Quem sou eu
- Uma Volta pelo Mundo com Simone
- Sou graduada em Geografia e pós graduada em Psicopedagogia, atuo como professora em escolas públicas de Jaraguá do Sul. Meu principal objetivo é usar esse espaço com meus alunos indicando materiais úteis a aprendizagem e dividir minhas descobertas e curiosidades com quem se identificar com os diversos temas que irei abordar.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Questões Filosofia e Sociologia para estudo...
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
21. O mito é essencialmente uma narrativa (...) que não se define apenas pelo tema ou objeto da narrativa, mas pelo modo de narrar. (M. Chaui)
O modo de narrar característico do pensamento mítico pode ser corretamente definido como uma forma que recorre
(A) à fantasia somente para descrever o sobrenatural.
(B)) ao mágico para descrever o mundo e o homem.
(C) à experimentação para explicar a natureza.
(D) à descrição para compreender o progresso histórico.
(E) à experimentação para descrever o mundo e a história.
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22. A razão grega é a que de maneira positiva, refletida, metódica, permite agir sobre os homens, não transformar a natureza. Dentro de seus limites como em suas inovações, é filha da cidade. (J. P. Vernant)
A partir desse excerto de Vernant, é correto afirmar que em sua visão:
(A) a expressão "milagre grego" descreve corretamente a continuidade entre o pensamento mítico e o surgimento da filosofia.
(B) o surgimento da filosofia permitiu aos gregos o desenvolvimento de tecnologias que impulsionaram seu desenvolvimento econômico.
(C)) o surgimento da filosofia é solidário da nova ordem política das cidades gregas na qual o debate público ocupa lugar central.
(D) a filosofia é a principal causa da urbanização crescente das colônias gregas a partir do século VII a.C.
(E) a democracia do mundo rural grego foi fruto do embate das doutrinas filosóficas e políticas florescidas a partir de Sócrates.
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23. A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, tal é para eles o elemento, o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se cria nem se destrói, como se tal natureza subsistisse para sempre. (Aristóteles)
É correto afirmar que, no trecho acima, Aristóteles refere- se:
(A) à cosmogonia de Hesíodo que, em seus poemas, apresentou uma visão filosófica da natureza.
(B) às especulações dos sofistas, caracterizadas por seu relativismo quanto ao conhecimento da natureza.
(C) à perspectiva antropológica das reflexões socráticas sobre o homem, a justiça e a virtude.
(D) à visão platônica de um mundo das idéias, caracterizado pela existência de formas eternas.
(E)) à busca, por parte dos filósofos pré-socráticos, do princípio gerador do devir e da permanência do mundo.
24. Assim, pois, a virtude é um hábito de escolha, que se acha no meio termo em relação a nós, determinada pela razão e, como faria um sábio, eqüidistância entre dois vícios, um por excesso, o outro por falta. (...) Por isso é também grande e árdua a empresa a realizar-se: pois é grande empresa encontrar o meio termo de cada coisa, como achar o centro do círculo não é para qualquer um, mas para quem sabe. (Aristóteles)
A partir do trecho acima, pode-se afirmar corretamente que, para Aristóteles, a virtude (excelência moral) é o meio termo entre
(A) dois vícios: o mal absoluto e o bem supremo.
(B) duas faculdades complementares: o hábito e a escolha.
(C) dois elementos conflitantes: a razão e o hábito.
(D)) dois extremos: o mal por excesso e o mal por falta.
(E) dois vícios: a falta de razão e o excesso de razão.
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25. Pois eu, Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência. Qual vem a ser essa ciência? A que é, talvez, a ciência humana. É provável que eu a possua realmente, os mestres mencionados há pouco possuem, quiçá, uma sobre-humana. (Platão)
Esse trecho, retirado da Apologia de Sócrates, é uma ilustração frisante:
(A)) do caráter antropológico da reflexão socrática.
(B) do ceticismo radical das especulações socráticas.
(C) da identidade entre o pensamento socrático e a cosmologia de Tales.
(D) da continuidade entre sua doutrina e o pensamento mítico.
(E) do surgimento da ciência experimental.
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26. Eis, com efeito, em que consiste o proceder corretamente nos caminhos do amor ou por outro se deixar conduzir: em começar do que aqui é belo e, em vista daquele belo, subir sempre, como que servindo-se de degraus, de um só para dois e de dois para todos os belos corpos, e dos belos corpos para os belos ofícios, e dos ofícios para as belas ciências até que das ciências acabe naquela ciência, que nada mais é senão a do próprio belo, e conheça enfim o que é em si belo.
O trecho acima transcrito pode ser corretamente interpretado como um exemplo:
(A) das perspectivas essencialistas dominantes entre os sofistas contemporâneos de Sócrates.
(B) do método de busca pela arkhé (princípio) característico dos pré-socráticos.
(C)) da dialética ascendente de Platão, que vai da imagem para subir até a essência ou a idéia.
(D) da perspectiva indutiva e empirista que caracteriza os escritos de Aristóteles.
(E) da perspectiva epicurista, que valoriza simultaneamente a alma e os sentidos.
27. Tomamos inicialmente consciência da liberdade ou de seu contrário em nosso relacionamento com outros, e não no relacionamento com nós mesmos. Antes que se tornasse um atributo do pensamento ou uma qualidade da vontade, a liberdade era entendida como o estado do homem livre, que o capacitava a se mover, a se afastar de casa, a sair para o mundo e a se encontrar com outras pessoas em palavras e ações (...). A liberdade necessitava também de um espaço comum para encontrar a companhia de outros homens. (H. Arendt)
O conceito de liberdade acima descrito tem como referência a noção
(A) kantiana de autonomia, como a lei que cada indivíduo dá a si mesmo.
(B) hobbesiana de liberdade como ausência de impedimento externo.
(C) cristã de liberdade como um atributo da alma.
(D)) antiga de liberdade como um atributo público e político.
(E) moderna de liberdade como vitória da vontade sobre o desejo.
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28. Que porém um público se esclareça a si mesmo é perfeitamente possível; mais do que isso, se lhe for dada a liberdade, é quase inevitável. Pois encontrar-se-ão sempre alguns indivíduos capazes de pensamento próprio (...) que, depois de terem sacudido de si mesmos o jugo da menoridade, espalharão em redor de si o espírito de uma avaliação racional do próprio valor e da vocação de cada homem em pensar por si mesmo.
O texto acima transcrito pode ser corretamente interpretado como um exemplo frisante:
(A) dos esforços tomistas de conciliação entre a razão e a fé.
(B) da crítica pós-moderna ao racionalismo.
(C) das primeiras formulações do ceticismo grego.
(D) dos filósofos do período helenista.
(E)) do racionalismo iluminista.
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29. O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias; as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas.
O texto acima pode ser corretamente interpretado como exemplo da crítica:
(A) marxista às formas burguesas de pensamento.
(B)) de Nietsche ao racionalismo iluminista.
(C) de Platão ao pensamento dos sofistas.
(D) iluminista ao pensamento medieval.
(E) de Agostinho aos filósofos pagãos.
30. Desde sempre o Iluminismo, no sentido mais abrangente de um pensar que faz progressos, perseguiu o objetivo de livrar os homens do medo e de fazer deles senhores. Mas, completamente iluminada, a terra resplandece sob o sígno do infortúnio triunfal. O programa do iluminismo era o de livrar o mundo do feitiço. Sua pretensão, a de dissolver os mitos e eliminar a imaginação, por meio do saber [...] O entendimento, que venceu a superstição, deve ter voz de comando sobre a natureza desenfeitiçada [...] O que os homens querem aprender da natureza é como aplicá-la para dominar completamente sobre ela e sobre os homens.
A partir do trecho acima é correto afirmar que, para Adorno e Horkheimer:
(A)) o desejo de dominação do homem sobre a natureza aboliu o mito e a magia e instaurou a racionalidade técnica e controladora.
(B) o Iluminismo propiciou simultaneamente um progresso técnico e moral a partir da libertação das superstições e dos mitos.
(C) a racionalidade moderna tende a, progressivamente, libertar os homens do medo e da dominação.
(D) o infortúnio de nossa sociedade deve-se ao malogro do ideal iluminista de pleno desenvolvimento da razão.
(E) somente a contínua desmistificação da natureza poderá nos livrar definitivamente da dominação do homem sobre o homem.
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31. Verdade e falsidade podem ser predicados das proposições, nunca dos argumentos. Do mesmo modo, propriedades de validade ou invalidade só podem pertencer a argumentos dedutivos, mas nunca a proposições. (I. Copi)
A partir desse esclarecimento de Copi é correto afirmar que:
(A) a conclusão de um argumento será necessariamente um raciocínio inválido se as premissas forem falsas.
(B) se as premissas e a conclusão de um argumento forem verdadeiras, a conclusão deve necessariamente ser resultado de um raciocínio válido.
(C)) um argumento pode conter exclusivamente proposições falsas e, apesar disso, seu raciocínio pode ser válido.
(D) as premissas de um argumento podem ser todas verdadeiras e sua conclusão válida, mas falsa.
(E) é possível determinar a verdade ou falsidade de uma premissa analisando-se a validade do raciocínio.
32. O conjunto das relações de produção (que corresponde ao grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais) constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de reprodução de vida material determina o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em geral. Não é a consciência dos homens que determina seu ser; é seu ser social que, inversamente, determina sua consciência.
É correto afirmar que o texto acima apresenta uma visão característica:
(A) do jusnaturalismo dos séculos XVII e XVIII.
(B) do idealismo alemão do século XIX.
(C) da economia política liberal.
(D) do materialismo epicurista grego.
(E)) do materialismo histórico do século XIX.
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33. O fim da filosofia é o esclarecimento lógico dos pensamentos.
A filosofia não é uma teoria, mas uma atividade. Uma obra filosófica consiste essencialmente em elucidações.
O resultado da filosofia não são proposições filosóficas, mas é tornar proposições claras.
Cumpre à filosofia tornar claros e delimitar precisamente os pensamentos, antes como que turvos e indistintos.
(L. Wittgenstein)
A visão de filosofia acima expressa gerou uma corrente significativa de trabalhos cuja característica fundamental é
(A) a fusão da filosofia com as ciências da natureza, trazendo à primeira um estatuto científico.
(B)) a ênfase em estudos voltados para as linguagens, analisando-as do ponto de vista da clareza dos conceitos e da força dos argumentos.
(C) a separação entre as ciências e a metafísica, ficando esta última como tarefa eminentemente filosófica.
(D) a ênfase na construção, por parte da filosofia, de sistemas éticos, já que as proposições sobre a natureza ficam ao encargo das ciências.
(E) o abandono de qualquer pretensão de esclarecimento conceitual nos campos tradicionais da ética e da epistemologia.
34. A ciência não é um sistema de enunciados certos ou bem estabelecidos, nem um sistema que avança constantemente em direção a um estado final. Nossa ciência não é um conhecimento (episteme): ela nunca pode pretender haver atingido a verdade, ou mesmo um substituto para ela, tal como a probabilidade [...] Embora não possa atingir a verdade nem a probabilidade, o esforço pelo conhecimento e a procura da verdade ainda são os motivos mais fortes da descoberta científica. [...] Somos sempre nós que formulamos as questões propostas à natureza; somos nós que repetidas vezes tentamos colocar essas questões para então obter um nítido "sim" ou "não". (K. Popper)
A partir do trecho acima é correto afirmar que, para Popper, as teorias científicas
(A) são convenções úteis e modelos analógicos e não têm, pois, valor ou pretensão de verdade.
(B) se caracterizam por um progresso acumulativo de verdades provadas metodicamente.
(C) constituem modelos - ou paradigmas - cuja correspondência com a realidade empírica não é possível verificar.
(D)) enunciam conjecturas cujas implicações ou conseqüências são passíveis de testes e, eventualmente, refutação.
(E) constituem um conjunto de hipótese verificadas e aceitas como verdades históricas.
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35. O homem tem uma inclinação para associar-se porque se sente mais como homem num tal estado pelo desenvolvimento de suas disposições naturais. Mas ele também tem uma forte tendência a separar-se, porque encontra em si uma qualidade insociável que o leva a querer conduzir tudo simplesmente em seu proveito, esperando oposição de todos os lados [...] Esta oposição é a que, despertando todas as forças do homem, o leva a superar sua tendência à preguiça e, movido pela busca de projeção, pela ânsia de dominação ou pela cobiça, a proporcionar-se uma posição entre os companheiros que ele não atura, mas dos quais não pode prescindir. (Kant)
A partir do trecho citado, é correto afirmar que para Kant:
(A) tal como para Rousseau, a sociedade corrompe a natureza boa e livre dos homens.
(B) o Estado significa a abdicação da liberdade natural e o fim dos conflitos.
(C) a sociabilidade natural do homem é a responsável pelo seu desenvolvimento histórico.
(D) a insociabilidade humana atrapalha o curso do desenvolvimento histórico da espécie.
(E)) o antagonismo das disposições humanas é o responsável por seu desenvolvimento.
36. É característica do movimento que costumamos designar por Renascimento a
(A) hostilidade completa em relação à filosofia clássica, sobretudo a de Platão e Aristóteles.
(B)) clara busca pela separação entre fé e razão, natureza e religião, política e Igreja.
(C) ênfase na autoridade das Sagradas Escrituras e na filosofia cristã de modo geral.
(D) concepção hierárquica de universo e de ordem política.
(E) crítica ao conhecimento produzido pelos órgãos dos sentidos.
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37. Precisamos nos desfazer de todas as idéias, de todas as crenças recebidas, ou seja, libertarmo-nos de todas as tradições, de todas as autoridades, se quisermos alguma vez reencontrar a pureza nativa da nossa razão, chegar à certeza da verdade. (A. Koyré)
É correto afirmar que, nessa passagem, Koyré se refere
(A) à necessidade que tem o cético de permanecer em dúvida, por considerar impossível alcançar qualquer certeza.
(B) à proposta de São Tomás de Aquino de integrar o costume à razão para obter o conhecimento das coisas.
(C)) ao momento em que Descartes precisou da dúvida para se desfazer de idéias pré-concebidas e fundar uma ciência inteiramente baseada na razão.
(D) à continuidade do projeto renascentista de dominação da natureza que Bacon implementou no final do século XVI.
(E) à origem da crítica da razão pura, promovida por Kant em resposta ao racionalismo do século XVII.
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38. Essas longas cadeias de razões (...), de que os geômetras costumam servir-se para chegar às suas mais difíceis demonstrações, haviam-me dado ocasião de imaginar que todas as coisas possíveis de cair sob o conhecimento dos homens seguem-se umas às outras da mesma maneira, e que, contanto que nos abstenhamos somente de aceitar por verdadeira qualquer que não o seja, e que guardemos sempre a ordem necessária para deduzi-las umas das outras, não pode haver quaisquer tão afastadas a que não se chegue por fim, nem tão ocultas que não se descubram. (Descartes)
É correto afirmar que, no trecho acima, Descartes defende que
(A) não se pode obter o conhecimento da verdade.
(B) o método geométrico descreve a realidade física.
(C) o senso comum é o início de todo conhecimento científico.
(D) o conhecimento deve partir das coisas mais complexas para as mais simples.
(E)) a essência do pensamento matemático é a invenção de relações e de uma ordem entre as relações.
39. É por isso necessário a um príncipe que deseje manter seus domínios saber como praticar o mal, e fazer uso disso ou não de acordo com a necessidade. (Maquiavel)
A partir do trecho acima, pode-se afirmar corretamente que, para Maquiavel, a virtude cívica é a
(A) qualidade de flexibilidade moral que se exige de um príncipe ou governante.
(B) capacidade de adquirir riqueza para o Estado.
(C) observação das quatro virtudes cardeais: temperança, justiça, coragem e sabedoria.
(D) capacidade de ser cruel e desse modo causar medo aos adversários.
(E) a possibilidade de ser irracional, se necessário.
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40. Desta guerra de todos contra todos os homens também isto é conseqüência: nada pode ser injusto. As noções de bem e de mal, de justiça e de injustiça, não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. (Hobbes)
Nesse trecho, retirado do Leviatã, Hobbes considera que:
(A) os valores morais são anteriores à existência das leis civis.
(B) o bem e o mal são valores absolutos, mas deles não depende a definição do justo e do injusto.
(C) naturalmente os homens tendem a criar o Estado e as leis.
(D)) é o Estado que determina o sentido da lei.
(E) em nome do direito de propriedade os homens exigem a instituição do Estado.
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41. ... devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. (Locke)
Nesse trecho, Locke define a liberdade como:
(A) licenciosidade, ou direito de fazer o que se quiser.
(B) agir de acordo com a lei civil.
(C) ausência de autoridade religiosa.
(D)) não estar sujeito ao arbítrio de ninguém.
(E) exercício da virtude moral.
42. O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. (Rousseau)
Qual das seguintes afirmações a respeito dessa célebre frase, que abre o Contrato Social, NÃO PODE SER ASSOCIADA ao pensamento de Rousseau?
(A) Rousseau considera que a desigualdade entre os homens seja criada pela sociedade.
(B) Todo tipo de relação social implica subordinação.
(C) Rousseau faz uma crítica ao processo de civilização do homem.
(D) Os homens são naturalmente livres porque nasceram naturalmente iguais.
(E)) Os reis governam por direito divino.
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43. O sol não nascerá amanhã é uma proposição tão inteligível e implica tanta contradição como o sol nascerá amanhã. Seria inútil, portanto, toda tentativa de demonstrar sua falsidade. Se fosse demonstrativamente falsa, implicaria contradição e não poderia jamais ser distintamente concebida pela mente. (Hume)
No excerto acima, é correto dizer que, segundo Hume:
(A)) é impossível provar demonstrativamente um fato da natureza.
(B) a afirmação o sol nascerá amanhã é científica.
(C) somos incapazes de imaginar o contrário de uma questão de fato.
(D) algo pode ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo.
(E) a matemática deve servir de método para o estudo da natureza.
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44. Até agora, diz Kant, a metafísica tem sido uma insensatez dogmática. Tem sido a pretensão de conhecer aqueles seres que, justamente, escapam de toda possibilidade humana de conhecimento (...). Essa metafísica não é possível. (M. Chaui)
Costumou-se designar o pensamento de Kant de filosofia crítica porque:
(A) é uma vertente do ceticismo grego.
(B) propõe que a filosofia seja somente uma crítica ao dogmatismo.
(C)) estabelece limites à possibilidade de conhecimento da razão.
(D) defende que não temos meios de conhecer nada.
(E) pretende conhecer os objetos centrais da metafísica: Deus, alma, substância etc.
45. O que Comte procura sempre são leis invariáveis, de acordo com o modelo da física e da matemática, paradigmas da ordem. Por isso, a história é pensada como uma sucessão ordenada (...), e a sociedade será pensada como uma totalidade orgânica dividida em segmentos ou classes, que se relacionam de maneira estática. (Franklin L. e Silva)
De acordo com o trecho acima, é FALSO afirmar que:
(A) A filosofia de Comte deve ser compreendida a partir do êxito das ciências exatas e naturais.
(B)) O positivismo adota o conceito de luta de classes para explicar as mudanças históricas.
(C) Ordem e progresso são noções centrais para a compreensão do positivismo.
(D) A sociologia, ciência que estuda a sociedade, deve procurar pelas leis que regem a conduta e as relações humanas.
(E) Há, no positivismo, uma crença no processo evolutivo da sociedade.
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46. A metáfora da relação entre senhor e escravo, entre quem submete e quem é submetido, procura mostrar (....) como, dialeticamente, os papéis acabam por se inverter, já que o senhor também precisa ser reconhecido como tal pelo escravo. (D. Marcondes)
No trecho acima, é correto afirmar que o autor se refere:
(A)) a uma poderosa imagem utilizada por Hegel não só para descrever o processo de constituição da consciência, mas para exemplificar as conseqüências morais da relação de escravidão.
(B) ao pensamento de Heidegger, e sua investigação filosófica dos conceitos relativos às modalidades ônticas.
(C) à fenomenologia de Husserl, que tentou separar a psicologia e filosofia, manter o privilégio do sujeito do conhecimento e ampliar o conceito de fenômeno.
(D) a um dos principais artigos da Declaração dos Direitos do Homem (1789).
(E) ao nascimento da sociologia, no final do século XIX, como estudo das relações sociais.
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47. É hábito de nosso tempo nada desejar intensamente. O ideal de caráter é não ter nenhum caráter marcante; aleijar por compressão, como fazem os chineses com os pés das mulheres, toda parte da natureza humana que projete uma saliência, e tenda a tornar uma pessoa notadamente dissimilar em relação ao perfil comum da humanidade. (Stuart Mill)
No excerto acima Stuart Mill expressa uma crítica:
(A) aos movimentos sindicais e socialistas, muito atuantes em meados do século XIX na Inglaterra.
(B) à imprensa vitoriana, que não respeitava a individualidade dos cidadãos, expondo-a à opinião pública.
(C) à doutrina positivista, e sua proposta de uma sociedade hierarquizada.
(D) aos governantes dos grandes impérios, que esmagam o potencial de desenvolvimento dos mais pobres.
(E)) aos que afirmam ser possível conhecer as verdadeiras finalidades da vida e reprimir os que se opõem a elas, disseminando falsidades perniciosas.
48. Ora, na realidade, para o existencialista, não há amor diferente daquele que se constrói; não há possibilidade de amor senão a que se manifesta no amor, não há gênio senão o que se exprime nas obras de arte. (Sartre)
De acordo com esse excerto de Sartre, é correto afirmar que:
(A) a essência do homem, seus sentimentos, sua razão, determinam o modo como ele age em relação a outros e a si mesmo.
(B) é possível definir o homem sem considerar sua cultura e sua história.
(C) as intenções equivalem a atos.
(D)) o homem é o que ele faz.
(E) a condição humana se caracteriza pela dominação de um homem por outro e pela inexistência de liberdade.
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49. A expressão microfísica do poder, cunhada pelo filósofo Michel Foucault, designa:
(A) as mudanças de regime político nos períodos revolucionários.
(B)) uma rede de dispositivos ou mecanismos de poder que se disseminam por toda a estrutura social.
(C) a forma repressiva da dominação capitalista.
(D) o Estado como instância coercitiva que origina e fundamenta todo tipo de poder social.
(E) o aparato de pompa envolvido no espetáculo das punições durante o Antigo Regime.
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50. O irracionalismo foi gerado, em parte, pela identificação que se produziu (...) entre a razão sistêmica e a razão em si. Opor-se ao sistema equivalia, assim, a opor-se à própria razão. A razão não pode deixar de ser vista como opressora, quando o poder que oprime fala em nome dela e quando ela é percebida como a única possível. (S.P. Rouanet)
A partir do excerto acima, é possível afirmar corretamente que, para a teoria da ação comunicativa de Habermas:
(A)) o irracionalismo surge, paradoxalmente, como resultado da confiança excessiva na possibilidade de esclarecimento promovida pela razão.
(B) a razão e a verdade devem estar a serviço de uma ideologia política.
(C) são racionais as proposições que correspondam a uma verdade objetiva, não a um processo argumentativo.
(D) a economia, como ciência racional, tem condições de prever o desenvolvimento da sociedade.
(E) quando vários argumentos são usados para refutar uma afirmação, a razão corre o risco de desaparecer e, junto com ela, a liberdade.
GABARITO
21B – 22C – 23E – 24D – 25A- 26C – 27D – 28E – 29B – 30A
31C – 32E – 33B – 34D – 35E – 36B – 37C – 38E – 39A – 40D
41D – 42E – 43A- 44C – 45B – 46A – 47E – 48D – 49B – 50A
http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=18
O que é Ética e Moral:
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
http://www.significados.com.br/etica-e-moral/
Mitologia grega e religião
Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importãncia, considerado a divindade seprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.
Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Grécia Antiga e suas características.
Nome do deus - O que representava
Zeus - rei de todos os deuses
Atena - sabedoria, guerra, justiça e artes.
Afrodite - amor
Ares - guerra
Hades - mundo dos mortos e do subterrâneo
Hera - protetora das mulheres, do casamento e do nascimento
Poseidon - mares e oceanos
Eros - amor, paixão
Héstia - lar
Apolo - luz do Sol, poesia, música, artes, beleza masculina
Ártemis - caça, castidade, animais selvagens e luz
Deméter - colheita, agricultura
Dionísio - festas, vinho e prazer
Hermes - mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos diplomatas.
Hefesto - metais, metalurgia, fogo e trabalho.
Crono - tempo
Gaia - planeta Terra
http://www.suapesquisa.com/musicacultura/deuses_gregos.htm
VER AINDA:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/classicos-filosoficos-por-que-ler-as-obras-que-marcaram-a-historia-do-pensamento.htm#fotoNav=1
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
População Mundial
População mundial chega a 7 bilhões de pessoas, diz ONU
Censo dos EUA indica que marca só será alcançada em 2012. Para pesquisador, data da ONU é simbólica e serve para debater tema.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
A população mundial vai atingir a marca de 7 bilhões de pessoas na próxima segunda-feira (31), de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que usou estimativas de demografia e selecionou a data de forma simbólica para debater o tema e discutir ideias de crescimento e sustentabilidade.
O número será alcançado apenas 12 anos depois de um bebê nascido em Sarajevo ter sido nomeado pela ONU como o 6º bilionésima pessoa a nascer, e 24 anos depois de o 5º bilionésimo ter nascido na Bósnia.
Segundo o Departamento do Censo dos Estados Unidos, entretanto, o dado das Nações Unidas é precoce, e a população mundial é de "apenas" 6,97 bilhões no final de outubro. A marca de 7 bilhões, segundo o dado dos demógrafos americanos, chegaria apenas em abril do próximo ano.
A variação entre os números de diferentes fontes é algo normal, segundo pesquisadores de demografia. O número de 7 bilhões "não é um valor exato", diz José Alberto Magno de Carvalho, que já foi Presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais e da International Union for Scientific Study of the Population (a associação internacional mais importante em demografia).
Em entrevista ao G1, ele explicou que a definição de uma data para marcar a chegada aos 7 bilhões de pessoas serve para reforçar a discussão sobre o tema. "Podemos já ter passado deste número, ou nem ter chegado ainda a essa quantidade. Trata-se de uma estimativa, pois há países em que os dados são melhores, mais confiáveis, e outros lugares que têm números sem uma base sólida", disse.
Ele ressaltou, entretanto, que a maior parte dos dados usados na estimativa da ONU tem relevância e a data escolhida como marco está bem próxima da realidade da população mundial. “A China, que tem a maior população, tem um levantamento populacional bem razoável atualmente. O problema é que mesmo nos países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, o censo nunca tem cobertura perfeita. Nem mesmo no Brasil, onde a contagem é muito séria, pode-se falar em cobertura total”, disse.
Segundo o pesquisador americano John Bongaarts, vice-presidente do Population Council, organização que realiza estudos sobre a população mundial, a variação do número real de pessoas no mundo pode chegar à ordem de 100 milhões de pessoas para mais ou para menos em relação à estimativa da ONU, o que não afetaria totalmente a discussão a respeito do crescimento populacional.
(População da Nigéria, assim como de todo o continente africano, é uma das que mais cresce no mundo).
Velocidade de crescimento
O crescimento da população mundial nas últimas décadas foi rápido, impulsionado especialmente por uma maior expectativa de vida - a média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950. A velocidade de aumento populacional começa a diminuir de ritmo, entretanto, graças a taxas de natalidade cada vez menores. Depois de a população crescer até 2% ao ano na década de 1960, a taxa de aumento do número de pessoas no mundo está se estabilizando em metade disso.
Segundo a previsão mais atual da ONU, vão ser necessários 14 anos para que surja mais um bilhão de pessoas no mundo, e a população mundial só deve chegar a dez bilhões de pessoas no fim do século. A mudança na tendência não só vai fazer com que o ritmo de crescimento seja mais lento, mas como vai gerar um envelhecimento da população, criando sociedades com mais pessoas idosas do que jovens. Isso vai fazer com que a população "envelheça". Segundo o relatório da ONU, em 2011 há no mundo 893 milhões de pessoas com mais de 60 anos, mas no meio do século este número passará de 2,4 bilhões.
Mundo heterogêneo
Apesar de ser apresentada como um único bloco, a população mundial vive momentos muito heterogêneos em relação a seu tamanho e sua taxa de crescimento. Cerca de 60% da população mundial vive na Ásia. Somente na China e na Índia, juntas, há mais de 2,5 bilhões de pessoas. A África tem 15% das pessoas do mundo atual, enquanto um quarto da população vive no resto do mundo (Américas, Oceania e Europa). No Brasil, a população não chega a 200 milhões.
O quadro futuro vai mudar bastante, entretanto. Enquanto a população da Europa tem uma taxa de fecundidade de apenas 1,53 - estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo, o que indica envelhecimento e diminuição da população - na África a taxa de fertilidade chega a 4,64. Na América Latina a taxa é de 2,3, Na América do Norte e na Ásia de 2,03 e na Oceania de 2,49.
Enquanto no Reino Unido, o número de pessoas com mais de 85 anos dobrou entre 1985 e 2010, o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período. No sul da África, por outro lado, a previsão é de que a população triplique em 40 anos. Segundo dados divulgados pela rede britânica BBC, enquanto a fertilidade global caiu de cinco para 2,5 crianças desde 1950, as mulheres de Zâmbia têm seis filhos, em média.
Segundo a ONU, um quinto da população mundial vive em países com alta fertilidade. É ali que a população mais cresce, e que pode chegar a 2 bilhões de pessoas em 2050.
Brasil precisa melhorar qualidade de vida e diminuir desigualdade, diz ONU
Relatório sobre o mundo com 7 bilhões de pessoas foi divulgado em MG.
Segundo a ONU, Brasil precisa enfrentar desafio da sustentabilidade.
Alex AraújoDo G1 MG
O Brasil deve trabalhar com políticas sociais e econômicas para diminuir a pobreza e as desigualdades, aumentar o acesso à educação e melhorar a qualidade de vida, segundo Organização das Nações Unidas (ONU). Relatório global divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) alerta para os desafios a serem enfrentados pelos países diante do mundo que deve contabilizar 7 bilhões de habitantes em 2011.
O relatório foi lançado em Belo Horizonte abordando temas como redução da pobreza, fecundidade, envelhecimento da população, entre outros, no marco dos 7 bilhões de pessoas, que deve ser alcançado no final de outubro, de acordo com a ONU.
“O Brasil ilustra o argumento de que as políticas sociais e políticas, como educação, saúde e emprego, precisam se tornar naturais nas famílias”, afirmou Harold Robinson, representante da UNFPA no Brasil. Segundo ele, o país conseguiu reduzir a pobreza e o crescimento populacional, mas ainda precisa diminuir as desigualdades. “A pobreza extrema no Brasil caiu e houve aumento de renda, mas o país deve investir em políticas públicas para diminuir as desigualdades diante do aumento populacional global”, afirma.
O objetivo do relatório é alertar os governos e as populações sobre as dinâmicas populacionais em nível mundial. “O que se fizer agora, o resultado será visto em 2050”, diz Robinson. “Na verdade, o desafio é aumentar a qualidade de vida e a sustentabilidade do planeta.”
Alcançar um nível de vida melhor e com menos impacto na natureza são objetivos que devem ser buscados como prioridade pelo Brasil, na avaliação do representante. Conforme Robinson, um ponto deficitário é questão do transporte, com uso de gasolina e diesel, combustíveis que poluem o meio ambiente. “O transporte é deficitário no ponto de vista da sustentabilidade, porque as pessoas usam meios que precisam do petróleo”, diz.
Ainda segundo o representante da ONU, no Brasil existe uma grave desigualdade a ser combatida entre as regiões centro-sul, Norte e Nordeste do país, as duas últimas, com menos acesso à educação e saúde. “O Brasil é um dos primeiros países a enfrentar esse desenvolvimento tão rápido. Por isso, precisa de adequações.”
Queda da pobreza extrema
A pobreza extrema no Brasil, de 2003 a 2011, caiu de 10,9% para 5%, segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos especialistas convidados que participou da divulgação dos dados pela ONU.
Segundo Castro, a renda brasileira, de 1995 a 2011, teve um crescimento de 65% para os pobres e de 11% para os ricos, mas cerca de 30% dos jovens brasileiros são extremamente pobres porque não têm conexão com o mercado de trabalho.
A mulher, por sua vez, entra no mercado de trabalho de ainda mais forma precária, ganhando 80% do salário do homem, apesar de todo o preparo e estudo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 30% estavam na escola em 1995 e, em 2009, o percentual subiu para 50%.
A taxa de mortalidade no Brasil passou de 53% para 22% entre 1990 a 2008. Para 2015, a meta do milênio das Nações Unidas é de que seja reduzida ainda mais, para chegar a 17,9%.
Por outro lado, a população brasileira não aumenta a níveis como os da África e Ásia, principalmente em razão da baixa taxa de fecundidade do país. Entre os fatores apontados estão a entrada da mulher no mercado de trabalho e as políticas públicas de saúde e educação, com casais que têm apenas um filho, ou que preferem não ter nenhum.
Queda da pobreza extrema
A pobreza extrema no Brasil, de 2003 a 2011, caiu de 10,9% para 5%, segundo Jorge Abrahão de Castro, diretor de estudos e políticas sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos especialistas convidados que participou da divulgação dos dados pela ONU.
Segundo Castro, a renda brasileira, de 1995 a 2011, teve um crescimento de 65% para os pobres e de 11% para os ricos, mas cerca de 30% dos jovens brasileiros são extremamente pobres porque não têm conexão com o mercado de trabalho.
A mulher, por sua vez, entra no mercado de trabalho de ainda mais forma precária, ganhando 80% do salário do homem, apesar de todo o preparo e estudo. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 30% estavam na escola em 1995 e, em 2009, o percentual subiu para 50%.
A taxa de mortalidade no Brasil passou de 53% para 22% entre 1990 a 2008. Para 2015, a meta do milênio das Nações Unidas é de que seja reduzida ainda mais, para chegar a 17,9%.
Por outro lado, a população brasileira não aumenta a níveis como os da África e Ásia, principalmente em razão da baixa taxa de fecundidade do país. Entre os fatores apontados estão a entrada da mulher no mercado de trabalho e as políticas públicas de saúde e educação, com casais que têm apenas um filho, ou que preferem não ter nenhum.
A população do mundo
Segundo o relatório dos 7 bilhões, o continente asiático vai permanecer a área mais populosa no planeta no século XXI, mas a população da África avança e deve triplicar, chegando a até 3,6 bilhões em 2100, conforme as estimativas da UNFPA.
Em 2011, 60% da população mundial vive na Ásia e 15% vive na África. Estima-se que a população da Ásia, 4,2 bilhões, atinja seu pico na metade deste século, com um total de 5,2 bilhões de habitantes.
Um dos motivos do aumento populacional nas últimas décadas foi a queda da mortalidade mundial - uma queda de 133 óbitos para cada mil nascidos, na década de 1950, para 46 em cada mil nascidos entre 2005 e 2010. Além disso, a expectativa de vida, que era de 48 anos na década de 1950, subiu para 68 anos na primeira década do século XXI.
O número de filhos também caiu mais do que a metade, em razão do crescimento econômico e do desenvolvimento dos países, métodos de planejamento familiar e informação. Eram cerca de seis filhos por casal há 50 anos, passando para 2,5 filhos por mulher nesta década. Ainda assim, há países na África em que a média é de cinco filhos por casal.
Segundo relatório publicado em maio deste ano pela Divisão de População do Departamento de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas, a população global deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas em 2050.
Cerca de 4,55 bilhões de humanos ainda vivem desconectados da grande rede
São Paulo — Uma observação dos números de acesso à internet por país revela que só 35% da população mundial – 2,45 bilhões de pessoas – estão conectados. Os demais 4,55 bilhões de humanos ainda vivem no século passado no que se refere à tecnologia (veja as tabelas no final do texto).
Os dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT, números referentes a 2011, os mais recentes disponíveis) também evidenciam a desigualdade entre os países. A Índia, por exemplo, é a terceira colocada em quantidade de internautas. 120 milhões de indianos têm acesso à rede, seja por meio de conexões cabeadas ou de serviços móveis. Mas eles são só 10% da população do país.
A Islândia está na situação oposta. Com 95% da população conectada, é o estado soberano onde o acesso à internet está mais difundido. Mas, como o país é pouco povoado, esse contingente soma menos de 300 mil pessoas, pouco mais de 1 milionésimo dos internautas no mundo. Como a Islândia, muitos dos países com alto índice de conexão são pouco povoados.
O Brasil fica na zona intermediária. Aqui, a estimativa da UIT é que 45% da população tenha acesso à internet, o que equivale a quase 90 milhões de pessoas. É o quinto país com mais internautas. Revista Exame
Saúde global
População mundial vive mais, porém cada vez mais doente
Maior levantamento já feito sobre saúde global mostrou que doenças crônicas, causadas por fatores de risco como hipertensão, tabagismo e obesidade, estão se tornando cada vez mais prevalentes no mundo
A revista médica The Lancet dedicou toda a sua nova edição, publicada nesta sexta-feira, ao estudo Global Burden of Disease
Study 2010 (Carga de Saúde Global 2010), que avaliou as doenças e mortes em todo o mundo ao longo de 20 anos. O documento mostrou que, nesse período, a população mundial passou a viver mais, mas com pior saúde. Em partes, isso se deve ao fato de que, enquanto as doenças graves infecciosas estão sendo cada vez mais combatidas, cresce o número de condições crônicas. Ou seja, condições que fazem mal, causam dores e prejudicam a qualidade de vida, mas que não matam de forma imediata.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Global Burden of Disease Study 2010
Onde foi divulgada: revista The Lancet
Quem fez: Christopher Murray e equipe
Instituição: Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde e Universidade de Washington, Estados Unidos
Dados de amostragem: População de 180 países
Resultado: A longevidade da população mundial aumentou, mas ela está vivendo cada vez mais doente. Fatores de risco que levam a doenças crônicas, como hipertensão e obesidade, estão aumentando cada vez mais. A mortalidade infantil e a desnutrição, por outro lado, diminuíram em 20 anos.
O projeto, feito pelo Instituto de Métrica e Avaliação em Saúde (IHME, sigla em inglês) e pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, também contou com a colaboração de mais de 300 instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil. Ao todo, o estudo analisou os quadros de saúde de 180 países. O trabalho é considerado o maior já feito para descrever as doenças e os fatores de risco ao redor do mundo.
A pressão arterial é o maior fator de risco para a saúde atualmente, tendo sido responsável por nove milhões de óbitos no mundo em 2010, apontou a pesquisa. Em segundo e terceiro lugares estão, respectivamente, o tabagismo e o alcoolismo, que ultrapassaram a fome infantil. Na maior parte do que o projeto chamou de América Latina Tropical, que inclui o Brasil, porém, o álcool figura como o principal fator de risco para a saúde. Doenças associadas à bebida mataram quase cinco milhões de pessoas em todo o mundo em 2010.
População pesada — Enquanto a mortalidade global por desnutrição caiu, o fator de risco para a saúde que mais cresceu nos últimos vinte anos foi o excesso de peso — em 1990, ele correspondia ao décimo lugar ; em 2010, ao sexto. Hoje, maus hábitos alimentares e sedentarismo correspondem a 10% da carga de doença global. De acordo com os resultados, o sobrepeso foi responsável por três milhões de mortes ao redor do mundo em 2010 — um número três vezes maior do que os óbitos por desnutrição.
"Passamos de um mundo de 20 anos atrás em que as pessoas não comiam o suficiente para um mundo, inclusive em países em desenvolvimento, onde há muita comida, mas não saudável, que nos faz muito mal", diz Majid Ezzati, do Imperial College de Londres e um dos autores do estudo.
Má qualidade de vida — O estudo também listou os principais fatores responsáveis por piorar a qualidade de vida conforme a idade avança. São eles: dor nas costas, depressão, anemia por deficiência em ferro, dor no pescoço, doença pulmonar obstrutiva crônica, problemas muscoesqueléticos, distúrbios de ansiedade, enxaqueca, diabetes e quedas.
Mortalidade — Um dos avanços significativos que o estudo observou ao longo desses vinte anos foi a queda da mortalidade infantil. No entanto, isso não quer dizer que os números já são ideais. Condições como diarreia por rotavírus e sarampo ainda matam mais de um milhão de crianças menores do que cinco anos todos os anos, apesar da existência de vacinas eficazes contra tais doenças.
Se, por um lado, a mortalidade infantil está diminuindo a cada ano, o relatório observou um aumento de 44% no número de mortes entre pessoas de 15 a 49 anos entre 1970 e 2010. Os autores atribuem esse dado, entre outras coisas, ao aumento da violência e ao vírus HIV, para o qual ainda não foi encontrada uma cura. Em 2010, a aids foi a sexta principal causa de morte no mundo - com 1,5 milhão de mortes.
"Estamos descobrindo que poucas pessoas estão vivendo com perfeita saúde e que, com a idade, elas acumulam condições crônicas", dize Christopher Murray, diretor do IHME. "A nível individual, isso significa que nós devemos repensar como a vida será para nós aos 70 ou 80 anos de idade. Esses resultados também devem provocar profundas implicações para os sistemas de saúde em termos de definir prioridades.”
Principais fatores de risco à saúde em 1990
1º lugar: Baixo peso infantil
2º lugar: Poluição dentro de casa
3º lugar: Tabagismo
4º lugar: Pressão alta
5º lugar: Deficiência de amamentação
6º lugar: Alcoolismo
7º lugar: Poluição ambiental
8º lugar: Baixa ingestão de frutas
9º lugar: Altos níveis de açúcar no sangue
10º lugar: Obesidade
Principais fatores de risco à saúde em 2010
1º lugar: Pressão alta
2º lugar: Alcoolismo
3º lugar: Tabagismo
4º lugar: Poluição dentro de casa
5º lugar: Baixa ingestão de frutas
6º lugar: Obesidade
7º lugar: Altos níveis de açúcar no sangue
8º lugar: Baixo peso infantil
9º lugar: Poluição ambiental
10º lugar: Sedentarismo
Revista veja
Metade da população mundial vive em áreas urbanas, sendo que um terço destas está em favelas e assentamentos informais. O número de pessoas morando em favelas aumentou de 760 milhões, em 2000, para 863 milhões, em 2012. Estimativas apontam que, até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em cidades.
O Diretor Executivo da ONU-HABITAT, Joan Clos, lembrou aos delegados do fórum que no início deste mês Ban Ki-moon pediu por ações efetivas dos governos, organizações internacionais e grupos da sociedade civil nos próximos mil dias, para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até seu prazo final, em 2015. Clos acrescentou que a forma como os governos vão desenvolver suas aldeias, bairros e cidades terá um impacto significativo na qualidade de vida de milhões de cidadãos.
“A maior parte do crescimento urbano do mundo ocorre em países em desenvolvimento, onde muitos centros urbanos já tem infraestrutura inadequada e autoridades estão à procura de soluções para responder adequadamente às demandas da rápida expansão das populações urbanas, especialmente de jovens e pobres”, disse o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma mensagem para a 24ª sessão do Conselho de Governança do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT).
Cerca de 1,2 mil milhões de pessoas (20% da população mundial), vive penosamente, muito abaixo do limiar mínimo da pobreza (com menos de um dólar por dia); 850 milhões de seres humanos sofrem de fome e 30 mil morrem de causas directamente relacionadas com a pobreza. Estes dados vêm referidos na Mensagem do Presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio da Fonseca, para o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Apesar de a União Europeia ser considerada uma das regiões mais ricas do mundo, “17% da sua população não tem os meios necessários para satisfazer as suas necessidades mais básicas”.
Estrutura da população mundial
A Distribuição da População
1. A distribuição pelos espaços geográficos
2. A idade e o sexo da população
3. A tipologia étnica
A população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e falta em outras.
O relevo, o clima, a vegetação e os rios exercem influência sobre a distribuição dos grupos humanos.
As regiões facilmente ocupadas pelo homem são denominadas ecúmenas.
Aos vazios demográficos chamamos de regiões anecúmenas, isto é, de difícil ocupação humana.
As altas montanhas, as regiões polares e os desertos dificultam a ocupação humana, sendo bons exemplos de regiões anecúmenas.
Por outro lado, existem regiões na Terra, nas quais os homens se "acotovelam" por falta de espaço. É o caso do sul, do leste e do sudeste da Ásia, que reúnem mais da metade da população do globo. Por esse fato, essa região é considerada um "formigueiro humano".
1. A distribuição pelos espaços geográficos
Pela distribuição da população nos continentes, notamos que:
• A Ásia é o continente mais populoso, com quase 60% do total mundial;
• A Ásia é também, o continente mais povoado, com quase 80 hab/km2;
• A Oceania é o continente menos populoso e menos povoado;
• A Antártida é o continente não habitado (despovoado).
Com mais de 160 milhões de habitantes, o Brasil é:
• o quinto país mais populoso do mundo;
• o segundo país mais populoso do continente americano e de todo o hemisfério ocidental, superado apenas pelos Estados Unidos;
• o país mais populoso da América do Sul e de toda a América Latina.
A distribuição da população no Brasil é, também, bastante irregular:
• o Sudeste é a região mais populosa e a mais povoada;
• o Centro-Oeste é a região menos populosa;
• o Norte ou Amazônia é a região menos povoada.
Na distribuição da população pelos Estados, temos que:
• o Rio de Janeiro é o mais povoado, com quase 300 hab/km2;
• São Paulo é o mais populoso, com cerca de um quinto (20%) da população brasileira;
• Roraima é o menos populoso e o menos povoado, com menos de 1 hab/km2.
As Populações Rural e Urbana
Até 1960, predominava no Brasil a população rural. No recenseamento de 1970 já se constatou o predomínio da população urbana, com 56% do total nacional.
À medida que um país se desenvolve industrialmente, a tendência geral é o abandono do campo em direção às cidades. O homem procura nos centros urbanos melhores condições de vida, conforto, salários e garantias. É o fenômeno do êxodo rural.
Atualmente, 75% da população brasileira urbana, isto é, vive nas cidades. No estado do Rio de Janeiro, a população urbana é de 95%.
2. A idade e o sexo da população
Quanto à idade, a população está dividida em três grupos:
• Jovem, de 0 a 19 anos;
• Adulto, de 20 a 59 anos;
• Velho, ou senil, com 60 anos e mais.
A força de trabalho de uma população está mas concentrada na idade adulta e se constitui na população ativa de um país.
Nos países desenvolvidos, em geral, predominam os adultos e os velhos. Nos países subdesenvolvidos e naqueles em fase de desenvolvimento, predomina a população jovem.
Em alguns países, como a França e a Inglaterra, há o predomínio dos adultos. Isso se deve ao baixo índice de natalidade e ao fato de que a média de vida é mais longa, alcançando mais de 70 anos.
Os brasileiros possuem uma longevidade média de 64 anos, sendo de 62 anos para os homens e de 66 anos para as mulheres.
Quanto ao sexo, a população é composta por homens e mulheres.
Quanto aos números de homens e de mulheres é comum:
• haver um equilíbrio na idade jovem;
• predominarem as mulheres nas idades adulta e velha.
É que os homens, por razões diversas, vivem menos tempo que as mulheres, isto é, morrem geralmente antes.
Em países de imigração, devido à entrada de mais trabalhadores, quase sempre predominam os homens. É o caso da Austrália e de alguns outros países.
No Brasil, em cada grupo de 1 000 pessoas existem 501 mulheres e 499 homens.
A representação gráfica da idade e do sexo da população é feita através das pirâmides etárias. Nelas, as mulheres ficam sempre do lado direito, os jovens embaixo, os adultos no meio e os velhos em cima.
3. A tipologia étnica
Por muito tempo, e ainda hoje, tem sido comum dividir a população nas raças branca, negra, amarela e mestiça. Essa distinção pela cor não é correta, pois entre um português moreno e um russo (eslavo) existem muitas diferenças, apesar de ambos serem brancos.
Hoje em dia, ao invés de se falar em raça, fala-se em etnia. Um dado grupo étnico possui semelhanças não só fisionômicas, mas também culturais.
A determinação do grupo étnico a que pertence uma pessoa não é tarefa fácil e não pode ser tomada apenas pela cor.
O povo brasileiro é composto etnicamente por brancos de origem européia, negros de origem africana, amarelos (indígenas e asiáticos) e mestiços.
As diferenças de cor, de origem, têm sido problemas sérios em muitos países.
Na África do Sul, onde numericamente predominam os negros, existia até 1991 uma violenta segregação racial, com exagerada discriminação social e econômica, denominada apartheid.
No Brasil, perante as nossas leis, todos os grupos étnicos constituem um só conjunto: a população brasileira.
Recordar é saber
• O Estado de maior população absoluta é São Paulo, o de maior densidade é o Rio de Janeiro.
• A população urbana predomina no Brasil desde 1970.
• São ecúmenas as regiões de fácil ocupação humana, sendo, por isso, habitadas permanentemente.
• São anecúmenas as regiões de difícil ocupação humana, como os desertos, as altas montanhas e as regiões polares.
• A Ásia é o continente mais populoso e mais povoado da Terra.
• A população brasileira está mais concentrada na Grande Região Sudeste.
• A segregação racial na África era denominada Apartheid.
• No Brasil todos os grupos étnicos são iguais perante a lei.
• A população ativa é composta sobretudo de adultos e homens.
• Na Austrália predominam, numericamente, os homens; no Brasil, as mulheres.
• Na pirâmide etária representamos à idade e o sexo de uma população.
• Os negros, os brancos, os amarelos e os mestiços são grupos étnicos, e não raças.
Brasilescola
Os idosos no Brasil
Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento.
A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.
Brasil avança, mas é quarto país mais desigual da América Latina, diz ONU
Relatório do programa ONU-Habitat traz dados sobre distribuição de renda.
Segundo o estudo, país só está atrás de Guatemala, Honduras e Colômbia.
Bernado TabakDo G1, no Rio
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Apesar do crescimento econômico, que levou o país a ultrapassar o Reino Unido e consolidar o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, o Brasil ainda é uma nação de desigualdades. Segundo relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o Brasil é o quarto país mais desigual da América Latina em distribuição de renda, ficando atrás somente de Guatemala, Honduras e Colômbia.
O Brasil, no entanto, avançou no combate a desigualdades nas últimas décadas. De acordo com o estudo, o país era, em 1990, o número 1 do ranking das nações com pior distribuição de renda.
De acordo com o levantamento “Estado das cidades da América Latina e do Caribe 2012 – Rumo a uma nova transição urbana”, divulgado nesta terça-feira (21), a América Latina é a região mais urbanizada do mundo. O relatório projeta que a taxa de população urbana chegará a 89% em 2050. O índice de urbanização brasileira foi o maior em toda a América Latina, entre 1970 e 2010. Hoje, 86,53% da população brasileira vivem em cidades.
O rápido crescimento, no entanto, não significou o desenvolvimento das regiões urbanas do país, que sofrem com problemas de infraestrutura, moradia, transporte, poluição e segurança pública. Além disso, cinco cidades brasileiras estão entre as que têm pior distribuição de renda entre as camadas da população em toda a América Latina: Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
O estudo destaca o forte crescimento do PIB brasileiro, de 1970 a 2009, deixando para trás o México e os países que formam o Cone Sul – Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai – e “cobrando relevância mundial”. Hoje, o PIB do país representa 32% do total do PIB da América Latina. Ainda assim, quando se analisa o PIB per capita, o Brasil ocupa uma modesta 13ª colocação, de pouco mais de US$ 4 mil por ano, abaixo da média latino-americana e dos países mais desenvolvidos da região, como México, Chile, Argentina e Uruguai, e até mesmo da Venezuela, que tem a economia muito dependente do petróleo.
O Brasil ainda perde para a maioria dos vizinhos na questão da pobreza. Pouco mais de 20% da população vivem em situação de pobreza ou indigência, percentual maior do que no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Peru. Costa Rica e Panamá também ficam a frente do Brasil, com menores percentuais na
Entretanto, o número de pobres e indigentes no Brasil caiu pela metade em duas décadas: de 41%, em 1990, para 22% da população em 2009. Argentina e Uruguai também reduziram pela metade o número de pobres, que hoje são 9% da população, em ambos os países. Mas foi o Chile o grande campeão no combate à pobreza, com redução de 70% - de 39%, em 1990, para 12%, em 2009, referente a percentual da população pobre no país.
De acordo com o pesquisador Erick Vittrup, oficial principal de assentamentos humanos da ONU-Habitat, hoje existem 124 milhões de pessoas pobres vivendo nas cidades, o que equivale a cerca de 25% da população total da América Latina. Destes, 111 milhões moram em favelas.
saiba mais
A ONU-Habitat considera como pobre quem vive com menos de US$ 2 por dia (cerca de R$ 4). “Se nada for feito para mudar esse panorama, em nível mundial, toda a população urbana de hoje, que corresponde a 3,5 bilhões de pessoas, vai morar em favelas, em 2050”, afirmou. Atualmente, 1 bilhão de pessoas vivem em favelas, em uma população global de 7 bilhões de pessoas.
Veja o que o relatório fala sobre alguns indicadores brasileiros:
Saneamento
O estudo da ONU-Habitat mostra que o Brasil é apenas a 19ª nação da América Latina em atendimento de saneamento básico. De acordo com a pesquisa, pouco mais de 85% da população urbana têm saneamento em casa, sendo que as cidades intermediárias são as menos favorecidas neste quesito.
Água
Erick Vittrup ressalta que, apesar de quase a totalidade do território urbano brasileiro ser coberto por abastecimento de água encanada, ainda há muitos problemas de fornecimento em favelas e em áreas na periferia das cidades, onde o fornecimento sofre interrupções com alguma frequência. “A qualidade da água em muitas regiões também é ruim, pois existe uma cobertura precária de estações de tratamento”, disse.
Favelas
O Brasil é o 14ª país da América Latina, segundo o relatório, com mais pessoas vivendo em favelas. No país, 28% da população moram em comunidades com infraestrutura precária, a grande maioria em situação informal. O índice de moradores de favelas no Brasil é mais alto do que a média latino-americana, de 26%.
Poluição
O levantamento afirma que o Brasil é o segundo maior poluidor da América Latina, responsável pela emissão de 23% gases que provocam o efeito estufa na região. O percentual é igual às emissões de todos os países do Caribe somados aos quatro países do Cone Sul. O Brasil só perde para o México, que é responsável pela emissão de 30% dos gases poluidores na região. De acordo com a pesquisa, 77% do gás carbônico emitido na cidade de São Paulo são originados de veículos de transporte individual, como carros de passeio, caminhonetes, picapes e motos – o percentual mais alto do Brasil.
Transportes
São Paulo também é citada no estudo como uma das cidades brasileiras que mais sofrem com o trânsito. Segundo o relatório, cada ocupante de um automóvel produz, em quantidade de horas, 11 vezes mais congestionamento do que o passageiro de um ônibus. Ainda de acordo com o estudo, os engarrafamentos na capital paulista ocasionam um custo adicional de operação de 15,8% para os transportes públicos.
Violência e feminicídio
O relatório afirma que a violência e a delinquência são consideradas, de acordo com pesquisas de opinião, as principais preocupações dos cidadãos latino-americanos. A Taxa de Homicídios anual da Região é a mais elevada do mundo, com mais de 20 mortes por cada 100 mil habitantes. “O Rio de Janeiro já esteve no top 10 das cidades mais violentas. Agora, as cidades mais inseguras se encontram na Guatemala e no México. Mas o Brasil ainda tem cidades muito violentas”, afirma Erick Vittrup.
O estudo ainda afirma que o Brasil é um dos países com a mais alta taxa de feminicídio - todos os assassinatos de mulheres relacionados à violência de gênero - do mundo, ficando na 11ª colocação na América Latina.
Futuro promissor à vista
O levantamento da ONU-Habitat ressalta que, apesar dos problemas e desafios para desenvolver as cidades, o Brasil e a América Latina estão prestes a viver um novo ciclo de transição urbana, que tem como objetivo garantir a “melhora fundamental da qualidade de vida nas cidades”, com igualdade e sustentabilidade.
O estudo ainda afirma que “um dos casos mais famosos e exitosos” da América Latina com relação à regulamentação da administração pública das cidades é a Lei de Responsabilidade Fiscal, promulgada no Brasil em 2000. A lei impõe um controle na capacidade de endividamento e equilíbrio nas contas públicas, e proíbe a acumulação de déficits de um período de governo para outro.
Para Erick Vittrup, as principais soluções para as cidades consistem em promover políticas de harmonização e coesão territorial, acelerar o ritmo das reformas urbanas e investir mais esforços no monitoramento das cidades. Para ele, existe experiência, capacidade, recursos e consciência política para melhorar a qualidade de vida nas cidades. “O principal desafio é como desenvolver instrumentos para combater as desigualdades enormes dentro das cidades”, finaliza.
Brasil, Santa Catarina e Jaragua do Sul
Brasil geografia física e aspectos político-econômicos e sociais
Quinto
maior país em área, ocupa cerca de 47% da América do Sul.
Apresenta grande variedade vegetal mas pouca variação climática,
devido à maior parte de seu território estar na zona
intertropical.
ASPECTOS
FÍSICO-NATURAIS
Relevo:
é antigo e apresenta altitudes modestas. Por se encontrar no meio
da placa tectônica Sul-Americana, longe das regiões de encontro de
placas, não possui dobramentos modernos em seu território (por
isso as altitudes são baixas). Também não possui vulcões nem
abalos sísmicos. Bacias sedimentares (como a do rio Amazonas)
cobrem cerca de 58% do território.
Há
também, em 36% do Brasil, escudos cristalinos - estruturas marcadas
pela ocorrência de grandes jazidas de minerais metálicos, como a
de Serra de Carajás, e de um relevo aplainado, como os marres de
morros do Sudeste e os chapadões no Nordeste. No restante do
território, aparecem os derramamentos basálticos, áreas que
sofrem vulcanismo e foram cobertas por material magmático que se
decompôs e deu origem à fértil terra roxa.
Clima:
de forma geral é quente e úmido, com exceção do sul
(sub-tropical, menos úmido e mais frio). As regiões próximas à
linha do Equador registram variações do clima equatorial (como o
úmido e o super-úmido). Nas regiões restantes, há variações de
clima tropical - como o tropical de altitude, o tropical típico e o
tropical continental.
Recursos
naturais: grandes
formações vegetais, como a floresta amazônica, propiciam grande
variedade de produtos a explorar para diversos fins: da madeira aos
frutos, da alimentação familiar à indústria cosmética e médica.
Recursos minerais também são numerosos e muito importantes
economicamente, com destaque para o petróleo, ferro, manganês e
água, tendo o Brasil as maiores reservas desses produtos.
ASPECTOS
ECONÔMICOS, POLÍTICOS E HUMANOS
População:
com
190 milhões de habitantes, o Brasil tem a quinta maior população
do mundo, mas apresenta baixas densidades populacionais - devido à
grande extensão do seu território. Os brasileiros se concentram ao
longo do litoral, principalmente na zona da mata nordestina e na
região sudeste. A partir da década de 1940, houve intensa migração
para as cidades, gerando crescimento urbano (hoje, a maior parte da
população é urbana) e diminuição das taxas de natalidade e de
mortalidade. A maior parte da população é jovem ou adulta,
caminhando para o envelhecimento.
Economia:
maior
economia da America Latina e uma das dez maiores no mundo. Grande
exportador de produtos agropecuários e minerais, os setores
primário e secundário geram a maior parte das riquezas, mas o
terciário é o que mais emprega. No setor primário destacam-se a
produção de soja, laranja, cana-de-açúcar e gado. No setor
secundário, chama atenção a produção automotiva, aeronáutica e
têxtil, além da indústria extrativista mineral (com petróleo,
ferro, manganês e alumínio). O setor terciário apresenta grande
informalidade, pois a modernização dos outros setores criou
contingente de desempregados que não totalmente absorvidos pelo
setor de serviços.Política:
o
Brasil é uma república federativa presidencialista com separação
entre os três poderes (executivo, legislativo e judiciário). O
mandato presidencial tem quatro anos, com possibilidade de
reeleição. Desde 1988, o país segue a mesma constituição, sua
lei máxima, cujo cumprimento é assegurado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) assegurar seu cumprimento.
Reservas minerais
Petróleo
A
plataforma continental
brasileira
é rica em jazidas de petróleo. Dela são extraídas 60% da produção
nacional. As reservas de petróleo do país somam 2.816 milhões de
barris2.
O
petróleo começou a ser explorado no Brasil em 1953. Atualmente, a
produção é quase toda consumida internamente, exportando-se apenas
uma pequena porção já refinada. Apesar do surgimento de novos
poços e do contínuo aumento da produção, o petróleo explorado no
Brasil não é suficiente para atender às necessidades do país.
Existem
5.511 poços de petróleo em produção no país, sendo 4.872
terrestres e 639 marítimos. A maior parte da produção vem da Bacia
de Campos, no estado
do Rio de Janeiro, descoberta em 1974. Utilizando tecnologia nacional
de exploração em águas profundas, a produção da Bacia de Campos
alcança 52.600 m3 (330 mil) barris por dia.
Na
região do Recôncavo Baiano, estado da Bahia, o petróleo vem sendo
explorado há mais tempo, tendo já sido produzidos naquela área
mais de um bilhão de barris do produto.
O campo de Água Grande é o que mais produziu até hoje no país,
com um total de 42,9 milhões de m3 (274 milhões de barris) de
petróleo extraídos do solo.
Minerais
metálicos
Entre
os principais minerais encontrados no Brasil estão a bauxita, o
alumínio, o cobre, a cassiterita, o ferro, o manganês, o ouro e a
prata. Na região Norte do país são encontrados ferro, ouro,
diamantes, cassiterita, estanho e manganês. Também existem ferro e
manganês em grande quantidade no estado de Minas Gerais.
Relevo
As
chuvas tropicais são as principais responsáveis
pelas alterações de relevo no território brasileiro. Uma vez que o
Brasil não apresenta falhas geológicas na crosta terrestre de seu
território, os tremores de terra que ocasionalmente ocorrem no país
são resultado de abalos sísmicos em pontos distantes.
Os
planaltos são predominantes no relevo brasileiro. As regiões entre
201 e 1.200 m acima do nível do mar correspondem a 4.976.145 km2, ou
58,46% do território. Existem dois planaltos predominantes no
Brasil: o Planalto das Guianas e o Planalto Brasileiro. As regiões
acima de 1.200 m de altura representam apenas 0,54% da superfície do
país, ou 42.267 km2. As planícies Amazônica, do Pantanal, do Pampa
e Costeira ocupam os restantes 41% do território. Predominam no
Brasil as altitudes modestas, sendo que 93% do território está a
menos de 900 m de altitude.
Planalto
das Guianas -
Ocupa o norte do país e nele se encontram os dois pontos mais
elevados do território brasileiro, localizados na serra Imeri: os
picos da Neblina (3.014 m) e 31 de março (2.992 m).
Planalto
Brasileiro -
Devido à sua extensão e diversidade de características, o Planalto
Brasileiro é subdividido em três partes: o planalto Atlântico, que
ocupa o litoral de nordeste a sul, com chapadas e serras; o planalto
Central, que ocupa a região Centro-Oeste e é formado por planaltos
sedimentares e planaltos cristalinos bastante antigos e desgastados;
e o planalto Meridional, que predomina nas regiões Sudeste e Sul e
extremidade sul do Centro-Oeste, formado por terrenos sedimentares
recobertos parcialmente por derrames de lavas basálticas, que
proporcionaram a formação do solo fértil da chamada terra roxa.
Planície
Amazônica
- Estende-se pela bacia sedimentar situada entre os planaltos das
Guianas ao norte e o Brasileiro ao sul, a cordilheira dos Andes a
oeste e o oceano Atlântico a nordeste. Divide-se em três partes:
várzeas, que são as áreas localizadas ao longo dos rios,
permanecendo inundadas por grande parte do ano; tesos, regiões mais
altas, inundáveis apenas na época das cheias; e firmes, terrenos
mais antigos e elevados, que se encontram fora do alcance das cheias.
Planície
do Pantanal -
Ocupa a depressão onde corre o rio Paraguai e seus afluentes, na
região próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai. Nela ocorrem
grandes enchentes na época das chuvas, transformando a região num
grande lago.
Planície
do Pampa -
Também denominada Gaúcha, ocupa a região sul do estado do Rio
Grande do Sul e apresenta terrenos ondulados, conhecidos como
coxilhas.
Planície
Costeira
- Estende-se pelo litoral, desde o estado do Maranhão na região
Nordeste, até o estado do Rio Grande do Sul, numa faixa de largura
irregular. Em alguns trechos da região Sudeste os planaltos chegam
até a costa, formando um relevo original, as chamadas falésias ou
costões.
Clima
Uma
vez que a maior parte do país encontra-se em zona intertropical, com
predomínio de baixas altitudes, verificam-se no Brasil, variedades
climáticas quentes, com médias superiores a 20º. São seis os
tipos de variação climática encontrados em toda a extensão do
território brasileiro: equatorial, tropical, tropical de altitude,
tropical atlântico, semi-árido e subtropical. Cada tipo de clima
corresponde a uma paisagem vegetal característica, com suas espécies
típicas.
Clima
Equatorial
- Caracteriza-se por temperaturas médias entre 24º e 26ºC e chuvas
abundantes (mais de 2.500 mm/ano). É o tipo de clima encontrado em
toda a região da Amazônia Legal, com cerca de 5 milhões de km2. A
vegetação típica dessa região é a floresta equatorial.
Clima
Tropical
- Apresenta inverno quente e seco e verão quente e chuvoso. É o
clima encontrado em extensas áreas do planalto Central e nas regiões
Nordeste e Sudeste. As temperaturas médias são superiores a 20ºC,
com amplitude térmica anual de até 7º e precipitações de 1.000 a
1.500 mm/ano. A vegetação típica da região onde se encontra esse
tipo de clima é o cerrado, com gramíneas e arbustos retorcidos, de
casca grossa, folhas cobertas por pelos e raízes profundas. Embora
tenha água em abundância no subsolo, o solo do cerrado é ácido e
pouco fértil, com alto teor de alumínio. Com duas estações bem
definidas - uma seca e outra chuvosa - na estação seca parte das
árvores perde as folhas para buscar água no subsolo.
Na
região de clima tropical podem ainda ser encontradas matas de
galerias (ciliares) nos vales ao longo dos cursos dos rios.
Também
é dominada por clima tropical a região conhecida como Complexo do
Pantanal que, em conseqüência da alternância entre a época das
cheias e de seca, possui vegetação diversificada, composta por
espécies típicas de florestas, cerrado, campos e caatinga.
Clima
Tropical de Altitude
- Caracteriza-se por temperaturas médias anuais entre 18º e 22º,
com amplitudes térmicas anuais de 7º a 9º e precipitações entre
1.000 e 1.500 mm/ano. O verão apresenta chuvas mais intensas,
enquanto no inverno as massas frias podem ocasionar geadas. É o
clima encontrado nas partes altas do planalto Atlântico do sudeste,
estendendo-se para a região Sul, até o norte do estado do Paraná e
sul do estado de Mato Grosso do Sul. A vegetação original dessas
regiões é a mata tropical, densa, fechada e variada, porém não
tão rica quanto a vegetação encontrada na floresta
Amazônica.
Clima
Tropical Atlântico
- É encontrado em toda a faixa litorânea, desde o estado do Rio
Grande do Norte ao sul do estado do Rio Grande do Sul. Caracteriza-se
por temperaturas médias entre 18º e 26º, com amplitudes térmicas
crescentes à medida que se caminha em direção ao sul. As chuvas
são abundantes, superando 1.200 mm/ano, mas têm distribuição
desigual. No litoral do Nordeste concentram-se no outono e inverno,
enquanto em direção ao sul são mais constantes no verão. A
vegetação típica dessa faixa de território é a mata atlântica
tropical, bastante devastada desde o período colonial.
Clima
Semi-árido -
Predomina na região do sertão nordestino e no vale do rio São
Francisco, também localizado na região Nordeste. É caracterizado
por temperaturas médias elevadas, de cerca de 27ºC, com variações
anuais em torno de 5º. As precipitações são baixas e irregulares,
chegando a apenas 800 mm/ano. A vegetação característica dessa
região é a caatinga, formada por bosques de arbustos espinhosos e
cactos. Na zona de transição entre a floresta amazônica e a
caatinga encontra-se um tipo de vegetação chamada mata dos cocais,
formada por vários tipos de palmeiras como o babaçu. a carnaúba e
o buriti das quais são extraídas matérias-primas para a produção
de óleos, construção de casas e fabricação de ceras e tecidos.
Clima
Subtropical -
É o clima predominante na Zona Temperada ao sul do Trópico de
Capricórnio, caracterizando-se por temperaturas médias abaixo de
20º e variações anuais entre 9º e 13º. Nas áreas de maior
altitude o verão é suave e o inverno rigoroso, com nevascas
ocasionais. As precipitações são abundantes, chegando a 1.500 e
2.000 mm/ano. O tipo de vegetação encontrado nas regiões de clima
subtropical varia de acordo com a altitude. Nas regiões mais
elevadas encontram-se as araucárias ou pinhais. Nas planícies
predominam as gramíneas.
Vegetação
A
vegetação que forma a floresta amazônica divide-se em três tipos:
as matas de terra firme; as matas de igapó; e as matas de várzea.
Nas matas de terra firme encontram-se as árvores mais altas, como a
castanheira-do-pará e o o caucho (de onde se extrai o látex), que
podem alcançar 60 a 65 metros de altura. Em certos locais as copas
dessas árvores se juntam e barram a passagem da luz, tornando o
interior da floresta escuro, mal ventilado e úmido. As matas de
igapó são encontradas nos terrenos mais baixos, próximos aos rios
e permanentemente alagados. Nessas regiões as árvores podem
alcançar 20 metros de altura mas, em sua maioria, têm 2 a 3 metros.
Sua ramificação é baixa e densa, de difícil penetração. A
vitória-régia é o exemplo mais famoso deste tipo de vegetação de
várzea da floresta Amazônica. As matas de várzea são encontradas
em meio às matas de terra firme e de igapó. Sua composição varia
de acordo com a maior ou menor proximidade dos rios, mas é comum
encontrar-se na região das matas de várzea, árvores de grande
porte como a seringueira, palmeiras e o jatobá.
Mangues
São
comuns nas áreas litorâneas, mais sujeitas às marés e à água
salobra, especialmente nas desembocaduras dos rios que deságuam no
oceano Atlântico. Suas espécies típicas são os vegetais com
raízes aéreas, que possuem alto teor de sais. Os solos onde se
desenvolve esse tipo de plantas são alagados, movediços e pouco
arejados.
Bacias Hidrográficas
A
região coberta por água doce no interior do Brasil ocupa 55.457 km2
, o que equivale a 1,66% da superfície do planeta. O clima úmido do
país propicia uma rede hidrográfica numerosa e formada por rios de
grande volume de água, todos desaguando no mar. Com exceção das
nascentes do rio Amazonas, que recebem águas provenientes do
derretimento das neves e de geleiras, a origem das águas dos rios
brasileiros encontra-se nas chuvas. A maioria dos rios é perene, ou
seja, não se extingue na estação de seca. Apenas no sertão
nordestino, região semi-árida, existem rios temporários.
As
bacias dos rios brasileiros se formam a partir de três grandes
divisores: o planalto Brasileiro, o planalto das Guianas e a
cordilheira dos Andes. De acordo com a forma de relevo que
atravessam, as bacias hidrográficas podem ser divididas em dois
tipos: as planálticas, que permitem aproveitamento hidrelétrico, e
as de planície, de correnteza fraca, utilizadas para navegação.
São quatro as principais bacias hidrográficas brasileiras:
Amazônica, Prata ou Platina; São Francisco e Tocantins.
Bacia
Amazônica -
É a de maior superfície de água do mundo (3.889.489,6 km2). O rio
Amazonas, com 6.515 km de extensão, tem mais de sete mil afluentes,
sendo o segundo do planeta em comprimento e o primeiro em vazão de
água (100 mil m3 por segundo). Nasce no planalto de La Raya, no
Peru, com o nome de Vilcanota, e ao longo de seu percurso recebe
ainda os nomes de Ucaiali, Urubanda e Marañon. Já em território
brasileiro recebe primeiramente o nome de Solimões, para, a partir
da confluência com o rio Negro, próximo à cidade de Manaus,
capital do estado do Amazonas, vir a ser chamado de rio Amazonas.
Embora seja uma bacia de planície, com 23 mil km navegáveis, a
bacia Amazônica possui também grande potencial hidrelétrico.
Bacia
do Prata -
Espalha-se por uma área de 1.393.115,6 km2 e é formada pelos rios
Paraná, Paraguai e Uruguai, que nascem no Brasil e vão
posteriormente formar o rio da Prata na divisa da Argentina com o
Uruguai. O rio Paraná tem o maior potencial hidrelétrico do país,
o que propiciou a construção da usina de Itaipu na fronteira com o
Paraguai. O rio Uruguai também possui potencial hidrelétrico em seu
curso. Já o rio Paraguai, que atravessa a planície do Pantanal, é
muito utilizado para navegação.
Bacia
do São Francisco
- Ocupa área de 645.876,6 km2 e seu principal rio, o São Francisco,
é a única fonte de água da região semi-árida do Nordeste
brasileiro. Com potencial hidrelétrico razoável, possui importante
usina no estado da Bahia, chamada Paulo Afonso. Apesar de ser um rio
de Planalto, tem 2 mil km navegáveis entre as cidades de Pirapora no
estado de Minas Gerais e Juazeiro no estado da Bahia.
Bacia
do Tocantins
- É a maior bacia em território brasileiro, com 808.150,1 km2. Seu
principal rio é o Tocantins, que nasce no estado de Goiás e deságua
na foz do rio Amazonas, no estado do Pará. Aproveitando seu
potencial hidrelétrico, nele se encontra a usina de Tucuruí,
localizada no estado do Pará.
Ilhas
Existem
cinco grupos de ilhas distantes da costa em território brasileiro,
que apresentam paisagem deslumbrante e fauna muito rica: Penedos de
São Pedro e São Paulo, Atol das Rocas, Fernando de Noronha,
Abrolhos, Trindade e Martim Vaz.
Penedos
de São Pedro e São Paulo -
Localizadas a cerca de 900 km a nordeste do estado do Rio Grande do
Norte, constituem rochedos em forma de meia-lua, cobertos de guano
(fezes de aves marinhas) e cercados de perigosos recifes.
Atol
das Rocas
- É uma pequena ilha formada por corais, de difícil acesso devido à
grande quantidade de recifes, situada a 240 km a nordeste do estado
do Rio Grande do Norte. Nesta ilha foi criada, em 1979, a primeira
reserva biológica do país.
Fernando
de Noronha -
Arquipélago de 18,4 km2 , formado por 19 ilhas encontra-se
localizado a 345 km a leste do estado do Rio Grande do Norte. Em
1988, foi transformado em Parque Nacional Marinho e anexado ao estado
de Pernambuco.
Abrolhos
- Encontra-se a 80 km da costa sul do estado da Bahia, em área onde
se verifica intenso movimento de navegação marítima. O arquipélago
é formado por cinco ilhotas de coral e possui um farol construído
em 1861, além de uma população de cerca de 15 pessoas.
Trindade
e Martim Vaz - Localizadas a 1.100 km da costa na altura da cidade de
Vitória, capital do estado do Espírito Santo, na região Sudeste,
essas ilhas pertencem ao Brasil desde 1897 e, por estarem situadas na
área anticiclone do Atlântico Sul, são utilizadas como base da
marinha brasileira e estação metereológica.
A
riqueza e a diversidade dos recursos naturais brasileiros e de seus
acidentes geográficos têm sido objeto de estudo e observação por
parte de cientistas, acadêmicos, órgãos governamentais ligados ao
meio ambiente, tanto no Brasil como no exterior, ou simplesmente
pessoas interessadas em conhecer melhor a natureza e desfrutar do que
ela tem a oferecer. Existe grande empenho do governo brasileiro no
sentido de preservar e divulgar esse potencial de riqueza natural e
diversidade ecológica encontrada em seu território, que propicia
diferentes opções tanto para interesses ligados ao investimento
econômico, como para o desfrute do ponto de vista turístico e
ecológico.
A
Geografia Humana do Brasil tem por objetivo analisar as
características da população brasileira, a diversidade étnica e
cultural, os aspectos socioeconômicos, o quantitativo e a
distribuição populacional, a divisão regional, entre outros temas
relacionados. Para entendermos a atual estrutura da população
brasileira, é importante uma abordagem histórica da ocupação do
país e a formação da identidade nacional.
O Brasil é
considerado um dos países de maior diversidade étnica do mundo, sua
população apresenta características dos colonizadores europeus
(brancos), dos negros (africanos) e dos indígenas (população
nativa), além de elementos dos imigrantes asiáticos. A construção
da identidade brasileira levou séculos para se formar, sendo fruto
da miscigenação (interação entre diferentes etnias) entre os
povos que aqui vivem.
Além de miscigenado, o Brasil é um
país populoso. De acordo com dados do último Censo Demográfico,
realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a população total do país é de 190.755.799
habitantes. Essa quantidade faz do Brasil o quinto mais populoso do
mundo, atrás da China, Índia, Estados Unidos da América (EUA) e
Indonésia, respectivamente.
Apesar de populoso, o Brasil é
um país pouco povoado, pois a densidade demográfica (população
relativa) é de apenas 22,4 habitantes por quilômetro quadrado.
Outro fato que merece ser destacado é a distribuição desigual da
população no território nacional. Um exemplo desse processo é a
comparação entre o contingente populacional do estado de São Paulo
(41,2 milhões) com o da região Centro-Oeste (14 milhões).
O
território brasileiro é dividido em cinco Regiões (Centro-Oeste,
Nordeste, Norte, Sudeste e Sul), que somadas apresentam 26 estados e
1 Distrito Federal. As Regiões brasileiras são estabelecidas pelo
IBGE, cujo critério utilizado é agrupar em um mesmo complexo
regional estados com semelhanças nos aspectos físicos, sociais,
econômicos e culturais. Tal medida visa facilitar o desenvolvimento
de políticas públicas no país.
O
Brasil possui atualmente uma economia forte e sólida. O país é um
grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos,
principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As
áreas de agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas
e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado
um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores
economias do mundo (dados de 2012). O Brasil possui uma economia
aberta e inserida no processo de globalização.
Informações,
índices e dados da economia brasileira
Moeda:
Real (símbolo R$)PIB
de 2012 (Produto Interno Bruto):
R$ 4,403 trilhões ou US$ 2,223 trilhões* taxa de câmbio usada US$
1,00 = R$ 1,98 (em 01/03/2013)Renda
per Capita de 2012 (PIB per capita):
R$ 22.400 ou US$ 11.303 * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 1,98
(em 01/03/2012)Coeficiente
de Gini:
49,3 (2008) altoEvolução
do PIB nos últimos anos:
2,7% (2002); 1,1% (2003); 5,7% (2004); 3,2% (2005); 4% (2006); 6,1%
(2007); 5,2% (2008); - 0,3% (2009); 7,5% (2010); 2,7% (2011); 0,9%
(2012).Crescimento
do PIB no 1º trimestre de 2013:
0,6% (entre janeiro e março) em relação ao 4º trimestre de 2012.
Em relação ao 1º trimestre de 2012, cresceu 1,9%.Taxa
de investimentos:
18,7% do PIB (3º trimestre de 2012)Taxa
de poupança:
15,6% do PIB (3º trimestre de 2012)Força
de trabalho:
104 milhões (estimativa 2011)Inflação:
5,84% (IPCA de 2012)Taxa
de desemprego:
6% da população economicamente ativa (em junho de 2013) e 5,5%
(taxa média anual de 2012)Taxa
básica de Juros do Banco Central (SELIC):
8% ao ano (30 de maio de 2013)Salário
Mínimo Nacional:
R$ 678,00 (a partir de 1º de janeiro de 2013)Dívida
Externa:
US$ 318 bilhões (US$ 83 bilhões do setor público e US$ 235 bilhões
do setor privado) - dados relativos a março de 2013.Comércio
Exterior:
Exportações:
US$ 242,58 bilhões (2012)Importações:
US$ 223,14 bilhões (2012)Saldo
da balança comercial (2012):
US$ 19,43 bilhões (superávit) - Queda em relação ao ano de 2011:
34,75%Países
que o Brasil mais importou (2012):
Estados Unidos , China, Argentina e AlemanhaPaíses
que o Brasil mais exportou (2012):
China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e JapãoPrincipais
produtos exportados pelo Brasil (2012): minério
de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e
derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café
e carne de frango.Principais
produtos importados pelo Brasil (2012):
petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores;
peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos
combustíveis; gás natural, equipamentos elétricos e motores para
aviação.Organizações
comerciais que o Brasil pertence:
Mercosul, Unasul
e OMC (Organização Mundial de Comércio)Tipos
de energia consumida no Brasil (dados de 2010):
-
Petróleo e derivados: 37,7%
- Hidráulica: 14,1%
- Gás
natural: 10,3%
- Carvão Mineral: 5,2%
- Biomassa: 21,2%
-
Lenha: 9,5%
- Nuclear: 1,4%
- Eólica: 0,5%Principais
produtos agrícolas produzidos:
café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool),
soja, tabaco, milho, mate.Principais
produtos da pecuária:
carne bovina, carne de frango, carne suínaPrincipais
minérios produzidos:
ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho.Principais
setores de serviços:
telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais
prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e
domiciliar, informática, transportes aéreos e
alimentação.Principais
setores industriais:
alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis,
produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos
de plástico e borracha, eletrônicos e produtos de papel e celulose.
DADOS
GERAIS SANTA CATARINA:
Capital:
Florianópolis
Região:
Sul
Sigla:
SC
Gentílico:
catarinense
População:
6.249.682 (Censo 2010)
Área
(em km²): 95.346,181
Densidade
Demográfica (habitantes por km²): 65,54
Quantidade
de municípios: 293
DADOS
ECONÔMICOS E SOCIAIS
Produto
Interno Bruto (PIB)*: R$ 129,8 bilhões (2009)
Renda
Per Capita*: R$ 21.215 (2009)
Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,840 (2005)
Principais
Atividades Econômicas: agricultura, pecuária, indústria e
extrativismo e turismo.
Mortalidade
Infantil (antes de completar 1 ano): 15 por mil (em 2009)
Analfabetismo:
4,2% (2010)
Espectativa
de vida (anos): 74,8 (2000)
PONTOS
TURÍSTICOS E CULTURAIS
-
Balneário de Camboriú
-
Praias de Florianópolis
-
Museu Histórico
-
Museu Etnográfico
-
Casa de Vitor Meireles
-
Museu de Arte Moderna
-
Museu do Índio
-
Ponte Hercílio Luz
-
Museu do Homem do Sambaqui (Florianópolis)
-
Catedral de Lages
GEOGRAFIA
Etnias:
brancos (88,1%), negros (2,7%), pardos (9%), indígenas e amarelos
(0,2%)
Rios
importantes: Uruguai, Canoas, Pelotas e Negro..
Principais
cidades: Florianópolis, Joinville, Blumenau, São José, Criciúma,
Lages, Itajaí, Chapecó e Jaraguá do Sul.
Clima:
subtropical
Informações
sobre a Geografia de Santa Catarina
Localização
Geográfica: região sul do Brasil
Coordenadas
Geográficas: entre os paralelos 25º57'41" e 29º23'55" de
latitude Sul e entre os meridianos 48º19'37" e 53º50'00"
de longitude Oeste
Limites
geográficos: Paraná (norte), Rio Grande do Sul (sul), Oceano
Atlântico (leste); Argentina (oeste)
Área:
95.346,181 km²
Fronteiras
com os seguintes estados: Paraná e Rio Grande do Sul.
Clima:
subtropical
Relevo:
presença de ilhas, terrenos baixos e enseadas na região litorânea;
planalto nas regiões leste e oeste; depressão na região central.
Vegetação:
mangues na região litorânea; Mata dos Pinhais (mata de araucárias)
na região central; faixas de florestas nas regiões oeste e leste;
campos na região sudeste.
Ponto
mais alto: Morro da Boa Vista com 1.827 metros de altura (localizado
na Serra da Anta Gorda)
Cidades
mais populosas: Joinville, Florianópolis, Blumenau e São José.
Principais
recursos naturais: carvão mineral, fluorita, bauxita e sílex.
Principais
rios: rio Canoas, rio do Peixe e rio Itajaí-Açu
Principais
problemas ambientais: desmatamento e poluição atmosféria nas
grandes cidades.
Hino
de Santa Catarina
Música:
José Brazilício de Souza
Letra:
Horácio Nunes Pires
Sagremos
num hino de estrelas e flores
Num
canto sublime de glórias e luz.
As
festas que os livres frementes de ardores
Celebram
nas terras gigantes da Cruz!
Quebram-se
férreas cadeias,
Rojam
algemas no chão;
Do
povo nas epopéias
Fulge
a luz da redenção!
No
céu peregrino da Pátria gigante,
Que
é berço de glórias e berço de heróis,
Levanta-se
em ondas de luz deslumbrante,
O
Sol, Liberdade cercada de sóis!
Pela
força do Direito
Pela
força da Razão
Cai
por terra o preconceito
Levanta-se
uma Nação!
Não
mais diferenças de sangues e raças
Não
mais regalias sem termo fatais,
A
força está toda do povo nas massas,
Irmão
somos todos e todos iguais!
Da
Liberdade adorada,
No
deslumbrante clarão
Banha
o povo a fronte ousada
E
vigora o coração!
O
povo que é grande mas não vingativo
Que
nunca a justiça e o Direito calou,
Com
flores e destas deu vida ao cativo
Com
festas e flores o trono esmagou!
Quebrou-se
algema do escravo
E
nesta grande Nação
É
cada homem um bravo
Cada
bravo um cidadão!
A
BANDEIRA DE SANTA CATARINA
Adoção
A
bandeira do estado de Santa Catarina foi reestabelecida em 29 de
outubro de 1953, através da lei estadual nº 975.
Composição
A
bandeira catarinense possui formato retangular (proporção 8:11) é
composta por três faixas horizontais de igual largura, sendo a
superior e a inferior na cor vermelha e a central na cor branca. No
centro da bandeira fica um losango verde claro (cor da padroeira do
estado, Santa Catarina de Alexandria). O centro do losango contém o
brasão de armas do estado de Santa Catarina.
SC
é o menor Estado em território do Sul do País
A
diversidade geográfica e humana de Santa Catarina é surpreendente
para um território de apenas 95,4 mil km², o menor Estado do Sul do
Brasil. Uma viagem de poucas horas de carro é suficiente para
experimentar mudanças radicais no clima, na paisagem, nos sotaques e
culturas. O Estado é dividido em oito principais regiões: Litoral,
Nordeste, Planalto Norte, Vale do Itajaí, Planalto Serrano, Sul,
Meio-Oeste e Oeste.
Santa
Catarina fica no centro geográfico das regiões de maior desempenho
econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica
no Mercosul. O Estado faz fronteira com o Paraná (ao Norte), Rio
Grande do Sul (ao Sul), Oceano Atlântico (Leste) e Argentina
(Oeste). O horário é o de Brasilía (DF). Uma vez por ano -
geralmente entre outubro e fevereiro - adota-se o horário de verão,
quando os relógios são adiantados uma hora para poupar energia.
O
clima subtropical úmido, predominante em SC, proporciona
temperaturas agradáveis, que variam de 13 a 25° C, com chuvas
distribuídas durante todo o ano. Ao contrário da maior parte do
território brasileiro, aqui as quatro estações são bem definidas.
Os verões são quentes e ensolarados. E no inverno, a região do
Planalto Serrano, com altitudes que atingem 1.820 metros, é onde há
a maior ocorrência de neve no Brasil. A vegetação é variada,
sendo encontrados mangues, restingas, praias, dunas e Mata Atlântica.
O
Estado tem 295 municípios e a Capital é Florianópolis. Entre as
maiores cidades, destacam-se Joinville, Blumenau, Itajaí, Balneário
Camboriú, Chapecó, Criciúma, Lages e Jaraguá do Sul.
curiosidades
sobre o Estado
Com
a descoberta das ricas terras do Brasil, Santa Catarina logo entrou
na rota dos navegadores europeus. A primeira expedição
significativa a chegar a Santa Catarina foi a do português Juan Dias
Solis, em 1515. O litoral catarinense era habitado por índios
carijós, do grupo tupi-guarani. O navegador deu o nome de “Baía
dos perdidos” às águas entre a Ilha de Santa Catarina e o
continente por conta do naufrágio de uma embarcação no local.
O
italiano Sebastião Caboto, a serviço da Espanha, chega com sua
expedição em 1526 e, ao publicar seus mapas referentes à região,
denominava a Ilha de Santa Catarina de "Porto dos Patos". O
nome de Santa Catarina aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de
Diego Ribeiro, de 1529. Há divergências quanto ao responsável pela
denominação de Santa Catarina: alguns autores atribuem a Sebastião
Caboto, em homenagem à sua esposa, Catarina Medrano; outros defendem
que tenha sido em homenagem a Santa Catarina de Alexandria, festejada
pela igreja católica em 25 de novembro.
O
Estado começou a ser realmente povoado em 1637, com a chegada dos
bandeirantes, que iniciaram a ocupação da futura capital, Nossa
Senhora do Desterro, mais tarde nomeada de Florianópolis. Em 1660,
foi fundada a vila de Nossa Senhora da Graça, hoje São Francisco do
Sul. Em 1714, era criado o segundo município de Santa Catarina,
chamado de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, conhecido hoje como
Laguna.
Em
1739, Santa Catarina passou a ser o posto português mais avançado
da América do Sul, o que ambicionou os espanhóis que decidiram
invadir a ilha, em 1777. Os espanhóis expulsaram tropas e
autoridades para o continente, sendo a ilha devolvida para Portugal
após o Tratado de Santo Idelfonso naquele mesmo ano.
Os
imigrantes alemães chegaram na região em 1829 e os italianos em
1877, onde instalaram diversas colônias. A primeira colônia
européia em Santa Catarina foi instalada em São Pedro de Alcântara
em 1829. Eram 523 colonos católicos vindos de Bremem, Alemanha. A
colônia de Blumenau, no Vale do Itajaí, foi fundada em 1850 por
Hermann Blumenau.
Em
1839, aconteceu a Revolução Farroupilha, que tinha como principal
objetivo transformar Santa Catarina em uma República, separada do
restante do país. Os farrapos tomaram a cidade de Laguna nomeando-a
cidade Juliana de Laguna, onde foi instalado o Governo da República
Farroupilha. Em 1845, os farrapos foram derrotados. O Estado também
esteve envolvido na Guerra do Contestado, que aconteceu no ano de
1912 e durou até 1916.
Povoação
/ Origens
Desde
que a esquadra comandada pelo português Pedro Álvares Cabra I
chegou ao Brasil, em 1500, o território catarinense passou a ser
visitado por navegadores e aventureiros de vários países da Europa
- portugueses, espanhóis, franceses, holandeses. Alguns estavam
apenas de passagem pelo litoral catarinense e outros decidiram ficar,
convivendo com os amistosos índios que habitavam a nossa terra.
Só
bem mais tarde, por volta de 1660, começaram a surgir os primeiros
povoados no litoral de Santa Catarina. Foi quando o português Manuel
Lourenço de Andrade estabeleceu a vila de Nossa Senhora da Graça do
Rio de São Francisco, atual cidade de São Francisco do Sul, no
Norte do Estado. Em 1675, o bandeirante paulista Francisco Dias Velho
iniciou a ocupação da Ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis.
No ano seguinte, o também paulista Domingos de Brito Peixoto fundou
Santo Antônio dos Anjos de Laguna, atual cidade de Laguna, no Sul do
Estado. O primeiro núcleo de moradores fora do litoral só viria a
surgir em 1775, com a fundação da Vila de Nossa Senhora dos
Prazeres de Lajes, atual cidade de Lages, no Planalto Serrano.
Colonização
Europeia
Santa
Catarina foi colonizada principalmente por açorianos, alemães e
italianos. Os açorianos começaram a ser trazidos para a província
por volta de 1750, com o objetivo de ocupar o território cobiçado
pelos espanhóis. Em três anos, desembarcaram cerca de 6.500 deles.
Os alemães viriam um pouco mais tarde, a partir de 1829, quando
pouco mais de 500 pioneiros fundaram a colônia de São Pedro de
Alcântara, na região da Grande Florianópolis. Já os italianos
começaram a chegar a Santa Catarina em 1875, estabelecendo-se
principalmente no Sul do Estado.
Invasão
Espanhola
Em
fevereiro de 1777, durante guerra entre Portugal e Espanha, a Ilha de
Santa Catarina foi invadida pelos espanhóis, comandados pelo
navegador Pedro de Zeballos. O sistema de defesa projetado pelos
portugueses, que incluiu a construção de quatro fortalezas, não
evitou a invasão. A posse da Ilha de Santa Catarina foi devolvida a
Portugal no fim do mesmo ano, como resultado de um acordo assinado
pelos dois países, o Tratado de Santo Ildefonso.
República
Juliana
Em
julho de 1839, Laguna, no Sul de Santa Catarina, foi ocupada por
integrantes do movimento farroupilha, vindos do Rio Grande do Sul.
Insatisfeitos com a falta de interesse do governo pelo Sul do país
desde a Independência do Brasil, em 1822, esses revolucionários
declararam Laguna a capital da República Juliana, nome inspirado no
mês em que tal fato ocorreu.
Pelos
planos dos líderes do movimento, Giuseppe Garibaldi e Davi
Canabarro, a República Juliana formaria uma confederação com a
República Rio-grandense, que havia sido proclamada quatro anos antes
no estado vizinho.
Mas
o governo brasileiro retomou Laguna em novembro daquele mesmo ano de
1839, menos de quatro meses depois da proclamação da República
Juliana. Os farroupilhas se preparavam para invadir Desterro, atual
Florianópolis, quando foram surpreendidos pelo ataque de 13 navios e
mais de 3 mil homens enviados pelo governo. No Rio Grande do Sul, o
movimento persistiria até 1845.
Durante
a permanência de Giuseppe Garibaldi em Laguna, o revolucionário
conheceu Ana de Jesus Ribeiro, jovem nascida na cidade que se tornou
sua esposa e passou a ser chamada Anita Garibaldi. Anita ficou
conhecida como "Heroína de Dois Mundos" por ter
acompanhado o marido não apenas nos combates no Brasil (tanto em
Santa Catarina quanto no Rio Grande do Sul), mas também no Uruguai e
na Itália, onde Giuseppe foi herói da Unificação Italiana,
processo que levou regiões dominadas por outros países a formarem
novamente a Itália.
O
casal teve quatro filhos. Anita morreu em 1849, com apenas 28 anos,
quando estava grávida do quinto filho, vitimada possivelmente por
tifo ou malária. O nome de dois municípios catarinenses, Anita
Garibaldi e Anitápolis, homenageiam essa mulher considerada um
símbolo de coragem.
Guerra
do Contestado
O
Contestado foi uma revolta popular ocorrida entre 1912 e 1916 em uma
parte do território catarinense disputada também pelo Paraná.
O
principal motivo da revolta foi a concessão de terras pelo governo
brasileiro a uma empresa dos Estados Unidos, a Brazil Railway
Company. Em 1908, essa empresa foi incumbida de construir a estrada
de ferro entre as cidades de São Paulo, capital do estado de mesmo
nome, e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em troca, poderia explorar
uma faixa de 30 quilômetros ao longo da ferrovia (15 quilômetros de
cada lado).
O
problema é que muitas famílias viviam nessas terras. Essas famílias
foram desalojadas, mas, para amenizar a insatisfação decorrente
disso, a empresa ofereceu trabalho na construção da ferrovia. A
situação se manteve sob controle por algum tempo. Ao final da obra,
contudo, os moradores se revoltaram por terem ficado sem as terras de
onde obtinham sustento.
Nesse
contexto surge, como líder espiritual da população insatisfeita, o
monge José Maria. Um movimento começou a se organizar e o crescente
número de adeptos preocupou o governo brasileiro, que enviou tropas
para a região. Tropas paranaenses passaram também a combatê-lo.
O
monge José Maria foi morto logo no primeiro conflito, em 1912, mas
sua morte reforçou ainda mais a disposição para luta de seus
milhares de seguidores. Eles passaram a realizar saques em fazendas
da região, onde conseguiam comida e armas. Os conflitos se
estenderam até 1916, quando foi capturado o último líder dos
rebeldes, conhecido como Adeodato. Estima-se que pelo menos 10 mil
pessoas tenham morrido ao longo dos quatro anos de conflito.
Indígenas
Eles
já estavam aqui muito antes da chegada do homem branco, em 1500, e
do desembarque posterior de milhares de açorianos, alemães e
italianos, as principais correntes de imigrantes que colonizaram o
nosso Estado nos séculos XVIII e XIX. Santa Catarina era habitada
por três grandes grupos indígenas: os guaranis, os xokleng e os
kaingang. Cerca de 10 mil de seus descendentes vivem hoje em quase 30
áreas indígenas espalhadas pelo Estado.
Açorianos
Os
imigrantes oriundos do Arquipélago dos Açores começaram a chegar
em grande número ao litoral catarinense no século XVIII, como parte
do movimento de colonização planejado pela coroa portuguesa para
ocupar o Sul do Brasil e desencorajar possíveis invasões.
Atualmente, em cidades como Florianópolis, Imbituba, Itajaí e São
Francisco do Sul, a influência dessa colonização pode ser
encontrada na arquitetura, na culinária baseada em frutos do mar e
em tradições como a pesca artesanal e a renda de bilro.
Alemães
Os
alemães chegaram a Santa Catarina ao longo do século XIX, fundando
colônias como São Pedro de Alcântara, Blumenau e Joinville. Logo
se espalharam por toda a região Norte do Estado e pelo Vale do
Itajaí, onde instalaram os primeiros teares daquele que viria a se
transformar no principal pólo têxtil do país. Dedicaram-se a
cuidar de suas pequenas propriedades e iniciaram negócios, alguns
dos quais se desenvolveram a ponto de se tornarem importantes
indústrias. Atualmente, os descendentes de alemães representam 35%
da população do Estado.
Italianos
O
último grande grupo de imigrantes a desembarcar em Santa Catarina e
a contribuir fortemente para a formação da identidade catarinense
foi o dos italianos, já às portas do século XX. Instalaram-se
principalmente na região Sul, em cidades como Criciúma, Tubarão e
Urussanga. Nessas cidades, a culinária e a arquitetura típicas
podem ser apreciadas pelos visitantes. Atualmente, 45% dos
catarinenses descendem de imigrantes italianos.
Outros
Imigrantes
Em
diferentes regiões do Estado é possível encontrar ainda
descendentes de africanos, poloneses, russos, ucranianos, japoneses,
austríacos, noruegueses, húngaros, sírios, libaneses, gregos,
enfim, dezenas de ingredientes do grande caldeirão cultural que é a
população de Santa Catarina. Não se pode esquecer também da
influência dos tropeiros gaúchos e paulistas que atravessavam o
Estado para transportar mulas para Minas Gerais.
Santa
Catarina continua atraindo gente de todos os cantos do Brasil e do
mundo. Dos moradores atuais, 15% não nasceram no Estado, um
contingente de quase 900 mil pessoas que deixaram seus estados e
países para viver em Santa Catarina. São pessoas que chegam em
busca de boas oportunidades de estudo, trabalho ou, simplesmente, se
encantam com a nossa terra e decidem ficar.
Diversidade
Os
casarões portugueses do Litoral, a arquitetura em estilo enxaimel no
Vale do Itajaí e no Norte do Estado e as tradições italianas ainda
fortes no Oeste são exemplos concretos da diversidade cultural
catarinense, hoje enriquecida com a soma de novos sotaques e costumes
daqueles que escolheram Santa Catarina para viver. Para proteger essa
riqueza, o circuito cultural catarinense é composto por dezenas de
conjuntos arquitetônicos tombados pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ou pelo Estado e pelos
municípios. Além do patrimônio arquitetônico e artístico, há
também os acervos nos museus.
Há
conjuntos históricos que representam outras etnias europeias que
também participaram, em menor escala, da colonização do Estado. A
cidade de Treze Tílias, no Meio-Oeste, foi fundada por imigrantes
austríacos vindos da região do Tirol e parece uma vila típica
saída dos Alpes. Outros dois grupos étnicos com contribuições
arquitetônicas que merecem destaque são os poloneses e os
ucranianos.
Com
a função de resgate dessa rica história, a Fundação Catarinense
de Cultura (FCC) administra ainda a Casa da Alfândega e o Museu
Histórico de Santa Catarina (em Florianópolis), o Museu Etnográfico
Casa dos Açores (em Biguaçu), o Museu Casa de Campo Governador
Hercílio Luz (em Rancho Queimado) e o Museu Nacional do Mar (em São
Francisco do Sul).
Mas
há espaços, também, para a promoção das novas expressões
culturais catarinenses. Para isso, a FCC tem sob sua responsabilidade
o Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), o Teatro Governador Pedro Ivo e o
complexo cultural do Centro Integrado de Cultura (CIC), todos na
Capital.
Outra
frente de divulgação da cultura catarinense são eventos
consagrados no Estado, como o Circuito das Festas de Outubro,
liderado pela Oktoberfest, de Blumenau; o Festival de Dança de
Joinville; a Festa do Pinhão, em Lages; e a festa do Divino Espírito
Santo, uma tradição secular transmitida pelos açorianos e hoje
celebrada principalmente na Ilha de Santa Catarina e nos municípios
litorâneos.
No
verão, os 500 quilômetros de praias, emoldurados por lagoas e a
exuberante Mata Atlântica recebem visitantes do mundo todo. No
inverno, a Serra é o destino de quem busca um retiro para aproveitar
o frio. Há, ainda, opções como o Vale Europeu e o Caminho dos
Príncipes, que resgatam as tradições dos primeiros imigrantes do
Estado, e rios e montanhas onde os mais corajosos podem se aventurar
em esportes radicais. E, também, o Parque Beto Carrero World, o
maior parque temático da América Latina.
Opções
como estas fazem o turismo catarinense ser reconhecido nacional e
internacionalmente. Em 2012, Santa Catarina foi escolhido, pela sexta
vez consecutiva, como o melhor Estado do Brasil para fazer turismo na
premiação "O Melhor de Viagem 2012/2013", promovida por
votação popular entre os leitores da revista Viagem & Turismo,
da Editora Abril.
A
Capital Florianópolis é hoje um dos principais destinos turísticos
do Brasil, com opções de praias tanto para quem gosta da agitação
da vida moderna quanto para aqueles que buscam a tranquilidade de
comunidades do interior. No Vale do Itajaí, cidades como Blumenau,
Brusque e Pomerode preservam a cultura e as tradições dos
imigrantes que colonizaram a região. É no Vale, também, que se
concentram os principais eventos do Circuito de Festas de Outubro,
liderado pela Oktoberfest, de Blumenau. Em Joinville, o Caminho dos
Príncipes é outro roteiro que oferece um resgate dos costumes dos
primeiros imigrantes.
Santa
Catarina também é uma boa opção para quem gosta de adrenalina e
do contato com a natureza. A diversidade geográfica do Estado,
aliada a uma cobertura vegetal rica e preservada, garante aos adeptos
do ecoturismo opções como mergulho, voo-livre, trekking,
montanhismo, canoagem e rapel. Essa diversidade de cenários faz com
que o turismo responda atualmente por 12,5% do PIB catarinense.
295
municípios de Santa Catarina
Os
295 municípios de Santa Catarina são as subdivisões políticas do
estado brasileiro de Santa Catarina. O governo de cada município é
responsável por lidar com os deveres a nível local. A administração
do município é conduzida por um prefeito, uma Câmara de
Vereadores, e um Fórum Municipal.
A
primeira subdivisão criada na então Capitania de Santa Catarina foi
Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco do Sul, atual São
Francisco do Sul, em 1660. Desde então, diversos municípios foram
criados a partir de sucessivos desmembramentos das primeiras cidades
catarinenses, em 1930, 1944 e 1954.
O
maior município do estado é Lages, que cobre uma área de 2.644,313
km²,2 enquanto o mais populoso é Joinville com 492.101 habitantes.
O menos populoso é Santiago do Sul com 1.450 habitantes, enquanto o
menor em área é Bombinhas a qual possui somente 36,6 km².
Caminho
dos Príncipes
As
tradições cultivadas pelos descendentes dos imigrantes europeus são
uma característica marcante do Caminho dos Príncipes. Maior polo
industrial de Santa Catarina, a região harmoniza progresso econômico
com desenvolvimento humano e conservação da natureza e do
patrimônio histórico-cultural. A Serra do Mar e seu entorno – com
Mata Atlântica, córregos e cachoeiras –, a floresta de araucárias
no Planalto Norte e as charmosas paisagens rurais encantam os
visitantes. No litoral, a Baía Babitonga, a cidade histórica de São
Francisco do Sul e as comunidades pesqueiras completam o roteiro.
1
Araquari
2
Balneário Barra do Sul
3
Barra Velha
4
Campo Alegre
5
Corupá
6
Garuva
7
Guaramirim
8
Itaiópolis
9
Itapoá
10
Jaraguá do Sul
11
Joinville
12
Mafra
13
Massaranduba
14
Monte Castelo
15
Papanduva
16
Rio Negrinho
17
São Bento do Sul
18
São Francisco do Sul
19
São João do Itaperiú
20
Schroeder
Caminhos
da Fronteira
Influências
múltiplas ajudaram a moldar o povo acolhedor dessa região,
localizada entre a Argentina e os estados do Paraná e do Rio Grande
do Sul. É um roteiro ainda pouco explorado pelo turismo, mas que
proporciona a sedutora combinação entre diversidade cultural,
riqueza histórica e contato com a natureza.
Deixe-se
encantar pelos Caminhos da Fronteira.
1
Anchieta
2
Bandeirante
3
Barra Bonita
4
Belmonte
5
Descanso
6
Dionisio Cerqueira
7
Guaraciaba
8
Guaruja do Sul
9
Iporã do Oeste
10
Itapiranga
11
Palma Sola
12
Paraiso
13
Princesa
14
Santa Helena
15
São João do Oeste
16
São José do Cedro
17
São Miguel do Oeste
18
Tunápolis
Costa
Verde e Mar
O
litoral catarinense é um dos mais bonitos do Brasil. E a Costa Verde
e Mar é um mostruário dessa beleza: são dezenas de praias com
areias brancas e águas azuis transparentes, a maioria delas
emolduradas por morros verdejantes; balneários movimentados e
recantos bucólicos, alguns quase selvagens; enseadas abrigadas e
praias de mar aberto.
1
Balneário Camboriú
2
Balneário Piçarras
3
Bombinhas
4
Camboriú
5
Ilhota
6
Itajaí
7
Itapema
8
Luís Alves
9
Navegantes
10
Penha
11
Porto Belo
Encantos
do Sul
O
litoral Sul de Santa Catarina é uma terra surpreendente. Cidades
históricas e vilas de pescadores dividem a paisagem de belas praias,
lagoas, baías e enseadas protegidas, onde as baleias-francas buscam
refúgio. Em direção ao interior, estradas boas e bem sinalizadas
atravessam cidades fundadas por imigrantes italianos, localidades de
origem alemã e um grande complexo termal antes de galgar a serra
rumo ao Planalto.
1
Armazém
2
Balneário Rincão
3
Braço do Norte
4
Capivari de Baixo
5
Cocal do Sul
6
Criciúma
7
Forquilhinha
8
Garopaba
9
Grão Pará
10
Gravatal
11
Içara
12
Imaruí
13
Imbituba
14
Jaguaruna
15
Laguna
16
Lauro Müller
17
Morro da Fumaça
18
Nova Veneza
19
Orleans
20
Paulo Lopes
21
Pedras Grandes
22
Rio Fortuna
23
Sangão
24
Santa Rosa de Lima
25
São Ludgero
26
São Martinho
27
Siderópolis
28
Treviso
29
Treze de Maio
30
Tubarão
31
Urussanga
Grande
Florianópolis
A
qualidade de vida é a principal característica desta região, que
alia o desenvolvimento urbano à preservação do meio ambiente. São
13 cidades – a capital, Florianópolis; São José, Palhoça,
Biguaçu, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz, Águas
Mornas, Rancho Queimado, São Pedro de Alcântara, Angelina,
Anitápolis, São Bonifácio e Antônio Carlos – que têm em comum
a natureza exuberante.
A
maior delas é a capital de Santa Catarina, que combina conforto e
agitação de centro urbano desenvolvido com a oferta de mar, morros,
dunas e bosques de Mata Atlântica em cenário encantador.
Uma
vantagem é que os municípios da Grande Florianópolis ficam muito
próximos entre si, o que permite explorar a região em deliciosos
roteiros de um ou dois dias e descobrir vários lugares, cada um com
características e atrativos próprios. Em toda a região, a herança
dos açorianos convive com as tradições germânicas.
1
Águas Mornas
2
Angelina
3
Anitápolis
4
Antônio Carlos
5
Biguaçu
6
Florianópolis
7
Governador Celso Ramos
8
Palhoça
9
Rancho Queimado
10
Santo Amaro da Imperatriz
11
São Bonifácio
12
São José
13
São Pedro de Alcântara
Grande
Oeste
Conheça
a região catarinense que é um verdadeiro mosaico de cores e gentes,
de paisagens e histórias, com variadas opções de turismo: águas
termais, contato com a natureza, gastronomia diversificada, muitas
festas típicas e museus que preservam a riqueza do passado. Lazer,
diversão e cultura o ano inteiro – o Grande Oeste catarinense vai
surpreender você!
1
Abelardo Luz
2
Águas de Chapecó
3
Águas Frias
4
Bom Jesus
5
Bom Jesus do Oeste
6
Caibi
7
Campo Erê
8
Caxambu do Sul
9
Chapecó
10
Cordilheira Alta
11
Coronel Freitas
12
Coronel Martins
13
Cunha Porã
14
Cunhataí
15
Entre Rios
16
Faxinal dos Guedes
17
Flor do Sertão
18
Formosa do Sul
19
Galvão
20
Guatambu
21
Ipuaçu
22
Iraceminha
23
Irati
24
Jardinópolis
25
Jupiá
26
Lajeado Grande
27
Maravilha
28
Marema
29
Modelo
30
Mondaí
31
Nova Erechim
32
Nova Itaberaba
33
Novo Horizonte
34
Ouro Verde
35
Palmitos
36
Passos Maia
37
Pinhalzinho
38
Planalto Alegre
39
Ponte Serrada
40
Quilombo
41
Riqueza
42
Romelândia
43
Saltinho
44
Santa Terezinha do Progresso
45
Santiago do Sul
46
São Bernardino
47
São Carlos
48
São Domingos
49
São Lourenço do Oeste
50
São Miguel da Boa Vista
51
Saudades
52
Serra Alta
53
Sul Brasil
54
Tigrinhos
55
União do Oeste
56
Vargeão
57
Xanxerê
58
Xaxim
Serra
Catarinense
As
temperaturas mais baixas do Brasil ocorrem nas montanhas da Serra
Catarinense, região com altitudes próximas a 2 mil metros. Foram os
fazendeiros locais que introduziram o turismo rural no Brasil,
adaptando suas fazendas centenárias para receber hóspedes. Os
serranos encantam com a hospitalidade calorosa, a comida farta e
deliciosa e a oferta de atividades ao ar livre – como as cavalgadas
–, que rapidamente sintonizam o visitante com a exuberante natureza
local.
1
Anita Garibaldi
2
Bocaina do Sul
3
Bom Jardim da Serra
4
Bom Retiro
5
Campo Belo do Sul
6
Capão Alto
7
Cerro Negro
8
Correia Pinto
9
Lages
10
Otacílio Costa
11
Painel
12
Palmeira
13
Rio Rufino
14
São Joaquim
15
São José do Cerrito
16
Urubici
17
Urupema
Vale
do Contestado
Belos
e sinuosos caminhos conduzem o viajante pelo Vale do Contestado, uma
vasta região de múltiplas paisagens, gentes e culturas. Nesse
roteiro, as estradas oferecem um visual à parte, ora margeando
plantações agrícolas e pomares, ora cortando matas. Há vezes em
que o trajeto ganha maior ondulação, quando acompanha a geografia
dos vales. Em outras, a topografia é de planalto – mas sempre com
o mesmo colorido exuberante.
1
Abdon Batista
2
Água Doce
3
Alto Bela Vista
4
Arabutã
5
Arroio Trinta
6
Arvoredo
7
Bela Vista do Toldo
8
Brunópolis
9
Caçador
10
Calmon
11
Campos Novos
12
Canoinhas
13
Capinzal
14
Catanduvas
15
Celso Ramos
16
Concórdia
17
Curitibanos
18
Erval Velho
19
Fraiburgo
20
Frei Rogério
21
Herval d'Oeste
22
Ibiam
23
Ibicaré
24
Iomerê
25
Ipira
26
Ipumirim
27
Irani
28
Irineópolis
29
Itá
30
Jaborá
31
Joaçaba
32
Lacerdópolis
33
Lebon Régis
34
Lindóia do Sul
35
Luzerna
36
Macieira
37
Major Vieira
38
Matos Costa
39
Monte Carlo
40
Ouro
41
Paial
42
Peritiba
43
Pinheiro Preto
44
Piratuba
45
Ponte Alta
46
Ponte Alta do Norte
47
Porto União
48
Presidente Castello Branco
49
Rio das Antas
50
Salto Veloso
51
Santa Cecília
52
São Cristóvão do Sul
53
Seara
54
Tangará
55
Timbó Grande
56
Três Barras
57
Treze Tílias
58
Vargem
59
Vargem Bonita
60
Videira
61
Xavantina
62
Zortéa
Vale
Europeu
O
Vale do Rio Itajaí foi colonizado por imigrantes europeus,
principalmente alemães, que fundaram Blumenau em 1850. No último
quarto do século XIX, os italianos instalaram-se nos arredores das
povoações germânicas já existentes. Os descendentes desses povos
preservam os costumes dos antepassados na culinária, na arquitetura,
no folclore, nas danças e nas festas. A natureza privilegiada da
região propicia inúmeras alternativas de ecoturismo e turismo de
aventura.
1
Agrolândia
2
Agronômica
3
Alfredo Wagner
4
Apiúna
5
Ascurra
6
Atalanta
7
Aurora
8
Benedito Novo
9
Blumenau
10
Botuverá
11
Braço do Trombudo
12
Brusque
13
Canelinha
14
Chapadão do Lageado
15
Dona Emma
16
Doutor Pedrinho
17
Gaspar
18
Guabiruba
19
Ibirama
20
Imbuia
21
Indaial
22
Ituporanga
23
José Boiteux
24
Laurentino
25
Leoberto Leal
26
Lontras
27
Major Gercino
28
Mirim Doce
29
Nova Trento
30
Petrolândia
31
Pomerode
32
Pouso Redondo
33
Presidente Getúlio
34
Presidente Nereu
35
Rio do Campo
36
Rio do Oeste
37
Rio do Sul
38
Rio dos Cedros
39
Rodeio
40
Salete
41
Santa Terezinha
42
São João Batista
43
Taió
44
Tijucas
45
Timbó
46
Trombudo Central
47
Vidal Ramos
48
Vitor Meireles
49
Witmarsum
Caminho
dos Cânions
O
extremo Sul de Santa Catarina é uma grande aventura. Balneários
agitados contrastam com cidades de vida simples e povo hospitaleiro.
A beleza natural é exuberante. Na divisa com o Rio Grande do Sul,
estão localizados os cânions dos Aparados da Serra. Os cortes
abruptos nas montanhas são ícones do ecoturismo nacional e atraem
turistas que buscam adrenalina em meio à magnitude da natureza.
Araranguá, uma das cidades mais prósperas da região, é cortada
pelo rio de mesmo nome e reúne praia, dunas e furnas. A diversidade
geográfica pode ser vista por todo o Caminho dos Cânions.
1
Araranguá
2
Balneário Arroio do Silva
3
Balneário Gaivota
4
Ermo
5
Jacinto Machado
6
Maracajá
7
Meleiro
8
Morro Grande
9
Passo de Torres
10
Praia Grande
11
Santa Rosa do Sul
12
São João do Sul
13
Sombrio
14
Timbé do Sul
15
Turvo
Constituição
catarinense em vigor é de 1989
A
primeira Constituição de Santa Catarina foi adotada em 1891. A
atual Constituição do Estado, por sua vez, foi adotada em 1989.
Emendas ao texto geralmente são propostas pelo Poder Legislativo de
Santa Catarina. Neste caso, esta emenda precisa ser aprovada por dois
terços dos membros do Poder Legislativo. Emendas também podem ser
propostas por abaixo-assinados, diretamente pela população. Neste
caso, o abaixo-assinado precisa conter ao menos 2,5% dos votos dos
eleitores que haviam elegido o governador na última eleição
estadual dentro de critérios propostos na própria constituição.
O
Poder Executivo de Santa Catarina está centralizado no governador,
que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto, pela
população para mandatos de até quatro anos de duração, e podem
ser reeleitos para mais um mandato.
O
Poder Legislativo de Santa Catarina é constituído pela Assembléia
Legislativa de Santa Catarina. Ela possui um total de 40 membros
eleitos diretamente pelo sistema proporcional conforme o desempenho
de cada partido nas eleições para um mandato de 4 anos. Para os
membros da Assembléia, não há limite de reeleições.
A
maior corte do Poder Judiciário do Estado é o Tribunal de Justiça
do Estado Santa Catarina, composta por 50 juízes diferentes
denominados desembargadores.
Desde
1823 a capital de Santa Catarina é a cidade de Florianópolis.
Originalmente, a cidade tinha o nome de Nossa Senhora do Desterro, em
referência a sua padroeira. A mudança de nome foi no fim da
Revolução Federalista, em 1894. O nome Florianópolis refere-se a
Floriano Peixoto, ex-presidente da República. Deste nome deriva o
apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida.
Santa
Catarina está dividida em um total de 295 municípios. O maior deles
é Joinville, o mais populoso e mais rico do Estado. Sua região
metropolitana possui aproximadamente 1,1 milhão de habitantes.
Conheça
os símbolos do Estado de Santa Catarina
Armas
do Estado
As
armas do Estado de Santa Catarina foram estabelecidas pela Lei n.
126, de 15 de agosto de 1895, com base no desenho de Lucas Alexandre
Boiteux. A mesma Lei estabeleceu também a Bandeira do Estado.
O
Artigo 2º daquela Lei diz que as armas consistirão em uma estrela
branca, anteposta a qual uma águia vista de frente, de asas
estendidas, segurará com a garra direita uma chave e com a esquerda
uma âncora, encruzadas, ornando-lhe o peito um escudo com o dístico
17 de novembro escrito horizontalmente. Um ramos de trigo ao lado
esquerdo e um de café ao lado direito ligados na parte inferior por
um laço com as pontas flutuantes, de cor encarnada, que terá o
dístico: - Estado de Santa Catarina – escrito em letras brancas
circundarão a mesma águia sobre o qual se formará o barrete
frígio.
Bandeira
do Estado de Santa Catarina
A
lei nº 126 de 15 de agosto de 1895 estabeleceu a Bandeira do Estado
de Santa Catarina, e também, as Armas do Estado.
Pelo
artigo 3º daquela lei, a Bandeira de Santa Catarina era composta de
faixas brancas e encarnadas dispostas horizontalmente em número
igual ao das comarcas do Estado e de um losango de cor verde colocado
no centro da bandeira, tendo impressas tantas estrelas, de cor
amarela, quantos fossem os municípios do Estado.
A
Bandeira, assim como as Armas do Estado, foi desativada pela
Constituição Federal de 10 de novembro de 1937 e pelo Decreto Lei
no 1202 de 8 de setembro de 1939, sendo revitalizada somente a partir
da Lei Estadual nº 975 de 29 de outubro de 1953 sancionada pelo
governador Irineu Bornhausen, que foi regulamentada em 19 de
fevereiro de 1954 pelo Decreto nº 605. Essa Lei alterou o desenho da
Bandeira, que foi baseado na obra de José Artur Boiteux.
Após
a alteração, a Bandeira de Santa Catarina passou a ser composta de
três faixas horizontais de igual largura, sendo as das extremidades
vermelhas e a do centro branca; sobre as faixas, um losango
verde-claro representando a vegetação e, no centro desse, as Armas
do Estado.
Flor
Símbolo de Santa Catarina: Laélia Purpurata
Nas
décadas de 1920 a 1940 a Laélia foi exportada, através de
Florianópolis, sendo Santa Catarina considerada o maior exportador
de Orquídeas do Brasil, associando-se o nome desta flor, em termos
nacionais, ao nosso Estado.
Dentre
todas as flores, a Orquídea é considerada flor nobre e os
orquidófilos dão a Laélia Purpurata uma posição de destaque.
Em
13 de dezembro de 1983, o então Governador Esperidião Amin Helou
Filho assinou o Decreto n. 20.829 que “Identifica o taxon Laélia
Purpurata Lidley variedade purpurata como Flor Símbolo do Estado de
Santa Catarina".
Fonte:
site do governo do Estado
Aspectos
da população de Santa Catarina
Catarinenses
de origem alemã
Localizado
na Região Sul do território nacional, o estado de Santa Catarina
possui extensão territorial de 95.703,487 quilômetros quadrados e
população de 6.248.436 habitantes (3,2% da população brasileira),
conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Esse é o menor e menos populoso dos estados que integram a
Região Sul do Brasil.
A
maioria da população catarinense reside em áreas urbanas (84%),
sendo que a população rural corresponde aos outros 16% do total. A
densidade demográfica é de 65,3 habitantes por quilômetro quadrado
e o crescimento demográfico é de 1,6% ao ano.
Santa
Catarina apresenta grande diversidade étnica. Seus habitantes têm
grande influência de imigrantes portugueses, alemães, italianos,
japoneses, austríacos e poloneses, fato que reflete diretamente na
cultura local. Outros grupos que também têm participação direta
neste dado peculiar são os indígenas, primeiros habitantes da
região, além dos descendentes de africanos.
Diante
disso, a composição étnica estadual se apresenta da seguinte
forma:
Brancos:
88,1%.
Pardos:
9%.
Negros:
2,7%.
Indígenas:
0,2%.
Os
portugueses, a partir do século XVI, ocuparam as áreas litorâneas
de Santa Catarina, estabelecendo povoados na região. Os alemães
exercem forte influência nas cidades de Joinville, Blumenau, Brusque
e Pomerode, fato comprovado por meio da arquitetura, culinária,
sotaque e festas populares, como, por exemplo, a Oktoberfest.
A
população imigrante de origem italiana, por sua vez, ocupou a
porção sul do estado, exercendo influência na cultura das cidades
de Criciúma, Urussanga e Nova Veneza, com destaque no cultivo da uva
e na produção de vinho.
Florianópolis,
capital de Santa Catarina, possui população de 421.240 habitantes,
considerada a segunda cidade mais populosa do estado. Os municípios
catarinenses que apresentam maior concentração populacional são:
Joinville (515.288), Blumenau (309.011), São José (209.804),
Criciúma (192.308), Chapecó (183.530), Itajaí (183.373) e Lages
(156.727).
O
estado proporciona boa qualidade de vida à sua população. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) catarinense, com média de 0,840, é
o segundo maior no ranking nacional, inferior apenas ao do Distrito
Federal (0,874). A taxa de alfabetização é de 95,1% - terceira
mais alta do país. O analfabetismo atinge apenas 4,9% dos
habitantes.
O
índice de mortalidade infantil é de 15 a cada mil nascidos vivos,
sendo inferior à média nacional, que é de 22. A taxa de homicídios
dolosos (com intenção de matar) é de 11,3 por 100 mil habitantes
Conheça
as características fundamentais dos elementos naturais contidos na
paisagem do Estado de Santa Catarina.
Relevo
A
superfície do território estadual consiste em um dos mais ondulados
(acidentado) do país, no entanto, nas proximidades do litoral
configura as planícies, chamadas de Planície Costeira, as serras se
encontram situadas entre o Planalto e a Planície.
O
ponto mais alto de Santa Catarina possui 1.822 metros de altitude,
denominado de Morro da Igreja na Serra da Anta Gorda.
O
que predomina no relevo do Estado são terras planas e altas,
originando o Planalto Ocidental.
Tipos
de relevo: serras, morros, planaltos e picos.
Planície
Costeira: serras litorâneas.
Serras
Litorâneas: Serra Geral, Pico do Iqueririm (1.616 metros), Morro do
Cambirela (950 m), Morro do Spitzkopf (950 m), Serra do Tabuleiro,
Serra do Tijucas, Serra do Itajaí e Serra do Jaraguá.
Planalto
Ocidental: Morro da Igreja (1.822 m), Serra da Moema, Serra do
Mirador, Serra dos Faxinais, Planalto de Lajes, Planalto de São
Joaquim e Serra do Espigão.
Clima
O
clima predominante em Santa Catarina é o subtropical, dessa forma,
apresenta temperaturas amenas, essas podem variar entre 13º e 25ºC,
os índices pluviométricos são relativamente elevados e bem
distribuídos no decorrer do ano.
Diferentemente
dos outros Estados brasileiros nos quais são percebidas basicamente
duas estações do ano, em Santa Catarina é possível distinguir as
quatro estações, constituídas por verões quentes e invernos
rigorosos, os pontos mais elevados atingem até 1.810 metros, lugar
onde ocorre precipitação de neves.
Vegetação
-
Floresta Tropical Atlântica: esse tipo de vegetação é encontrado
nas planícies costeiras, além de encostas e serras, é constituída
de árvores de grande porte.
-
Vegetação Litorânea: composta por mangues.
-
Floresta Subtropical: formada a partir de vegetação rasteira.
-
Floresta das Araucárias: constituída por pinheiros em maior número,
no entanto, existem ainda canelas, cedros, erva-mate e xaxim.
-
Campos: basicamente formados por gramíneas.
Hidrografia
No
território de Santa Catarina existem duas bacias principais: Bacia
Atlântico Sul e a Bacia do Uruguai.
Os
rios que fazem parte da Bacia do Sudeste lançam suas águas
diretamente no mar, desse modo os rios que fazem parte são:
Araranguá, Cubatão, Itajaí-Açú e Itapocu.
Já
a Bacia do Rio Uruguai é constituída por vários rios, como o
Canoas, Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani, Lava-Tudo, Peixe e
Peperi-Guaçu.
Economia
de Santa Catarina
Atividade
pesqueira em Santa Catarina
A
economia de Santa Catarina é diversificada, no território são
desenvolvidas atividades econômicas no ramo da indústria,
extrativismo (animal, vegetal e mineral), agricultura, pecuária,
pesca, turismo. Santa Catarina é hoje o quinto Estado mais rico do
país.
Indústria
O
setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil,
cerâmica e metal-mecânica. Na agroindústria as duas maiores
empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia
e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em
diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico,
indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a
Brastemp.
Extrativismo
Nesse
ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das
Matas de Araucárias, além de obtenção de ervas e produção de
papel.
Na
extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex,
além de jazidas promissoras de quartzo, argila, cerâmica, bauxita,
pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.
Agricultura
Na
agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de
milho, soja, fumo, mandioca, feijão, arroz, banana, batata inglesa,
além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã,
uva, aveia e cevada.
Pecuária
Na
criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de
bovinos, suínos e aves.
Pesca
A
pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa
Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no
panorama econômico.
O
litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e
crustáceos do Brasil.
Turismo
A
imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma
significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de
oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os
costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade
assume um papel fundamental na receita do Estado.
Dados
gerais acerca da economia de Santa Catarina
Participação
no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição
do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55% e prestação
de serviços 33,9%.
Volume
de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.
Principais
produtos de exportação e seus respectivos percentuais:
Carnes
de aves e suínos: 26,1%
Móveis
e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores:
8,5%.
Confecções
de algodão: 6,8%.
Veículos
e peças: 5,8%.
Madeira:
5,1%.
Cerâmica
e louças: 4,5%.
Papel
e papelão: 3,5%.
Motores
elétricos: 3,4%.
Fonte:
brasilescola
Jaragua do sul
Localização
Situada na latitude
26o 29’ 10’’ Sul e na longitude 49o 04’ 00’’ Oeste de
Greenwich, Jaraguá do Sul fica na Região Nordeste do Estado de
Santa Catarina. Com 539 Km², faz limite com Campo Alegre e São
Bento do Sul ao norte, com Blumenau, Massaranduba, Pomerode e Rio dos
Cedros ao sul, com Guaramirim, Joinville e Schroeder ao leste e com
Corupá ao oeste.
Morros
Cercada pela cadeia
da Serra do Mar, a cidade está protegida por morros de vegetação
nativa preservada.
O mais alto deles é
o Morro da Palha, com 1.176m de altitude. Localizado na região do
Manso, abriga várias propriedades particulares.
O destaque da cidade
é o Morro Boa Vista, com 926m de altitude, e a ótima pista para vôo
livre que foi sede para eventos nacionais.
Vegetação
Com cerca de 60% do
município localizado a menos de 200m de altitude, a vegetação
original das planícies foi derrubada para dar lugar à produção
rural. Atualmente, a vegetação é constituída basicamente de
restinga, nascida principalmente nos últimos 30 anos
Clima
O clima de Jaraguá
do Sul é subtropical úmido, com verão quente. Entre os meses de
julho a agosto adquiri as características de clima temperado,
podendo chegar a 5 ºC. A temperatura média na cidade é de 22 ºC,
sendo a mínima 2 ºC e a máxima 40 ºC. A precipitação
pluviométrica média anual é de 2.000mm.
Bacia
Hidrográfica
O município está
inserido na Bacia do Rio Itapocu. Os seus principais afluentes são
os rios Jaraguá e Itapocuzinho. Além deles, cerca de duzentos rios,
riachos e ribeirões compõem a malha hidrográfica da região.
População
O censo 2000 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE pontuou que
Jaraguá do Sul possui 108.489 habitantes, sendo 50,41% homens e
49,59% mulheres. Ainda segundo o IBGE, a taxa média de crescimento
da população no município entre 1991 e 1996 foi de 3,87%. Em
pesquisa realizada na cidade em novembro de 2001, constatou-se que
43% da população é de descendentes de alemães e 24% de
descendentes de italianos. O restante divide-se em descendentes de
poloneses, húngaros, africanos e miscigenados.
Além da grande
quantidade de loiros de olhos claros, a cidade possui uma excelente
qualidade de vida. De acordo com o atlas de Desenvolvimento Humano
2000 , produzido pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - Pnud, a cidade é a 9ª colocada em Santa Catarina
e 32ª colocado no País, com um IDH-M de 0,85 num índice que varia
entre 0 e 1. O cálculo do IDH-M leva em conta o taxa de
alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade, a taxa bruta de
freqüência à escola, a esperança de vida ao nascer e a renda
municipal per capita. O alto índice atingido pela cidade é
compreendido ao saber que 97,35% dos adultos são afalbetizados,
90,94% das crianças estão na escola e que a expectativa de vida é
de 74 anos.
Os primeiros
habitantes
O interior do Estado
de Santa Catarina foi habitado pelos grupos indígenas Xokleng e
Kaingang, ambos do grupo lingüístico Jê ou Tapuia. Por estarem
relativamente protegidos pela distância do litoral, foram
preservados do extermínio liderado pelos colonizadores portugueses,
o qual dizimou os grupos Carijó do litoral catarinense.
A alimentação dos
índios no interior era à base caça e coleta de pinhão. Alguns
grupos também praticavam a agricultura, plantando principalmente
milho e aipim. Nas vestes, usavam os tecidos trançados de fibra de
urtiga feitos pelas mulheres. As mulheres também trabalhavam o barro
e moldavam potes para o uso diário. Na caça e na guerra, usavam
arcos, flechas e lanças com ponta de bambu ou osso, geralmente com
veneno na ponta.
Com a colonizaçãao
do interior catarinense a partir da segunda metade do século XIX, os
grupos indígenas foram pouco a pouco perdendo seu espaço. Além de
serem afugentados pelos europeus, as tribos brigavam entre si pelo
pouco de caça que sobrava. Com o passar do tempo e a diminuição
gradativa da alimentação, foi inevitável o choque direto com as
colônias. Foi então que o governo e os próprios colonos começaram
a pagar Tropas de Bugreiros.
Constituídas por
cerca de uma dezena de homens fortemente armados, as tropas seguiam
as trilhas dos índios até chegarem aos acampamentos. Lá, esperavam
o dia amanhecer e dizimavam a tribo. A crueldade desses abates
chocaram moradores tanto da província quanto do país, que saíram
em defesa das tribos. A maneira encontrada para minorar esse choque
era promover a pacificação dos selvagens.
As tentativas de
pacificação ocorreram a partir de 1907, mas apenas em 1912, com a
criação de uma reserva em uma área de 30 mil hectares nos
arredores de Ibirama , é que ações objetivas nesse sentido foram
tomadas. No entanto, essa aproximação resultou no aculturamento dos
índios Xokleng e no extermínio em decorrência das doenças dos
branco.
A fundação
As terras onde hoje
está localizada a cidade de Jaraguá do Sul foram dadas, juntamente
com outra porção do norte catarinense, ao conde d´Eu como dote
pelos seu casamento com a princesa Isabel, filha de dom Pedro II. O
conde então solicitou ao seu amigo Emílio Carlos Jourdan,
engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, que
demarcasse o local.
Encantado com a
beleza da terra, Emílio Carlos Jourdan requereu a posse de de uma
parte dela, onde fez uma plantação de cana e construiu um engenho.
Como o rio e o morro Jaraguá já eram conhecidos, Jourdan nomeou
suas terras de “Estabelecimento Jaraguá”. Embora não se saiba a
data certa em que isso aconteceu, foi decidido o dia 25 de julho de
1876 como data da fundação da cidade.
Por essa época, a
região fazia parte de São Francisco do Sul e, posteriormente, a
Paraty, conhecida atualmente como Araquari. Com a emancipação de
Paraty, Jaraguá passou a ser posse de Joinville, sendo reanexada a
Paraty. Em 1898, já com um Distrito Policial, um Distrito de Paz e
uma Intendência Distrital, voltou a fazer parte de Joinville, agora
como 2º Distrito.
Em 1934, o Decreto
nº 565 de 26 de março elevou o distrito à categoria de Município.
Os limites incluíam o território do atual município de Corupá
desmembrado 24 anos depois.
Como em Goiás
existia uma cidade mais antiga com o nome de Jaraguá, o Decreto-Lei
estadual nº 941 de 31 de dezembro de 1943 modificou o nome da cidade
para Jaraguá do Sul.
A colonização
Alguns fatos
colaboraram para a colonização européia em Santa Catarina no
século XIX. Entre eles, a forte campanha abolicionista, que fez com
que o Governo Imperial desse preferência à mão de obra livre
branca em detrimento à escrava negra.
Um nome de destaque
foi o de Johan Jacob Sturz. Tendo sido Cônsul Geral do Imperial
Governo Brasileiro na Prússia, Sturz estava bem informado sobre os
desajustes sociais vigentes na Europa e na possibilidade de imigração
alemã para a América. Assim, foi nomeado como representande do
Brasil na Prússia para levar a cabo o projeto de a mão de obra
escrava no País.
O próximo passo foi
dado em 1850 pelo Presidente da Província, João José Coutinho, ao
aprovar a Sociedade Colonizadora de Hamburgo, que já tinha adquirido
8 léguas na colônia Dona Francisca, atual Joinville. Ali foram
assentados os colonizadores alemães, polacos e suíços que deram
origem à cidade. Destes, alguns polacos e muitos alemães compraram
lotes em Jaraguá do Sul, vendidos pelo próprio Emílio Carlos
Jourdan.
Jaraguá do Sul
também recebeu famílias húngaras e italianas que entraram no País
via Rio Grande do Sul o os 54 escravos que vieram para trabalhar com
Emílío Carlos Jourdan deram origem à comunidade negra da cidade.
Importante pólo
industrial de Santa Catarina, Jaraguá do Sul tem a história
econômica intimamente ligada às raízes de seus colonizadores.
Os primeiros
imigrantes a chegarem na cidade no final do século XIX eram, na
maioria, camponeses europeus sem dinheiro ou terra. Ao encontrarem
solo fértil, construíram uma comunidade baseada no extrativismo e
na agricultura. O excedente da produção propiciou o desenvolvimento
do comércio na região por meio do escambo.
Como produtos
beneficiados valiam mais que os brutos, surgiram aos poucos os
alambiques, as queijarias, as olarias e as fábricas de banha e
salames. Com um maior valor agregado foi possível a troca de
dinheiro e o posterior investimento em fábricas familiares.
Com a chegada da
Ferrovia no início do século XX, Jaraguá do Sul passou a ter
ligação direta ao porto de São Francisco do Sul e à cidade
paranaense de Rio Negro.
A possibilidade de
escoamento de produtos foi fundamental para o desenvolvimento da
cidade. Na década de 30 surgiu a primeira fábrica têxtil da
cidade, hoje considerada a Capital Nacional da Malha.
O nome Jaraguá
foi dado
pelos índios que habitavam a região e significa senhor do vale, por
haver na cidade o Morro da Boa Vista.
1864: Casamento da
princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II. Como dote, ela ganha
as terras que formariam o município de Jaraguá do Sul. Emílio
Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército
Brasileiro, ficou com a tarefa de demarcar as terras e de se
estabelecer na região.
1876: Ocorre a
fundação de Jaraguá.
1888: Apesar das
tentativas de Jourdan de se instalar na região, com a construção
de engenhos e a plantação da lavoura de cana-de-açúcar, o
engenheiro enfrentou grandes dificuldades e desistiu de seu
empreendimento, o que fez com que as terras voltassem a ser
patrimônio da União.
1890: Começa a
colonização das terras à margem direita do rio Jaraguá pela
Agência de Colonização sediada em Blumenau.
1893: As terras da
atual Jaraguá do Sul passam à jurisdição dos Estados. Por causa
da participação de Emílio Joudan na Revolta da Armada, o coronel
ganha o respaldo político e decide retornar a Jaraguá.
1894: É criado o
Distrito de Polícia do Jaraguá, cujos limites viriam a ser o futuro
município.
1895: Emílio
Jourdan compra dez mil hectares de terras do Governo de Santa
Catarina e estabelece no local a Colônia Jaraguá.
1898: A colônia é
vendida para a Pecher & Cia., já que seu dono, Jourdan, deve
voltar ao Rio de Janeiro.
1934: Jaraguá é
desmembrada de Joinville e torna-se município.
1943: O nome Jaraguá
é alterado para Jaraguá do Sul, por haver outro município com o
mesmo nome no Estado de Goiás.
Ao norte de Santa
Catarina, no Vale do Itapocu, está situada Jaraguá do Sul, sede de
importantes indústrias do ramo metalmecânico, têxtil e alimentício
do Brasil. Com origem principalmente germânica, a cidade ainda hoje
contempla traços de sua colonização. Prova disso é a
Schützenfest. A Festa dos Atiradores acontece todos os anos e faz
parte do roteiro de festas catarinenses do mês de outubro.
A cidade ainda
possui atrações culturais, como a Casa do Colonizador, a Casa
Eurides Silveira, o Museu Histórico Emílio Silva e o Museu Wolfgang
Weege, fundado pelo também idealizador do Parque Malwee, um dos
principais atrativos naturais da cidade, com 1,5 milhão de m².
Jaraguá do Sul fica
as margens da BR 280, que liga o porto de São Francisco do Sul a
Porto União, localizado a 40 km de Joinville e 50 km de Blumenau,
próxima de importantes rodovias federais (BR 101 e BR 116).
Os aeroportos mais
próximos são os de Joinville, Blumenau e Navegantes (90 Km). Dos
anos noventa até os dias atuais, houve um grande incremento na
modernização, na expansão do parque industrial e na utilização
de tecnologia de ponta. Jaraguá do Sul é conhecido, pelos seus
produtos de qualidade e tecnologia avançada em todo o Brasil, na
Europa, na Ásia e América do Norte.
Situado num vale com
vegetação exuberante, cobrindo as serras que rodeiam a cidade,
entrecortado por rios de água límpida e ar puro, Jaraguá do Sul
harmoniza o desenvolvimento econômico com a preservação da
natureza, proporcionando a seus habitantes um excelente nível de
vida e aos visitantes uma agradável estadia.
Pontos Turísticos
Arena Jaraguá
Casa do Colonizador
Casa Eurides
Silveira
Casa Rux
CEJAS
Igreja Evangélica
Jaraguá
Igreja Matriz São
Sebastião
Mercado Público
Municipal
Morro da Boa Vista
Museu Histórico
Emílio Silva
Museu Weg
Museu Wolfgang
Parque Malwee
Portal Turístico
Salão Barg
SCAR
Graças à
colonização alemã, Jaraguá do Sul herda um costume tipicamente
germânico: as sociedades de atiradores, as quais promoviam
anualmente no século XIX na Alemanha a Schützenfest, ou seja, a
Festa dos Atiradores. Dessa forma, a festa acompanhou a evolução
dessas associações e aconteceu em Jaraguá do Sul pela primeira vez
em 1989 como um resgate das verdadeiras tradições germânicas.
Atualmente a
associação é composta por 18 sociedades filiadas de várias
cidades do norte catarinense, que se reúnem todo ano no mês de
outubro para a realização da Schützenfest. A festa recebe
visitantes das mais variadas regiões e oferece a eles muita música,
chope e comida.
História
Em 1851 nas terras
dotais da Princesa Dona Francisca e do Príncipe de Joinville,
inicia-se a colonização do Domínio Dona Francisca, tendo por
limite o lado esquerdo do rio Itapocu. Em 17 de outubro de 1870 a Lei
Federal nº 1904 instituía o Patrimônio Dotal da Princesa Isabel
casada em 1864 com o Conde D'Eu: terras devolutas a serem demarcadas
em Santa Catarina – Grão-Pará (Orleans) e em Joinville.
No ano de 1875
Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército
Brasileiro, foi convidado para fazer a medição e tombamento de 25
léguas quadradas no Vale do Itapocu e Rio Negro, assinando contrato
em 21 de janeiro de 1876. Na mesma época assinou instrumento
particular de arrendamento de 430 hectares das terras com a Princesa
Isabel. Após sua chegada a Joinville, parte para São Bento em 29 de
fevereiro de 1876 e 49 dias depois retorna a Joinville, em 17 de
abril de 1876, encerrando a demarcação.
Passa a colonizar os
lotes e com auxilio de 60 trabalhadores, inclusive escravos, que
cultivam a cana-de-açúcar, constituindo-se ali um engenho de cana,
serraria, olaria, engenho de fubá e mandioca. O Estabelecimento
Jaraguá, em tupi-guarani Senhor do Vale, ficava entre os rios
Itapocu e Jaraguá e a região pertencia ao município de Paraty
(Araquari). Em 17 de abril de 1883 foi anexada por Joinville. Diante
da impossibilidade de reverter a situação Jourdan em 1888 desiste
deste empreendimento, que foi depredado em 1893.
Com a Proclamação
da República em 1889 as terras dotais passam para o domínio da
União, e em 1893 para a jurisdição dos Estados. As terras
devolutas na região, à margem direita do Rio Jaraguá, passam a
ser colonizadas pelo Estado através do Departamento de Terras e
Colonização, sediado em Blumenau, a partir de 1891: na região de
Garibaldi e Jaraguá Alto, com imigrantes húngaros; na região do
Rio da Luz e Rio Cerro com colonizadores alemães e neste último
também com italianos.
Após sua
participação na Revolução de 1893 ao lado do Marechal Floriano
Peixoto, Emílio Carlos Jourdan retorna a região e solicita ao
Governador do Estado de Santa Catarina, Hercílio Pedro da Luz, a
concessão de 10.000 hectares de terras para a Colônia Jaraguá, o
que ocorre em 15 de maio de 1895, com escritura lavrada em 4 de
fevereiro de 1896. Devido a problemas de demarcação da concessão e
desavenças políticas, Emílio Carlos Jourdan vende a concessão em
Primeiro de julho de 1898, para Pecher & Cia e retira-se para o
Rio de Janeiro.
No ano de 1895
Joinville institui Jaraguá como o 2.º Distrito, nomeando para
Intendente, Maximiliano (Max) Schubert e em 22 de agosto é criado o
Distrito de Paz. Mas, em 1896 a região volta a pertencer a Paraty.
Houve ainda a possibilidade de formar com Barra Velha um município
com o nome de Glória. Foram realizadas consultas populares em 1897:
Georg Czerniewicz e Roberto Buhler lideravam o grupo que defendia a
emancipação; Rosemberg, Butschardt e Koch eram do grupo que queriam
ser anexados a Joinville. Venceu o segundo grupo e Jaraguá passou,
efetivamente a ser, o 2.º Distrito de Joinville.
Após alguns anos,
de um simples povoado, Jaraguá se tornou uma vila economicamente
ativa, principalmente após a construção da ferrovia, inaugurada em
1910. A cidade cresceu ao seu redor e neste burburinho chegavam as
notícias, os produtos, os visitantes e, escoava-se a produção
local.
Assim, por volta de
1930, o movimento pró-emancipação se formou e pelo Decreto
Estadual n.º 565 de 26 de março de 1934, o Interventor Federal
Aristiliano Ramos, desmembrou Jaraguá de Joinville, tornando-o
Município e nomeando para Prefeito, o então Intendente, José
Bauer. No dia 8 de abril de 1934 ocorre a solenidade de instalação
do município na sede da Intendência de Jaraguá, perante inúmeras
autoridades e a comunidade, que muito prestigiou o evento.
Em 1943, pelo
decreto n.º 941 o município passa a ser Jaraguá do Sul. Por sua
vez, o Distrito de Hansa também busca sua emancipação,
efetivando-se através da Lei n.º 348 de 21 de junho de 1958.
Jaraguá cresceu e
constitui hoje um parque industrial forte e diversificado: malharias
e confecções, metal-mecânica, parapentes, e produtos
alimentícios.
Jaraguá do Sul do
Morro da Boa vista, da industrialização, do trabalho e da cultura
identificada nas atividades das etnias formadoras de seu povo:
negros, alemães, italianos, húngaros e poloneses.
Outros: População
45% tem descendência alemã, 25% italiana, 3% húngara e 6%
polonesa, sendo que os 21% restantes pertencem a outras etnias
incluindo os afro descendentes.
O primeiro livro
de Jaraguá
Autor: Frei Aurélio Stulzer Ed. Vozes Ltda – RJ – 1973
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