com pior distribuição de renda.
De acordo com o levantamento “Estado das cidades da América Latina e do Caribe 2012 – Rumo a uma nova transição urbana”, divulgado nesta terça-feira (21), a América Latina é a região mais urbanizada do mundo. O relatório projeta que a taxa de população urbana chegará a 89% em 2050. O índice de urbanização brasileira foi o maior em toda a América Latina, entre 1970 e 2010. Hoje, 86,53% da população brasileira vivem em cidades.
O rápido crescimento, no entanto, não significou o desenvolvimento das regiões urbanas do país, que sofrem com problemas de infraestrutura, moradia, transporte, poluição e segurança pública. Além disso, cinco cidades brasileiras estão entre as que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina: Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
O estudo destaca o forte crescimento do PIB brasileiro, de 1970 a 2009, deixando para trás o México e os países que formam o Cone Sul – Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai – e “cobrando relevância mundial”. Hoje, o PIB do país representa 32% do total do PIB da América Latina. Ainda assim, quando se analisa o PIB per capita, o Brasil ocupa uma modesta 13ª colocação, de pouco mais de US$ 4 mil por ano, abaixo da média latino-americana e dos países mais desenvolvidos da região, como México, Chile, Argentina e Uruguai, e até mesmo da Venezuela, que tem a economia muito dependente do petróleo.
O Brasil ainda perde para a maioria dos vizinhos na questão da pobreza. Pouco mais de 20% da população vivem em situação de pobreza ou indigência, percentual maior do que no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Peru. Costa Rica e Panamá também ficam a frente do Brasil, com menores percentuais na
Entretanto, o número de pobres e indigentes no Brasil caiu pela metade em duas décadas: de 41%, em 1990, para 22% da população em 2009. Argentina e Uruguai também reduziram pela metade o número de pobres, que hoje são 9% da população, em ambos os países. Mas foi o Chile o grande campeão no combate à pobreza, com redução de 70% - de 39%, em 1990, para 12%, em 2009, referente a percentual da população pobre no país.
De acordo com o pesquisador Erick Vittrup, oficial principal de assentamentos humanos da ONU-Habitat, hoje existem 124 milhões de pessoas pobres vivendo nas cidades, o que equivale a cerca de 25% da população total da América Latina. Destes, 111 milhões moram em favelas.
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A ONU-Habitat considera como pobre quem vive com menos de US$ 2 por dia (cerca de R$ 4). “Se nada for feito para mudar esse panorama, em nível mundial, toda a população urbana de hoje, que corresponde a 3,5 bilhões de pessoas, vai morar em favelas, em 2050”, afirmou. Atualmente, 1 bilhão de pessoas vivem em favelas, em uma população global de 7 bilhões de pessoas.
Veja o que o relatório fala sobre alguns indicadores brasileiros:
Saneamento
O estudo da ONU-Habitat mostra que o Brasil é apenas a 19ª nação da América Latina em atendimento de saneamento básico. De acordo com a pesquisa, pouco mais de 85% da população urbana têm saneamento em casa, sendo que as cidades intermediárias são as menos favorecidas neste quesito.
Água
Erick Vittrup ressalta que, apesar de quase a totalidade do território urbano brasileiro ser coberto por abastecimento de água encanada, ainda há muitos problemas de fornecimento em favelas e em áreas na periferia das cidades, onde o fornecimento sofre interrupções com alguma frequência. “A qualidade da água em muitas regiões também é ruim, pois existe uma cobertura precária de estações de tratamento”, disse.
Favelas
O Brasil é o 14ª país da América Latina, segundo o relatório, com mais pessoas vivendo em favelas. No país, 28% da população moram em comunidades com infraestrutura precária, a grande maioria em situação informal. O índice de moradores de favelas no Brasil é mais alto do que a média latino-americana, de 26%.
Poluição
O levantamento afirma que o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina, responsável pela emissão de 23% gases que provocam o efeito estufa na região. O percentual é igual às emissões de todos os países do Caribe somados aos quatro países do Cone Sul. O Brasil só perde para o México, que é responsável pela emissão de 30% dos gases poluidores na região. De acordo com a pesquisa, 77% do gás carbônico emitido na cidade de São Paulo são originados de veículos de transporte individual, como carros de passeio, caminhonetes, picapes e motos – o percentual mais alto do Brasil.
Transportes
São Paulo também é citada no estudo como uma das cidades brasileiras que mais sofrem com o trânsito. Segundo o relatório, cada ocupante de um automóvel produz, em quantidade de horas, 11 vezes mais congestionamento do que o passageiro de um ônibus. Ainda de acordo com o estudo, os engarrafamentos na capital paulista ocasionam um custo adicional de operação de 15,8% para os transportes públicos.
Violência e feminicídio
O relatório afirma que a violência e a delinquência são consideradas, de acordo com pesquisas de opinião, as principais preocupações dos cidadãos latino-americanos. A Taxa de Homicídios anual da Região é a mais elevada do mundo, com mais de 20 mortes por cada 100 mil habitantes. “O Rio de Janeiro já esteve no top 10 das cidades mais violentas. Agora, as cidades mais inseguras se encontram na Guatemala e no México. Mas o Brasil ainda tem cidades muito violentas”, afirma Erick Vittrup.
O estudo ainda afirma que o Brasil é um dos países com a mais alta taxa de feminicídio - todos os assassinatos de mulheres relacionados à violência de gênero - do mundo, ficando na 11ª colocação na América Latina.
Futuro promissor à vista
O levantamento da ONU-Habitat ressalta que, apesar dos problemas e desafios para desenvolver as cidades, o Brasil e a América Latina estão prestes a viver um novo ciclo de transição urbana, que tem como objetivo garantir a “melhora fundamental da qualidade de vida nas cidades”, com igualdade e sustentabilidade.
O estudo ainda afirma que “um dos casos mais famosos e exitosos” da América Latina com relação à regulamentação da administração pública das cidades é a Lei de Responsabilidade Fiscal, promulgada no Brasil em 2000. A lei impõe um controle na capacidade de endividamento e equilíbrio nas contas públicas, e proíbe a acumulação de déficits de um período de governo para outro.
Para Erick Vittrup, as principais soluções para as cidades consistem em promover políticas de harmonização e coesão territorial, acelerar o ritmo das reformas urbanas e investir mais esforços no monitoramento das cidades. Para ele, existe experiência, capacidade, recursos e consciência política para melhorar a qualidade de vida nas cidades. “O principal desafio é como desenvolver instrumentos para combater as desigualdades enormes dentro das cidades”, finaliza.
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