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Sou graduada em Geografia e pós graduada em Psicopedagogia, atuo como professora em escolas públicas de Jaraguá do Sul. Meu principal objetivo é usar esse espaço com meus alunos indicando materiais úteis a aprendizagem e dividir minhas descobertas e curiosidades com quem se identificar com os diversos temas que irei abordar.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

População Mundial

População mundial chega a 7 bilhões de pessoas, diz ONU Censo dos EUA indica que marca só será alcançada em 2012. Para pesquisador, data da ONU é simbólica e serve para debater tema. Daniel Buarque Do G1, em São Paulo A população mundial vai atingir a marca de 7 bilhões de pessoas na próxima segunda-feira (31), de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que usou estimativas de demografia e selecionou a data de forma simbólica para debater o tema e discutir ideias de crescimento e sustentabilidade. O número será alcançado apenas 12 anos depois de um bebê nascido em Sarajevo ter sido nomeado pela ONU como o 6º bilionésima pessoa a nascer, e 24 anos depois de o 5º bilionésimo ter nascido na Bósnia. Segundo o Departamento do Censo dos Estados Unidos, entretanto, o dado das Nações Unidas é precoce, e a população mundial é de "apenas" 6,97 bilhões no final de outubro. A marca de 7 bilhões, segundo o dado dos demógrafos americanos, chegaria apenas em abril do próximo ano. A variação entre os números de diferentes fontes é algo normal, segundo pesquisadores de demografia. O número de 7 bilhões "não é um valor exato", diz José Alberto Magno de Carvalho, que já foi Presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais e da International Union for Scientific Study of the Population (a associação internacional mais importante em demografia). Em entrevista ao G1, ele explicou que a definição de uma data para marcar a chegada aos 7 bilhões de pessoas serve para reforçar a discussão sobre o tema. "Podemos já ter passado deste número, ou nem ter chegado ainda a essa quantidade. Trata-se de uma estimativa, pois há países em que os dados são melhores, mais confiáveis, e outros lugares que têm números sem uma base sólida", disse. Ele ressaltou, entretanto, que a maior parte dos dados usados na estimativa da ONU tem relevância e a data escolhida como marco está bem próxima da realidade da população mundial. “A China, que tem a maior população, tem um levantamento populacional bem razoável atualmente. O problema é que mesmo nos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, o censo nunca tem cobertura perfeita. Nem mesmo no Brasil, onde a contagem é muito séria, pode-se falar em cobertura total”, disse. Segundo o pesquisador americano John Bongaarts, vice-presidente do Population Council, organização que realiza estudos sobre a população mundial, a variação do número real de pessoas no mundo pode chegar à ordem de 100 milhões de pessoas para mais ou para menos em relação à estimativa da ONU, o que não afetaria totalmente a discussão a respeito do crescimento populacional. (População da Nigéria, assim como de todo o continente africano, é uma das que mais cresce no mundo). Velocidade de crescimento O crescimento da população mundial nas últimas décadas foi rápido, impulsionado especialmente por uma maior expectativa de vida - a média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950. A velocidade de aumento populacional começa a diminuir de ritmo, entretanto, graças a taxas de natalidade cada vez menores. Depois de a população crescer até 2% ao ano na década de 1960, a taxa de aumento do número de pessoas no mundo está se estabilizando em metade disso. Segundo a previsão mais atual da ONU, vão ser necessários 14 anos para que surja mais um bilhão de pessoas no mundo, e a população mundial só deve chegar a dez bilhões de pessoas no fim do século. A mudança na tendência não só vai fazer com que o ritmo de crescimento seja mais lento, mas como vai gerar um envelhecimento da população, criando sociedades com mais pessoas idosas do que jovens. Isso vai fazer com que a população "envelheça". Segundo o relatório da ONU, em 2011 há no mundo 893 milhões de pessoas com mais de 60 anos, mas no meio do século este número passará de 2,4 bilhões. Mundo heterogêneo Apesar de ser apresentada como um único bloco, a população mundial vive momentos muito heterogêneos em relação a seu tamanho e sua taxa de crescimento. Cerca de 60% da população mundial vive na Ásia. Somente na China e na Índia, juntas, há mais de 2,5 bilhões de pessoas. A África tem 15% das pessoas do mundo atual, enquanto um quarto da população vive no resto do mundo (Américas, Oceania e Europa). No Brasil, a população não chega a 200 milhões. O quadro futuro vai mudar bastante, entretanto. Enquanto a população da Europa tem uma taxa de fecundidade de apenas 1,53 - estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, o que indica envelhecimento e diminuição da população - na África a taxa de fertilidade chega a 4,64. Na América Latina a taxa é de 2,3, Na América do Norte e na Ásia de 2,03 e na Oceania de 2,49. Enquanto no Reino Unido, o número de pessoas com mais de 85 anos dobrou entre 1985 e 2010, o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período. No sul da África, por outro lado, a previsão é de que a população triplique em 40 anos. Segundo dados divulgados pela rede britânica BBC, enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia têm seis filhos, em média. Segundo a ONU, um quinto da população mundial vive em países com alta fertilidade. É ali que a população mais cresce, e que pode chegar a 2 bilhões de pessoas em 2050. Brasil precisa melhorar qualidade de vida e diminuir desigualdade, diz ONU Relatório sobre o mundo com 7 bilhões de pessoas foi divulgado em MG. Segundo a ONU, Brasil precisa enfrentar desafio da sustentabilidade. Alex AraújoDo G1 MG O Brasil deve trabalhar com políticas sociais e econômicas para diminuir a pobreza e as desigualdades, aumentar o acesso à educação e melhorar a qualidade de vida, segundo Organização das Nações Unidas (ONU). Relatório global divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alerta para os desafios a serem enfrentados pelos países diante do mundo que deve contabilizar 7 bilhões de habitantes em 2011. O relatório foi lançado em Belo Horizonte abordando temas como redução da pobreza, fecundidade, envelhecimento da população, entre outros, no marco dos 7 bilhões de pessoas, que deve ser alcançado no final de outubro, de acordo com a ONU. “O Brasil ilustra o argumento de que as políticas sociais e políticas, como educação, saúde e emprego, precisam se tornar naturais nas famílias”, afirmou Harold Robinson, representante da UNFPA no Brasil. Segundo ele, o país conseguiu reduzir a pobreza e o crescimento populacional, mas ainda precisa diminuir as desigualdades. “A pobreza extrema no Brasil caiu e houve aumento de renda, mas o país deve investir em políticas públicas para diminuir as desigualdades diante do aumento populacional global”, afirma. O objetivo do relatório é alertar os governos e as populações sobre as dinâmicas populacionais em nível mundial. “O que se fizer agora, o resultado será visto em 2050”, diz Robinson. “Na verdade, o desafio é aumentar a qualidade de vida e a sustentabilidade do planeta.” Alcançar um nível de vida melhor e com menos impacto na natureza são objetivos que devem ser buscados como prioridade pelo Brasil, na avaliação do representante. Conforme Robinson, um ponto deficitário é questão do transporte, com uso de gasolina e diesel, combustíveis que poluem o meio ambiente. “O transporte é deficitário no ponto de vista da sustentabilidade, porque as pessoas usam meios que precisam do petróleo”, diz. Ainda segundo o representante da ONU, no Brasil existe uma grave desigualdade a ser combatida entre as regiões centro-sul, Norte e Nordeste do país, as duas últimas, com menos acesso à educação e saúde. “O Brasil é um dos primeiros países a enfrentar esse desenvolvimento tão rápido. Por isso, precisa de adequações.” Queda da pobreza extrema A pobreza extrema no Brasil, de 2003 a 2011, caiu de 10,9% para 5%, segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos especialistas convidados que participou da divulgação dos dados pela ONU. Segundo Castro, a renda brasileira, de 1995 a 2011, teve um crescimento de 65% para os pobres e de 11% para os ricos, mas cerca de 30% dos jovens brasileiros são extremamente pobres porque não têm conexão com o mercado de trabalho. A mulher, por sua vez, entra no mercado de trabalho de ainda mais forma precária, ganhando 80% do salário do homem, apesar de todo o preparo e estudo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 30% estavam na escola em 1995 e, em 2009, o percentual subiu para 50%. A taxa de mortalidade no Brasil passou de 53% para 22% entre 1990 a 2008. Para 2015, a meta do milênio das Nações Unidas é de que seja reduzida ainda mais, para chegar a 17,9%. Por outro lado, a população brasileira não aumenta a níveis como os da África e Ásia, principalmente em razão da baixa taxa de fecundidade do país. Entre os fatores apontados estão a entrada da mulher no mercado de trabalho e as políticas públicas de saúde e educação, com casais que têm apenas um filho, ou que preferem não ter nenhum. Queda da pobreza extrema A pobreza extrema no Brasil, de 2003 a 2011, caiu de 10,9% para 5%, segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos especialistas convidados que participou da divulgação dos dados pela ONU. Segundo Castro, a renda brasileira, de 1995 a 2011, teve um crescimento de 65% para os pobres e de 11% para os ricos, mas cerca de 30% dos jovens brasileiros são extremamente pobres porque não têm conexão com o mercado de trabalho. A mulher, por sua vez, entra no mercado de trabalho de ainda mais forma precária, ganhando 80% do salário do homem, apesar de todo o preparo e estudo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 30% estavam na escola em 1995 e, em 2009, o percentual subiu para 50%. A taxa de mortalidade no Brasil passou de 53% para 22% entre 1990 a 2008. Para 2015, a meta do milênio das Nações Unidas é de que seja reduzida ainda mais, para chegar a 17,9%. Por outro lado, a população brasileira não aumenta a níveis como os da África e Ásia, principalmente em razão da baixa taxa de fecundidade do país. Entre os fatores apontados estão a entrada da mulher no mercado de trabalho e as políticas públicas de saúde e educação, com casais que têm apenas um filho, ou que preferem não ter nenhum. A população do mundo Segundo o relatório dos 7 bilhões, o continente asiático vai permanecer a área mais populosa no planeta no século XXI, mas a população da África avança e deve triplicar, chegando a até 3,6 bilhões em 2100, conforme as estimativas da UNFPA. Em 2011, 60% da população mundial vive na Ásia e 15% vive na África. Estima-se que a população da Ásia, 4,2 bilhões, atinja seu pico na metade deste século, com um total de 5,2 bilhões de habitantes. Um dos motivos do aumento populacional nas últimas décadas foi a queda da mortalidade mundial - uma queda de 133 óbitos para cada mil nascidos, na década de 1950, para 46 em cada mil nascidos entre 2005 e 2010. Além disso, a expectativa de vida, que era de 48 anos na década de 1950, subiu para 68 anos na primeira década do século XXI. O número de filhos também caiu mais do que a metade, em razão do crescimento econômico e do desenvolvimento dos países, métodos de planejamento familiar e informação. Eram cerca de seis filhos por casal há 50 anos, passando para 2,5 filhos por mulher nesta década. Ainda assim, há países na África em que a média é de cinco filhos por casal. Segundo relatório publicado em maio deste ano pela Divisão de População do Departamento de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas, a população global deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas em 2050. Cerca de 4,55 bilhões de humanos ainda vivem desconectados da grande rede São Paulo — Uma observação dos números de acesso à internet por país revela que só 35% da população mundial – 2,45 bilhões de pessoas – estão conectados. Os demais 4,55 bilhões de humanos ainda vivem no século passado no que se refere à tecnologia (veja as tabelas no final do texto). Os dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT, números referentes a 2011, os mais recentes disponíveis) também evidenciam a desigualdade entre os países. A Índia, por exemplo, é a terceira colocada em quantidade de internautas. 120 milhões de indianos têm acesso à rede, seja por meio de conexões cabeadas ou de serviços móveis. Mas eles são só 10% da população do país. A Islândia está na situação oposta. Com 95% da população conectada, é o estado soberano onde o acesso à internet está mais difundido. Mas, como o país é pouco povoado, esse contingente soma menos de 300 mil pessoas, pouco mais de 1 milionésimo dos internautas no mundo. Como a Islândia, muitos dos países com alto índice de conexão são pouco povoados. O Brasil fica na zona intermediária. Aqui, a estimativa da UIT é que 45% da população tenha acesso à internet, o que equivale a quase 90 milhões de pessoas. É o quinto país com mais internautas. Revista Exame Saúde global População mundial vive mais, porém cada vez mais doente Maior levantamento já feito sobre saúde global mostrou que doenças crônicas, causadas por fatores de risco como hipertensão, tabagismo e obesidade, estão se tornando cada vez mais prevalentes no mundo A revista médica The Lancet dedicou toda a sua nova edição, publicada nesta sexta-feira, ao estudo Global Burden of Disease Study 2010 (Carga de Saúde Global 2010), que avaliou as doenças e mortes em todo o mundo ao longo de 20 anos. O documento mostrou que, nesse período, a população mundial passou a viver mais, mas com pior saúde. Em partes, isso se deve ao fato de que, enquanto as doenças graves infecciosas estão sendo cada vez mais combatidas, cresce o número de condições crônicas. Ou seja, condições que fazem mal, causam dores e prejudicam a qualidade de vida, mas que não matam de forma imediata. CONHEÇA A PESQUISA Título original: Global Burden of Disease Study 2010 Onde foi divulgada: revista The Lancet Quem fez: Christopher Murray e equipe Instituição: Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde e Universidade de Washington, Estados Unidos Dados de amostragem: População de 180 países Resultado: A longevidade da população mundial aumentou, mas ela está vivendo cada vez mais doente. Fatores de risco que levam a doenças crônicas, como hipertensão e obesidade, estão aumentando cada vez mais. A mortalidade infantil e a desnutrição, por outro lado, diminuíram em 20 anos. O projeto, feito pelo Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde (IHME, sigla em inglês) e pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, também contou com a colaboração de mais de 300 instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil. Ao todo, o estudo analisou os quadros de saúde de 180 países. O trabalho é considerado o maior já feito para descrever as doenças e os fatores de risco ao redor do mundo. A pressão arterial é o maior fator de risco para a saúde atualmente, tendo sido responsável por nove milhões de óbitos no mundo em 2010, apontou a pesquisa. Em segundo e terceiro lugares estão, respectivamente, o tabagismo e o alcoolismo, que ultrapassaram a fome infantil. Na maior parte do que o projeto chamou de América Latina Tropical, que inclui o Brasil, porém, o álcool figura como o principal fator de risco para a saúde. Doenças associadas à bebida mataram quase cinco milhões de pessoas em todo o mundo em 2010. População pesada — Enquanto a mortalidade global por desnutrição caiu, o fator de risco para a saúde que mais cresceu nos últimos vinte anos foi o excesso de peso — em 1990, ele correspondia ao décimo lugar ; em 2010, ao sexto. Hoje, maus hábitos alimentares e sedentarismo correspondem a 10% da carga de doença global. De acordo com os resultados, o sobrepeso foi responsável por três milhões de mortes ao redor do mundo em 2010 — um número três vezes maior do que os óbitos por desnutrição. "Passamos de um mundo de 20 anos atrás em que as pessoas não comiam o suficiente para um mundo, inclusive em países em desenvolvimento, onde há muita comida, mas não saudável, que nos faz muito mal", diz Majid Ezzati, do Imperial College de Londres e um dos autores do estudo. Má qualidade de vida — O estudo também listou os principais fatores responsáveis por piorar a qualidade de vida conforme a idade avança. São eles: dor nas costas, depressão, anemia por deficiência em ferro, dor no pescoço, doença pulmonar obstrutiva crônica, problemas muscoesqueléticos, distúrbios de ansiedade, enxaqueca, diabetes e quedas. Mortalidade — Um dos avanços significativos que o estudo observou ao longo desses vinte anos foi a queda da mortalidade infantil. No entanto, isso não quer dizer que os números já são ideais. Condições como diarreia por rotavírus e sarampo ainda matam mais de um milhão de crianças menores do que cinco anos todos os anos, apesar da existência de vacinas eficazes contra tais doenças. Se, por um lado, a mortalidade infantil está diminuindo a cada ano, o relatório observou um aumento de 44% no número de mortes entre pessoas de 15 a 49 anos entre 1970 e 2010. Os autores atribuem esse dado, entre outras coisas, ao aumento da violência e ao vírus HIV, para o qual ainda não foi encontrada uma cura. Em 2010, a aids foi a sexta principal causa de morte no mundo - com 1,5 milhão de mortes. "Estamos descobrindo que poucas pessoas estão vivendo com perfeita saúde e que, com a idade, elas acumulam condições crônicas", dize Christopher Murray, diretor do IHME. "A nível individual, isso significa que nós devemos repensar como a vida será para nós aos 70 ou 80 anos de idade. Esses resultados também devem provocar profundas implicações para os sistemas de saúde em termos de definir prioridades.” Principais fatores de risco à saúde em 1990 1º lugar: Baixo peso infantil 2º lugar: Poluição dentro de casa 3º lugar: Tabagismo 4º lugar: Pressão alta 5º lugar: Deficiência de amamentação 6º lugar: Alcoolismo 7º lugar: Poluição ambiental 8º lugar: Baixa ingestão de frutas 9º lugar: Altos níveis de açúcar no sangue 10º lugar: Obesidade Principais fatores de risco à saúde em 2010 1º lugar: Pressão alta 2º lugar: Alcoolismo 3º lugar: Tabagismo 4º lugar: Poluição dentro de casa 5º lugar: Baixa ingestão de frutas 6º lugar: Obesidade 7º lugar: Altos níveis de açúcar no sangue 8º lugar: Baixo peso infantil 9º lugar: Poluição ambiental 10º lugar: Sedentarismo Revista veja Metade da população mundial vive em áreas urbanas, sendo que um terço destas está em favelas e assentamentos informais. O número de pessoas morando em favelas aumentou de 760 milhões, em 2000, para 863 milhões, em 2012. Estimativas apontam que, até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em cidades. O Diretor Executivo da ONU-HABITAT, Joan Clos, lembrou aos delegados do fórum que no início deste mês Ban Ki-moon pediu por ações efetivas dos governos, organizações internacionais e grupos da sociedade civil nos próximos mil dias, para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até seu prazo final, em 2015. Clos acrescentou que a forma como os governos vão desenvolver suas aldeias, bairros e cidades terá um impacto significativo na qualidade de vida de milhões de cidadãos. “A maior parte do crescimento urbano do mundo ocorre em países em desenvolvimento, onde muitos centros urbanos já tem infraestrutura inadequada e autoridades estão à procura de soluções para responder adequadamente às demandas da rápida expansão das populações urbanas, especialmente de jovens e pobres”, disse o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma mensagem para a 24ª sessão do Conselho de Governança do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT). Cerca de 1,2 mil milhões de pessoas (20% da população mundial), vive penosamente, muito abaixo do limiar mínimo da pobreza (com menos de um dólar por dia); 850 milhões de seres humanos sofrem de fome e 30 mil morrem de causas directamente relacionadas com a pobreza. Estes dados vêm referidos na Mensagem do Presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, para o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Apesar de a União Europeia ser considerada uma das regiões mais ricas do mundo, “17% da sua população não tem os meios necessários para satisfazer as suas necessidades mais básicas”. Estrutura da população mundial A Distribuição da População 1. A distribuição pelos espaços geográficos 2. A idade e o sexo da população 3. A tipologia étnica A população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e falta em outras. O relevo, o clima, a vegetação e os rios exercem influência sobre a distribuição dos grupos humanos. As regiões facilmente ocupadas pelo homem são denominadas ecúmenas. Aos vazios demográficos chamamos de regiões anecúmenas, isto é, de difícil ocupação humana. As altas montanhas, as regiões polares e os desertos dificultam a ocupação humana, sendo bons exemplos de regiões anecúmenas. Por outro lado, existem regiões na Terra, nas quais os homens se "acotovelam" por falta de espaço. É o caso do sul, do leste e do sudeste da Ásia, que reúnem mais da metade da população do globo. Por esse fato, essa região é considerada um "formigueiro humano". 1. A distribuição pelos espaços geográficos Pela distribuição da população nos continentes, notamos que: • A Ásia é o continente mais populoso, com quase 60% do total mundial; • A Ásia é também, o continente mais povoado, com quase 80 hab/km2; • A Oceania é o continente menos populoso e menos povoado; • A Antártida é o continente não habitado (despovoado). Com mais de 160 milhões de habitantes, o Brasil é: • o quinto país mais populoso do mundo; • o segundo país mais populoso do continente americano e de todo o hemisfério ocidental, superado apenas pelos Estados Unidos; • o país mais populoso da América do Sul e de toda a América Latina. A distribuição da população no Brasil é, também, bastante irregular: • o Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada; • o Centro-Oeste é a região menos populosa; • o Norte ou Amazônia é a região menos povoada. Na distribuição da população pelos Estados, temos que: • o Rio de Janeiro é o mais povoado, com quase 300 hab/km2; • São Paulo é o mais populoso, com cerca de um quinto (20%) da população brasileira; • Roraima é o menos populoso e o menos povoado, com menos de 1 hab/km2. As Populações Rural e Urbana Até 1960, predominava no Brasil a população rural. No recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional. À medida que um país se desenvolve industrialmente, a tendência geral é o abandono do campo em direção às cidades. O homem procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto, salários e garantias. É o fenômeno do êxodo rural. Atualmente, 75% da população brasileira urbana, isto é, vive nas cidades. No estado do Rio de Janeiro, a população urbana é de 95%. 2. A idade e o sexo da população Quanto à idade, a população está dividida em três grupos: • Jovem, de 0 a 19 anos; • Adulto, de 20 a 59 anos; • Velho, ou senil, com 60 anos e mais. A força de trabalho de uma população está mas concentrada na idade adulta e se constitui na população ativa de um país. Nos países desenvolvidos, em geral, predominam os adultos e os velhos. Nos países subdesenvolvidos e naqueles em fase de desenvolvimento, predomina a população jovem. Em alguns países, como a França e a Inglaterra, há o predomínio dos adultos. Isso se deve ao baixo índice de natalidade e ao fato de que a média de vida é mais longa, alcançando mais de 70 anos. Os brasileiros possuem uma longevidade média de 64 anos, sendo de 62 anos para os homens e de 66 anos para as mulheres. Quanto ao sexo, a população é composta por homens e mulheres. Quanto aos números de homens e de mulheres é comum: • haver um equilíbrio na idade jovem; • predominarem as mulheres nas idades adulta e velha. É que os homens, por razões diversas, vivem menos tempo que as mulheres, isto é, morrem geralmente antes. Em países de imigração, devido à entrada de mais trabalhadores, quase sempre predominam os homens. É o caso da Austrália e de alguns outros países. No Brasil, em cada grupo de 1 000 pessoas existem 501 mulheres e 499 homens. A representação gráfica da idade e do sexo da população é feita através das pirâmides etárias. Nelas, as mulheres ficam sempre do lado direito, os jovens embaixo, os adultos no meio e os velhos em cima. 3. A tipologia étnica Por muito tempo, e ainda hoje, tem sido comum dividir a população nas raças branca, negra, amarela e mestiça. Essa distinção pela cor não é correta, pois entre um português moreno e um russo (eslavo) existem muitas diferenças, apesar de ambos serem brancos. Hoje em dia, ao invés de se falar em raça, fala-se em etnia. Um dado grupo étnico possui semelhanças não só fisionômicas, mas também culturais. A determinação do grupo étnico a que pertence uma pessoa não é tarefa fácil e não pode ser tomada apenas pela cor. O povo brasileiro é composto etnicamente por brancos de origem européia, negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e mestiços. As diferenças de cor, de origem, têm sido problemas sérios em muitos países. Na África do Sul, onde numericamente predominam os negros, existia até 1991 uma violenta segregação racial, com exagerada discriminação social e econômica, denominada apartheid. No Brasil, perante as nossas leis, todos os grupos étnicos constituem um só conjunto: a população brasileira. Recordar é saber • O Estado de maior população absoluta é São Paulo, o de maior densidade é o Rio de Janeiro. • A população urbana predomina no Brasil desde 1970. • São ecúmenas as regiões de fácil ocupação humana, sendo, por isso, habitadas permanentemente. • São anecúmenas as regiões de difícil ocupação humana, como os desertos, as altas montanhas e as regiões polares. • A Ásia é o continente mais populoso e mais povoado da Terra. • A população brasileira está mais concentrada na Grande Região Sudeste. • A segregação racial na África era denominada Apartheid. • No Brasil todos os grupos étnicos são iguais perante a lei. • A população ativa é composta sobretudo de adultos e homens. • Na Austrália predominam, numericamente, os homens; no Brasil, as mulheres. • Na pirâmide etária representamos à idade e o sexo de uma população. • Os negros, os brancos, os amarelos e os mestiços são grupos étnicos, e não raças. Brasilescola Os idosos no Brasil Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%). A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos. O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento. A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam. Brasil avança, mas é quarto país mais desigual da América Latina, diz ONU Relatório do programa ONU-Habitat traz dados sobre distribuição de renda. Segundo o estudo, país só está atrás de Guatemala, Honduras e Colômbia. Bernado TabakDo G1, no Rio 202 comentários Apesar do crescimento econômico, que levou o país a ultrapassar o Reino Unido e consolidar o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o Brasil ainda é uma nação de desigualdades. Segundo relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina em distribuição de renda, ficando atrás somente de Guatemala, Honduras e Colômbia. O Brasil, no entanto, avançou no combate a desigualdades nas últimas décadas. De acordo com o estudo, o país era, em 1990, o número 1 do ranking das nações com pior distribuição de renda. De acordo com o levantamento “Estado das cidades da América Latina e do Caribe 2012 – Rumo a uma nova transição urbana”, divulgado nesta terça-feira (21), a América Latina é a região mais urbanizada do mundo. O relatório projeta que a taxa de população urbana chegará a 89% em 2050. O índice de urbanização brasileira foi o maior em toda a América Latina, entre 1970 e 2010. Hoje, 86,53% da população brasileira vivem em cidades. O rápido crescimento, no entanto, não significou o desenvolvimento das regiões urbanas do país, que sofrem com problemas de infraestrutura, moradia, transporte, poluição e segurança pública. Além disso, cinco cidades brasileiras estão entre as que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina: Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. O estudo destaca o forte crescimento do PIB brasileiro, de 1970 a 2009, deixando para trás o México e os países que formam o Cone Sul – Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai – e “cobrando relevância mundial”. Hoje, o PIB do país representa 32% do total do PIB da América Latina. Ainda assim, quando se analisa o PIB per capita, o Brasil ocupa uma modesta 13ª colocação, de pouco mais de US$ 4 mil por ano, abaixo da média latino-americana e dos países mais desenvolvidos da região, como México, Chile, Argentina e Uruguai, e até mesmo da Venezuela, que tem a economia muito dependente do petróleo. O Brasil ainda perde para a maioria dos vizinhos na questão da pobreza. Pouco mais de 20% da população vivem em situação de pobreza ou indigência, percentual maior do que no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Peru. Costa Rica e Panamá também ficam a frente do Brasil, com menores percentuais na Entretanto, o número de pobres e indigentes no Brasil caiu pela metade em duas décadas: de 41%, em 1990, para 22% da população em 2009. Argentina e Uruguai também reduziram pela metade o número de pobres, que hoje são 9% da população, em ambos os países. Mas foi o Chile o grande campeão no combate à pobreza, com redução de 70% - de 39%, em 1990, para 12%, em 2009, referente a percentual da população pobre no país. De acordo com o pesquisador Erick Vittrup, oficial principal de assentamentos humanos da ONU-Habitat, hoje existem 124 milhões de pessoas pobres vivendo nas cidades, o que equivale a cerca de 25% da população total da América Latina. Destes, 111 milhões moram em favelas. saiba mais A ONU-Habitat considera como pobre quem vive com menos de US$ 2 por dia (cerca de R$ 4). “Se nada for feito para mudar esse panorama, em nível mundial, toda a população urbana de hoje, que corresponde a 3,5 bilhões de pessoas, vai morar em favelas, em 2050”, afirmou. Atualmente, 1 bilhão de pessoas vivem em favelas, em uma população global de 7 bilhões de pessoas. Veja o que o relatório fala sobre alguns indicadores brasileiros: Saneamento O estudo da ONU-Habitat mostra que o Brasil é apenas a 19ª nação da América Latina em atendimento de saneamento básico. De acordo com a pesquisa, pouco mais de 85% da população urbana têm saneamento em casa, sendo que as cidades intermediárias são as menos favorecidas neste quesito. Água Erick Vittrup ressalta que, apesar de quase a totalidade do território urbano brasileiro ser coberto por abastecimento de água encanada, ainda há muitos problemas de fornecimento em favelas e em áreas na periferia das cidades, onde o fornecimento sofre interrupções com alguma frequência. “A qualidade da água em muitas regiões também é ruim, pois existe uma cobertura precária de estações de tratamento”, disse. Favelas O Brasil é o 14ª país da América Latina, segundo o relatório, com mais pessoas vivendo em favelas. No país, 28% da população moram em comunidades com infraestrutura precária, a grande maioria em situação informal. O índice de moradores de favelas no Brasil é mais alto do que a média latino-americana, de 26%. Poluição O levantamento afirma que o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina, responsável pela emissão de 23% gases que provocam o efeito estufa na região. O percentual é igual às emissões de todos os países do Caribe somados aos quatro países do Cone Sul. O Brasil só perde para o México, que é responsável pela emissão de 30% dos gases poluidores na região. De acordo com a pesquisa, 77% do gás carbônico emitido na cidade de São Paulo são originados de veículos de transporte individual, como carros de passeio, caminhonetes, picapes e motos – o percentual mais alto do Brasil. Transportes São Paulo também é citada no estudo como uma das cidades brasileiras que mais sofrem com o trânsito. Segundo o relatório, cada ocupante de um automóvel produz, em quantidade de horas, 11 vezes mais congestionamento do que o passageiro de um ônibus. Ainda de acordo com o estudo, os engarrafamentos na capital paulista ocasionam um custo adicional de operação de 15,8% para os transportes públicos. Violência e feminicídio O relatório afirma que a violência e a delinquência são consideradas, de acordo com pesquisas de opinião, as principais preocupações dos cidadãos latino-americanos. A Taxa de Homicídios anual da Região é a mais elevada do mundo, com mais de 20 mortes por cada 100 mil habitantes. “O Rio de Janeiro já esteve no top 10 das cidades mais violentas. Agora, as cidades mais inseguras se encontram na Guatemala e no México. Mas o Brasil ainda tem cidades muito violentas”, afirma Erick Vittrup. O estudo ainda afirma que o Brasil é um dos países com a mais alta taxa de feminicídio - todos os assassinatos de mulheres relacionados à violência de gênero - do mundo, ficando na 11ª colocação na América Latina. Futuro promissor à vista O levantamento da ONU-Habitat ressalta que, apesar dos problemas e desafios para desenvolver as cidades, o Brasil e a América Latina estão prestes a viver um novo ciclo de transição urbana, que tem como objetivo garantir a “melhora fundamental da qualidade de vida nas cidades”, com igualdade e sustentabilidade. O estudo ainda afirma que “um dos casos mais famosos e exitosos” da América Latina com relação à regulamentação da administração pública das cidades é a Lei de Responsabilidade Fiscal, promulgada no Brasil em 2000. A lei impõe um controle na capacidade de endividamento e equilíbrio nas contas públicas, e proíbe a acumulação de déficits de um período de governo para outro. Para Erick Vittrup, as principais soluções para as cidades consistem em promover políticas de harmonização e coesão territorial, acelerar o ritmo das reformas urbanas e investir mais esforços no monitoramento das cidades. Para ele, existe experiência, capacidade, recursos e consciência política para melhorar a qualidade de vida nas cidades. “O principal desafio é como desenvolver instrumentos para combater as desigualdades enormes dentro das cidades”, finaliza.

Brasil, Santa Catarina e Jaragua do Sul


Brasil geografia física e aspectos político-econômicos e sociais

Quinto maior país em área, ocupa cerca de 47% da América do Sul. Apresenta grande variedade vegetal mas pouca variação climática, devido à maior parte de seu território estar na zona intertropical.

ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS
Relevo: é antigo e apresenta altitudes modestas. Por se encontrar no meio da placa tectônica Sul-Americana, longe das regiões de encontro de placas, não possui dobramentos modernos em seu território (por isso as altitudes são baixas). Também não possui vulcões nem abalos sísmicos. Bacias sedimentares (como a do rio Amazonas) cobrem cerca de 58% do território.
Há também, em 36% do Brasil, escudos cristalinos - estruturas marcadas pela ocorrência de grandes jazidas de minerais metálicos, como a de Serra de Carajás, e de um relevo aplainado, como os marres de morros do Sudeste e os chapadões no Nordeste. No restante do território, aparecem os derramamentos basálticos, áreas que sofrem vulcanismo e foram cobertas por material magmático que se decompôs e deu origem à fértil terra roxa.
Clima: de forma geral é quente e úmido, com exceção do sul (sub-tropical, menos úmido e mais frio). As regiões próximas à linha do Equador registram variações do clima equatorial (como o úmido e o super-úmido). Nas regiões restantes, há variações de clima tropical - como o tropical de altitude, o tropical típico e o tropical continental.
Recursos naturais: grandes formações vegetais, como a floresta amazônica, propiciam grande variedade de produtos a explorar para diversos fins: da madeira aos frutos, da alimentação familiar à indústria cosmética e médica. Recursos minerais também são numerosos e muito importantes economicamente, com destaque para o petróleo, ferro, manganês e água, tendo o Brasil as maiores reservas desses produtos.
ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E HUMANOS

População: com 190 milhões de habitantes, o Brasil tem a quinta maior população do mundo, mas apresenta baixas densidades populacionais - devido à grande extensão do seu território. Os brasileiros se concentram ao longo do litoral, principalmente na zona da mata nordestina e na região sudeste. A partir da década de 1940, houve intensa migração para as cidades, gerando crescimento urbano (hoje, a maior parte da população é urbana) e diminuição das taxas de natalidade e de mortalidade. A maior parte da população é jovem ou adulta, caminhando para o envelhecimento.
Economia: maior economia da America Latina e uma das dez maiores no mundo. Grande exportador de produtos agropecuários e minerais, os setores primário e secundário geram a maior parte das riquezas, mas o terciário é o que mais emprega. No setor primário destacam-se a produção de soja, laranja, cana-de-açúcar e gado. No setor secundário, chama atenção a produção automotiva, aeronáutica e têxtil, além da indústria extrativista mineral (com petróleo, ferro, manganês e alumínio). O setor terciário apresenta grande informalidade, pois a modernização dos outros setores criou contingente de desempregados que não totalmente absorvidos pelo setor de serviços.Política: o Brasil é uma república federativa presidencialista com separação entre os três poderes (executivo, legislativo e judiciário). O mandato presidencial tem quatro anos, com possibilidade de reeleição. Desde 1988, o país segue a mesma constituição, sua lei máxima, cujo cumprimento é assegurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) assegurar seu cumprimento.

Reservas minerais

Petróleo
A plataforma continental brasileira é rica em jazidas de petróleo. Dela são extraídas 60% da produção nacional. As reservas de petróleo do país somam 2.816 milhões de barris2.
O petróleo começou a ser explorado no Brasil em 1953. Atualmente, a produção é quase toda consumida internamente, exportando-se apenas uma pequena porção já refinada. Apesar do surgimento de novos poços e do contínuo aumento da produção, o petróleo explorado no Brasil não é suficiente para atender às necessidades do país.
Existem 5.511 poços de petróleo em produção no país, sendo 4.872 terrestres e 639 marítimos. A maior parte da produção vem da Bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, descoberta em 1974. Utilizando tecnologia nacional de exploração em águas profundas, a produção da Bacia de Campos alcança 52.600 m3 (330 mil) barris por dia.
Na região do Recôncavo Baiano, estado da Bahia, o petróleo vem sendo explorado há mais tempo, tendo já sido produzidos naquela área mais de um bilhão de barris do produto. O campo de Água Grande é o que mais produziu até hoje no país, com um total de 42,9 milhões de m3 (274 milhões de barris) de petróleo extraídos do solo.
Minerais metálicos
Entre os principais minerais encontrados no Brasil estão a bauxita, o alumínio, o cobre, a cassiterita, o ferro, o manganês, o ouro e a prata. Na região Norte do país são encontrados ferro, ouro, diamantes, cassiterita, estanho e manganês. Também existem ferro e manganês em grande quantidade no estado de Minas Gerais.


Relevo

As chuvas tropicais são as principais responsáveis pelas alterações de relevo no território brasileiro. Uma vez que o Brasil não apresenta falhas geológicas na crosta terrestre de seu território, os tremores de terra que ocasionalmente ocorrem no país são resultado de abalos sísmicos em pontos distantes.
Os planaltos são predominantes no relevo brasileiro. As regiões entre 201 e 1.200 m acima do nível do mar correspondem a 4.976.145 km2, ou 58,46% do território. Existem dois planaltos predominantes no Brasil: o Planalto das Guianas e o Planalto Brasileiro. As regiões acima de 1.200 m de altura representam apenas 0,54% da superfície do país, ou 42.267 km2. As planícies Amazônica, do Pantanal, do Pampa e Costeira ocupam os restantes 41% do território. Predominam no Brasil as altitudes modestas, sendo que 93% do território está a menos de 900 m de altitude.
Planalto das Guianas - Ocupa o norte do país e nele se encontram os dois pontos mais elevados do território brasileiro, localizados na serra Imeri: os picos da Neblina (3.014 m) e 31 de março (2.992 m).
Planalto Brasileiro - Devido à sua extensão e diversidade de características, o Planalto Brasileiro é subdividido em três partes: o planalto Atlântico, que ocupa o litoral de nordeste a sul, com chapadas e serras; o planalto Central, que ocupa a região Centro-Oeste e é formado por planaltos sedimentares e planaltos cristalinos bastante antigos e desgastados; e o planalto Meridional, que predomina nas regiões Sudeste e Sul e extremidade sul do Centro-Oeste, formado por terrenos sedimentares recobertos parcialmente por derrames de lavas basálticas, que proporcionaram a formação do solo fértil da chamada terra roxa.
Planície Amazônica - Estende-se pela bacia sedimentar situada entre os planaltos das Guianas ao norte e o Brasileiro ao sul, a cordilheira dos Andes a oeste e o oceano Atlântico a nordeste. Divide-se em três partes: várzeas, que são as áreas localizadas ao longo dos rios, permanecendo inundadas por grande parte do ano; tesos, regiões mais altas, inundáveis apenas na época das cheias; e firmes, terrenos mais antigos e elevados, que se encontram fora do alcance das cheias.
Planície do Pantanal - Ocupa a depressão onde corre o rio Paraguai e seus afluentes, na região próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai. Nela ocorrem grandes enchentes na época das chuvas, transformando a região num grande lago.
Planície do Pampa - Também denominada Gaúcha, ocupa a região sul do estado do Rio Grande do Sul e apresenta terrenos ondulados, conhecidos como coxilhas.
Planície Costeira - Estende-se pelo litoral, desde o estado do Maranhão na região Nordeste, até o estado do Rio Grande do Sul, numa faixa de largura irregular. Em alguns trechos da região Sudeste os planaltos chegam até a costa, formando um relevo original, as chamadas falésias ou costões.

Clima

Uma vez que a maior parte do país encontra-se em zona intertropical, com predomínio de baixas altitudes, verificam-se no Brasil, variedades climáticas quentes, com médias superiores a 20º. São seis os tipos de variação climática encontrados em toda a extensão do território brasileiro: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical atlântico, semi-árido e subtropical. Cada tipo de clima corresponde a uma paisagem vegetal característica, com suas espécies típicas.
Clima Equatorial - Caracteriza-se por temperaturas médias entre 24º e 26ºC e chuvas abundantes (mais de 2.500 mm/ano). É o tipo de clima encontrado em toda a região da Amazônia Legal, com cerca de 5 milhões de km2. A vegetação típica dessa região é a floresta equatorial.
Clima Tropical - Apresenta inverno quente e seco e verão quente e chuvoso. É o clima encontrado em extensas áreas do planalto Central e nas regiões Nordeste e Sudeste. As temperaturas médias são superiores a 20ºC, com amplitude térmica anual de até 7º e precipitações de 1.000 a 1.500 mm/ano. A vegetação típica da região onde se encontra esse tipo de clima é o cerrado, com gramíneas e arbustos retorcidos, de casca grossa, folhas cobertas por pelos e raízes profundas. Embora tenha água em abundância no subsolo, o solo do cerrado é ácido e pouco fértil, com alto teor de alumínio. Com duas estações bem definidas - uma seca e outra chuvosa - na estação seca parte das árvores perde as folhas para buscar água no subsolo.
Na região de clima tropical podem ainda ser encontradas matas de galerias (ciliares) nos vales ao longo dos cursos dos rios.
Também é dominada por clima tropical a região conhecida como Complexo do Pantanal que, em conseqüência da alternância entre a época das cheias e de seca, possui vegetação diversificada, composta por espécies típicas de florestas, cerrado, campos e caatinga.
Clima Tropical de Altitude - Caracteriza-se por temperaturas médias anuais entre 18º e 22º, com amplitudes térmicas anuais de 7º a 9º e precipitações entre 1.000 e 1.500 mm/ano. O verão apresenta chuvas mais intensas, enquanto no inverno as massas frias podem ocasionar geadas. É o clima encontrado nas partes altas do planalto Atlântico do sudeste, estendendo-se para a região Sul, até o norte do estado do Paraná e sul do estado de Mato Grosso do Sul. A vegetação original dessas regiões é a mata tropical, densa, fechada e variada, porém não tão rica quanto a vegetação encontrada na floresta Amazônica.
Clima Tropical Atlântico - É encontrado em toda a faixa litorânea, desde o estado do Rio Grande do Norte ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por temperaturas médias entre 18º e 26º, com amplitudes térmicas crescentes à medida que se caminha em direção ao sul. As chuvas são abundantes, superando 1.200 mm/ano, mas têm distribuição desigual. No litoral do Nordeste concentram-se no outono e inverno, enquanto em direção ao sul são mais constantes no verão. A vegetação típica dessa faixa de território é a mata atlântica tropical, bastante devastada desde o período colonial.
Clima Semi-árido - Predomina na região do sertão nordestino e no vale do rio São Francisco, também localizado na região Nordeste. É caracterizado por temperaturas médias elevadas, de cerca de 27ºC, com variações anuais em torno de 5º. As precipitações são baixas e irregulares, chegando a apenas 800 mm/ano. A vegetação característica dessa região é a caatinga, formada por bosques de arbustos espinhosos e cactos. Na zona de transição entre a floresta amazônica e a caatinga encontra-se um tipo de vegetação chamada mata dos cocais, formada por vários tipos de palmeiras como o babaçu. a carnaúba e o buriti das quais são extraídas matérias-primas para a produção de óleos, construção de casas e fabricação de ceras e tecidos.
Clima Subtropical - É o clima predominante na Zona Temperada ao sul do Trópico de Capricórnio, caracterizando-se por temperaturas médias abaixo de 20º e variações anuais entre 9º e 13º. Nas áreas de maior altitude o verão é suave e o inverno rigoroso, com nevascas ocasionais. As precipitações são abundantes, chegando a 1.500 e 2.000 mm/ano. O tipo de vegetação encontrado nas regiões de clima subtropical varia de acordo com a altitude. Nas regiões mais elevadas encontram-se as araucárias ou pinhais. Nas planícies predominam as gramíneas.

Vegetação

A vegetação que forma a floresta amazônica divide-se em três tipos: as matas de terra firme; as matas de igapó; e as matas de várzea. Nas matas de terra firme encontram-se as árvores mais altas, como a castanheira-do-pará e o o caucho (de onde se extrai o látex), que podem alcançar 60 a 65 metros de altura. Em certos locais as copas dessas árvores se juntam e barram a passagem da luz, tornando o interior da floresta escuro, mal ventilado e úmido. As matas de igapó são encontradas nos terrenos mais baixos, próximos aos rios e permanentemente alagados. Nessas regiões as árvores podem alcançar 20 metros de altura mas, em sua maioria, têm 2 a 3 metros. Sua ramificação é baixa e densa, de difícil penetração. A vitória-régia é o exemplo mais famoso deste tipo de vegetação de várzea da floresta Amazônica. As matas de várzea são encontradas em meio às matas de terra firme e de igapó. Sua composição varia de acordo com a maior ou menor proximidade dos rios, mas é comum encontrar-se na região das matas de várzea, árvores de grande porte como a seringueira, palmeiras e o jatobá.
Mangues
São comuns nas áreas litorâneas, mais sujeitas às marés e à água salobra, especialmente nas desembocaduras dos rios que deságuam no oceano Atlântico. Suas espécies típicas são os vegetais com raízes aéreas, que possuem alto teor de sais. Os solos onde se desenvolve esse tipo de plantas são alagados, movediços e pouco arejados.

Bacias Hidrográficas

A região coberta por água doce no interior do Brasil ocupa 55.457 km2 , o que equivale a 1,66% da superfície do planeta. O clima úmido do país propicia uma rede hidrográfica numerosa e formada por rios de grande volume de água, todos desaguando no mar. Com exceção das nascentes do rio Amazonas, que recebem águas provenientes do derretimento das neves e de geleiras, a origem das águas dos rios brasileiros encontra-se nas chuvas. A maioria dos rios é perene, ou seja, não se extingue na estação de seca. Apenas no sertão nordestino, região semi-árida, existem rios temporários.
As bacias dos rios brasileiros se formam a partir de três grandes divisores: o planalto Brasileiro, o planalto das Guianas e a cordilheira dos Andes. De acordo com a forma de relevo que atravessam, as bacias hidrográficas podem ser divididas em dois tipos: as planálticas, que permitem aproveitamento hidrelétrico, e as de planície, de correnteza fraca, utilizadas para navegação. São quatro as principais bacias hidrográficas brasileiras: Amazônica, Prata ou Platina; São Francisco e Tocantins.
Bacia Amazônica - É a de maior superfície de água do mundo (3.889.489,6 km2). O rio Amazonas, com 6.515 km de extensão, tem mais de sete mil afluentes, sendo o segundo do planeta em comprimento e o primeiro em vazão de água (100 mil m3 por segundo). Nasce no planalto de La Raya, no Peru, com o nome de Vilcanota, e ao longo de seu percurso recebe ainda os nomes de Ucaiali, Urubanda e Marañon. Já em território brasileiro recebe primeiramente o nome de Solimões, para, a partir da confluência com o rio Negro, próximo à cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, vir a ser chamado de rio Amazonas. Embora seja uma bacia de planície, com 23 mil km navegáveis, a bacia Amazônica possui também grande potencial hidrelétrico.
Bacia do Prata - Espalha-se por uma área de 1.393.115,6 km2 e é formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, que nascem no Brasil e vão posteriormente formar o rio da Prata na divisa da Argentina com o Uruguai. O rio Paraná tem o maior potencial hidrelétrico do país, o que propiciou a construção da usina de Itaipu na fronteira com o Paraguai. O rio Uruguai também possui potencial hidrelétrico em seu curso. Já o rio Paraguai, que atravessa a planície do Pantanal, é muito utilizado para navegação.
Bacia do São Francisco - Ocupa área de 645.876,6 km2 e seu principal rio, o São Francisco, é a única fonte de água da região semi-árida do Nordeste brasileiro. Com potencial hidrelétrico razoável, possui importante usina no estado da Bahia, chamada Paulo Afonso. Apesar de ser um rio de Planalto, tem 2 mil km navegáveis entre as cidades de Pirapora no estado de Minas Gerais e Juazeiro no estado da Bahia.
Bacia do Tocantins - É a maior bacia em território brasileiro, com 808.150,1 km2. Seu principal rio é o Tocantins, que nasce no estado de Goiás e deságua na foz do rio Amazonas, no estado do Pará. Aproveitando seu potencial hidrelétrico, nele se encontra a usina de Tucuruí, localizada no estado do Pará.

Ilhas

Existem cinco grupos de ilhas distantes da costa em território brasileiro, que apresentam paisagem deslumbrante e fauna muito rica: Penedos de São Pedro e São Paulo, Atol das Rocas, Fernando de Noronha, Abrolhos, Trindade e Martim Vaz.
Penedos de São Pedro e São Paulo - Localizadas a cerca de 900 km a nordeste do estado do Rio Grande do Norte, constituem rochedos em forma de meia-lua, cobertos de guano (fezes de aves marinhas) e cercados de perigosos recifes.
Atol das Rocas - É uma pequena ilha formada por corais, de difícil acesso devido à grande quantidade de recifes, situada a 240 km a nordeste do estado do Rio Grande do Norte. Nesta ilha foi criada, em 1979, a primeira reserva biológica do país.
Fernando de Noronha - Arquipélago de 18,4 km2 , formado por 19 ilhas encontra-se localizado a 345 km a leste do estado do Rio Grande do Norte. Em 1988, foi transformado em Parque Nacional Marinho e anexado ao estado de Pernambuco.
Abrolhos - Encontra-se a 80 km da costa sul do estado da Bahia, em área onde se verifica intenso movimento de navegação marítima. O arquipélago é formado por cinco ilhotas de coral e possui um farol construído em 1861, além de uma população de cerca de 15 pessoas.
Trindade e Martim Vaz - Localizadas a 1.100 km da costa na altura da cidade de Vitória, capital do estado do Espírito Santo, na região Sudeste, essas ilhas pertencem ao Brasil desde 1897 e, por estarem situadas na área anticiclone do Atlântico Sul, são utilizadas como base da marinha brasileira e estação metereológica.
A riqueza e a diversidade dos recursos naturais brasileiros e de seus acidentes geográficos têm sido objeto de estudo e observação por parte de cientistas, acadêmicos, órgãos governamentais ligados ao meio ambiente, tanto no Brasil como no exterior, ou simplesmente pessoas interessadas em conhecer melhor a natureza e desfrutar do que ela tem a oferecer. Existe grande empenho do governo brasileiro no sentido de preservar e divulgar esse potencial de riqueza natural e diversidade ecológica encontrada em seu território, que propicia diferentes opções tanto para interesses ligados ao investimento econômico, como para o desfrute do ponto de vista turístico e ecológico.


A Geografia Humana do Brasil tem por objetivo analisar as características da população brasileira, a diversidade étnica e cultural, os aspectos socioeconômicos, o quantitativo e a distribuição populacional, a divisão regional, entre outros temas relacionados. Para entendermos a atual estrutura da população brasileira, é importante uma abordagem histórica da ocupação do país e a formação da identidade nacional. 

O Brasil é considerado um dos países de maior diversidade étnica do mundo, sua população apresenta características dos colonizadores europeus (brancos), dos negros (africanos) e dos indígenas (população nativa), além de elementos dos imigrantes asiáticos. A construção da identidade brasileira levou séculos para se formar, sendo fruto da miscigenação (interação entre diferentes etnias) entre os povos que aqui vivem. 

Além de miscigenado, o Brasil é um país populoso. De acordo com dados do último Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do país é de 190.755.799 habitantes. Essa quantidade faz do Brasil o quinto mais populoso do mundo, atrás da China, Índia, Estados Unidos da América (EUA) e Indonésia, respectivamente. 

Apesar de populoso, o Brasil é um país pouco povoado, pois a densidade demográfica (população relativa) é de apenas 22,4 habitantes por quilômetro quadrado. Outro fato que merece ser destacado é a distribuição desigual da população no território nacional. Um exemplo desse processo é a comparação entre o contingente populacional do estado de São Paulo (41,2 milhões) com o da região Centro-Oeste (14 milhões). 

O território brasileiro é dividido em cinco Regiões (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul), que somadas apresentam 26 estados e 1 Distrito Federal. As Regiões brasileiras são estabelecidas pelo IBGE, cujo critério utilizado é agrupar em um mesmo complexo regional estados com semelhanças nos aspectos físicos, sociais, econômicos e culturais. Tal medida visa facilitar o desenvolvimento de políticas públicas no país. 


O Brasil possui atualmente uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2012). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização. Informações, índices e dados da economia brasileira
Moeda: Real (símbolo R$)PIB de 2012 (Produto Interno Bruto): R$ 4,403 trilhões ou US$ 2,223 trilhões* taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,98 (em 01/03/2013)Renda per Capita de 2012 (PIB per capita): R$ 22.400 ou US$ 11.303 * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,98 (em 01/03/2012)Coeficiente de Gini: 49,3 (2008) altoEvolução do PIB nos últimos anos: 2,7% (2002); 1,1% (2003); 5,7% (2004); 3,2% (2005); 4% (2006); 6,1% (2007); 5,2% (2008); - 0,3% (2009); 7,5% (2010); 2,7% (2011); 0,9% (2012).Crescimento do PIB no 1º trimestre de 2013: 0,6% (entre janeiro e março) em relação ao 4º trimestre de 2012. Em relação ao 1º trimestre de 2012, cresceu 1,9%.Taxa de investimentos: 18,7% do PIB (3º trimestre de 2012)Taxa de poupança: 15,6% do PIB (3º trimestre de 2012)Força de trabalho: 104 milhões (estimativa 2011)Inflação: 5,84% (IPCA de 2012)Taxa de desemprego: 6% da população economicamente ativa (em junho de 2013) e 5,5% (taxa média anual de 2012)Taxa básica de Juros do Banco Central (SELIC): 8% ao ano (30 de maio de 2013)Salário Mínimo Nacional: R$ 678,00 (a partir de 1º de janeiro de 2013)Dívida Externa: US$ 318 bilhões (US$ 83 bilhões do setor público e US$ 235 bilhões do setor privado) - dados relativos a março de 2013.Comércio Exterior:
Exportações: US$ 242,58 bilhões (2012)Importações: US$ 223,14 bilhões (2012)Saldo da balança comercial (2012): US$ 19,43 bilhões (superávit) - Queda em relação ao ano de 2011: 34,75%Países que o Brasil mais importou (2012): Estados Unidos , China, Argentina e AlemanhaPaíses que o Brasil mais exportou (2012): China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e JapãoPrincipais produtos exportados pelo Brasil (2012): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de frango.Principais produtos importados pelo Brasil (2012): petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos combustíveis; gás natural, equipamentos elétricos e motores para aviação.Organizações comerciais que o Brasil pertence: Mercosul, Unasul e OMC (Organização Mundial de Comércio)Tipos de energia consumida no Brasil (dados de 2010):

- Petróleo e derivados: 37,7%
- Hidráulica: 14,1%
- Gás natural: 10,3%
- Carvão Mineral: 5,2%
- Biomassa: 21,2%
- Lenha: 9,5%
- Nuclear: 1,4%
- Eólica: 0,5%Principais produtos agrícolas produzidos: café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate.Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suínaPrincipais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho.Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aéreos e alimentação.Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrônicos e produtos de papel e celulose.
Fontes: IBGE, Ministério de Minas e Energias, Banco Mundial, CIA The World Factbook.



DADOS GERAIS SANTA CATARINA:

Capital: Florianópolis
Região: Sul
Sigla: SC
Gentílico: catarinense
População: 6.249.682 (Censo 2010)
Área (em km²): 95.346,181
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 65,54
Quantidade de municípios: 293
DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Produto Interno Bruto (PIB)*: R$ 129,8 bilhões (2009)
Renda Per Capita*: R$ 21.215 (2009)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,840 (2005)
Principais Atividades Econômicas: agricultura, pecuária, indústria e extrativismo e turismo.
Mortalidade Infantil (antes de completar 1 ano): 15 por mil (em 2009)
Analfabetismo: 4,2% (2010)
Espectativa de vida (anos): 74,8 (2000)

PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

- Balneário de Camboriú
- Praias de Florianópolis
- Museu Histórico
- Museu Etnográfico
- Casa de Vitor Meireles
- Museu de Arte Moderna
- Museu do Índio
- Ponte Hercílio Luz
- Museu do Homem do Sambaqui (Florianópolis)
- Catedral de Lages

GEOGRAFIA

Etnias: brancos (88,1%), negros (2,7%), pardos (9%), indígenas e amarelos (0,2%)
Rios importantes: Uruguai, Canoas, Pelotas e Negro..
Principais cidades: Florianópolis, Joinville, Blumenau, São José, Criciúma, Lages, Itajaí, Chapecó e Jaraguá do Sul.
Clima: subtropical
Informações sobre a Geografia de Santa Catarina

Localização Geográfica: região sul do Brasil

Coordenadas Geográficas: entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00" de longitude Oeste

Limites geográficos: Paraná (norte), Rio Grande do Sul (sul), Oceano Atlântico (leste); Argentina (oeste)

Área: 95.346,181 km²

Fronteiras com os seguintes estados: Paraná e Rio Grande do Sul.

Clima: subtropical

Relevo: presença de ilhas, terrenos baixos e enseadas na região litorânea; planalto nas regiões leste e oeste; depressão na região central.

Vegetação: mangues na região litorânea; Mata dos Pinhais (mata de araucárias) na região central; faixas de florestas nas regiões oeste e leste; campos na região sudeste.

Ponto mais alto: Morro da Boa Vista com 1.827 metros de altura (localizado na Serra da Anta Gorda)

Cidades mais populosas: Joinville, Florianópolis, Blumenau e São José.

Principais recursos naturais: carvão mineral, fluorita, bauxita e sílex.

Principais rios: rio Canoas, rio do Peixe e rio Itajaí-Açu

Principais problemas ambientais: desmatamento e poluição atmosféria nas grandes cidades.

Hino de Santa Catarina
Música: José Brazilício de Souza
Letra: Horácio Nunes Pires

Sagremos num hino de estrelas e flores
Num canto sublime de glórias e luz.
As festas que os livres frementes de ardores
Celebram nas terras gigantes da Cruz!

Quebram-se férreas cadeias,
Rojam algemas no chão;
Do povo nas epopéias
Fulge a luz da redenção!

No céu peregrino da Pátria gigante,
Que é berço de glórias e berço de heróis,
Levanta-se em ondas de luz deslumbrante,
O Sol, Liberdade cercada de sóis!

Pela força do Direito
Pela força da Razão
Cai por terra o preconceito
Levanta-se uma Nação!

Não mais diferenças de sangues e raças
Não mais regalias sem termo fatais,
A força está toda do povo nas massas,
Irmão somos todos e todos iguais!

Da Liberdade adorada,
No deslumbrante clarão
Banha o povo a fronte ousada
E vigora o coração!

O povo que é grande mas não vingativo
Que nunca a justiça e o Direito calou,
Com flores e destas deu vida ao cativo
Com festas e flores o trono esmagou!

Quebrou-se algema do escravo
E nesta grande Nação
É cada homem um bravo
Cada bravo um cidadão!
A BANDEIRA DE SANTA CATARINA

Adoção

A bandeira do estado de Santa Catarina foi reestabelecida em 29 de outubro de 1953, através da lei estadual nº 975.

Composição

A bandeira catarinense possui formato retangular (proporção 8:11) é composta por três faixas horizontais de igual largura, sendo a superior e a inferior na cor vermelha e a central na cor branca. No centro da bandeira fica um losango verde claro (cor da padroeira do estado, Santa Catarina de Alexandria). O centro do losango contém o brasão de armas do estado de Santa Catarina.

SC é o menor Estado em território do Sul do País

A diversidade geográfica e humana de Santa Catarina é surpreendente para um território de apenas 95,4 mil km², o menor Estado do Sul do Brasil. Uma viagem de poucas horas de carro é suficiente para experimentar mudanças radicais no clima, na paisagem, nos sotaques e culturas. O Estado é dividido em oito principais regiões: Litoral, Nordeste, Planalto Norte, Vale do Itajaí, Planalto Serrano, Sul, Meio-Oeste e Oeste.
Santa Catarina fica no centro geográfico das regiões de maior desempenho econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica no Mercosul. O Estado faz fronteira com o Paraná (ao Norte), Rio Grande do Sul (ao Sul), Oceano Atlântico (Leste) e Argentina (Oeste). O horário é o de Brasilía (DF). Uma vez por ano - geralmente entre outubro e fevereiro - adota-se o horário de verão, quando os relógios são adiantados uma hora para poupar energia.

O clima subtropical úmido, predominante em SC, proporciona temperaturas agradáveis, que variam de 13 a 25° C, com chuvas distribuídas durante todo o ano. Ao contrário da maior parte do território brasileiro, aqui as quatro estações são bem definidas. Os verões são quentes e ensolarados. E no inverno, a região do Planalto Serrano, com altitudes que atingem 1.820 metros, é onde há a maior ocorrência de neve no Brasil. A vegetação é variada, sendo encontrados mangues, restingas, praias, dunas e Mata Atlântica.

O Estado tem 295 municípios e a Capital é Florianópolis. Entre as maiores cidades, destacam-se Joinville, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú, Chapecó, Criciúma, Lages e Jaraguá do Sul.

curiosidades sobre o Estado

Com a descoberta das ricas terras do Brasil, Santa Catarina logo entrou na rota dos navegadores europeus. A primeira expedição significativa a chegar a Santa Catarina foi a do português Juan Dias Solis, em 1515. O litoral catarinense era habitado por índios carijós, do grupo tupi-guarani. O navegador deu o nome de “Baía dos perdidos” às águas entre a Ilha de Santa Catarina e o continente por conta do naufrágio de uma embarcação no local.

O italiano Sebastião Caboto, a serviço da Espanha, chega com sua expedição em 1526 e, ao publicar seus mapas referentes à região, denominava a Ilha de Santa Catarina de "Porto dos Patos". O nome de Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro, de 1529. Há divergências quanto ao responsável pela denominação de Santa Catarina: alguns autores atribuem a Sebastião Caboto, em homenagem à sua esposa, Catarina Medrano; outros defendem que tenha sido em homenagem a Santa Catarina de Alexandria, festejada pela igreja católica em 25 de novembro.

O Estado começou a ser realmente povoado em 1637, com a chegada dos bandeirantes, que iniciaram a ocupação da futura capital, Nossa Senhora do Desterro, mais tarde nomeada de Florianópolis. Em 1660, foi fundada a vila de Nossa Senhora da Graça, hoje São Francisco do Sul. Em 1714, era criado o segundo município de Santa Catarina, chamado de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, conhecido hoje como Laguna.

Em 1739, Santa Catarina passou a ser o posto português mais avançado da América do Sul, o que ambicionou os espanhóis que decidiram invadir a ilha, em 1777. Os espanhóis expulsaram tropas e autoridades para o continente, sendo a ilha devolvida para Portugal após o Tratado de Santo Idelfonso naquele mesmo ano.

Os imigrantes alemães chegaram na região em 1829 e os italianos em 1877, onde instalaram diversas colônias. A primeira colônia européia em Santa Catarina foi instalada em São Pedro de Alcântara em 1829. Eram 523 colonos católicos vindos de Bremem, Alemanha. A colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí, foi fundada em 1850 por Hermann Blumenau.

Em 1839, aconteceu a Revolução Farroupilha, que tinha como principal objetivo transformar Santa Catarina em uma República, separada do restante do país. Os farrapos tomaram a cidade de Laguna nomeando-a cidade Juliana de Laguna, onde foi instalado o Governo da República Farroupilha. Em 1845, os farrapos foram derrotados. O Estado também esteve envolvido na Guerra do Contestado, que aconteceu no ano de 1912 e durou até 1916.
Povoação / Origens
Desde que a esquadra comandada pelo português Pedro Álvares Cabra I chegou ao Brasil, em 1500, o território catarinense passou a ser visitado por navegadores e aventureiros de vários países da Europa - portugueses, espanhóis, franceses, holandeses. Alguns estavam apenas de passagem pelo litoral catarinense e outros decidiram ficar, convivendo com os amistosos índios que habitavam a nossa terra.

Só bem mais tarde, por volta de 1660, começaram a surgir os primeiros povoados no litoral de Santa Catarina. Foi quando o português Manuel Lourenço de Andrade estabeleceu a vila de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, atual cidade de São Francisco do Sul, no Norte do Estado. Em 1675, o bandeirante paulista Francisco Dias Velho iniciou a ocupação da Ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis. No ano seguinte, o também paulista Domingos de Brito Peixoto fundou Santo Antônio dos Anjos de Laguna, atual cidade de Laguna, no Sul do Estado. O primeiro núcleo de moradores fora do litoral só viria a surgir em 1775, com a fundação da Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lajes, atual cidade de Lages, no Planalto Serrano.
Colonização Europeia

Santa Catarina foi colonizada principalmente por açorianos, alemães e italianos. Os açorianos começaram a ser trazidos para a província por volta de 1750, com o objetivo de ocupar o território cobiçado pelos espanhóis. Em três anos, desembarcaram cerca de 6.500 deles. Os alemães viriam um pouco mais tarde, a partir de 1829, quando pouco mais de 500 pioneiros fundaram a colônia de São Pedro de Alcântara, na região da Grande Florianópolis. Já os italianos começaram a chegar a Santa Catarina em 1875, estabelecendo-se principalmente no Sul do Estado.
Invasão Espanhola

Em fevereiro de 1777, durante guerra entre Portugal e Espanha, a Ilha de Santa Catarina foi invadida pelos espanhóis, comandados pelo navegador Pedro de Zeballos. O sistema de defesa projetado pelos portugueses, que incluiu a construção de quatro fortalezas, não evitou a invasão. A posse da Ilha de Santa Catarina foi devolvida a Portugal no fim do mesmo ano, como resultado de um acordo assinado pelos dois países, o Tratado de Santo Ildefonso.
República Juliana

Em julho de 1839, Laguna, no Sul de Santa Catarina, foi ocupada por integrantes do movimento farroupilha, vindos do Rio Grande do Sul. Insatisfeitos com a falta de interesse do governo pelo Sul do país desde a Independência do Brasil, em 1822, esses revolucionários declararam Laguna a capital da República Juliana, nome inspirado no mês em que tal fato ocorreu.
Pelos planos dos líderes do movimento, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro, a República Juliana formaria uma confederação com a República Rio-grandense, que havia sido proclamada quatro anos antes no estado vizinho.
Mas o governo brasileiro retomou Laguna em novembro daquele mesmo ano de 1839, menos de quatro meses depois da proclamação da República Juliana. Os farroupilhas se preparavam para invadir Desterro, atual Florianópolis, quando foram surpreendidos pelo ataque de 13 navios e mais de 3 mil homens enviados pelo governo. No Rio Grande do Sul, o movimento persistiria até 1845.
Durante a permanência de Giuseppe Garibaldi em Laguna, o revolucionário conheceu Ana de Jesus Ribeiro, jovem nascida na cidade que se tornou sua esposa e passou a ser chamada Anita Garibaldi. Anita ficou conhecida como "Heroína de Dois Mundos" por ter acompanhado o marido não apenas nos combates no Brasil (tanto em Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul), mas também no Uruguai e na Itália, onde Giuseppe foi herói da Unificação Italiana, processo que levou regiões dominadas por outros países a formarem novamente a Itália.
O casal teve quatro filhos. Anita morreu em 1849, com apenas 28 anos, quando estava grávida do quinto filho, vitimada possivelmente por tifo ou malária. O nome de dois municípios catarinenses, Anita Garibaldi e Anitápolis, homenageiam essa mulher considerada um símbolo de coragem.
Guerra do Contestado
O Contestado foi uma revolta popular ocorrida entre 1912 e 1916 em uma parte do território catarinense disputada também pelo Paraná.
O principal motivo da revolta foi a concessão de terras pelo governo brasileiro a uma empresa dos Estados Unidos, a Brazil Railway Company. Em 1908, essa empresa foi incumbida de construir a estrada de ferro entre as cidades de São Paulo, capital do estado de mesmo nome, e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em troca, poderia explorar uma faixa de 30 quilômetros ao longo da ferrovia (15 quilômetros de cada lado).
O problema é que muitas famílias viviam nessas terras. Essas famílias foram desalojadas, mas, para amenizar a insatisfação decorrente disso, a empresa ofereceu trabalho na construção da ferrovia. A situação se manteve sob controle por algum tempo. Ao final da obra, contudo, os moradores se revoltaram por terem ficado sem as terras de onde obtinham sustento.
Nesse contexto surge, como líder espiritual da população insatisfeita, o monge José Maria. Um movimento começou a se organizar e o crescente número de adeptos preocupou o governo brasileiro, que enviou tropas para a região. Tropas paranaenses passaram também a combatê-lo.
O monge José Maria foi morto logo no primeiro conflito, em 1912, mas sua morte reforçou ainda mais a disposição para luta de seus milhares de seguidores. Eles passaram a realizar saques em fazendas da região, onde conseguiam comida e armas. Os conflitos se estenderam até 1916, quando foi capturado o último líder dos rebeldes, conhecido como Adeodato. Estima-se que pelo menos 10 mil pessoas tenham morrido ao longo dos quatro anos de conflito.
Indígenas
Eles já estavam aqui muito antes da chegada do homem branco, em 1500, e do desembarque posterior de milhares de açorianos, alemães e italianos, as principais correntes de imigrantes que colonizaram o nosso Estado nos séculos XVIII e XIX. Santa Catarina era habitada por três grandes grupos indígenas: os guaranis, os xokleng e os kaingang. Cerca de 10 mil de seus descendentes vivem hoje em quase 30 áreas indígenas espalhadas pelo Estado.
Açorianos
Os imigrantes oriundos do Arquipélago dos Açores começaram a chegar em grande número ao litoral catarinense no século XVIII, como parte do movimento de colonização planejado pela coroa portuguesa para ocupar o Sul do Brasil e desencorajar possíveis invasões. Atualmente, em cidades como Florianópolis, Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul, a influência dessa colonização pode ser encontrada na arquitetura, na culinária baseada em frutos do mar e em tradições como a pesca artesanal e a renda de bilro.
Alemães
Os alemães chegaram a Santa Catarina ao longo do século XIX, fundando colônias como São Pedro de Alcântara, Blumenau e Joinville. Logo se espalharam por toda a região Norte do Estado e pelo Vale do Itajaí, onde instalaram os primeiros teares daquele que viria a se transformar no principal pólo têxtil do país. Dedicaram-se a cuidar de suas pequenas propriedades e iniciaram negócios, alguns dos quais se desenvolveram a ponto de se tornarem importantes indústrias. Atualmente, os descendentes de alemães representam 35% da população do Estado.
Italianos

O último grande grupo de imigrantes a desembarcar em Santa Catarina e a contribuir fortemente para a formação da identidade catarinense foi o dos italianos, já às portas do século XX. Instalaram-se principalmente na região Sul, em cidades como Criciúma, Tubarão e Urussanga. Nessas cidades, a culinária e a arquitetura típicas podem ser apreciadas pelos visitantes. Atualmente, 45% dos catarinenses descendem de imigrantes italianos.
Outros Imigrantes
Em diferentes regiões do Estado é possível encontrar ainda descendentes de africanos, poloneses, russos, ucranianos, japoneses, austríacos, noruegueses, húngaros, sírios, libaneses, gregos, enfim, dezenas de ingredientes do grande caldeirão cultural que é a população de Santa Catarina. Não se pode esquecer também da influência dos tropeiros gaúchos e paulistas que atravessavam o Estado para transportar mulas para Minas Gerais.
Santa Catarina continua atraindo gente de todos os cantos do Brasil e do mundo. Dos moradores atuais, 15% não nasceram no Estado, um contingente de quase 900 mil pessoas que deixaram seus estados e países para viver em Santa Catarina. São pessoas que chegam em busca de boas oportunidades de estudo, trabalho ou, simplesmente, se encantam com a nossa terra e decidem ficar.


Diversidade
Os casarões portugueses do Litoral, a arquitetura em estilo enxaimel no Vale do Itajaí e no Norte do Estado e as tradições italianas ainda fortes no Oeste são exemplos concretos da diversidade cultural catarinense, hoje enriquecida com a soma de novos sotaques e costumes daqueles que escolheram Santa Catarina para viver. Para proteger essa riqueza, o circuito cultural catarinense é composto por dezenas de conjuntos arquitetônicos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ou pelo Estado e pelos municípios. Além do patrimônio arquitetônico e artístico, há também os acervos nos museus.

Há conjuntos históricos que representam outras etnias europeias que também participaram, em menor escala, da colonização do Estado. A cidade de Treze Tílias, no Meio-Oeste, foi fundada por imigrantes austríacos vindos da região do Tirol e parece uma vila típica saída dos Alpes. Outros dois grupos étnicos com contribuições arquitetônicas que merecem destaque são os poloneses e os ucranianos.

Com a função de resgate dessa rica história, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) administra ainda a Casa da Alfândega e o Museu Histórico de Santa Catarina (em Florianópolis), o Museu Etnográfico Casa dos Açores (em Biguaçu), o Museu Casa de Campo Governador Hercílio Luz (em Rancho Queimado) e o Museu Nacional do Mar (em São Francisco do Sul).

Mas há espaços, também, para a promoção das novas expressões culturais catarinenses. Para isso, a FCC tem sob sua responsabilidade o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o Teatro Governador Pedro Ivo e o complexo cultural do Centro Integrado de Cultura (CIC), todos na Capital.

Outra frente de divulgação da cultura catarinense são eventos consagrados no Estado, como o Circuito das Festas de Outubro, liderado pela Oktoberfest, de Blumenau; o Festival de Dança de Joinville; a Festa do Pinhão, em Lages; e a festa do Divino Espírito Santo, uma tradição secular transmitida pelos açorianos e hoje celebrada principalmente na Ilha de Santa Catarina e nos municípios litorâneos.

No verão, os 500 quilômetros de praias, emoldurados por lagoas e a exuberante Mata Atlântica recebem visitantes do mundo todo. No inverno, a Serra é o destino de quem busca um retiro para aproveitar o frio. Há, ainda, opções como o Vale Europeu e o Caminho dos Príncipes, que resgatam as tradições dos primeiros imigrantes do Estado, e rios e montanhas onde os mais corajosos podem se aventurar em esportes radicais. E, também, o Parque Beto Carrero World, o maior parque temático da América Latina.

Opções como estas fazem o turismo catarinense ser reconhecido nacional e internacionalmente. Em 2012, Santa Catarina foi escolhido, pela sexta vez consecutiva, como o melhor Estado do Brasil para fazer turismo na premiação "O Melhor de Viagem 2012/2013", promovida por votação popular entre os leitores da revista Viagem & Turismo, da Editora Abril.

A Capital Florianópolis é hoje um dos principais destinos turísticos do Brasil, com opções de praias tanto para quem gosta da agitação da vida moderna quanto para aqueles que buscam a tranquilidade de comunidades do interior. No Vale do Itajaí, cidades como Blumenau, Brusque e Pomerode preservam a cultura e as tradições dos imigrantes que colonizaram a região. É no Vale, também, que se concentram os principais eventos do Circuito de Festas de Outubro, liderado pela Oktoberfest, de Blumenau. Em Joinville, o Caminho dos Príncipes é outro roteiro que oferece um resgate dos costumes dos primeiros imigrantes.

Santa Catarina também é uma boa opção para quem gosta de adrenalina e do contato com a natureza. A diversidade geográfica do Estado, aliada a uma cobertura vegetal rica e preservada, garante aos adeptos do ecoturismo opções como mergulho, voo-livre, trekking, montanhismo, canoagem e rapel. Essa diversidade de cenários faz com que o turismo responda atualmente por 12,5% do PIB catarinense.
295 municípios de Santa Catarina

Os 295 municípios de Santa Catarina são as subdivisões políticas do estado brasileiro de Santa Catarina. O governo de cada município é responsável por lidar com os deveres a nível local. A administração do município é conduzida por um prefeito, uma Câmara de Vereadores, e um Fórum Municipal.

A primeira subdivisão criada na então Capitania de Santa Catarina foi Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco do Sul, atual São Francisco do Sul, em 1660. Desde então, diversos municípios foram criados a partir de sucessivos desmembramentos das primeiras cidades catarinenses, em 1930, 1944 e 1954.

O maior município do estado é Lages, que cobre uma área de 2.644,313 km²,2 enquanto o mais populoso é Joinville com 492.101 habitantes. O menos populoso é Santiago do Sul com 1.450 habitantes, enquanto o menor em área é Bombinhas a qual possui somente 36,6 km².
Caminho dos Príncipes
As tradições cultivadas pelos descendentes dos imigrantes europeus são uma característica marcante do Caminho dos Príncipes. Maior polo industrial de Santa Catarina, a região harmoniza progresso econômico com desenvolvimento humano e conservação da natureza e do patrimônio histórico-cultural. A Serra do Mar e seu entorno – com Mata Atlântica, córregos e cachoeiras –, a floresta de araucárias no Planalto Norte e as charmosas paisagens rurais encantam os visitantes. No litoral, a Baía Babitonga, a cidade histórica de São Francisco do Sul e as comunidades pesqueiras completam o roteiro.
1 Araquari
2 Balneário Barra do Sul
3 Barra Velha
4 Campo Alegre
5 Corupá
6 Garuva
7 Guaramirim
8 Itaiópolis
9 Itapoá
10 Jaraguá do Sul
11 Joinville
12 Mafra
13 Massaranduba
14 Monte Castelo
15 Papanduva
16 Rio Negrinho
17 São Bento do Sul
18 São Francisco do Sul
19 São João do Itaperiú
20 Schroeder
Caminhos da Fronteira
Influências múltiplas ajudaram a moldar o povo acolhedor dessa região, localizada entre a Argentina e os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. É um roteiro ainda pouco explorado pelo turismo, mas que proporciona a sedutora combinação entre diversidade cultural, riqueza histórica e contato com a natureza.
Deixe-se encantar pelos Caminhos da Fronteira.
1 Anchieta
2 Bandeirante
3 Barra Bonita
4 Belmonte
5 Descanso
6 Dionisio Cerqueira
7 Guaraciaba
8 Guaruja do Sul
9 Iporã do Oeste
10 Itapiranga
11 Palma Sola
12 Paraiso
13 Princesa
14 Santa Helena
15 São João do Oeste
16 São José do Cedro
17 São Miguel do Oeste
18 Tunápolis
Costa Verde e Mar
O litoral catarinense é um dos mais bonitos do Brasil. E a Costa Verde e Mar é um mostruário dessa beleza: são dezenas de praias com areias brancas e águas azuis transparentes, a maioria delas emolduradas por morros verdejantes; balneários movimentados e recantos bucólicos, alguns quase selvagens; enseadas abrigadas e praias de mar aberto.
1 Balneário Camboriú
2 Balneário Piçarras
3 Bombinhas
4 Camboriú
5 Ilhota
6 Itajaí
7 Itapema
8 Luís Alves
9 Navegantes
10 Penha
11 Porto Belo
Encantos do Sul
O litoral Sul de Santa Catarina é uma terra surpreendente. Cidades históricas e vilas de pescadores dividem a paisagem de belas praias, lagoas, baías e enseadas protegidas, onde as baleias-francas buscam refúgio. Em direção ao interior, estradas boas e bem sinalizadas atravessam cidades fundadas por imigrantes italianos, localidades de origem alemã e um grande complexo termal antes de galgar a serra rumo ao Planalto.
1 Armazém
2 Balneário Rincão
3 Braço do Norte
4 Capivari de Baixo
5 Cocal do Sul
6 Criciúma
7 Forquilhinha
8 Garopaba
9 Grão Pará
10 Gravatal
11 Içara
12 Imaruí
13 Imbituba
14 Jaguaruna
15 Laguna
16 Lauro Müller
17 Morro da Fumaça
18 Nova Veneza
19 Orleans
20 Paulo Lopes
21 Pedras Grandes
22 Rio Fortuna
23 Sangão
24 Santa Rosa de Lima
25 São Ludgero
26 São Martinho
27 Siderópolis
28 Treviso
29 Treze de Maio
30 Tubarão
31 Urussanga
Grande Florianópolis
A qualidade de vida é a principal característica desta região, que alia o desenvolvimento urbano à preservação do meio ambiente. São 13 cidades – a capital, Florianópolis; São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas, Rancho Queimado, São Pedro de Alcântara, Angelina, Anitápolis, São Bonifácio e Antônio Carlos – que têm em comum a natureza exuberante.

A maior delas é a capital de Santa Catarina, que combina conforto e agitação de centro urbano desenvolvido com a oferta de mar, morros, dunas e bosques de Mata Atlântica em cenário encantador.

Uma vantagem é que os municípios da Grande Florianópolis ficam muito próximos entre si, o que permite explorar a região em deliciosos roteiros de um ou dois dias e descobrir vários lugares, cada um com características e atrativos próprios. Em toda a região, a herança dos açorianos convive com as tradições germânicas.
1 Águas Mornas
2 Angelina
3 Anitápolis
4 Antônio Carlos
5 Biguaçu
6 Florianópolis
7 Governador Celso Ramos
8 Palhoça
9 Rancho Queimado
10 Santo Amaro da Imperatriz
11 São Bonifácio
12 São José
13 São Pedro de Alcântara
Grande Oeste
Conheça a região catarinense que é um verdadeiro mosaico de cores e gentes, de paisagens e histórias, com variadas opções de turismo: águas termais, contato com a natureza, gastronomia diversificada, muitas festas típicas e museus que preservam a riqueza do passado. Lazer, diversão e cultura o ano inteiro – o Grande Oeste catarinense vai surpreender você!
1 Abelardo Luz
2 Águas de Chapecó
3 Águas Frias
4 Bom Jesus
5 Bom Jesus do Oeste
6 Caibi
7 Campo Erê
8 Caxambu do Sul
9 Chapecó
10 Cordilheira Alta
11 Coronel Freitas
12 Coronel Martins
13 Cunha Porã
14 Cunhataí
15 Entre Rios
16 Faxinal dos Guedes
17 Flor do Sertão
18 Formosa do Sul
19 Galvão
20 Guatambu
21 Ipuaçu
22 Iraceminha
23 Irati
24 Jardinópolis
25 Jupiá
26 Lajeado Grande
27 Maravilha
28 Marema
29 Modelo
30 Mondaí
31 Nova Erechim
32 Nova Itaberaba
33 Novo Horizonte
34 Ouro Verde
35 Palmitos
36 Passos Maia
37 Pinhalzinho
38 Planalto Alegre
39 Ponte Serrada
40 Quilombo
41 Riqueza
42 Romelândia
43 Saltinho
44 Santa Terezinha do Progresso
45 Santiago do Sul
46 São Bernardino
47 São Carlos
48 São Domingos
49 São Lourenço do Oeste
50 São Miguel da Boa Vista
51 Saudades
52 Serra Alta
53 Sul Brasil
54 Tigrinhos
55 União do Oeste
56 Vargeão
57 Xanxerê
58 Xaxim
Serra Catarinense
As temperaturas mais baixas do Brasil ocorrem nas montanhas da Serra Catarinense, região com altitudes próximas a 2 mil metros. Foram os fazendeiros locais que introduziram o turismo rural no Brasil, adaptando suas fazendas centenárias para receber hóspedes. Os serranos encantam com a hospitalidade calorosa, a comida farta e deliciosa e a oferta de atividades ao ar livre – como as cavalgadas –, que rapidamente sintonizam o visitante com a exuberante natureza local.
1 Anita Garibaldi
2 Bocaina do Sul
3 Bom Jardim da Serra
4 Bom Retiro
5 Campo Belo do Sul
6 Capão Alto
7 Cerro Negro
8 Correia Pinto
9 Lages
10 Otacílio Costa
11 Painel
12 Palmeira
13 Rio Rufino
14 São Joaquim
15 São José do Cerrito
16 Urubici
17 Urupema
Vale do Contestado
Belos e sinuosos caminhos conduzem o viajante pelo Vale do Contestado, uma vasta região de múltiplas paisagens, gentes e culturas. Nesse roteiro, as estradas oferecem um visual à parte, ora margeando plantações agrícolas e pomares, ora cortando matas. Há vezes em que o trajeto ganha maior ondulação, quando acompanha a geografia dos vales. Em outras, a topografia é de planalto – mas sempre com o mesmo colorido exuberante.
1 Abdon Batista
2 Água Doce
3 Alto Bela Vista
4 Arabutã
5 Arroio Trinta
6 Arvoredo
7 Bela Vista do Toldo
8 Brunópolis
9 Caçador
10 Calmon
11 Campos Novos
12 Canoinhas
13 Capinzal
14 Catanduvas
15 Celso Ramos
16 Concórdia
17 Curitibanos
18 Erval Velho
19 Fraiburgo
20 Frei Rogério
21 Herval d'Oeste
22 Ibiam
23 Ibicaré
24 Iomerê
25 Ipira
26 Ipumirim
27 Irani
28 Irineópolis
29 Itá
30 Jaborá
31 Joaçaba
32 Lacerdópolis
33 Lebon Régis
34 Lindóia do Sul
35 Luzerna
36 Macieira
37 Major Vieira
38 Matos Costa
39 Monte Carlo
40 Ouro
41 Paial
42 Peritiba
43 Pinheiro Preto
44 Piratuba
45 Ponte Alta
46 Ponte Alta do Norte
47 Porto União
48 Presidente Castello Branco
49 Rio das Antas
50 Salto Veloso
51 Santa Cecília
52 São Cristóvão do Sul
53 Seara
54 Tangará
55 Timbó Grande
56 Três Barras
57 Treze Tílias
58 Vargem
59 Vargem Bonita
60 Videira
61 Xavantina
62 Zortéa
Vale Europeu
O Vale do Rio Itajaí foi colonizado por imigrantes europeus, principalmente alemães, que fundaram Blumenau em 1850. No último quarto do século XIX, os italianos instalaram-se nos arredores das povoações germânicas já existentes. Os descendentes desses povos preservam os costumes dos antepassados na culinária, na arquitetura, no folclore, nas danças e nas festas. A natureza privilegiada da região propicia inúmeras alternativas de ecoturismo e turismo de aventura.
1 Agrolândia
2 Agronômica
3 Alfredo Wagner
4 Apiúna
5 Ascurra
6 Atalanta
7 Aurora
8 Benedito Novo
9 Blumenau
10 Botuverá
11 Braço do Trombudo
12 Brusque
13 Canelinha
14 Chapadão do Lageado
15 Dona Emma
16 Doutor Pedrinho
17 Gaspar
18 Guabiruba
19 Ibirama
20 Imbuia
21 Indaial
22 Ituporanga
23 José Boiteux
24 Laurentino
25 Leoberto Leal
26 Lontras
27 Major Gercino
28 Mirim Doce
29 Nova Trento
30 Petrolândia
31 Pomerode
32 Pouso Redondo
33 Presidente Getúlio
34 Presidente Nereu
35 Rio do Campo
36 Rio do Oeste
37 Rio do Sul
38 Rio dos Cedros
39 Rodeio
40 Salete
41 Santa Terezinha
42 São João Batista
43 Taió
44 Tijucas
45 Timbó
46 Trombudo Central
47 Vidal Ramos
48 Vitor Meireles
49 Witmarsum
Caminho dos Cânions
O extremo Sul de Santa Catarina é uma grande aventura. Balneários agitados contrastam com cidades de vida simples e povo hospitaleiro. A beleza natural é exuberante. Na divisa com o Rio Grande do Sul, estão localizados os cânions dos Aparados da Serra. Os cortes abruptos nas montanhas são ícones do ecoturismo nacional e atraem turistas que buscam adrenalina em meio à magnitude da natureza. Araranguá, uma das cidades mais prósperas da região, é cortada pelo rio de mesmo nome e reúne praia, dunas e furnas. A diversidade geográfica pode ser vista por todo o Caminho dos Cânions.
1 Araranguá
2 Balneário Arroio do Silva
3 Balneário Gaivota
4 Ermo
5 Jacinto Machado
6 Maracajá
7 Meleiro
8 Morro Grande
9 Passo de Torres
10 Praia Grande
11 Santa Rosa do Sul
12 São João do Sul
13 Sombrio
14 Timbé do Sul
15 Turvo
Constituição catarinense em vigor é de 1989

A primeira Constituição de Santa Catarina foi adotada em 1891. A atual Constituição do Estado, por sua vez, foi adotada em 1989. Emendas ao texto geralmente são propostas pelo Poder Legislativo de Santa Catarina. Neste caso, esta emenda precisa ser aprovada por dois terços dos membros do Poder Legislativo. Emendas também podem ser propostas por abaixo-assinados, diretamente pela população. Neste caso, o abaixo-assinado precisa conter ao menos 2,5% dos votos dos eleitores que haviam elegido o governador na última eleição estadual dentro de critérios propostos na própria constituição.

O Poder Executivo de Santa Catarina está centralizado no governador, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela população para mandatos de até quatro anos de duração, e podem ser reeleitos para mais um mandato.

O Poder Legislativo de Santa Catarina é constituído pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Ela possui um total de 40 membros eleitos diretamente pelo sistema proporcional conforme o desempenho de cada partido nas eleições para um mandato de 4 anos. Para os membros da Assembléia, não há limite de reeleições.

A maior corte do Poder Judiciário do Estado é o Tribunal de Justiça do Estado Santa Catarina, composta por 50 juízes diferentes denominados desembargadores.

Desde 1823 a capital de Santa Catarina é a cidade de Florianópolis. Originalmente, a cidade tinha o nome de Nossa Senhora do Desterro, em referência a sua padroeira. A mudança de nome foi no fim da Revolução Federalista, em 1894. O nome Florianópolis refere-se a Floriano Peixoto, ex-presidente da República. Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida.

Santa Catarina está dividida em um total de 295 municípios. O maior deles é Joinville, o mais populoso e mais rico do Estado. Sua região metropolitana possui aproximadamente 1,1 milhão de habitantes.
Conheça os símbolos do Estado de Santa Catarina

Armas do Estado

As armas do Estado de Santa Catarina foram estabelecidas pela Lei n. 126, de 15 de agosto de 1895, com base no desenho de Lucas Alexandre Boiteux. A mesma Lei estabeleceu também a Bandeira do Estado.

O Artigo 2º daquela Lei diz que as armas consistirão em uma estrela branca, anteposta a qual uma águia vista de frente, de asas estendidas, segurará com a garra direita uma chave e com a esquerda uma âncora, encruzadas, ornando-lhe o peito um escudo com o dístico 17 de novembro escrito horizontalmente. Um ramos de trigo ao lado esquerdo e um de café ao lado direito ligados na parte inferior por um laço com as pontas flutuantes, de cor encarnada, que terá o dístico: - Estado de Santa Catarina – escrito em letras brancas circundarão a mesma águia sobre o qual se formará o barrete frígio.


Bandeira do Estado de Santa Catarina

A lei nº 126 de 15 de agosto de 1895 estabeleceu a Bandeira do Estado de Santa Catarina, e também, as Armas do Estado.

Pelo artigo 3º daquela lei, a Bandeira de Santa Catarina era composta de faixas brancas e encarnadas dispostas horizontalmente em número igual ao das comarcas do Estado e de um losango de cor verde colocado no centro da bandeira, tendo impressas tantas estrelas, de cor amarela, quantos fossem os municípios do Estado.

A Bandeira, assim como as Armas do Estado, foi desativada pela Constituição Federal de 10 de novembro de 1937 e pelo Decreto Lei no 1202 de 8 de setembro de 1939, sendo revitalizada somente a partir da Lei Estadual nº 975 de 29 de outubro de 1953 sancionada pelo governador Irineu Bornhausen, que foi regulamentada em 19 de fevereiro de 1954 pelo Decreto nº 605. Essa Lei alterou o desenho da Bandeira, que foi baseado na obra de José Artur Boiteux.

Após a alteração, a Bandeira de Santa Catarina passou a ser composta de três faixas horizontais de igual largura, sendo as das extremidades vermelhas e a do centro branca; sobre as faixas, um losango verde-claro representando a vegetação e, no centro desse, as Armas do Estado.

Flor Símbolo de Santa Catarina: Laélia Purpurata

Nas décadas de 1920 a 1940 a Laélia foi exportada, através de Florianópolis, sendo Santa Catarina considerada o maior exportador de Orquídeas do Brasil, associando-se o nome desta flor, em termos nacionais, ao nosso Estado.

Dentre todas as flores, a Orquídea é considerada flor nobre e os orquidófilos dão a Laélia Purpurata uma posição de destaque.

Em 13 de dezembro de 1983, o então Governador Esperidião Amin Helou Filho assinou o Decreto n. 20.829 que “Identifica o taxon Laélia Purpurata Lidley variedade purpurata como Flor Símbolo do Estado de Santa Catarina".
Fonte: site do governo do Estado

Aspectos da população de Santa Catarina


Catarinenses de origem alemã

Localizado na Região Sul do território nacional, o estado de Santa Catarina possui extensão territorial de 95.703,487 quilômetros quadrados e população de 6.248.436 habitantes (3,2% da população brasileira), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor e menos populoso dos estados que integram a Região Sul do Brasil.

A maioria da população catarinense reside em áreas urbanas (84%), sendo que a população rural corresponde aos outros 16% do total. A densidade demográfica é de 65,3 habitantes por quilômetro quadrado e o crescimento demográfico é de 1,6% ao ano.

Santa Catarina apresenta grande diversidade étnica. Seus habitantes têm grande influência de imigrantes portugueses, alemães, italianos, japoneses, austríacos e poloneses, fato que reflete diretamente na cultura local. Outros grupos que também têm participação direta neste dado peculiar são os indígenas, primeiros habitantes da região, além dos descendentes de africanos.

Diante disso, a composição étnica estadual se apresenta da seguinte forma:

Brancos: 88,1%.
Pardos: 9%.
Negros: 2,7%.
Indígenas: 0,2%.

Os portugueses, a partir do século XVI, ocuparam as áreas litorâneas de Santa Catarina, estabelecendo povoados na região. Os alemães exercem forte influência nas cidades de Joinville, Blumenau, Brusque e Pomerode, fato comprovado por meio da arquitetura, culinária, sotaque e festas populares, como, por exemplo, a Oktoberfest.
A população imigrante de origem italiana, por sua vez, ocupou a porção sul do estado, exercendo influência na cultura das cidades de Criciúma, Urussanga e Nova Veneza, com destaque no cultivo da uva e na produção de vinho.

Florianópolis, capital de Santa Catarina, possui população de 421.240 habitantes, considerada a segunda cidade mais populosa do estado. Os municípios catarinenses que apresentam maior concentração populacional são: Joinville (515.288), Blumenau (309.011), São José (209.804), Criciúma (192.308), Chapecó (183.530), Itajaí (183.373) e Lages (156.727).

O estado proporciona boa qualidade de vida à sua população. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) catarinense, com média de 0,840, é o segundo maior no ranking nacional, inferior apenas ao do Distrito Federal (0,874). A taxa de alfabetização é de 95,1% - terceira mais alta do país. O analfabetismo atinge apenas 4,9% dos habitantes.

O índice de mortalidade infantil é de 15 a cada mil nascidos vivos, sendo inferior à média nacional, que é de 22. A taxa de homicídios dolosos (com intenção de matar) é de 11,3 por 100 mil habitantes
Conheça as características fundamentais dos elementos naturais contidos na paisagem do Estado de Santa Catarina.

Relevo

A superfície do território estadual consiste em um dos mais ondulados (acidentado) do país, no entanto, nas proximidades do litoral configura as planícies, chamadas de Planície Costeira, as serras se encontram situadas entre o Planalto e a Planície.

O ponto mais alto de Santa Catarina possui 1.822 metros de altitude, denominado de Morro da Igreja na Serra da Anta Gorda.

O que predomina no relevo do Estado são terras planas e altas, originando o Planalto Ocidental.

Tipos de relevo: serras, morros, planaltos e picos.

Planície Costeira: serras litorâneas.

Serras Litorâneas: Serra Geral, Pico do Iqueririm (1.616 metros), Morro do Cambirela (950 m), Morro do Spitzkopf (950 m), Serra do Tabuleiro, Serra do Tijucas, Serra do Itajaí e Serra do Jaraguá.

Planalto Ocidental: Morro da Igreja (1.822 m), Serra da Moema, Serra do Mirador, Serra dos Faxinais, Planalto de Lajes, Planalto de São Joaquim e Serra do Espigão.

Clima

O clima predominante em Santa Catarina é o subtropical, dessa forma, apresenta temperaturas amenas, essas podem variar entre 13º e 25ºC, os índices pluviométricos são relativamente elevados e bem distribuídos no decorrer do ano.

Diferentemente dos outros Estados brasileiros nos quais são percebidas basicamente duas estações do ano, em Santa Catarina é possível distinguir as quatro estações, constituídas por verões quentes e invernos rigorosos, os pontos mais elevados atingem até 1.810 metros, lugar onde ocorre precipitação de neves.

Vegetação

- Floresta Tropical Atlântica: esse tipo de vegetação é encontrado nas planícies costeiras, além de encostas e serras, é constituída de árvores de grande porte.

- Vegetação Litorânea: composta por mangues.

- Floresta Subtropical: formada a partir de vegetação rasteira.

- Floresta das Araucárias: constituída por pinheiros em maior número, no entanto, existem ainda canelas, cedros, erva-mate e xaxim.
- Campos: basicamente formados por gramíneas.

Hidrografia

No território de Santa Catarina existem duas bacias principais: Bacia Atlântico Sul e a Bacia do Uruguai.

Os rios que fazem parte da Bacia do Sudeste lançam suas águas diretamente no mar, desse modo os rios que fazem parte são: Araranguá, Cubatão, Itajaí-Açú e Itapocu.

Já a Bacia do Rio Uruguai é constituída por vários rios, como o Canoas, Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani, Lava-Tudo, Peixe e Peperi-Guaçu.
Economia de Santa Catarina
Atividade pesqueira em Santa Catarina
A economia de Santa Catarina é diversificada, no território são desenvolvidas atividades econômicas no ramo da indústria, extrativismo (animal, vegetal e mineral), agricultura, pecuária, pesca, turismo. Santa Catarina é hoje o quinto Estado mais rico do país.

Indústria

O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal-mecânica. Na agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp.

Extrativismo

Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas de Araucárias, além de obtenção de ervas e produção de papel.

Na extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex, além de jazidas promissoras de quartzo, argila, cerâmica, bauxita, pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.

Agricultura

Na agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de milho, soja, fumo, mandioca, feijão, arroz, banana, batata inglesa, além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.

Pecuária

Na criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de bovinos, suínos e aves.

Pesca

A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no panorama econômico.

O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.

Turismo

A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um papel fundamental na receita do Estado.

Dados gerais acerca da economia de Santa Catarina

Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55% e prestação de serviços 33,9%.

Volume de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.

Principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais:

Carnes de aves e suínos: 26,1%
Móveis e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores: 8,5%.
Confecções de algodão: 6,8%.
Veículos e peças: 5,8%.
Madeira: 5,1%.
Cerâmica e louças: 4,5%.
Papel e papelão: 3,5%.
Motores elétricos: 3,4%.
Fonte: brasilescola



Jaragua do sul
Localização
Situada na latitude 26o 29’ 10’’ Sul e na longitude 49o 04’ 00’’ Oeste de Greenwich, Jaraguá do Sul fica na Região Nordeste do Estado de Santa Catarina. Com 539 Km², faz limite com Campo Alegre e São Bento do Sul ao norte, com Blumenau, Massaranduba, Pomerode e Rio dos Cedros ao sul, com Guaramirim, Joinville e Schroeder ao leste e com Corupá ao oeste.
Morros
Cercada pela cadeia da Serra do Mar, a cidade está protegida por morros de vegetação nativa preservada.
O mais alto deles é o Morro da Palha, com 1.176m de altitude. Localizado na região do Manso, abriga várias propriedades particulares.
O destaque da cidade é o Morro Boa Vista, com 926m de altitude, e a ótima pista para vôo livre que foi sede para eventos nacionais.
Vegetação
Com cerca de 60% do município localizado a menos de 200m de altitude, a vegetação original das planícies foi derrubada para dar lugar à produção rural. Atualmente, a vegetação é constituída basicamente de restinga, nascida principalmente nos últimos 30 anos
Clima
O clima de Jaraguá do Sul é subtropical úmido, com verão quente. Entre os meses de julho a agosto adquiri as características de clima temperado, podendo chegar a 5 ºC. A temperatura média na cidade é de 22 ºC, sendo a mínima 2 ºC e a máxima 40 ºC. A precipitação pluviométrica média anual é de 2.000mm.
Bacia Hidrográfica
O município está inserido na Bacia do Rio Itapocu. Os seus principais afluentes são os rios Jaraguá e Itapocuzinho. Além deles, cerca de duzentos rios, riachos e ribeirões compõem a malha hidrográfica da região.
População
O censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE pontuou que Jaraguá do Sul possui 108.489 habitantes, sendo 50,41% homens e 49,59% mulheres. Ainda segundo o IBGE, a taxa média de crescimento da população no município entre 1991 e 1996 foi de 3,87%. Em pesquisa realizada na cidade em novembro de 2001, constatou-se que 43% da população é de descendentes de alemães e 24% de descendentes de italianos. O restante divide-se em descendentes de poloneses, húngaros, africanos e miscigenados.
Além da grande quantidade de loiros de olhos claros, a cidade possui uma excelente qualidade de vida. De acordo com o atlas de Desenvolvimento Humano 2000 , produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Pnud, a cidade é a 9ª colocada em Santa Catarina e 32ª colocado no País, com um IDH-M de 0,85 num índice que varia entre 0 e 1. O cálculo do IDH-M leva em conta o taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade, a taxa bruta de freqüência à escola, a esperança de vida ao nascer e a renda municipal per capita. O alto índice atingido pela cidade é compreendido ao saber que 97,35% dos adultos são afalbetizados, 90,94% das crianças estão na escola e que a expectativa de vida é de 74 anos.
Os primeiros habitantes
O interior do Estado de Santa Catarina foi habitado pelos grupos indígenas Xokleng e Kaingang, ambos do grupo lingüístico Jê ou Tapuia. Por estarem relativamente protegidos pela distância do litoral, foram preservados do extermínio liderado pelos colonizadores portugueses, o qual dizimou os grupos Carijó do litoral catarinense.
A alimentação dos índios no interior era à base caça e coleta de pinhão. Alguns grupos também praticavam a agricultura, plantando principalmente milho e aipim. Nas vestes, usavam os tecidos trançados de fibra de urtiga feitos pelas mulheres. As mulheres também trabalhavam o barro e moldavam potes para o uso diário. Na caça e na guerra, usavam arcos, flechas e lanças com ponta de bambu ou osso, geralmente com veneno na ponta.
Com a colonizaçãao do interior catarinense a partir da segunda metade do século XIX, os grupos indígenas foram pouco a pouco perdendo seu espaço. Além de serem afugentados pelos europeus, as tribos brigavam entre si pelo pouco de caça que sobrava. Com o passar do tempo e a diminuição gradativa da alimentação, foi inevitável o choque direto com as colônias. Foi então que o governo e os próprios colonos começaram a pagar Tropas de Bugreiros.
Constituídas por cerca de uma dezena de homens fortemente armados, as tropas seguiam as trilhas dos índios até chegarem aos acampamentos. Lá, esperavam o dia amanhecer e dizimavam a tribo. A crueldade desses abates chocaram moradores tanto da província quanto do país, que saíram em defesa das tribos. A maneira encontrada para minorar esse choque era promover a pacificação dos selvagens.
As tentativas de pacificação ocorreram a partir de 1907, mas apenas em 1912, com a criação de uma reserva em uma área de 30 mil hectares nos arredores de Ibirama , é que ações objetivas nesse sentido foram tomadas. No entanto, essa aproximação resultou no aculturamento dos índios Xokleng e no extermínio em decorrência das doenças dos branco.
A fundação
As terras onde hoje está localizada a cidade de Jaraguá do Sul foram dadas, juntamente com outra porção do norte catarinense, ao conde d´Eu como dote pelos seu casamento com a princesa Isabel, filha de dom Pedro II. O conde então solicitou ao seu amigo Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, que demarcasse o local.
Encantado com a beleza da terra, Emílio Carlos Jourdan requereu a posse de de uma parte dela, onde fez uma plantação de cana e construiu um engenho. Como o rio e o morro Jaraguá já eram conhecidos, Jourdan nomeou suas terras de “Estabelecimento Jaraguá”. Embora não se saiba a data certa em que isso aconteceu, foi decidido o dia 25 de julho de 1876 como data da fundação da cidade.
Por essa época, a região fazia parte de São Francisco do Sul e, posteriormente, a Paraty, conhecida atualmente como Araquari. Com a emancipação de Paraty, Jaraguá passou a ser posse de Joinville, sendo reanexada a Paraty. Em 1898, já com um Distrito Policial, um Distrito de Paz e uma Intendência Distrital, voltou a fazer parte de Joinville, agora como 2º Distrito.
Em 1934, o Decreto nº 565 de 26 de março elevou o distrito à categoria de Município. Os limites incluíam o território do atual município de Corupá desmembrado 24 anos depois.
Como em Goiás existia uma cidade mais antiga com o nome de Jaraguá, o Decreto-Lei estadual nº 941 de 31 de dezembro de 1943 modificou o nome da cidade para Jaraguá do Sul.
A colonização
Alguns fatos colaboraram para a colonização européia em Santa Catarina no século XIX. Entre eles, a forte campanha abolicionista, que fez com que o Governo Imperial desse preferência à mão de obra livre branca em detrimento à escrava negra.
Um nome de destaque foi o de Johan Jacob Sturz. Tendo sido Cônsul Geral do Imperial Governo Brasileiro na Prússia, Sturz estava bem informado sobre os desajustes sociais vigentes na Europa e na possibilidade de imigração alemã para a América. Assim, foi nomeado como representande do Brasil na Prússia para levar a cabo o projeto de a mão de obra escrava no País.
O próximo passo foi dado em 1850 pelo Presidente da Província, João José Coutinho, ao aprovar a Sociedade Colonizadora de Hamburgo, que já tinha adquirido 8 léguas na colônia Dona Francisca, atual Joinville. Ali foram assentados os colonizadores alemães, polacos e suíços que deram origem à cidade. Destes, alguns polacos e muitos alemães compraram lotes em Jaraguá do Sul, vendidos pelo próprio Emílio Carlos Jourdan.
Jaraguá do Sul também recebeu famílias húngaras e italianas que entraram no País via Rio Grande do Sul o os 54 escravos que vieram para trabalhar com Emílío Carlos Jourdan deram origem à comunidade negra da cidade.
Importante pólo industrial de Santa Catarina, Jaraguá do Sul tem a história econômica intimamente ligada às raízes de seus colonizadores.
Os primeiros imigrantes a chegarem na cidade no final do século XIX eram, na maioria, camponeses europeus sem dinheiro ou terra. Ao encontrarem solo fértil, construíram uma comunidade baseada no extrativismo e na agricultura. O excedente da produção propiciou o desenvolvimento do comércio na região por meio do escambo.
Como produtos beneficiados valiam mais que os brutos, surgiram aos poucos os alambiques, as queijarias, as olarias e as fábricas de banha e salames. Com um maior valor agregado foi possível a troca de dinheiro e o posterior investimento em fábricas familiares.
Com a chegada da Ferrovia no início do século XX, Jaraguá do Sul passou a ter ligação direta ao porto de São Francisco do Sul e à cidade paranaense de Rio Negro.
A possibilidade de escoamento de produtos foi fundamental para o desenvolvimento da cidade. Na década de 30 surgiu a primeira fábrica têxtil da cidade, hoje considerada a Capital Nacional da Malha.
O nome Jaraguá foi dado pelos índios que habitavam a região e significa senhor do vale, por haver na cidade o Morro da Boa Vista.
1864: Casamento da princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II. Como dote, ela ganha as terras que formariam o município de Jaraguá do Sul. Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, ficou com a tarefa de demarcar as terras e de se estabelecer na região.
1876: Ocorre a fundação de Jaraguá.
1888: Apesar das tentativas de Jourdan de se instalar na região, com a construção de engenhos e a plantação da lavoura de cana-de-açúcar, o engenheiro enfrentou grandes dificuldades e desistiu de seu empreendimento, o que fez com que as terras voltassem a ser patrimônio da União.
1890: Começa a colonização das terras à margem direita do rio Jaraguá pela Agência de Colonização sediada em Blumenau.
1893: As terras da atual Jaraguá do Sul passam à jurisdição dos Estados. Por causa da participação de Emílio Joudan na Revolta da Armada, o coronel ganha o respaldo político e decide retornar a Jaraguá.
1894: É criado o Distrito de Polícia do Jaraguá, cujos limites viriam a ser o futuro município.
1895: Emílio Jourdan compra dez mil hectares de terras do Governo de Santa Catarina e estabelece no local a Colônia Jaraguá.
1898: A colônia é vendida para a Pecher & Cia., já que seu dono, Jourdan, deve voltar ao Rio de Janeiro.
1934: Jaraguá é desmembrada de Joinville e torna-se município.
1943: O nome Jaraguá é alterado para Jaraguá do Sul, por haver outro município com o mesmo nome no Estado de Goiás.


Ao norte de Santa Catarina, no Vale do Itapocu, está situada Jaraguá do Sul, sede de importantes indústrias do ramo metalmecânico, têxtil e alimentício do Brasil. Com origem principalmente germânica, a cidade ainda hoje contempla traços de sua colonização. Prova disso é a Schützenfest. A Festa dos Atiradores acontece todos os anos e faz parte do roteiro de festas catarinenses do mês de outubro.
A cidade ainda possui atrações culturais, como a Casa do Colonizador, a Casa Eurides Silveira, o Museu Histórico Emílio Silva e o Museu Wolfgang Weege, fundado pelo também idealizador do Parque Malwee, um dos principais atrativos naturais da cidade, com 1,5 milhão de m².
Jaraguá do Sul fica as margens da BR 280, que liga o porto de São Francisco do Sul a Porto União, localizado a 40 km de Joinville e 50 km de Blumenau, próxima de importantes rodovias federais (BR 101 e BR 116).
Os aeroportos mais próximos são os de Joinville, Blumenau e Navegantes (90 Km). Dos anos noventa até os dias atuais, houve um grande incremento na modernização, na expansão do parque industrial e na utilização de tecnologia de ponta. Jaraguá do Sul é conhecido, pelos seus produtos de qualidade e tecnologia avançada em todo o Brasil, na Europa, na Ásia e América do Norte.
Situado num vale com vegetação exuberante, cobrindo as serras que rodeiam a cidade, entrecortado por rios de água límpida e ar puro, Jaraguá do Sul harmoniza o desenvolvimento econômico com a preservação da natureza, proporcionando a seus habitantes um excelente nível de vida e aos visitantes uma agradável estadia.
Pontos Turísticos
Arena Jaraguá
Casa do Colonizador
Casa Eurides Silveira
Casa Rux
CEJAS
Igreja Evangélica Jaraguá
Igreja Matriz São Sebastião
Mercado Público Municipal
Morro da Boa Vista
Museu Histórico Emílio Silva
Museu Weg
Museu Wolfgang
Parque Malwee
Portal Turístico
Salão Barg
SCAR
Graças à colonização alemã, Jaraguá do Sul herda um costume tipicamente germânico: as sociedades de atiradores, as quais promoviam anualmente no século XIX na Alemanha a Schützenfest, ou seja, a Festa dos Atiradores. Dessa forma, a festa acompanhou a evolução dessas associações e aconteceu em Jaraguá do Sul pela primeira vez em 1989 como um resgate das verdadeiras tradições germânicas.
Atualmente a associação é composta por 18 sociedades filiadas de várias cidades do norte catarinense, que se reúnem todo ano no mês de outubro para a realização da Schützenfest. A festa recebe visitantes das mais variadas regiões e oferece a eles muita música, chope e comida.
História
Em 1851 nas terras dotais da Princesa Dona Francisca e do Príncipe de Joinville, inicia-se a colonização do Domínio Dona Francisca, tendo por limite o lado esquerdo do rio Itapocu. Em 17 de outubro de 1870 a Lei Federal nº 1904 instituía o Patrimônio Dotal da Princesa Isabel casada em 1864 com o Conde D'Eu: terras devolutas a serem demarcadas em Santa Catarina – Grão-Pará (Orleans) e em Joinville.
No ano de 1875 Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, foi convidado para fazer a medição e tombamento de 25 léguas quadradas no Vale do Itapocu e Rio Negro, assinando contrato em 21 de janeiro de 1876. Na mesma época assinou instrumento particular de arrendamento de 430 hectares das terras com a Princesa Isabel. Após sua chegada a Joinville, parte para São Bento em 29 de fevereiro de 1876 e 49 dias depois retorna a Joinville, em 17 de abril de 1876, encerrando a demarcação.
Passa a colonizar os lotes e com auxilio de 60 trabalhadores, inclusive escravos, que cultivam a cana-de-açúcar, constituindo-se ali um engenho de cana, serraria, olaria, engenho de fubá e mandioca. O Estabelecimento Jaraguá, em tupi-guarani Senhor do Vale, ficava entre os rios Itapocu e Jaraguá e a região pertencia ao município de Paraty (Araquari). Em 17 de abril de 1883 foi anexada por Joinville. Diante da impossibilidade de reverter a situação Jourdan em 1888 desiste deste empreendimento, que foi depredado em 1893.
Com a Proclamação da República em 1889 as terras dotais passam para o domínio da União, e em 1893 para a jurisdição dos Estados. As terras devolutas na região, à margem direita do Rio Jaraguá, passam a ser colonizadas pelo Estado através do Departamento de Terras e Colonização, sediado em Blumenau, a partir de 1891: na região de Garibaldi e Jaraguá Alto, com imigrantes húngaros; na região do Rio da Luz e Rio Cerro com colonizadores alemães e neste último também com italianos.
Após sua participação na Revolução de 1893 ao lado do Marechal Floriano Peixoto, Emílio Carlos Jourdan retorna a região e solicita ao Governador do Estado de Santa Catarina, Hercílio Pedro da Luz, a concessão de 10.000 hectares de terras para a Colônia Jaraguá, o que ocorre em 15 de maio de 1895, com escritura lavrada em 4 de fevereiro de 1896. Devido a problemas de demarcação da concessão e desavenças políticas, Emílio Carlos Jourdan vende a concessão em Primeiro de julho de 1898, para Pecher & Cia e retira-se para o Rio de Janeiro.
No ano de 1895 Joinville institui Jaraguá como o 2.º Distrito, nomeando para Intendente, Maximiliano (Max) Schubert e em 22 de agosto é criado o Distrito de Paz. Mas, em 1896 a região volta a pertencer a Paraty. Houve ainda a possibilidade de formar com Barra Velha um município com o nome de Glória. Foram realizadas consultas populares em 1897: Georg Czerniewicz e Roberto Buhler lideravam o grupo que defendia a emancipação; Rosemberg, Butschardt e Koch eram do grupo que queriam ser anexados a Joinville. Venceu o segundo grupo e Jaraguá passou, efetivamente a ser, o 2.º Distrito de Joinville.
Após alguns anos, de um simples povoado, Jaraguá se tornou uma vila economicamente ativa, principalmente após a construção da ferrovia, inaugurada em 1910. A cidade cresceu ao seu redor e neste burburinho chegavam as notícias, os produtos, os visitantes e, escoava-se a produção local.
Assim, por volta de 1930, o movimento pró-emancipação se formou e pelo Decreto Estadual n.º 565 de 26 de março de 1934, o Interventor Federal Aristiliano Ramos, desmembrou Jaraguá de Joinville, tornando-o Município e nomeando para Prefeito, o então Intendente, José Bauer. No dia 8 de abril de 1934 ocorre a solenidade de instalação do município na sede da Intendência de Jaraguá, perante inúmeras autoridades e a comunidade, que muito prestigiou o evento.
Em 1943, pelo decreto n.º 941 o município passa a ser Jaraguá do Sul. Por sua vez, o Distrito de Hansa também busca sua emancipação, efetivando-se através da Lei n.º 348 de 21 de junho de 1958.
Jaraguá cresceu e constitui hoje um parque industrial forte e diversificado: malharias e confecções, metal-mecânica, parapentes, e produtos alimentícios.
Jaraguá do Sul do Morro da Boa vista, da industrialização, do trabalho e da cultura identificada nas atividades das etnias formadoras de seu povo: negros, alemães, italianos, húngaros e poloneses.
Outros: População 45% tem descendência alemã, 25% italiana, 3% húngara e 6% polonesa, sendo que os 21% restantes pertencem a outras etnias incluindo os afro descendentes.
O primeiro livro de Jaraguá Autor: Frei Aurélio Stulzer Ed. Vozes Ltda – RJ – 1973